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Apostila de antibioticoterapia

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Antibioticoterapia 
- O que leva à resistência? 
 Uso indiscriminado não consciente 
 Falta de protocolos para as grandes síndromes 
 Profilaxia inadequada cirúrgica 
 Posologia inadequada 
 Uso na indústria alimentícia (?) 
- Princípios relacionados ao paciente 
- Idade 
 Lactentes e Idosos = metabolização e toxicidade diferentes 
- Sítio de infecção 
 Conhecer os microrganismos do sítio 
 Entender a penetração (barreira hematoencefálica, pulmão, urina) 
- Comorbidades – HIV, DM, neoplasias – microrganismos específicos 
- Uso prévio de ATBs – seleciona resistência 
- Princípios relacionados aos agentes causadores 
- Avaliação de culturas prévias 
- Tipo de infecção 
- Comunitária 
- Hospitalar 
- Princípios farmacológicos das drogas 
- Absorção 
 Avaliar se melhor EV ou VO 
- Biodisponibilidade 
 Avaliar após ingestão 
 Clivagem em fígado: cuidado em hepatopatas 
- Concentração sérica 
- Farmacocinética (PK) – como fica a concentração sérica ao longo do tempo 
- Farmacodinâmica (PD) – efeito do antimicrobiano ao longo do tempo 
- Relação PK-PD – determina a eficácia 
- Aspectos farmacológicos 
- Capacidade de se ligar às proteínas (albumina) e se difundir pelos tecidos 
- Muda para cada sítio 
- Apenas a parte não ligada à proteína tem efeito residual antimicrobiano. 
- Meia vida 
- Tempo para que uma dose de antimicrobiano se reduza à metade. 
- É o que determina o intervalo de doses de um antimicrobiano. 
- Alterações de função renal ou hepática podem aumentar o tempo de meia vida, com necessidade de ajuste. 
- Eliminação 
- Renal – filtração glomerular 
- Não renal 
 Excreção biliar, fecal, transpiração ou respiração. 
- MIC ou CIM – Concentração inibitória mínima 
- Menor valor de diluição do antimicrobiano que pode matar um microrganismo. 
- A eficácia de antimicrobiano depende do tempo da área acima da curva do CIM. 
- Aspectos farmacológicos 
Tempo dependentes: 
 Quanto mais tempo fica acima do MIC, maior a ação 
 Infusão contínua ou várias doses por dia 
 Betalactâmicos 
Concentração dependentes: 
 Dose máxima é mais benéfica 
 Dose 1x dia 
 Aminoglicosídeos 
- Tipos de antimicrobianos pelo perfil 
Bactericidas: 
 Induzem morte celular bacteriana 
 Tendência a maior toxicidade se não usadas com critério 
 Escolha em infecções graves e com alta mortalidade 
 Ex: Betalactâmicos, glicopeptídeos, aminoglicosídeos, quinolonas. 
Bacteriostáticas: 
 Impendem a reprodução bacteriana, mas sem matar 
 Boas em controle de longos tratamentos 
 Ex: Macrolídeos, tetraciclinas, sulfamidas, oxazolidinonas. 
 
- Conhecendo as bactérias 
- Morfologia 
 Unicelulares 
 Procariontes 
 Membrana plasmática fosfolipídica 
 Cromossomo único 
 Plasmídeos 
 Parede celular 
- Parede celular 
- Estrutura semirrigida 
- Proteção mecânica e osmótica 
- Composição: peptideoglicano com 2 carboidratos 
- Estrutura final: Peptídeoglicano 
Gram positivas: várias camadas de peptidioglicanos – camada espessa 
Gram negativas: única camada de peptidioglicanos – camada fina – tem as porinas 
 
- Como é feito o Gram? 
Violeta de metila → Lugol ou iodo → álcool 95% 
 
GRAM POSITIVOS – COCOS 
Staphylococcus Streptococcus Enterococcus 
Coagulase +: S. aureus 
Coagulase -: S epidermidis 
B hemolíticos: 
 Grupo A: S. pyogenes 
 Grupo B: S. agalactiae 
 Não B hemolíticos: 
 S. penumoniae, S. bovis 
E. faecalis 
E. faecim 
E. gallinarum 
 
 
GRAM POSITIVOS – BACILOS 
Bacilos aeróbios: 
 Bacillus 
 Listeria 
 Corynebacterium 
 Nocardia 
Bacilos anaeróbios 
 Clostridium 
 Actinomyces 
GRAM NEGATIVOS – COCOS E BACILOS 
Bacilos fermentadores: 
 Escherichia coli Klebsiella 
 Enterobacter sp Citrobacter sp 
 Serratia Samonella 
Shigella Yersinia 
 Helicobacter pylori Campylobacter 
Bacilos não fermentadores: 
 Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter baumannii 
 Aeromonas Stenotrophomonas maltophila 
Coco-bacilos: 
 Neisseria Moraxella catarrhalis 
 Haemophilus sp Bordetella sp 
GRAM NEGATIVOS – OUTROS 
Espiroquetas: Vibriões 
 Leptospira interrogans Vibrio cholerae 
 Treponema pallidum Vibrio vulnifugus 
NÃO CORADAS POR MÉTODO GRAM 
 Leigionella Chlamydia 
 Mycoplasma Coxiella 
 Ricketsia Mycobacterium 
- Como agem os antimicrobianos? 
- Ação na parede celular 
Betalactâmicos – inibem transpeptidases – proteínas ligadoras de penicilinas 
 Penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas, carbapenêmicos, monobactâmicos 
Glicopeptídeos – ligação aos oligopeptídeos – não ocorrem ligações cruzadas dos peptideoglicanos 
 Vancomicina, teicoplamina. 
 
- Ação na membrana celular 
Polimixinas – formação de poros na membrana celular – lise celular 
 Também lesa células humanas: tóxica porque não é seletiva para a membrana das bactérias 
- Ação na síntese de ácidos nucleicos 
Quinolonas – destrói topoisomerase II – interrompe a duplicação do DNA na DNA girase – destruição celular 
Aminoglicosídeos – se ligam ao RNA ribossômico – pareamento errado do RNA – inibição da síntese proteica 
 Amicacina, estreptomicina, gentamicina, neomicina, tobramicina 
Macrolídeos – RNA ribossômico – reversível 
Lincosamidas – clinda – RNAr – reversível 
Tetraciclinas – RNAt/ribossomo 
Oxazolidinonas – linezolida – RNAt/AA 
 PENICILINAS 
- Descobertas por Alexander Fleming – 1928 
- Primeiros ATBs produzidos em larga escala 
- Antibióticos betalactâmicos – ação em parede celular 
- Núcleo ativo – anel betalactâmico – ligação a PBP 
- Mecanismo de ação: 
Existe a proteína de ligação à penicilina → não consegue formar o peptideoglicano e não consegue 
formar a parede. 
