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Aula 2 - Microeconomia

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Aula 2 - Microeconomia
Hugo Leonardo Carvalho Soares
1
Análise da Demanda de 
Mercado
Conceitos de utilidade, Teoria do Consumidor (curva de
indiferença, reta orçamentária e equilíbrio do
consumidor), demanda de mercado.
2
Fundamentos de Microeconomia
A Microeconomia ou Teoria de Preços é a parte da
teoria econômica que estuda o comportamento das
famílias, das empresas e dos mercados nos quais
operam;
Esse ramo da economia preocupa-se com as
unidades econômicas individuais (consumidores,
firmas, mercados específicos).
3
Fundamentos de Microeconomia
A Microeconomia analisa a
formação de preços com
base em dois mercados
básicos:
• Mercado (preço) de bens e 
serviços;
• Mercado (preço) dos serviços 
dos fatores de produção –
salários, juros, aluguéis e lucros.
A teoria microeconômica não 
tem foco numa empresa 
específica (como a economia de 
empresas), mas no mercado no 
qual as empresas e consumidores 
interagem, de acordo com os 
fatores econômicos que 
determinam os comportamentos 
do consumidor e das empresas.
4
Condição Coeteris Paribus
• Para analisar um mercado específico, a teoria microeconômica 
se vale da hipótese de que tudo o mais permanece constante
(em latim, coeteris paribus);
• O foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado específico, 
analisando o papel que exercem a oferta e a demanda, supondo 
que outras variáveis não interferem ou interferem muito pouco;
• Essa condição também serve para estudar efeitos de variáveis 
isoladas a renda, gastos, preferências...
5
Divisão dos Tópicos de Microeconomia
Os grandes tópicos 
estudados na 
análise 
microeconômica 
são os seguintes:
Teoria ou análise da demanda
Teoria ou análise da oferta
Análise das estruturas de mercado
Teoria do equilíbrio geral e do bem-estar
Imperfeições (“falhas”) de mercado
6
Divisão dos Tópicos de Microeconomia
Teoria ou análise da demanda – estuda as diferentes
formas que a demanda pode assumir e os fatores que a
influenciam. A demanda ou procura depende de variáveis
que influenciam a escolha do consumidor, as principais são
o preço, a renda, as preferências, hábitos, e é dividida em:
• Teoria do Consumidor (demanda individual)
• Demanda de Mercado
7
Divisão dos Tópicos de Microeconomia
Teoria ou análise da oferta – estuda o processo de produção e os
custos de produção numa perspectiva econômica. A Teoria da
Produção envolve apenas relações físicas entre o produto e os
fatores de produção, enquanto a Teoria dos Custos de Produção
classifica e analisa os custos. A análise da oferta é dividida em:
Oferta Individual
Oferta de 
Mercado
Teoria da 
Produção e dos 
Custos de 
Produção 
8
Divisão dos Tópicos de Microeconomia
•Mercado de bens e serviços 
(Concorrência perfeita e 
monopolística, monopólio e 
oligopólio)
•Mercado de insumos e fatores de 
produção (Concorrência perfeita, 
monopsônio e oligopsônio)
Análise das estruturas de 
mercado – aborda a 
maneira como estão 
organizados os mercados 
e como é determinado o 
preço e a quantidade de 
equilíbrio nesses 
mercados e é dividida 
em:
9
Divisão dos Tópicos de Microeconomia
• Teoria do equilíbrio geral e do bem-
estar – estuda a interação de todos 
os mercados simultaneamente e 
seu impacto no bem-estar social 
(tópicos aprofundados em livros de 
específicos de microeconomia)
✓Teoria do bem-estar: alocação 
ótima dos recursos.
• Imperfeições (“falhas”) de 
mercado – situações onde o 
mercado não promove perfeita 
alocação de recursos. 
✓externalidades 
✓bens públicos
✓informação assimetria
10
Análise da Demanda de Mercado
11
• Definição Demanda: Demanda (ou procura) é a quantidade de 
determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, 
num dado período, renda, gastos e preços de mercado.
