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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE BIOMEDICINA THAISA NAYARA BEZERRA GOIS DA COSTA FARMACOEPIDEMIOLOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Natal Dezembro, 2017 FARMACOEPIDEMIOLOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA POR THAISA NAYARA BEZERRA GOIS DA COSTA Monografia apresentada à coordenação do curso de Biomedicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Biomedicina. Orientador: Dra Viviane Souza do Amaral Coorientador: MSc. Feliphe Lacerda Souza de Alencar Natal Dezembro, 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE BIOMEDICINA A Monografia: FARMACOEPIDEMIOLOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Elaborada por THAISA NAYARA BEZERRA GOIS DA COSTA E aprovada por todos os membros da banca examinadora foi aceita pelo curso de Biomedicina e homologada pelos membros da banca, como requisito parcial à obtenção do título de BACHAREL EM BIOMEDICINA Natal, 08 de dezembro de 2017 BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Dra Viviane Souza do Amaral (Departamento Biologia Celular e Genética/CB/UFRN) ______________________________________________ Dr Julio Alejandro Navoni (Departamento Farmácia/CSS/UFRN) ______________________________________________ MSc Luiza Araújo da Costa Xavier (Departamento Biologia Celular e Genética/CB/UFR) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Leopoldo Nelson - -Centro de Biociências - CB Dedico aos meus pais, irmãos e ao meu avô Geraldo Bezerra (in memoriam). AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus e a Nossa Senhora que iluminaram o meu caminho durante esta longa caminhada. Aos meus pais que com muita luta me ajudaram chegar até aqui, me dando apoio durante todo o curso e principalmente nos momentos em que eu quis fraquejar. Ao meu avô Geraldo Bezerra (in memoriam) que sempre sonhou em me ver formada. À professora Viviane Amaral e a Feliphe Lacerda pela paciência na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia. A Luiza e Júlio por fazerem parte da minha banca. A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica. Aos amigos pelo incentivo e apoio constante, principalmente nessa reta final. “O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.” Henry Ford SUMÁRIO LISTA DE ABREVIATURAS................................................................ix LISTA DE TABELAS...........................................................................x LISTA DE FIGURAS............................................................................xi LISTA DE ANEXOS.............................................................................xii RESUMO............................................................................................xiii ABSTRACT.........................................................................................xiv 1-INTRODUÇÃO.................................................................................15 2 - REFERÊNCIAL TEÓRICO.............................................................. 16 2.1- O SURGIMENTO DA FARMACOEPIDEMIOLOGIA..................................... 16 2.2 – DISSEMINAÇÃO DO USO DE MEDICAMENTOS E CONSEQUÊNCIA A SAÚDE HUMANA............................................................................................... 18 2.3 – FARMACOECONOMIA E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA............................. 19 2.4 – A VIGILÂNCIA E A SEGURANÇA DO USO DE MEDICAMENTOS.................. 21 2.5 – ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS..................................... 24 2.6 – FARMACOVIGILÂNCIA..................................................................... 26 2.7 –FARMACOECONOMIA........................................................................ 28 2.8 – PERSPECTIVA................................................................................ 30 3 – REFERÊNCIAS.............................................................................. 31 4 - NORMAS DO PERIÓDICO............................................................. 35 5 – ARTIGO........................................................................................ 41 ix LISTA DE ABREVIATURAS AMA American Medical Association AVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CFF Conselho Federal de Farmácia CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente CNS Conselho Nacional de Saúde DOU Diário Oficial da União EA Evento Adverso EAMS Eventos Adversos A Medicamentos FDA Food and Drug Administration OMS Organização Mundial de Saúde OTCs Over-The-Counter PNAF Política Nacional de Assistência Farmacêutica PNM Política Nacional De Medicamentos PNAUM Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos RAM Reações Adversas A Medicamentos RDC Resolução da Diretoria Colegiada SUS Sistema Único de Saúde UTI Unidades de Terapia Intensiva x LISTA DE TABELAS Tabela 1. Classificação dos artigos por tipo de metodologia empregada.......46 Tabela 2. Populações suscetíveis (grupos de riscos)..................................... 