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Geriatria - Envelhecimento do Aparelho Respiratório

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Geriatria – Aula 2 – Envelhecimento do Aparelho Respiratório 
O ser humano, em relação ao seu funcionamento, pode ser dividido em fase de platô, que é o indivíduo em 
seu pleno funcionamento, e a fase de declínio que é onde se iniciam as alterações anatômicas e funcionais, 
bem como por associação a comorbidades crônico-degenerativas. 
No envelhecimento do aparelho respiratório, é notável a perda do funcionamento/potência da musculatura 
intercostal, articular (osteoporose e osteopenia), de modo que há alteração na capacidade respiratória do indi-
víduo. Além disso, há a perda da elasticidade pulmonar, muito ligada ao tabagismo, junto com o aumento da 
rigidez da caixa torácica. Um aspecto mais pontual das alterações é a diminuição dos espaços intercostais, 
alterando a morfologia da parede torácica que, muitas vezes, pode provocar alterações como a cifose que 
diminui a expansibilidade torácica. Outro ponto é a diminuição da expansibilidade do trato inferior pulmonar 
de forma bilateral durante a inspiração. 
Além disso, há a perda do volume expiratório, ligado a perda da contratilidade muscular e por enfisema 
pulmonar. Dessa forma, perde-se os reflexos protetores do trato respiratório, como a tosse e o espirro. Ainda 
na questão protetora, a atividade ciliar do trato começa a diminuir, promovendo a perda da efetividade da 
limpeza mucociliar, ocorrendo acúmulo de pigarro e dificuldade respiratória. Portanto, há um aumento do 
acometimento de infecções respiratórias, como a pneumonia. 
Pontos a serem considerados, também é o aumento do espaço morto, promovido pelo alargamento e calcifi-
cação das cartilagens traqueais e brônquicas; além da perda da área de superfície de volume que ocorre pelo 
achatamento dos sacos alveolares, aumento do diâmetro dos ductos alveolares e diminuição da superfície 
alveolar, de forma que há diminuição da capacidade de hematose. A redução da complacência pulmonar tam-
bém é notada, junto com a alteração do formato pulmonar e dinâmica ventilatória. É possível notar, portanto, 
que há o aumento do volume pulmonar que busca aumentar a capacidade de troca gasosa, aumentando o tórax 
do indivíduo (tórax em barril) e há uma predominância de uma respiração abdominal junto a um abaulamento 
da asa do nariz e hipertrofia da musculatura acessória, os quais, juntos, demonstram uma necessidade de maior 
esforço respiratório para suprir a demanda do indivíduo.

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