- Mecanismos de resistência: 
 Alteração estrutural da PBP: gram positivos – diminuem a afinidade dos betalactâmicos pela PBP 
 Redução de Porinas: diminui a permeabilidade 
 Inativação enzimática: gram+: penicilinase | gram -: betalactamase 
- Classificação das Penicilinas 
Penicilinas naturais: G e V (vieram do fungo) 
Penicilinas resistentes a penicilinases (antiestafilocócicas): Meticilina, nafcilina e oxacilina 
Aminopenicilinas: Ampicilinas e amoxicilina 
Carboxipenicilinas: Carbencilina e ticarcilina – não disponíveis no Brasil 
Ureidopenicilinas (anti-pseudomonas): Azlocilina, mezlocilina e piperacilina 
PENICILINAS NATURAIS 
- Penicilina G cristalina – EV 
- Penicilina G benzatina – IM 
- Penicilina G procaína – IM – quase não é usada mais 
Instável em pH gástrico: indisponível para uso oral 
Meia vida 30 minutos 
Baixa concentração sérica após 4 a 6 horas 
Doses altas 
Intervalos curtos ou infusão contínua 
- Penicilina G cristalina ➔ uso EV – maioria dos Gram+ e dos Gram- 
 Boa penetração tecidual – exceto osso, músculo e LCR 
 LCR: aumenta penetração quando há quebra de barreira 
 Autorizado uso para meningites em doses máximas 
 Tempo e concentração dependente 
 Excreção renal – 70% em forma ativa 
 25% sofre metabolização hepática – bom para hepatopatas 
 Atenção em pacientes com restrição sódica ou potássica 
➔ Indicações: 
Streptococcus pyogenes – infecções em partes moles, impetigo, erisipela, celulite, faringoamigdalite, 
abcessos periamigdalianos e escarlatina. 
Streptococcus agalactiae – meningites em RN, Streptococcus viridans, endocardites 
Neisseria meningitidis – meningites meningocócicas e meningococcemia 
Leptospira interrogans – leptospirose 
Treponema pallidum – sífilis terciária – neurossífilis 
Actinomyces israelli – actinomicoses 
Pasteurella multocida, peptostreptococcus – infecções de partes moles relacionadas a mordedura animal 
Clostridium tetanii – tétano 
Fusobacterium corynebacterium – faringoamigdalite necrotizante, angina de PlautVicent, difteria 
➔ Resistência: 
Staphylococcus aureus – preferir ou associar oxacilina em infecções de pele e abcessos de partes moles 
Neisseria gonorrheae – proscrito uso em gonococcias 
Clostridium perfringens – proscrito usoisolado em gangrena 
Enterococcus – bacteriostática, usar em altas doses e associada ao aminoglicosídeo 
Streptococcus pneumoniae – resistência variável. 
- Onde usar a penicilina cristalina = infecções de pele e partes moles: erisipela e celulites 
 Meningites: por N. meningitidis e S. pneumoniae com sensibilidade comprovada 
 Pneumonias comunitárias: em áreas de baixa resistência de penumococos. 
 Endocardites e neurossifilis. 
- Penicilina G Benzatina ou Benzilpenicilina – bezetacil 
 Uso IM – depósito e ação prolongada – 21 dias 
 Baixas concentrações séricas 
➔ Indicações restritas: 
Tratamento de sífilis – exceto neurossifilis, pois não atravessa a barreira hematoencefálica 
Profilaxia de febre reumática 
Profilaxia da erisipela – em pacientes com insuficiência vascular periférica e erisipela de repetição. 
➔ Uso em profilaxias 
Profilaxia de febre reumática – infecções por Streptococcus beta hemolíticos do grupo A 
Profilaxia de erisipela de repetição 
Profilaxia de infecções pneumocócicas em esplenectomizados até a vacinação 
- Penicilina G Procaína 
 Uso IM – depósito – 12 horas 
 Concentrações séricas moderadas 
 Posologia desfavorável – IM 12/12 
 Indicações restritas - droga em desuso 
- Penicilinas Naturais Doses 
Penicilina G cristalina 2 a 5 milhões de unidades/dose, EV, 4/4h 
 
Penicilina G benzatina 1.200.000 a 2.400.000 unidades IM em DU, podendo ser repetida semanalmente 
Penicilina G procaína 300.000 a 600.000 unidades/dose, IM 12/12h 
➔ Penicilina V – biossintética 
 Adição de precursor – ácido fenoxiacético – ao meio de cultura de Penicillium 
 Estável em pH ácido – disponível em apresentação oral 
 Espectro semelhante a PenG – autorizada para infecções leves ou moderadas 
 Intolerância gástrica – desuso 
MEDICAÇÃO VIA DURAÇÃO NO SANGUE FREQUÊNCIA 
Penicilina cristalina EV 4 horas 4/4 horas 
Penicilina procaína IM 12 horas 12/12 horas 
Penicilina benzatina IM 21 dias Dose única semanal 
Penicilina V VO 6 horas 6/6 horas 
PENICILINAS SEMI SINTÉTICAS – Gram + e gram - 
 Sintetizadas a partir da adição de radicais ao núcleo ativo da penicilina natural 
Grupos: 
Antiestafilocócicas 
Aminopenicilinas [ampicilina e amoxicilina] 
Carboxipenicilinas [anti-pseudomonas] 
➔ Penicilinas antiestafilocócias – resistentes à ação de penicilinases intrínsecas de estafilococos 
Drogas: meticilina 1ª | nafcilina | isoxasolilpenicilinas [oxacilina, cloxacilina, dicloxacilina, flucloxacilina] 
Oxacilina – baixa absorção oral – usada endovenosa 
 Até 45% de metabolização hepática e até 80% de excreção renal na forma ativa 
 Boa penetração na maioria dos tecidos – variável em LCR e globo ocular 
 Meia vida curta – administração de 4/4 horas 
➔ Indicações: Droga de escolha no tratamento de infecções por Staphylococcus meticilinossensíveis (MSSA 
ou OxaS) – infecções de partes moles, abcessos, osteomielites agudas, espondilodiscites bacterianas, 
pneumonias, endocardites estafilocócicas, meningite secundária a TCE aberto. 