• Fundamentos da Teoria da Demanda: Os fundamentos da análise da 
demanda está baseada no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade 
representa o grau de satisfação ou bem-estar que os consumidores 
atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado. A utilidade 
é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as 
necessidades humanas.
Teoria do Valor Trabalho x Teoria do Valor 
Utilidade
• Teoria do valor trabalho foi desenvolvida 
pelos economistas clássicos Malthus, 
Adam Smith, Ricardo, Marx;
• Considera que o valor de um bem se 
forma do lado da oferta, por meio dos 
custos do trabalho incorporado, 
representando basicamente a mão-de-
obra.
• A teoria do valor utilidade contrapõe-se à 
teoria do valor trabalho e pressupõe que o 
valor de um bem se forma por sua 
demanda;
• Para essa teoria o valor representa a 
satisfação que o bem representa para o 
consumidor. O valor é subjetivo e 
considera que o valor nasce da relação 
do ser humano com os objetos.
12
Obs.: Como está baseado em aspectos psicológicas ou preferências subjetivas, a utilidade difere de 
consumidor para consumidor
valor de uso x valor de troca 
Noções sobre a Escolha do Consumidor: 
conceitos de utilidade total e marginal
• No final do século 19 alguns economistas elaboraram o conceito de 
utilidade marginal e dela se deriva a curva da demanda e suas 
propriedades;
• Entende-se que a Utilidade Total tende a aumentar quando aumenta o 
consumo de um bem ou serviço. Contudo, a Utilidade Marginal, que é 
a satisfação obtida adicional pelo consumo de uma unidade a mais do 
bem é decrescente (Lei da Utilidade Marginal Decrescente);
𝑈𝑚𝑔 =
∆𝑈𝑡
∆𝑞
13
Noções sobre a Escolha do Consumidor: 
conceitos de utilidade total e marginal
14
Utilidade 
Total
Quantidade 
Consumida
Figura 01 – Utilidade Total
Utilidade 
Marginal
Quantidade 
Consumida
Figura 02 – Utilidade Marginal
Paradoxo da água e do diamante 
ou paradoxo do valor
Comportamento e Escolha do 
Consumidor
• Como um consumidor com renda limitada decide que bens e serviços deve 
adquirir? O comportamento do consumidor é melhor compreendido quando 
examinado em três etapas:
I. Preferências do Consumidor: primeiro devemos encontrar uma forma prática 
de descrever por que as pessoas poderiam preferir uma mercadoria a outra.
II. Restrições Orçamentárias: obviamente, os consumidores devem considerar os 
preços, por isso, devemos levar em consideração a renda limitada disponível.
III. Escolhas do consumidor: diante de suas preferências e da limitação de 
renda, os consumidores escolhem comprar as combinações de mercadorias 
que maximizem sua satisfação.
15
Preferências do Consumidor
• Considerando a imensa variedade de bens e serviços disponíveis
no mercado e a diversidade de gostos pessoais, como podemos
descrever as preferências do consumidor de forma coerente?
• Primeiramente, vamos pensar como um consumidor pode
comparar diferentes conjuntos de itens disponíveis para a
compra.
• Em Economia empregamos o termo cesta de mercado para nos
referir a esse conjunto de itens.
16
Curva de Indiferença
• A teoria da demanda desenvolvida pela economia tem como 
hipóteses básica que o consumidor está maximizando sua utilidade, 
limitado por seu nível de renda.
• Curva de Indiferença (CI): instrumental gráfico que serve para ilustrar as 
preferências do consumidor, lugar geométrico que representa as 
diferentes combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo 
nível de utilidade.
17
Preferências do Consumidor
• Mas como os consumidores selecionam
essas cestas? Quanto de comida ou
vestuário comprar por mês?
• Na teoria econômica é suposto que a
preferência dos consumidores são
consistentes e têm sentido. Com esse
pressuposto podemos apresentar
graficamente as preferências do
consumidor por meio do uso das curvas
de indiferença.