49 Tabela 3. Classificação conforme a aplicação farmacológica dos medicamentos citados.....................................................................................50 Tabela 4.Temática aborda por artigo pesquisado: descritor (farmacoeconomia)..........................................................................................51 Tabela 5. Temática aborda por artigo pesquisado: descritor (farmacovigilância)...........................................................................................52 Tabela 6. Temática aborda por artigo pesquisado: descritor (farmacoepidemiologia + estudo da utilização de medicamentos).................................................................................................54 xi LISTA DE FIGURAS Figura 1. Seleção da amostragem de artigos publicados no Brasil: critérios de busca.................................................................................................................45 Figura 2. Amostragem final de artigos publicados no Brasil..............................46 Figura 3. Distribuição de artigos publicados por estadosbrasileiros................47 Figura 4. Relação de artigos conforme o ano de publicação.............................48 Figura 5. Relação de artigos conforme a faixa etária e gênero.........................48 xii LISTA DE ANEXOS Anexo 1. Ficha de avaliação............................................................................78 xiii FARMACOEPIDEMIOLOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA RESUMO Os medicamentos consistem em uma importante ferramenta terapêutica de inúmeras doenças e relaciona-se com a geração de qualidade de vida do paciente. O presente estudo objetiva descrever o cenário atual de pesquisas farmacoepidemiologicas realizadas no Brasil. A pesquisas trata-se de um revisão sistemática, realizada aos bancos de dados Medline/PubMed,Lilacs e SciELO, cuja temática envolveu a evolução de pesquisas em farmacoeconomia, farmacovigilância e estudo da utilização de medicamentos no Brasil em relação ao cenário internacional entre os anos de 2001 a 2016. Do total de 7.042 publicações internacionais e nacionais, 281 (3.99%) foram realizadas no Brasil, desse total foram selecionados 111 artigos, conforme critérios de qualidade e repetição. As publicações distribuíram-se de forma desigual entre os estados e regiões brasileiras, sendo o estado de São Paulo e a região sudestes as mais prevalentes, 36.94% e 62.16%, respectivamente. A população de gestantes, hipertensos e pacientes oncóticos foram os grupos de risco mais citados (19.05%) cada um. Os antimicrobianos os grupos farmacológicos mais relatados (18.37%). E as temáticas mais discutidas foram: custo de cuidados em saúde (44%), dentro do contexto da farmacoeconomia; reações adversas (17.77%), frente ao contexto da farmacovigilância e prescrição de medicamentos (18.48%), no que tange a utilização de medicamentos. No Brasil, apesar dos avanços da legislação farmacoepidemiologica e melhoria gradativa no processo de fiscalização, ainda permanecem carências, quanto a distribuição homogênea entre os estados brasileiros de ações de registros, notificações, controle e punições de possíveis irregularidades no desenvolvimento e comercialização de medicamentos. Entretanto, ressalta-se que a eficiência e êxito dos processos farmacoepidemiologicos dependem não apenas dos órgãos governamentais competentes, mas também de notificações provenientes dos profissionais da saúde, usuários de serviços e empresas fornecedoras. Palavras-chave: farmacoepidemiologia; farmacoeconomia e farmacovigilância, estudos de utilização de medicamentos, populações susceptíveis, grupos de medicamentos xiv FARMACOEPIDEMIOLOGIA NO BRASIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ABSTRACT Medicines consist of an important therapeutic tool of numerous diseases and is related to the generation of quality of life of the patient. The present study aims to describe the current scenario of pharmacoepidemiological research conducted in Brazil. The research is a systematic review of the Medline / PubMed, Lilacs and SciELO databases, which involved the evolution of research in pharmacoeconomics, pharmacovigilance and study of the use of drugs in Brazil in relation to the international scenario between the years from 2001 to 2016. Out of 7,042 international and national publications, 281 (3.99%) were made in Brazil, of which 111 articles were selected, according to quality and repetition criteria. The publications were distributed unevenly among the Brazilian states and regions, with the state of São Paulo and the southeast region being the most prevalent, 36.94% and 62.16%, respectively. The population of pregnant, hypertensive and oncotic patients were the most cited risk groups (19.05%) each. The most commonly reported pharmacological groups were antimicrobials (18.37%). The most discussed themes were: cost of health care (44%), within the context of pharmacoeconomics; adverse reactions (17.77%), against the context of pharmacovigilance and prescription of drugs (18.48%), regarding the use of drugs. In Brazil, despite the advances in pharmacoepidemiological legislation and gradual improvement in the inspection process, there are still deficiencies in the homogeneous distribution among Brazilian states of records, notifications, control and punishments of possible irregularities in the development and commercialization of medicines. However, it should be noted that the efficiency and success of pharmacoepidemiological processes depends not only on the competent governmental bodies, but also on notifications from health professionals, service users and suppliers. Key words: pharmacoepidemiology; pharmacoeconomics and pharmacovigilance, drug use studies, susceptible populations, drug groups. 15 1 - INTRODUÇÃO A Farmacoepidemiologia é definida como a aplicação de métodos e raciocínios epidemiológicos no estudo dos efeitos benéficos e adversos do uso de medicamentos em populações humanas (BALDONI; GUIDONI; PEREIRA, 2011). Aplica a metodologia epidemiológica ao estudo, nos doentes, a fim de determinar os efeitos terapêuticos e iatrogênicos de medicamentos (CABRITA; MARTINS, 2017). O termo Farmacoepidemiologia contém dois componentes: “fármaco” e “epidemiologia”. Este campo de estudo faz a ponte entre duas grandes áreas: a farmacologia clínica, que estuda os efeitos dos fármacos em humanos, e a epidemiologia, que estuda a distribuição e os determinantes de doenças na população (BALDONI; GUIDONI; PEREIRA, 2011). Os estudos farmacoepidemiológicos utilizam dois tipos de metodologias: a experimental e a observacional. Nos estudos experimentais, o investigador distribui aleatoriamente os participantes num grupo de utilizadores do medicamento em estudo (grupo exposto) e em grupos comparadores, que utilizam placebos ou outras terapêuticas (grupos não expostos); define rigorosamente as características da exposição e do efeito; bem como as variáveis suscetíveis que podem influenciar a relação exposição-efeito. Os estudos experimentais são utilizados, sobretudo para avaliar o impacto positivo de uma exposição, pois não seria eticamente aceitável expor deliberadamente um grupo populacional a um potencial fator de risco para quantificar o impacto negativo na sua saúde. Nos estudos observacionais, no entanto, o investigador não interfere no “curso natural” da exposição e da ocorrência do efeito nos grupos de expostos e não expostos, não controla as condições de exposição nem distribui aleatoriamente os participantes nos grupos em análise, apenas observa e quantifica a exposição e/ou o efeito ocorrido de forma a verificar a existência de associação entre aquelas variáveis (CABRITA; MARTINS, 2017). Entretanto, apesar da existência de métodos farmacoepidemiologicos bem definidos, segundo Arrais e colaboradores (2016), no Brasil, existem poucos estudos de base populacional que traçam o padrão de consumo de medicamentos da população, assim como seus respectivos riscos à saúde. Tal problemática é melhor evidenciada entre a população de idosos. Isso acontece devido ao aumento da expectativa de vida dessa população etária. O uso de medicamentos constitui-se hoje uma epidemia entre idosos, cuja ocorrência tem como cenário o aumento exponencial da prevalência de doenças crônicas e das sequelas que acompanham o avançar da idade, o poder da indústria farmacêutica e do marketing dos medicamentos e a medicalização presente na formação de parte expressiva dos profissionais da saúde. As consequências do amplo uso de medicamentos têm impacto no âmbito clínico e econômico repercutindo na segurança do paciente. E, a 16 despeito dos efeitos dramáticos que as mudanças orgânicas decorrentes do envelhecimento ocasionam na resposta aos medicamentos, a intervenção farmacológica é, ainda, a mais utilizada para o cuidado à pessoa idosa doenças (SECOLI, 2010). A prática da automedicação como forma de autocuidado é considerada tão antiga como a própria história do homem. Tal atitude encontrou campo fértil para proliferação após a Segunda Guerra Mundial, quando o arsenal terapêutico tornou- se mais numeroso, promovendo resultados desastrosos, como: o mascaramento de doenças graves, o atraso no diagnóstico e no tratamento adequados, o risco de interações medicamentosas, efeitos colaterais e intoxicações medicamentosas, o abuso no consumo de medicamentos (CASTRO et al.; 2013). O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para as autoridades de vários países. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%. Para alertar a populaçãosobre os riscos da automedicação, a Política de Medicamentos do Ministério da Saúde procura conscientizar os brasileiros sobre a utilização racional desses produtos (CASTRO et al.; 2013). Apesar de a farmacoepidemiologia ser uma ferramenta importante para auxiliar na prevenção de problemas relacionados a medicamentos, aprimorar a assistência farmacêutica no sentido de uma intervenção maior desse profissional (TOLEDO et al.; 2013), e possibilitar melhor conhecimento e entendimento da relação risco benefício do uso dos medicamentos em pacientes, no Brasil, o número de estudos de base populacional que tenham investigado a utilização de medicamentos em adultos de forma global ainda apresenta um número reduzido de pesquisas (SOUZA et al., 2013). Portanto esta monografia almeja analisar o cenário de distribuição de pesquisas entre os estados brasileiros, a evolução de estudos no que tange ao ano de publicação, os principais grupos de riscos citados (faixa etária, gênero e comorbidades associadas), os principais grupos de medicamentos apresentados, assim como as principais temáticas discutidas entre os artigos, no que se refere ao contexto da farmacoeconomia, farmacovigilância e estudos da utilização de medicamentos no Brasil. 2 - REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 - O surgimento da farmacoepidemiologia A farmacoepidemiologia está fortemente ligada à regulação dos medicamentos; tem sua origem na farmacovigilância, que por sua vez provém do conhecimento bastante antigo dos efeitos adversos dos medicamentos, aos 17 quais foi dada pouca atenção até o princípio da década de cinquenta, quando foi constatado que o cloranfenicol causava anemia aplástica. Em 1952 foi publicada a primeira edição do Myler´s side effects of drugs, primeiro livro sobre reações adversas a fármacos. Nesse ano, a American Medical Association (AMA), por meio do Council on Pharmacy and Chemistry, estabeleceu o primeiro registro oficial de reações adversas a medicamentos, coletando casos de discrasias sanguíneas induzidas por fármacos (CASTRO, 2009). Em 1960, a Food and Drug Administration (FDA), iniciou a coleta de notificações de reações adversas a medicamentos e financiou o primeiro programa hospitalar de monitoramento intensivo de fármacos; este programa, denominado Boston Drug Surveillance, realizou extensos estudos multicêntricos e gerou importantíssimas pesquisas que até hoje constituem modelos metodológicos para investigação de reações adversas. O ano de 1961 foi marcado pelo desastre teratogênico da talidomida; estudos epidemiológicos estabeleceram a associação da exposição em útero com defeitos congênitos graves em milhares de bebês. Na Inglaterra, este acontecimento levou à criação do Comitee on Safety of Medicine; posteriormente, a Organização Mundial de Saúde estabeleceu um Centro de Monitorização que recolhe e consolida notificações dos centros de monitorização de fármacos da maioria dos países (CASTRO, 2009). O Brasil, como a maioria dos países, foi atingido pela tragédia da talidomida. No entanto, a percepção do risco relacionado ao uso de medicamentos desenvolveu-se lentamente no país. Lacaz, Colbert e Teixeira podem ser considerados como pioneiros em alertar os profissionais de saúde para os riscos associados ao uso de medicamentos. Não só publicaram, no Brasil, o primeiro livro sobre o assunto, intitulado Doenças Iatrogênicas, como promoveram na década de 1970, cursos de extensão em farmacoterapia, que hoje seriam bastante atuais, pelo enfoque prioritário que imprimiam ao uso racional de medicamentos pelo enfoque prioritário que imprimiam ao uso racional de medicamentos (CASTRO, 2009). Na segunda metade da década 1970 e no início dos anos 1980, surgiram, na Universidade de São Paulo, as primeiras teses de doutorado usando o método epidemiológico para estudar problemas relacionados a medicamentos. Destaca-se alguns exemplos desses trabalhos, tais como: Aspectos epidemiológicos do consumo de medicamentos psicotrópicos pela população de adultos do Distrito de São Paulo (CASTRO, 2009). A farmacoepidemiologia começa a ser conhecida no contexto nacional a partir da década de 1990, com a criação da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos. Em 1999 é instituída a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e em 2004 a Política Nacional de Assistência 18 Farmacêutica, possibilitando grandes avanços nos campos da farmacovigilância e estudos sobre a utilização de medicamentos (PNAF) (BALDONI, GUIDONE; PEREIRA; 2011). 