➔ Resistência: 
Não indicada para uso empírico em infecções adquiridas em ambiente hospitalar – altas taxas de resistência. 
 Opções para MRSA: vancomicina, teicoplamina, linezolida. 
 Se isolado MSSA: oxacilina superior às demais. 
→ MRSA adquirido na comunidade – infecções de pele e partes moles 
 Sulfametoxazol-trimetropima, doxiciclina, clindamicina. 
- Dose: 
 Infecções moderadas: 1g EV 6/6h 
 Infecções graves: 2g EV 4/4h 
➔ Pontos importantes para oxacilina 
- Droga de escolha para Staphylococcus aureus se ele for sensível a ela 
- Ótima penetração quando sensível em sítios difíceis como osso e coração – Melhor que vancomicina 
ÓTIMA OPÇÃO se SENSÍVEL 
Estafilococcia comunitária grave 
Impetigo Meningites 
Celulites Artrite séptica 
Broncopneumonia Endocardite 
Osteomielite Sepse 
➔ AMINOPENICILINAS – Ampicilina 
 Disponível para uso oral e parental 
 Apenas 30-40% de absorção oral: JEJUM 
 Permanência no soro de 4 a 6 horas 
 Eliminação renal e biliar, 70% na forma ativa 
 Boa penetração tecidual 
 Alta concentração biliar 
 Baixa penetração liquórica, maior com inflamação 
- Indicações / espectro 
Gram positivos: semelhante à penicilina G 
Gram negativos: Escherichia coli, Proteus mirabilis, Haemophyllus influenzae, Salmonella sp, Shigella sp, 
Neisseria meningitidis, Fusobacterium 
ITU, celulite facial em crianças, meningites em crianças, infecções TGI, infecções orais 
- Droga de escolha para infecções por Enterococcus (+ aminoglicosídeo) 
- Droga de escolha para meningite por Listeria monocytogenes 
Infecções orais, meningites em crianças e idosos (devem estar associada), endocardites, infecções 
abdominais, portadores são de Salmonella typhi 
(ASSOCIAÇÃO AMPICILINA+INIBIDOR DE BETA LACTAMASE) 
- Ampicilina + sulbactam 
- Resgata espectro contra bactérias sensíveis à ampicilina, produtoras de beta-lactamase 
- Sulbactam: ativo contra Acinetobacter baumanii 
- Ampicilina – dose 
 Infecções leves: 250 a 500 mg VO 6/6h 
 Infecções graves: 150 a 200 mg/kg/dia EV divididos em 6/6h 
 Ampicilina/sulbactam: 1,5 a 3g EV 6/6h 
- O que lembrar da ampicilina? 
 Melhor que vancomicina para Enterococcus se sensível 
 Melhor droga para tratamento de Listeria 
 Péssima escolha para tratamento via oral 
➔ AMINOPENICILINAS – Amoxacilina 
 Melhor biodisponibilidade oral: 80% 
 Meia vida: 1 hora – administração 8/8h 
 Eliminação renal sob forma ativa 
 Espectro semelhante à ampicilina 
 Melhor concentração biliar, secreção brônquica, seios paranasais e ouvido médio 
Escolha para trato respiratório superior, sinusites, otites 
Pneumonias não graves – observar resistência 
Gram positivos anaeróbios: infecções orais 
Esquema de tratamento de Helicobacter pylori – associada à claritromicina 
Profilaxia de endocardite 
(ASSOCIAÇÃO AMOXICILINA + INIBIDOR DE BETALACTAMASE) 
- Amoxicilina/clavulanato 
- Aumenta espectro para Gram negativos produtores de betalactamase: 
 Haemophylus, Moraxella 
- Não resgata atividade contra pneumococo resistente: alteração de PBP 
- Pasteurella multocida – infecções secundárias à mordedura de animal e humana 
- Morganella morgani – Infecções secundárais ao acidente ofídico 
- O que lembrar da amoxicilina? 
 Boa droga para uso oral – melhor que a ampicilina 
 Opção para tratamento de infecção de vias aéreas altas 
 CUIDADO – Tratamento do pneumococo em pulmão grave 
Em associação com clavulanato: lembrar das mordeduras (cão, gato, humana, cobra) e aumenta 
espectro para Moraxella e Hemófilos. 
➔ CARBOXIPENICILINAS – atividade anti-pseudomonas 
 Drogas: carbenicilina, ticarcilina, piperacilina 
- Piperacilina – ureidopenicilina 
 Penicilina de amplo espectro – melhor penetração na parede celular e maior afinidade por PBP 
 Comercializada no Brasil em associação com IBL – piperacilina tazobactam 
 Mantem atividade contra gram positivos da Penicilina G 
 Espectro ampliado para gram negativos: Pseudomonas, Enterobacteriaceae, Haemophylus, Klebisiela 
Ativa contra cepas de Pseudomonas, E. coli e Klebsiella produtoras de betalactamase de espectro 
estendido – Cuidado – chance de falha 
 Ativa contra anaeróbios, inclusive Bacteroidis – infecções abdominais 
- Onde usar? 
Infecções por Pseudomonas aeruginosa 
Infecções abdominais e pélvicas, inclusive nosocomiais 
Neutropenia febril 
- Dose: 
Apresentações: 2g pipe + 250mg tazo | 4g pipe + 500mg tazo (4/0,5) 
Dose usual: 4/0,5 EV 8/8h ou 6/6h 
8/8h: maioria das infecções 
6/6h: pacientes acima de 100kg ou infecções severas 
→ Reações adversas da Classe de PENICILINAS 
- Hipersensibilidade: muito frequente a hipersensibilidade tardia 
- De urticária a Sd. Stevens Johnson 
- Reação cruzada com cefalosporinas se alergia 
- Pode haver inclusiva a carbapenêmicos e monobactâmicos (todos derivados do anel beta lactâmico das 
penicilinas) 
- Diarreia e vômitos presentes, principalmente amoxa clavulanato 
 CEFALOSPORINAS 
- Grupo de antimicrobianossemissintéticos 
- Anel betalactâmico 
- Grande importância 
- Ampla gama de indicações clínicas 
- Baixa toxicidade 
- Comodidade posológica 
- Famacocinética favorável 
Evolução cronológica das gerações: 
 1ªG: Gram positivos 
 2ªG: Gram positivos/gram negativos 
 3ªG: Gram positivos/gram negativos 
 4ºG: Gram positivos/gram negativos maior estabilidade a betalactamases 
Cefalosporinas em uso prático no Brasil Oral Parenteral 
 1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO CEFAMICINAS 
VIA ORAL Cefalexina 
Cefadroxil 
Cefaclor 
Cefprozil 
Cefuroxima (zinnat) 
 
 
PARENTERAL Cefazolina 
Cefalotina 
Cefuroxima (zinacef) Cefoxitina 
 
 3ª GERAÇÃO 4ª GERAÇÃO 
VIA ORAL 
 
 
PARENTERAL Ceftriaxona 
Cefotaxima 
Ceftazidima 
Cefepime 
- Mecanismo de ação – semelhante às penicilinas 
- Ação nas transpeptidases = lise da parede celular 
- Ação nas PBPs: em geral PBP3 
- Bactericida 
- Efeito pós antibiótico por várias horas para gram positivos, ausente para gram negativos 
- Tempo dependentes 
- Boa disponibilidade oral: ate 95% da dose administrada (só 4ª geração que não) 
- Formulações parenterais: estáveis – infusão lenta contínua 
- Boa distribuição e penetração tecidual 
- Concentrações terapêuticas em SNC: 3ª geração 
- Excreção renal por secreção tubular – ajuste na IRA/IRC 
- Ceftriaxona: excreção biliar – sem correção IRA 
 
 
- Pra quem usar cefalosporinas? 