18
Vestuário
Alimentos
B
A
C
Figura 03 – Curva de Indiferença
Características Básicas da Curva de 
Indiferença
I. Inclinação Negativa: supondo-
se um dado nível de bem-
estar, ao aumentar o consumo
de um bem 𝑋 , é necessário
reduzir o consumo de outro
(bem 𝑌). Por isso, a inclinação
da curva deindiferença
recebe o nome de Taxa
Marginal de Substituição (TMS).
19
II. Convexidade em relação à
origem: a taxa marginal de
substituição vai diminuindo à
medida que aumenta a
quantidade de um bem e
reduzimos a quantidade do
outro.
Preferências do Consumidor
20
• Para descrevermos as 
preferencias de um 
consumidor em relação 
a todas as combinações 
de curvas de indiferença 
é denominado mapa de 
indiferença.
Vestuário
Alimentos
Figura 04 – Mapa de Indiferença
𝑈1
𝑈2
𝑈3
Restrição Orçamentária
• Como a restrição orçamentaria limita as escolhas de um
consumidor?
• Vamos considerar a seguinte situação no qual a renda fixa é
representada por “I”, que possa ser gasta em diversos produtos,
“A” representará as quantidades adquiridas de alimentos e por
“V” a quantidade adquirida de vestuário.
• Os preços das duas mercadorias serão indicadas por 𝑃𝐴 e por 𝑃𝑉.
21
Restrição Orçamentária
Por simplificação, vamos supor que o consumidor gasta toda a sua
renda em alimento e vestuário.
𝑃𝐴𝐴 representa a quantidade gasta com alimentos e 𝑃𝑉𝑉 é a
quantidade gasta em vestuário.
A linha do orçamento indica todas as combinações de A e V para
os quais o total de dinheiro gasto seja igual à renda disponível.
22
Restrição Orçamentária
23
• A linha orçamentária descreve as
combinações de quantidades de
bens que podem ser adquiridas
de acordo com a renda do
consumidor e os preços do bem e
pode ser representada pela
expressão:
𝑃𝐴𝐴 + 𝑃𝑣𝑉 = 𝐼 (0.1)
Vestuário
Alimentos
Figura 05 – Linha do Orçamento
Restrição Orçamentária
24
• Efeitos das Modificações na
Renda: O que ocorre com a
linha do orçamento quando
ocorrem modificações na
renda?
Vestuário
Alimentos
Figura 06 – Efeito de uma modificação na renda 
sobre a linha do orçamento
𝐼0𝐼1 𝐼2
𝐼1 < 𝐼0 < 𝐼2
Restrição Orçamentária
25
• Efeitos das Modificações no
Preço: O que ocorre com a
linha do orçamento caso o
preço de uma mercadoria
seja modificado, mas o
preço da outra mercadoria
permaneça o mesmo?
Vestuário
Alimentos
Figura 07 – Efeito de uma modificação nos 
preço sobre a linha do orçamento
𝑃𝐴0𝑃𝐴1 𝑃𝐴2
𝑃𝐴1 > 𝑃𝐴0 > 𝑃𝐴2
Escolha Ótima (Equilíbrio do Consumidor)
• Dadas as preferencias e as restrições orçamentárias, podemos
determinar como os consumidores escolhem quanto comprar de cada
mercadoria.
• A cesta de mercado maximizadora deverá satisfazer duas condições:
1. Deverá estar sobre a linha do orçamento;
2. Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e
serviços.
26
Escolha Ótima (Equilíbrio do Consumidor)
• As duas condições tratadas
anteriormente fazem com que
o problema de maximização
da satisfação do consumidor
seja o de escolher um ponto
apropriado sobre a linha do
orçamento.
27
Vestuário
Alimentos
Figura 08 – Maximizando a satisfação do 
consumidor
Escolha Ótima (Equilíbrio do Consumidor)
• Mas como escolher
diante das diversas
combinações de curvas
de indiferenças?