2.2 - Disseminação do uso de medicamentos e consequências à saúde humana A ampla disponibilidade aos medicamentos aumenta a possibilidade de uso irracional. Segundo a OMS, mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos, e metade dos pacientes os utilizam de maneira errada. Um dos fatores que contribuem para o uso incorreto de medicamentos é a prática inadequada da automedicação. Aproximadamente um terço das internações ocorridas no País tem como origem o uso incorreto de medicamentos. No ano de 2011, os medicamentos corresponderam a 29,5% dos casos de intoxicações registrados no Brasil e a 16,9% dos casos de óbito por intoxicações (DOMINGUES, et al., 2015). A automedicação é uma prática de autocuidado com a saúde, a qual, até certo ponto, é inevitável, por isso, é importante avaliar seu impacto, benefícios e riscos sobre a saúde. O hábito de se automedicar pode trazer consequências nocivas à saúde, tais com, efeitos adversos, alergias, intoxicações, interações e aumento à resistência bacteriana a partir do uso inadequado de antimicrobianos. Apesar da relevância do uso dos antimicrobianos, a prescrição de esquemas inadequados de uso, atrelado sobretudo a profilaxia gera resistência microbiana. Os hospitais, principalmente as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que são locais críticos, oferecem uma maior possibilidade de seleção e disseminação de cepas microbianas resistentes. Nestes locais, os antimicrobianos são amplamente utilizados, necessitando de prescrição racional, para a diminuição das taxas de resistências, e aumentando a eficácia no tratamento das infecções hospitalares. O manejo clínico dos antibióticos em ambiente hospitalar provoca efeito individual e coletivo, pois além de afetar o paciente, que faz uso do medicamento, atinge também de maneira significativa a microbiota do ambiente hospitalar, sendo que sua utilização pode estar relacionada com a seleção de cepas microbianas resistentes (COLET; NEVES,2015). Além disso, o uso não controlado de fármacos pela sociedade é intensificado devido a classificação de alguns medicamentos como “over-the- counter” (OTCs), ou de venda livre, a qual possibilita que o público adquira-os, sem a necessidade de prescrição médica. . Em países como o Brasil, esse ato funciona como complemento aos sistemas de saúde, diminuindo a procura pelo médico e o custo financeiro do setor público com a saúde. Deve-se levar em conta, porém que o adiamento ou a inexistência de um diagnóstico preciso, associado ao desconhecimento da farmacologia das drogas utilizadas, pode 19 transformar essa prática em um problema de saúde pública (BASTIANI, et al., 2005). A prática da automedicação é consequência de múltiplos fatores, entre os quais a dificuldade do acesso aos serviços de saúde pela população, a crença nos benefícios do tratamento/prevenção de doenças e a necessidade de aliviar sintomas. Por outro lado, os dados relativos à prevalência da automedicação no Brasil são escassos, mesmo sendo uma questão de preocupação para as autoridades governamentais (DOMINGUES, et al., 2015). O Ministério da Saúde propôs, em 2009, o desenvolvimento da primeira pesquisa de âmbito nacional sobre acesso e utilização de medicamentos: a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional deMedicamentos (PNAUM). Esta pesquisa foi instituída pela portaria GM/MS 2077 de 17 de setembro de 2012 considerando a necessidade de conhecer aspectos relacionados ao acesso, à utilização e ao uso racional de medicamentos no Brasil, conforme objetivos estratégicos do MS, que incluem garantir a assistência farmacêutica e reduzir a vulnerabilidade do acesso à saúde e à assistência farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) (MENGUE, et al.,2016). A PNAUM foi organizada em dois componentes: 1) inquérito domiciliar sobre acesso, utilização e uso racional de medicamentos, o foco deste artigo e 2) avaliação das políticas públicas de assistência farmacêutica e sua efetivação na Atenção Básica a Saúde no SUS. O inquérito domiciliar da PNAUM teve por objetivo avaliar a utilização de medicamentos pela população brasileira, com a caracterização das morbidades para as quais eles são utilizados, indicadores de acesso e racionalidade do uso de medicamentos segundo variáveis demográficas, socioeconômicas, de estilo de vida e de morbidade (MENGUE, et al.,2016). 2.3 - Farmacoepidemiologia e a legislação brasileira Com a Constituição Federal, em 1988, e a consequente criação do SUS, a saúde passou a ser um direito do cidadão e um dever do Estado, devendo o último garantir a população, através de políticas sociais e econômicas, o pleno acesso universal e equitativo às ações e serviços de saúde (Brasil, 1988). A elaboração da Lei Orgânica da Saúde 8.080/90, que regulamenta o SUS veio justamente para estabelecer a organização básica das ações e dos serviços de saúde quanto à direção e gestão, competência e atribuições de cada esfera de governo, assegurando em seu artigo 6º o provimento da assistência terapêutica integral, incluindo a Assistência Farmacêutica (PORTELA et al, 2010). A partir desses reconhecimentos, tornou-se imperativa e prioritária uma organização da Assistência Farmacêutica com ênfase na saúde pública, baseada nos princípios e diretrizes do SUS. Desde então, o Brasil vem 20 passando por importantes transformações nesse aspecto, destacando-se entre elas a elaboração da PNM. Aprovada pela Comissão Intergestores e pelo Conselho Nacional