COCOS GRAM POSITIVOS 
 Pele: Streptococcus pyogenes, Staphylococcus meticilinosensiveis 3ªG pouco ativos volta na 4ª 
 Cavidade oral: Streptococcus pneumoniae 3ª e 4ªG 
 Cefuroxima 2ª G sem ação contra pneumococo Penicilina R 
GRAM NEGATIVOS 
 1ªG: somente E coli 
 2ªG: respiratórios – Haemophyllus influenzae e Moraxella catarrhalis 
 3ªG: Enterobactérias (E. coli, Citrobacter, Enterobacter, Serratia e Proteus) 
 Kleibisella pneumoniae 
 Enteropatógenos (Salmonella e Shigella) 
 Neisseria (N. meningitidis e N. gonorrhoeae)1ªG = ceftriaxona 
 Ceftazidima: Pseudomonas Aeruginosa 
 4ªG: todos cobertos pela 3ªG, inclusive dotados de mecanismo de resistência – AMPC, Pseudomonas 
ANAERÓBIOS 
 Cocos gram positivos anaeróbios presentes na boca: Peptoestreptococcus 1ª e 2ªG 
 Cefoxitina 
Bacilos gram negativos anaeróbios: Bacteroidis fragilis 
 Droga de escolha para profilaxia de cirurgias abdominais potencialmente contaminadas 
- Não usar: 
- Atípicos – inativas 
 Desprovidas de parede celular 
 Legionella, Chlamydia, Mycoplasma 
 Enterococcus: naturalmente resistente a todas cefalosporinas 
- Para refletir: 
 Cefalosporinas tratam tudo, de gram positivos a gram negativos, mas de atípicos só a Moraxella (2ªG) 
 Boa absorção via oral, quando disponíveis nessa apresentação 
 Agem na PBP, como os betalactâmicos 
- Resistência 
 Hidrólise por enzimas betalactamases – principal 
 Alteração estrutural do sítio de ação – PBP 
 Diminuição da permeabilidade da membrana externa por alteração das porinas 
 Aumento do efluxo da droga por mecanismo ativo 
- BETALACTAMASES 
 Principal mecanismo de resistência de gram negativos 
 Pode se associar a outros mecanismos 
 3 tipos: AmpC, ESBL (betalactamase espectro estendido), metalobetalactamase 
- AMPC faz resistência do gram negativo a todas as cefalosporinas até 3ª geração – opção cefalosporinas 4ªG 
- ESBL faz hidrólise de todas as cefalosporinas, inclusive 3ª e 4ª G 
 Carbapenêmicos: drogas de escolha 
 Resistência Grupo Procurar no Antibiograma Droga indicada 
AMPC Grupo CESP - Citrobacter, Enterobacter, 
Serratia, Proteus 
Resistência a cefalosporina 
de 3ª geração 
Cefepime 
ESBL Enterobactérias – E. coli, Klebsiella Resistência a 4ª geração Carbapenêmicos 
Uso clínico: 
1ª geração – cefalexina e cefadroxila – VO - estafilococos e estreptococos 
 Tratamento ambulatorial de infecção de partes moles e osteoarticulares 
 Contraindicada em infecção por mordedura: inativas contra Pasteurella multocida 
 Streptococcus pyogenes – amigdalites purulentas 
Contraindicada em otites e sinusites: inativas contra Haemophyllus influenzae, Moraxella catarrhalis 
e pneumococos resistentes a penicilina 
 Escolha nestes casos: amoxicilina 
E. coli – infecções não complicadas do trato urinário baixo, pacientes sem predisposição a outros 
agentes, sem resistências. 