28
Vestuário
Alimentos
Figura 09 – Maximizando a satisfação do 
consumidor no mapa de indiferença
𝑋2
∗
𝑋1
∗
𝑈0
𝑈1
𝑈2A
B
C
Alternativas de Equilíbrio do Consumidor 
29
Vestuário
Alimentos
Figura 10 – Situações alternativas de equilíbrio do consumidor 
𝑈0
𝑈1
𝑈2
Variáveis que Afetam a Demanda
• preço do bem ou serviço;
• preços de outros bens ou 
serviços;
• renda (e sua distribuição);
• riqueza (e sua distribuição);
• fatores climáticos e sazonais;
• localização;
• propaganda;
• hábitos, gostos, preferências dos 
consumidores;
• expectativas sobre o futuro;
• facilidades de crédito 
(disponibilidade, taxa de juros, 
prazos).
30
Análise da Demanda de Mercado
• Lei Geral da Demanda: relação 
inversamente proporcional entre 
a quantidade procurada e o 
preço do bem, coeteris paribus. 
⇒ 𝑞𝑑
𝑖 = 𝑓(𝑝𝑖)
31
𝑝
𝑞
Figura 11 – Curva da demanda
𝑝1
𝑞1
A
B
𝑞0
𝑝0
Análise da Demanda de Mercado
32
• Função Geral da Demanda: 
𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓(𝑝𝑖 , 𝑝𝑠, 𝑝𝑐 , 𝑅, 𝐺)
𝑞𝑖
𝑑 = quantidade procurada (demandada) do bem i/t (t significa num dado período)
𝑝𝑖 = preço do bem i/t
𝑝𝑠 = preço dos bens substitutos ou concorrentes/t (o consumo de um bem substitui o 
consumo do outro)
𝑝𝑐 = preço dos bens complementares/t (são bens consumidos em conjunto)
𝑅 = renda do consumidor/t
𝐺 = gostos, hábitos e preferências do consumidor/t
Quantidade demandada e o preço do 
próprio bem
• Curva de demanda: 𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓 𝑝𝑖
supondo 𝑝𝑠, 𝑝𝑐, 𝑅, 𝐺 constantes
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝑝𝑖
< 0
• Por que ocorre essa relação
inversa entre o preço e a
quantidade demandada de
um bem ou serviço?
• Efeito Preço Total: Suponhamos uma queda do
preço do bem.
✓Efeito substituição: o bem fica mais barato
relativamente aos concorrentes, com o que a
quantidade demandada aumenta;
✓Efeito renda: com a queda de preço, o poder
aquisitivo do consumidor aumenta, e a
quantidade demandada do bem tende,
normalmente, a aumentar.
33
Quantidade demandada e o preço de 
outros bens e serviços
A relação da quantidade demandada de um 
bem ou serviço com os preços de outros bens ou 
serviços dá origem a dois importantes conceitos: 
•Bens substitutos;
•Bens complementares.
34
Quantidade demandada e o preço de 
outros bens e serviços
• Bens substitutos ou concorrentes: o consumo de 
um bem substitui o consumo do outro. 𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓 𝑝𝑠
supondo 𝑝𝑖, 𝑝𝑐, 𝑅, 𝐺 constantes
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝑝𝑖
> 0
• Exemplos de bens substitutos entre si:
➢carne de vaca, frango, peixe;
➢ refrigerante de marcas diferentes; 
➢viagem de trem ou de ônibus;
➢manteiga e margarina.
35
𝑃𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐴
Figura 12 – Deslocamento da demanda, supondo 
um aumento no preço de um bem concorrente ou 
substituto
𝑞𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐴
𝑑
𝑝
𝑞0 𝑞1
𝐷𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐴
0
𝐷𝑟𝑒𝑓𝑟𝑖𝑔𝑒𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐴
1
Quantidade demandada e o preço de 
outros bens e serviços
• Bens complementar: são bens consumidos 
em conjunto. 𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓 𝑝𝑐 supondo 𝑝𝑖, 𝑝𝑠, 𝑅, 𝐺
constantes
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝑝𝑖
< 0
• Exemplos de bens complementares entre si:
➢camisa social e gravata;
➢pneu e câmara;
➢pão e manteiga;
➢ sapato e meia.