de Saúde, a PNM é considerada o primeiro posicionamento formal e abrangente do governo brasileiro sobre a questão dos medicamentos no contexto da reforma sanitária. Formulada com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde, a PNM expressa as principais diretrizes para o setor com o propósito de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade desses produtos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais (PORTELA et al, 2010). O medicamento é o produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com a finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins diagnósticos. O registro de medicamento é um instrumento por meio do qual o ministério da Saúde, no uso de sua atribuição específica, determina a inscrição prévia no órgão ou na entidade competente (no caso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária [ANVISA]) pela avaliação do cumprimento de caráter jurídico-administrativo e técnico-científico para sua introdução no mercado, comercialização e uso. Essa inscrição acontece com a publicação do registro no Diário Oficial da União (DOU), com a sequência numérica de 13 dígitos, sendo o primeiro sempre um e definindo o tipo do produto (no caso, medicamento), do segundo ao quinto relacionado com o número de autorização de funcionamento da empresa, do sexto ao nono referindo-se ao registro do produto, do décimo ao décimo segundo indicando o número de apresentações e o último sendo o verificador, gerado pelo sistema. Uma vez concedido o número de registro, a empresa detentora do produto farmacêutico deverá renová-lo a cada cinco anos, sendo necessário protocolar o pedido pelo menos seis meses antes do prazo de validade do registro, ou seja, após quatro anos e meio da sua publicação no DOU. A Lei 6.360/76 estabeleceu o controle sanitário de produtos e serviços sujeitos a controle sanitário, determinando os critérios para registro de medicamentos novos (de referência) e similares e demais produtos sujeitos à vigilância sanitária, como alimentos, cosméticos, perfumes, saneantes, domissanitários e correlatos (ou produtos para a saúde) (MASTROIANNI; LUCCHETTA, 2010). Em acordo com a PNM do Ministério da Saúde e com a Lei de criação da ANVISA no ano de 2003, a Agência redefiniu as regras para o registro de medicamentos no Brasil e sua renovação. As mudanças se basearam nos seguintes pontos: reconhecimento de três categorias principais para o registro de medicamentos: homeopáticos, fitoterápicos e substâncias quimicamente definidas, verificação da qualidade quanto à reprodutibilidade (igualdade entre lotes), segurança e eficácia terapêutica dos medicamentos dentro das três categorias, por meio de comprovação laboratorial ou de estudos clínicos, controle da matéria-prima, redefinição das categorias de venda para medicamentos: isentos de prescrição médica, com prescrição médica e 21 controlados; exigência da certificação de Boas Práticas de Fabricação para a concessão de registro para linha de produção de medicamentos, redução da assimetria de informação (diferenças dos níveis de informação na cadeia prescritor-farmácia-paciente) e aumento do controle sobre o direcionamento e conteúdo adequados da propaganda de medicamentos, aumento do controle da venda de medicamentos de tarja preta, participação nas estratégias que facilitam o acesso a medicamentos pela maioria da população, informatização e desburocratização do processo de registro e das alterações pós-registro, ampliação do monitoramento da qualidade dos medicamentos em comercialização, redução do número de associações irracionais (dois ou mais princípios ativos que possam levar a um aumento da toxicidade sem aumento de eficácia; princípios ativos em quantidade insuficiente para atingir o efeito desejado ou em desacordo com guias de prática clínica, reforço na fiscalização quanto à utilização de nomes comercias pelos fabricantes que possam induzir erros de prescrição e automedicação (ANVISA, 2017) 2.4 - A vigilância e a segurança do uso de medicamentos Para ser comercializado no Brasil todo medicamento deve ser registrado no Ministério da Saúde. Os estudos realizados para solicitação do registro e liberação de um medicamento no mercado são divididos em duas fases, a pré- clínica (não clínica) e a clínica. A fase pré-clínica de uma pesquisa é realizada em modelos celulares e animais, e deve gerar informações que permitam justificar a realização de pesquisas em seres humanos. A pesquisa pré-clínica deve fornecer também informações toxicológicas (aguda e crônica) sobre o novo fármaco. A pesquisa clínica no Brasil é regulamentada pelas Resoluções nº 196/96 o (BRASIL, 1996) e nº 251/97 (BRASIL, 1997) do Conselho Nacional de Saúde (CNS). É obrigatória e deve atender exigências éticas e científicas, como por exemplo, o consentimento livre e esclarecido dos indivíduos envolvidos além de estar fundamentada em experimentações prévias que comprovem eficácia