 Somente em caso de contraindicação de Quinolonas – gestantes 
 Escolha normalmente é norfloxacina 
1ª geração – cefalotina e cefazolina – EV – estafilococos e estreptococos 
 Tratamento hospitalar de infecções de partes moles e osteoarticulares 
 Pacientes com restrição de volume ou alérgicos 
 Cefazolina – profilaxia cirúrgica em cirurgias limpas em sítios estéreis 
Cefazolina – droga mais utilizada em profilaxias cirúrgicas 
 Pele não infectada e cirurgia plástica 
 Cabeça e pescoço – sem mucosa ou SNC 
 Colecistectomia sem colecistite ou colangite 
 Herniorrafias e plastias 
 Mamoplastia e mastectomia 
 Histerectomia: parto vaginal ou cirúrgico 
 Cirurgias ortopédicas limpas 
 Maioria das cirurgias torácicas relacionadas a pulmão 
 Cirurgias vasculares sem gangrena 
 Trauma 
2ª geração – cefaclor, cefuroxima, cefprozil – VO – Streptococcus pneumoniae, Haemophillus influenzae, 
Moraxella catarrhalis 
 Otites, sinusites, amigdalites, faringites, epiglotites 
Não recomendadas para tratamento de pneumonias e meningites – inatividade contra pneumococos 
resistentes a penicilinas 
 Neste caso usar 3ªG ou quinolona 
2ª geração – cefuroxima – EV 
 Profilaxia cirurgias – espectro mais amplo que cefazolina 
 Cabeça e pescoço com mucosas 
 Otorrinolaringológicas 
 Cardíaca, transplante cardíaco e pulmonar 
 Neurológica 
 Cirurgias ortopédicas em pacientes com risco aumentado de infecções por Gram- 
 Neutopênicos, diabéticos, urológicos e pneumopatas (DPOC) 
 Revisão de artroplastia 
2ª geração – cefamicinas → cefoxitina 
 Atividade contra BGN aeróbios e anaeróbios 
 Enterobacteriaceae e Bacteroides fragilis 
 Indicação: profilaxia cirúrgica de cirurgias abdominais e ginecológicas 
 Uso terapêutico não recomendado – forte indutora de resistência 
3ª geração – ceftriaxona e cefotaxima – Pneumococos resistentes a penicilina 
 Pneumonias adquiridas na comunidade 
 Pneumonias graves: associar macrolídeo – claritromicina ou azitromicina 
 Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophilla 
 Pneumococos resistentes a penicilinas 
 Neisseria meningitidis, Haemophyllus influenzae 
 Droga de escolha para tratamento de meningite do adulto 
 Enterobacteriaceae: 
 Infecções complicadas do trato urinário 
 Infecções abdominais e de vias biliares PBE (+ anaerobicida: metronidazol) 
 Infecções de pele com flora polimicrobiana: ulceras crônicas (+gram+/anaeróbio: clinda) 
 Atenção: observar emergência de resistência EBSL ou AMPC 
CEFALOSPORINA DE 3ª G CEFTRIAXONA CEFOTAXIMA 
Metabolização Hepática Renal 
Correção função renal Não Sim 
Uso em situações com menos risco Renal crônico Hepatopata 
Nome comercial Rocefin Claforan 
 
Ceftriaxona – amplamente utilizada em outras situações 
 Infecções gonocócicas – uretrite: Dose Única 
 Febre tifóide e Salmonelose não Typhi 
 Infecções por Shigella 
 Endocardites estreptocócicas 
 Osteomielites por Gram negativo 
 Tratamento ambulatorial, DU diária IM para ITU 
Ceftazidima – atividade anti-pseudomonas – única de 3ªG com esse espectro 
 Descompensação infecciosa de Pneumopatia Crônica – fibrose cística 
 Pneumonia em usuários crônicos de Corticoesteroides 
 Meningites por Pseumonas sensíveis (DVP/DVE) 
 Apesar da cobertura para Pseudomonas, perdeu efetividade hospitalar 
4ª geração – cefepime – maior espectro entre as cefalosporinas 
 Atividade aumentada contra Gram negativos em relação à 3ªG – inclusive pseudomonas 
 Mais estável diante de betalactamases 
 Pneumococos resistentes a penicilina 
 Estafilococos meticilinosensíveis (melhor que 3ªG) 
 Infecções hospitalares– infecções de corrente sanguínea por Gram- (CVC) 
 Pneumonias – inclusive Pneumonia associada a ventilação 
 Infecções complicadas do trato urinário 
 Infecções de partes moles 
 Droga inicial para neutropenia febril 
Novas cefalosporinas – Ceftarolina 
 Atividade antiMRSA 
 Atividade contra enterococos ampicilina S 
 Atividade contra gram negativos semelhantes à 3ª geração 
 PAC com risco – infecções de partes moles 
 Licenciada no Brasil de 2015 
 Não é 5ª geração, porque não é mais potente que a 4ª geração para gram negativos. 
- Reações adversas – cefalosporinas 
Reações de hipersensibilidade – são as mais comuns 
Até 7% dos pacientes (< que penicilinas) 
Mais frequente: rash cutâneo (+ ou febre e eosinofilia) 
Reações mais graves: doença do soro, anafilaxia e angioedema – RARAS 
Até 5% de reação cruzada com penicilina – avaliar gravidade do episódio anterior com penicilina 
Reações gastrointestinais – não são habituais 
Associadas às drogas de apresentação oral 
Intolerância: náuseas, vômitos e diarreia 
Colite pseudomembranosa por toxina de Clostridium difficile – amplo espectro – cefepima 
Ceftriaxona – espessamento biliar 
 Incidência maior em crianças: contraindicado em RN 
 Cautela em hepatopatas, portadores de doença da árvore biliar e transplantados hepáticos 
 Alternativa: cefotaxima 
 Reações hematológicas: 
 Imunomediadas 
 Coombs +: sem anemia hemolítica expressiva 
 Citopenias/eosinofilia 
Cefalosporinas 
 Nefrotoxicidade – rara 
 Nefrite intersticial 
 Neurotoxicidade 
Convulsões: cefepime – pacientes críticos, insuficiência renal sem ajuste adequado da dose 
 EEG característico 
 Suspender. 
 CARBAPENÊMICOS 
- Betalactâmicos derivados da tienamicina – Streptomyces cattleya 
- Mais amplo espectro entre os betalactâmicos 
- Estáveis à hidrólise pela maioria das betalactamases 
- Drogas de escolha no tratamento de infecções graves, nosocomiais, causadas por agentes multirresistentes. 
- Mecanismo de ação: igual betalactâmicos 
 Inibição de síntese de parede celular 
 Alta afinidade por PBPs de alto peso molecular: forte atividade 
Porinas específicas: afluxo rápido e altas concentrações no espaço periplásmico – dificulta a hidrólise 
por betalactamase 
- Para quais microrganismos usar? 
Todos os Gram positivos e Gram negativos sensíveis a penicilinas e cefalosporinas 
Staphylococcus aureus (MSSA), E. coli, Enterobacter cloacae, Citrobacter freundii, Proteus rettgeri, 
Serratia marcescens, Proteus vulgaris, Klebsiella oxytoca, Pseudomonas aeruginosa, Bacteroides 
fragillis. 
Lembre-se: faz cobertura para estafilococos com perfil comunidade. 
 Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis 
 Haemophyllus influenzae < CIM para meropenem 
 Enterobacteriaceae, E. coli, Citrobacter 
 Enterobacter, Serratia, Providencia e Proteus 
 Produtoras de ESBL e AMPC < CIM para meropenem 
Pseudomonas aeruginosa 
- Droga mais ativa: meropenem 
- Imipenem: pode ser usado com igual segurança 
- Ertapenem: inativo 
Inativos contra Stenotrophomonas maltophillia e Burkholderia cepaciae 
Anaeróbios: CGP, BGN – incluindo Bacteroidis fragilis e Clostridium sp (exceto C. difficile), Nocardia sp e 
Actinomyces sp. 