36
𝐷𝐺𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎
0
𝐷𝐺𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎
1
𝑃𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜 𝐺𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎
𝑞𝐿𝑖𝑡𝑟𝑜 𝐺𝑎𝑠𝑜𝑙𝑖𝑛𝑎
𝑑
Figura 13 – Deslocamento da demanda, supondo 
um aumento no preço de um bem complementar 
𝑝
𝑞1 𝑞0
Demanda de um bem e renda do
consumidor (𝑹)
𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓(𝑅), com 𝑝𝑖, 𝑝𝑠,𝑝𝑐, 𝐺 constantes
• Em relação à renda dos consumidores, podemos ter três situações distintas:
•
△𝑞𝑖
𝑑
△𝑅
> 0, bem normal: aumentos da renda levam ao aumento da demanda do bem;
•
△𝑞𝑖
𝑑
△𝑅
< 0, bem inferior: aumentos da renda levam à queda de demanda do bem: carne de 
segunda, roupas rústicas etc.;
•
△𝑞𝑖
𝑑
△𝑅
= 0, bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará 
a demanda do bem.
37
Deslocamento da demanda, supondo um 
aumento na renda dos consumidores
38
𝐷𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 2ª
0
𝐷𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 2ª
1
𝑃𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 2ª
𝑞𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 2ª
𝑑
Figura 15 – Bem Inferior
𝑃𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 1ª
Figura 14 – Bem Normal
𝑞𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 1ª
𝑑
𝐷𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 1ª
0
𝐷𝑐𝑎𝑟𝑛𝑒 1ª
1
Deslocamento da demanda, supondo um 
aumento na renda dos consumidores
39
𝑃𝑎𝑟𝑟𝑜𝑧
Figura 16 – Bem de Consumo Saciado
𝑞𝑎𝑟𝑟𝑜𝑧
𝑑
𝐷𝑎𝑟𝑟𝑜𝑧
0 = 𝐷𝑎𝑟𝑟𝑜𝑧
1
Demanda de um bem e hábitos dos
consumidores (𝑮)
𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓(𝐺), com 𝑝𝑖, 𝑝𝑠,𝑝𝑐, 𝑅 constantes
• Os hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados ou
“influenciados” por propaganda e campanhas promocionais.
Podemos ter campanhas para aumentar o consumo ou para
diminuir o consumo de bens.
40
Deslocamento da demanda, supondo uma 
alteração dos hábitos dos consumidores
41
𝑃𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝑠𝑎𝑢𝑑á𝑣𝑒𝑖𝑠
Figura 17 – Campanhas de alimentação 
saudáveis
𝑞𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝑠𝑎𝑢𝑑á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑑
𝐷𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝑠𝑎𝑢𝑑á𝑣𝑒𝑖𝑠
0
𝐷𝑎𝑙𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝑠𝑎𝑢𝑑á𝑣𝑒𝑖𝑠1
𝐷𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜
0
𝐷𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜
1
𝑃𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜
𝑞𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜
𝑑
Figura 18 – Campanha contra o fumo
Resumo das principais variáveis da 
função demanda
• As principais variáveis determinantes da função demanda,
bem como as relações entre essas variáveis e a demanda do
consumidor, podem ser assim resumidas:
𝑞𝑖
𝑑 = 𝑓(𝑝𝑖 , 𝑝𝑠, 𝑝𝑐 , 𝑅, 𝐺)
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝑝𝑖
< 0,
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝑝𝑠
> 0,
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝑝𝑐
< 0,
△ 𝑞𝑖
𝑑
△𝑅
>
<0,
△ 𝑞𝑖
𝑑
△ 𝐺
>
<0
42
Curva de Demanda de Mercado de Um 
Bem ou Serviço
• Até esta parte, não distinguimos a demanda do consumidor individual
da demanda de mercado, que engloba todos os consumidores de
determinado bem ou serviço.