e segurança para uma situação clínica específica. Toda pesquisa envolvendo seres humanos deve ser avaliada por um Comitê de Ética e Pesquisa que emite um parecer sobre o estudo, visando à proteção contra danos e abusos (BRASIL, 1996). Para fins de registro e de inclusões e alterações pós-registro a ANVISA conta com o auxílio de consultores ad hoc que são profissionais especialistas, pesquisadores e/ou professores universitários, sem conflitos de interesses, escolhidos pela Agência ou indicados por sociedades médicas consultadas, que avaliam as justificativas técnicas apresentadas pela indústria farmacêutica, além da eficácia e segurança do medicamento novo no país analisando os ensaios pré-clínicose clínicos, bula, relatório de indicações e reações adversas, nova indicação terapêutica ou nova via de administração. Os pareceres são utilizados pela Agência como um dos fatores para deferir ou indeferir as petições de registro ou alterações. Avaliações de eficácia e segurança de pedidos de registro de 22 medicamentos novos são solicitadas, após consulta prévia, para um mínimo de dois consultores e avaliações de inclusões e de alterações pós-registro são solicitadas para, pelo menos, um consultor (SILVA; GOMES; DALLARMI, 2014). Embora a aprovação de uso do medicamento seja indicação específica, os órgãos reguladores como a ANVISA têm um papel limitado quando o medicamento está sendo comercializado (STAFFORD, 2008). Depois da sua aprovação para, pelo menos, uma indicação, pode acabar sendo prescrito de forma off label para outra condição, em uma população diferente, ou dose diferente daquela que foi aprovada (GIGLIO; MALOZOWSKI, 2004). Apesar disso, é recomendado pela ANVISA que sejam utilizados apenas para as indicações autorizadas no momento do registro (SILVA; GOMES; DALLARMI, 2014) O uso off label não ocorre somente com medicamentos introduzidos recentemente no mercado, mas também quando novos usos para antigos medicamentos são descobertos, e muitas vezes a nova utilização é muito diferente do que a indicação inicial, nesta perspectiva o medicamento pode ser legalmente prescrito, sem custos adicionais de estudos ao fabricante (SILVA; GOMES; DALLARMI, 2014) As informações em saúde constituem ferramentas importantes para a implementação de ações e projetos em Saúde Coletiva e individual, uma vez que promovem melhor compreensão das mudanças de padrões epidemiológicos e do processo saúde-doença. Conceitualmente, um sistema de informações em saúde pode ser entendido como um instrumento para adquirir, organizar e analisar dados necessários à definição de problemas e riscos para a saúde. Tais dados podem servir de base para avaliar a eficácia e a eficiência dos serviços de saúde para a população, além de contribuir para a produção de conhecimento acerca da saúde, como por exemplo, das reações adversas a medicamentos (RAM), que devem ser monitoradas pela Vigilância em Saúde (OLIVEIRA; XAVIER; JUNIOR, 2013).Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expressão evento adverso (EA) é definida como "qualquer efeito inesperado ou indesejável que ocorra com um paciente que tenha recebido um produto farmacêutico e que não necessariamente tenha relação causal estabelecida com este tratamento". Assim, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), um EA inclui "qualquer sinal desfavorável e não intencional (achados laboratoriais anormais, por exemplo), sintomas, ou doença temporariamente associada com o uso do medicamento".A identificação de EA é considerada uma informação valiosa para estimar a segurança da utilização dos produtos sob controle da Vigilância Sanitária, conferindo a qualidade do cuidado prestado ao paciente (OLIVEIRA; XAVIER; JUNIOR, 2013) 23 A talidomida é fruto desse contexto. Desenvolvida comercialmente pela companhia farmacêutica Chemie Grunenthal, da Alemanha Ocidental, alcançou grande sucesso a partir do final de 1957 como sonífero e antiemético, propriedades observadas nos testes realizados pela referida companhia. Segundo Brynner e Stephens (2001, p. 13), a talidomida também foi de início, testada como anticonvulsivo para epiléticos. Entretanto, esse potencial do remédio foi logo descartado ao se descobrir um efeito ainda mais vantajoso na droga: ela induzia a um sono natural prolongado. O produto foi “anunciado pela empresa como ‘inteiramente atóxico’, era consumido sem prescrição médica. O Contergan, primeira marca lançada no mercado, transformou-se rapidamente em um dos medicamentos líderes de vendas na Alemanha” (LEANDRO; SANTOS, 2015).Logo os danos gerados pela ingestão da talidomida começaram a surgir. Tonturas e neuropatia periférica foram efeitos adversos observados entre os que ingeriram o produto e, posteriormente, comprovou-se que a focomelia em recém-nascidos era fruto da iatrogênia medicamentosa. Efeitos colaterais apareceram em milhares de crianças, chamadas de “bebês da talidomida”, porque suas