- Somente uso parenteral 
- Excreção renal – ajuste de dose em IR 
- Imipenem → cilastatina 
- Boa concentração sérica e penetração tecidual 
- Imipenem – a cada 6 horas 
- Meropenem – a cada 8 horas 
- Ertapenem – dose única diária 
- Uso clínico – infecções hospitalares – agentes multirresistentes 
 Infecção de corrente sanguínea 
 Infecções de partes moles e osteoarticulares 
 Infecções ginecológicas e puerperais 
 Infecções complicadas do trato urinário 
 Infecções intra abdominais 
 Pneumonia (hospitalar e associada a ventilação) 
 Sepse 
- Resistentes a classes anteriores 
Imipenem e meropenem – drogas de escolha para o tratamento de infecções causadas por CGN – 
enterobacteriaceae) resistentes a cefalosporinas – Citrobacter, Enterobacter, Serratia e Providencia 
 Possível desenvolvimento de resistência durante o tratamento com cefalosporinas – AMPC 
- Boa droga para tratamento empírico hospitalar 
Infecções graves sem etiologia definida em pacientes que tenham história de uso prévio de múltiplos 
antimicrobianos 
 Tratamento empírico também na neutropenia febril 
 Tratamento de infecções polimicrobianas graves – ex. pancreatite 
Meropenem x Imipenem – diferenças 
Meropenem > atividade para BGN 
Meropenem tem melhor penetração em barreia hematoliquórica e menor potencial para causar convulsões 
Ertapenem – não cobre PSEUDOMONAS. 
Indicação para enterobactérias ESBL – infecções de partes moles, ITU, infecções abdominais e pélvicas 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
Mais potentes dos betalactâmicos 
Indicado na cobertura de gram negativos hospitalares em tratamentos empíricos 
Meropenem → melhor para SNC ou em pacientes com convulsões 
Imipenem → espectro semelhante ao meropenem 
Ertapenem → NUNCA usar empírico. Boa opção para tratamentos a longo prazo por enterobactérias multiR 
- Resistência – existe? 
- Estabilidade a betalactamases + porinas específicas 
Cepas sensíveis a carbapenêmicos mesmo quando resistentes a penicilinas e às quatro gerações de 
cefalosporinas 
- Hidrólise por enzimas betalactamases METALOBETALACTAMASES e CARBAPENEMASES – principal 
- Alteração estrutural do sítio de ação (PBP) 
- Diminuição da permeabilidade da membrana externa por alteração das porinas 
- Aumento do efluxo da droga por mecanismo ativo 
- Carbapenemases – KPC 
 Enterobactperia: Kleibisiella pneumoniae 
 Transmissão por plasmídeos 
 Resistência a Quinolonas, aminoglicosídeos e Polimixinas 
Eficácia clínica dos carbapenêmicos não foi estabelecida 
- Alternativas terapêuticas: Polimixinas, aminoglicosídeos, tigeciclina, fosfomicina 
- Infecções graves e/ou bacteremia – considerar terapia combinada: duas ou três drogas. 
- Tigeciclina isolada não. 
- Efeitos adversos – carbapenêmicos 
- Semelhantes aos provocados por betalactâmicos 
- Mais frequente: hipersensibilidade 
- Imipenem: náuseas em infusão rápida | convulsões. 
 AMINOGLICOSÍDEOS 
- Estreptomicina, gentamicina, amicacina (semi-sintético), neomicina, tobramicina 
- Antibióticos naturais – Streptomyces griseus 
- Efeito bactericida – relaciona-se à síntese proteica 
- Resistência: 
 Alteração estrutural do sítio de ação ribossômico 
 Síntese de enzimas inativadoras 
 Bomba de efluxo 
 Modificação da membrana plasmática impedindo a ligação 
- Para que tipo de bactéria podem ser usados? Bactérias aeróbias 
- Ruins via oral 
- Concentrações séricas próximas às tóxicas 
- Concentrações terapêuticas em tecido pulmonar, em líquido pleural, pericárdio, ascítico. 
- Baixa penetração liquórica. 
- Toxicidade renal – excreção renal 
- Dose única diária é sempre melhor, do que ficar dando de 8 em 8 horas 
- Onde usar clinicamente? 
- Gram negativos – Enterobacteriaceae e pseudomonas 
Associação com betalactâmicos – sinergismo – Infecções graves 
- Gram positivos – S. viridans, staphylococcus, enterococcus. 
Associação com penicilina G, oxacilina ou ampicilina – sinergismo – endocardites 
- Infecções polimicrobiana 
 Abdominais e partes moles relacionadas a úlceras crônicas 
Associação com drogas com melhor atividade contra gram positivos e anaeróbios (+ betalactâmico + 
metronidazol ou clindamicina) 
- Micobactérias – amicacina e estreptomicina 
- Não usar: Inativos contra: 
 Estreptococos – S. pyogenes e S. pneumoniae 
 Neisserias 
 Treponema 
 Clamídias 
 Micoplasma 
 Riquétsias 
 Bactérias anaeróbias em geral 
- Estreptomicina – tuberculose | endocardite por Strpetococcus viridans | Enterococcus sp (associação com 
penicilina G ou ampicilina) | Peste bubônica | Brucelose (associação com doxiciclina) 
- Esquema para multirresistência para tratamento de tuberculose – é reservada para isso. 
- Neomicina – extrema nefrotoxicidade e ototoxicidade- Não deve ser usada via parenteral, baixa absorção via oral 
- Muito usada em apresentações tópicas 
- Gentamicina – melhor efeito sinérgico com betalactâmicos 
- Associada com glicopetídeos no tratamento de infecções estreptocócicas e enterocócicas – endocardites 
 Streptococcus viridans – peni + genta 
 Staphylococcus aureus – oxa + genta 
 Enterococcus – ampi + genta 
- Amicacina – mais estável diante da ação de enzimas bacterianas inativadoras 
- Indicações: associação em infecções graves por gram negativos 
 Sepse, pneumonia, pielonefrite, osteomielites, infecções intra-abdominais 
 Tuberculose multi drogas resistentes 
- Efeitos adversos 
- Nefrotoxicidade – necrose tubular por toxicidade direta 
- Fatores de risco: idosos, nefropatas de base, diabéticos, pacientes desidratados 
- Ototoxicidade – lesão direta das células cocleares e vestibulares | zumbido 
- O que lembrar: 
 Concentração dependente – mas não em infecções graves 
 Ótimo para gram negativos, inclusive multiR 
 Em associação com sinergismo 
 Efeitos colaterais ➔ Ototoxicidade e nefrotoxicidade 
 POLIMIXINAS 
- Polimixina B e colistina 
- Ação bactericida 
- Ação em membranas celulares – lise celular 
- Colistina – custo maior – menos usada 
- Polimixina B – menos custo – mais usada – mais tóxica 
- Agem sobre gram negativos: 
 Pseudomonas aeruginosa 
 Klebisiella pneumoniae 
 Acinectobacter baumanii multirresistentes 
 Inclusive resistentes a carbapenêmicos 
- Sem ação contra: Proteus, Providencia, Serratia, Burkholderia 
- Não são drogas para serem usadas empiricamente 
- Clinicamente – onde usar? 