• A demanda de mercado é igual ao somatório horizontal (de
quantidades) das demandas individuais.
𝐷𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 = ෍
𝑖=1
𝑛
𝑑𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑖𝑠 , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑖 = 1, 2. . . 𝑛 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠.
43
Variações da demanda x variações na 
quantidade demandada
As variações da demanda
dizem respeito ao
deslocamento da curva
da demanda, em virtude
de alterações em 𝑝𝑠, 𝑝𝑐, 𝑅
ou 𝐺 (ou seja, mudanças
na condição coeteris
paribus).
44
𝑃𝑖
Figura 19 – Variação da demanda
𝑞𝑖
𝑑
𝐷𝑖
0
𝐷𝑖
1
Variações da demanda x variações na 
quantidade demandada
A variação na quantidade
demandada refere-se ao
movimento ao longo da
própria curva de demanda,
em virtude da variação do
preço do próprio bem 𝑝𝑖 ,
mantendo as demais variáveis
constantes (coeteris paribus).
45
𝐷𝑖
0
𝑝𝑖
𝑞𝑖
𝑑
Figura 20 – Variação na quantidade 
demandada
𝑝0
𝑞0
𝐵
𝐴
𝑞1
𝑝1
Excedente do Consumidor
• O excedente do consumidor é o
benefício líquido que o
consumidor ganha por ser capaz
de comprar um bem ou serviço.
• É a diferença entre a disposição
máxima a pagar por parte do
consumidor e o que ele
efetivamente paga.
46
120
𝑝
𝑞
Figura 21 – Excedente do Consumidor
140
4 5
160
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
3
180
2
Caso especial: Bem de Giffen
• O Paradoxo ou Bem de Giffen é uma
exceção à Lei Geral da Demanda, em que a
curva de demanda é positivamente
inclinada, ou seja, há uma relação direta, e
não inversa, como usual, entre a quantidade
demandada e o preço do bem.
• O bem de Giffen é um caso especial de bem
inferior, onde, dada uma mudança nos
preços, o efeito renda supera o efeito
substituição sobre a quantidade demandada.
47
𝑝𝑟𝑒ç𝑜
𝑑𝑎
𝑏𝑎𝑡𝑎𝑡𝑎
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑑𝑎
𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑎𝑡𝑎
Figura 22 – Paradoxo de Giffen
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑎𝑡𝑎𝑠
Exemplo Numérico
• Dados 𝑞𝑥 = 30 − 1,5𝑝𝑥 + 0,8𝑝𝑦 + 10𝑅, pede-se
a) O bem 𝑦 é complementar ou substituto de 𝑥? Por quê?
• Trata-se de um bem substituto: isso é indicado pelo sinal positivo do coeficiente de
𝑝𝑦(+0,8). Indica que, se 𝑝𝑦 aumentar, 𝑞𝑥 também aumentará, coeteris paribus.
b) O bem 𝑥 é normal ou inferior? Por quê?
• É um bem normal: o sinal do coeficiente da variável renda é positivo (+10).
c) Supondo 𝑝𝑥 = 1, 𝑝𝑦 = 2, 𝑅 = 100, qual a quantidade procurada de 𝑥?
• Basta substituir os valores de 𝑝𝑥, 𝑝𝑦 e 𝑅 na equação dada:
𝑞𝑥 = 30– 1,5(1) + 0,8(2) + 10(100) ⇒ 𝑞𝑥 = 1.030,1
48
Bibliografia
• DE VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: Micro e Macro. 6º. ed. São 
Paulo: Atlas, 2015.
• DE VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. 
5ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
• PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 8ª. ed. São Paulo: 
Pearson, 2014.
• ROSSETI, J. P. Introdução à economia. 21ª ed., São Paulo: Atlas, 2016.
49

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