- Infecção de corrente sanguínea 
- Pneumonia associada a ventilação mecânica 
- Infecção do trato urinário 
- Infecção de partes moles 
- Infecção de SNC associada a DVP/DVE – baixa penetração liquórica – necessidade dose intratecal 
- Dose de ataque: OBRIGATÓRIA 
- Nunca usar sozinha – tratamento com duas ou três drogas 
- Fatores de risco para resistência: 
 Uso prévio de colistina – colonização ou infecção por BGN MR 
 Uso inapropriado de colisitina – dosagem sub-ótima, monoterapia por tempo prolongado 
- Efeitos adversos 
 Nefrotoxicidade 
 Neuropatia periférica 
 Bloqueio de placa neuromuscular: paresia global em pacientes graves 
- Não esquecer: 
- Opção para gram negativos multir 
- Não trata todos gram negativos 
- Polimixina B – dose de ataque e sem correção para IRA 
- Nefrotoxicidade e bloqueio neuromuscular 
- Resistência – grave e sem soluções por enquanto 
 GLICOPEPTÍDEOS 
- Tricíclica – vancomicina – tratamento empírico de gram positivas e com perfil de gravidade 
- Tetracíclica – teicoplanina 
- Mecanismo de ação: inibição de síntese de parede celular – principal 
- Indicação preferencial – tratamento de infecções por estafilococos resistentes a betalactâmicos (MRSA) 
- Vancomicina – apresentação parenteral – infusão lenta 
 Eliminação renal – IRA tenho que ajustar 
 Ampla distribuição por tecidos e líquidos orgânicos 
 Bile: concentração não terapêutica | liquor: 14% da concentração sérica 
- Para quais bactérias? Gram positivas 
 Streptococcus pneumoniae, S. pyogenes, S. viridans, S. agalactie 
 Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. coagulase negativos 
 Corynebacterium 
 Clostridium difficile 
 Enterococcus faecalis, E. faecium 
- Do ponto de vista clínico onde usar? 
- Infecções graves por estafilococos meticilino resistentes 
Hospitalares 
Comunidade 
 - Infecções associadas a dispositivos invasivos 
 Próteses – ortopédicas e valvares 
 CVC 
 DVP e DVE 
 Marcapasso 
 Associar rifampicina – melhor penetração para prósteses em geral 
 Retirar dispositivo 
- Tratamento empírico da sepse hospitalar em doentes críticos – CVC, VAP, lesão de pele 
- Peritonite em pacientes em diálise peritoneal – intraperitoneal 
- Tromboflebites relacionadas a acesso venoso 
- Colite pseudomembranosa por C. difficile sem resposta a metronidazol 
- Infecções por estafilococos meticilino sensíveis em pacientes alérgicos a betalactâmicos 
- Meningites estafilocócicas ou por pneumococos resistentes a penicilina e/ou cefalosporina de 3ªG 
- Todo glicopeptídeo precisa de dose de ataque 
- Controle por vancocinemia 
 Manter níveis séricos entre 10-20mg/L 
 Pacientes graves: entre 15-20 mg/L 
 Se valores acima de 30mg/L; nefrotoxicidade – suspender a dose 
- Teicoplanina – espectro semelhante à vancomicina 
- Meia vida longa e concentração tecidual prolongada – dose única diária 
- Não penetra barreia hematoencefálica 
- Tratamento ambulatorial de osteomielite por OMC 
- Reações adversas 
 Nefrotoxicidade 
 Febre 
 Síndrome do homem do pescoço vermelho – não é hipersensibilidade 
 Realizar infusão mais lenta, em 2 horas 
 Nunca mais de 2g por dose 
 Ototoxicidade 
 - Resistência: 
 Problema de transmissão em ambiente hospitalar 
- O que lembrar: 
 Ótima opção em cobertura empírica para Gram Positivos Hospitalares 
 MRSA/enterococcus resistentes a ampicilina – fazer dose de ataque 
 Vancocinemia – importante para tratamento com efetividade e sem efeitos colaterais 
 Teicoplanina – boa para uso IM ou EV 1 x dia – osteomielites crônicas MRSA 
 Resistência – opções: daptomicina, linezolida, aminoglicosídeos 
 QUINOLONAS 
- Antimicrobinos sintéticos 
- Bactericidas 
- Derivado do ácido nalixidico 
- Quinolonas disponíveis: 
 Norfloxacina – cistites 
 Ciprofloxacina – melhor ação contra pseudomonas 
 Levo e ofloxacina – boa penetração pulmonar 
 Moxi e gemifloxa – maior biodisponibilidade 
 Gati, trova, grepa – retiradas do mercado por toxicicidade 
- Onde agem – sítio de ação: topoisomerase 
 Tipo II em gram negativos – DNA girase 
 Tipo IV em gram positivos 
- Resistência 
 Alteração estrutural do sítio catalítico das topoisomerases 
- Boa concentração sérica 
- Boa penetração na maioria dos tecidos 
- Boa biodisponibilidade oral 
- Dose única diária: levo e moxi 
- Metabolização hepática parcial 
- Excreção renal sob forma ativa 
- Alta concentração urinária 
- Cobertura – gram negativos aeróbios 
 E. coli, Klebsiella, Proteus, Citrobacter, Serratia, Salmonella, Neisseria gonorrhoeae, Haemophylus 
 Pseudomonas aeruginosa – cipro 
Cocos gram positivos 
 Staphylo – rápida indução de resistência 
 Strepto – levo e moxi 
 Atípicos – legionella, chlamydia, mycoplasma 
Especiais 
 Vibrio cholerae – cólera 
 Mycobacterium tuberculosis – cuidado – risco de mascarar tuberculose 
- AMPLA COBERTURA – Principalmente Gram negativos, cocos gram positivos, atípicos, mtb 
- Uso clínico: 
 Infecção TU 
 Infecções de pele e partes moles 
 Infecções TGI + anaerobicidas 
 Infecções respiratórias altas e pneumonias – fluorquinolonas 
 Infecções de corrente sanguínea por gram negativos sensíveis 
 Prostatites e DSTS – exceto sífilis 
- Ciprofloxacina 
- DST – N. gonorrhoeae – não é mais recomendada devido resistência. 
- Haemophyllus – cancro mole – dose única 
- Contraindicado para meningites, pode ser feita para profilaxia. 
- Ofloxacina – reservada para tuberculose em pacientes com hepatotoxicidade 
- Levofloxacina – terceira geração, respiratórias 
- Administração em dose única diária 
- Melhor concentração sérica e penetração pulmonar 
- Melhor atividade contra cocos gram positivos, incluindo Strepto pneumoniae 
- Boa biodisponibilidade oral 
- Concentração pulmonar 2 a 5 vezes maior que a sérica 
- Boa opção para Pneumo resistentes a penicilinas 
 Haemophyllus influenzae, Moraxella catarrhalis, legionella, chlamydia e mycoplasma 
- Tratamento de pneumonias adquiridas na comunidade e hospitalares precoce (até 5 dais após a internação) 
- Moxifloxacina – espectro de ação e penetração muito similar ao da levo 
- Risco do prolongamento do intervalo QT – idosos 
- Gemifloxacina – mais potente contra gram positivos 
- Reações adversas: 
- Intolerância gastrointestinal – mais frequente. 
- Colite pseudomembranosa podeocorrer – cipro 
- Convulsões – raras 
- Idosos: delírio e alteração do nível de consciência 
- Tendinite do tendão calcâneo – aquiles 
- Contraindicado em gestantes e menores de 12 anos 
 MACROLÍDEOS 
- Eritromicina, claritromicina, azitromicina, espiramicina 
- Antimicrobianos semisintéticos 
- Bacteriostática 
- Agem inibindo a síntese proteica através da ligação ao RNA ribossômico – ligação reversível 
- Resistência 
- Intrínseca – não usar – sensibilidade diminuída à membrana externa – Enterobacter, pseudomonas, 
acinetobacter 
- Adquirida – gram positivos – estafilo e estrepto 
- Cruzadas; entre macrolídeos e lincosmidas 
 - Eritromicina – clássico 
- Bacteriostático, atividades bactericidas em altas concentrações em bactérias sensíveis 
- Via oral 
- Apresentações parenterais – desuso 
- Metabolização hepática – evitar em hepatopatas 
- Baixa concentração liquórica 
- Boa concentração em secreção brônquica – usados para tratar infecções pulmonares 
- Eficaz contra quem? Strepto, Stafilo MSSA 
- Uso limitado – baixa absorção oral, baixa penetração tecidual, muita intolerância gástrica 
- Onde usar: Strepto pyogenes – faringoamigdalite, impetigo, erisipela, escarlatina 
- Alternativa em alérgicos 
- Strepto pneumoniae – inativas contra pneumococos resistes a penicilinas – deve ser substituído por 
fluorquinolonas. 
Coqueluche Cancro mole Difteria Gastrinterite Legionelose Pitacose 
Bordetella 
pertussis 
Haemophylus 
ducreyi 
Corynebacterium 
difteriae 
Campylobacter 
jejuni 
Legionella 
pneumophila 
Chlamydia 
psittaci 
1. Penicilina benzatina (2) Mordedura de cão 
2. Amoxicilina + clavulanato (3) Coqueluche 
3. Eritromicina (1) Amigdalite bacteriana 
4. Ampicilina (5) Síndrome da pele escaldada 
5. Oxacilina (4) Infecção por enterococo sensível 
- Espiramicina – espectro semelhante ao da Eritromicina – menor atividade 
- Ação contra Toxoplasma gondii 
 Não passa barreira placentária 
- Prevenção de transmissão vertical de Toxoplasmose – IGM na mãe, mas infecção não confirmada no líquido 
amniótico 
- Infecção fetal – IGM na mãe e confirmação no líquido – intercala com sulfadiazina, pirimetamina e ácido 
folínico. 
- Uso clínico – toxoplasmose congênita assintomática 
 Toxoplasmose do adulto muito sintomática – alérgicos a sulfa 
- Azitromicina – espectro comparável ao da eritromicina contra estrepto e stafilo 
- Atividade superior: atípicos e hemófilos 
 Haemophyllus influenzae 
 Moraxella catarrhalis 
 Mycoplasma pneumoniae 
 Chlamydia pneumoniae 
- Meia vida: 68 horas – 1x por dia 
- Acentuada penetração tecidual 
- Concentrações elevadas em órgãos e tecidos por até vários dias após suspensão – tonsila, pulmão e pele 
- Altas concentrações nos macrófagos alveolares – até 4 dias após a última dose administrada 
- Biodisponibilidade oral baixa – não usar próximo a alimentos – reduz absorção 
- Boa penetração tecidual permite uso VO 
- Apresentação oral e parenteral 
- Uso clínico – infecções respiratórias 
- Faringites, amigdalites, otites, sinusites 
- PAC não graves, sem comorbidades 
- PAC graves com hospitalização – em associação com cefalosporinas 
- Uretrite gonocócica, uretrite não gonocócica e cancro mole, gastroenterite por Campylobacter jejuni, 
erradicação do Helicobacter pylori 
- Claritromicina – semelhante a azitromicina 
- Atividade adicional: Mycobacterium leprae, Mycobacterium avium intracellulare, Toxoplasma gondii 
- Indicações iniciais da azitro e mais: 
 Tratamento das micobacterioses por complexo Avium intracellulare MAC em pacientes com SIDA 
Característica Azitromicina Claritromicina 
H. pylori Consegue tratar Mais usada 
Posologia 1x dia 12/12h 
Custo $$$ Menor Maior 
Tolerância gástrica Como 1x, pouco melhor Como 2x, maior epigastralgia 
- Eventos adversos 
 Intolerância gastrintestinal 
 Náuseas 
 Hipersensibilidade 
 Alteração de intervalo QT em idosos – cuidado 
 Flebite na infusão EV – diluir 
- O que não esquecer? 
- Bacteriostáticos 
- Eritromicina: muito intolerante gástrica 
- Espiramicina: toxoplasmose é o uso principal 
- Claritromicina e azitromicina: muito semelhantes 
- Tratamento amplo com efeito residual para muitas infecções 
- Principalmente gram positivos e vias aéreas

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