mães, nos meses iniciais de gestação, ingeriram a droga, sobretudo, para alívio do desconforto dos enjoos matinais (LEANDRO; SANTOS, 2015) Depois do fracasso da talidomida, as políticas de regulamentação de medicamentos das agências sanitárias determinaram que, antes de um medicamento ser lançado no mercado (período pré-comercialização e, portanto, durante o processo de pesquisa e de desenvolvimento do produto), é necessário testá-lo em seres humanos, a fim de verificar seus atributos de qualidade, segurança e eficácia. Esses testes são conhecidos como ensaios clínicos randomizados ou aleatorizados (pesquisa clínica), os quais compreendem nível A de evidência científica (medicina baseada em evidências) (VARALLO; MASTROIANNI, 2013). A pesquisa clínica é conduzida em três fases. A primeira é realizada em um grupo restrito de voluntários sadios (dezenas de pessoas) para avaliar, fundamentalmente, os parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos da substância a ser testada. Assim, são observadas e analisadas a absorção, a distribuição, a metabolização e a excreção do fármaco, bem como a interação entre essa molécula e seus respectivos receptores, o que culmina na produção do efeito farmacológico. Na segunda fase, o medicamento é administrado em um pequeno grupo de voluntários com a patologia de interesse, a fim de verificar a segurança (efeito farmacológico), os riscos (produção de efeitos indesejáveis) e estabelecer a curva dose-resposta. Por fim, a terceira fase é conduzida em um grupo relativamente maior de voluntários (centenas ou milhares de pessoas) com a patologia de interesse para avaliar o risco/benefício da utilização do medicamento (perfil de segurança), analisar a eficácia terapêutica do medicamento (no que diz respeito à capacidade de cura 24 ou à melhora da qualidade de vida do usuário), identificar as reações adversas a medicamentos e as interações medicamentosas. Caso o medicamento seja aprovado em todas essas instâncias, haverá evidências de que o benefício do uso, ou seja, as vantagens provenientes do tratamento farmacológico superam os riscos (ocorrência de eventos adversos a medicamentos – EAMs). Então, pode-se obter o registro da ANVISA e o produto passa a ser comercializado. Todavia, a questão da segurança dos medicamentos não é totalmente elucidada pela pesquisa clínica, pois esse método apresenta algumas desvantagens que limitam a capacidade de detecção e identificação de todos os possíveis eventos adversos que o medicamento pode causar (VARALLO; MASTROIANNI, 2013). 2.5 - Estudos de utilização de medicamentos Todo fármaco tem potencialmente reações adversas, muitas das quais, entretanto, não identificadas em ensaios clínicos restritos, notadamente quando de incidência rara, podendo ser posteriormente detectadas por ocasião do início da comercialização, ou então, após uso crônico, como recentemente constatado com o rofecoxibe, retirado do mercado mundial pelo próprio fabricante (SIXEL, et al., 2013). O estudo da utilização de medicamentos apresenta-se como um ponto crítico, de modo a proporcionar segurança à saúde do paciente e eficácia de ação. Diante disso inúmeros trabalhos têm sido realizados nesse contexto (SIXEL, et al., 2013). Uma pesquisa realizada em farmácias de Fortaleza (CE), em setembro de 1995, constatou a venda mensal de 115 caixas de medicamentos contendo benzidamina, sendo que 91 corresponderam à especialidade Benflogin® (comprimido e solução), vinte à Benzitrat® (comprimido e solução) e quatro caixas à especialidade Flogoral® (colutório e spray). Foram realizadas dezesseisentrevistas com usuários, das quais em dez ficou constatado o abuso do fármaco. Os entrevistados, em sua maioria, eram jovens do sexo masculino, com idade acima dos dezoito anos (MOTA et al., 2010). Nos meses de julho a agosto de 2005, havia o cadastro de cem gestantes em pré-natal nas três UBS estudadas, em Santa Rosa, RS, o que correspondia a 21,3% das gestantes em pré-natal no município. Das 100 gestantes que participaram do estudo, 56% tinham até 25 anos de idade, com uma variação de idade entre 13 e 39 anos (média de 25,7 ± 7,0), 88% eram casadas ou tinham união estável, 68% tinham renda familiar mensal média de R$ 600,00 (BRUM, et al., 2011). 25 A prevalência de uso de, pelo menos, um medicamento prescrito ou não prescrito durante a gestação foi de 90%, totalizando 371 itens, dos quais 310 (83,6%) foram prescritos e 61 (16,4%) foram utilizados por automedicação. A média foi de 4,1 medicamentos utilizados por gestante (BRUM, et al., 2011). Em idosos o estudo acerca do uso de medicamentos é relevante e necessário, pois a velhice traz consigo o desenvolvimento de multipatologia, a qual se torna crônica e exige um contínuo acompanhamento da equipe de saúde para proporcionar um tratamento eficaz na prevenção de complicações patológicas. O número de idosos em uso de medicamentos vem aumentando, tornando-se parte do grupo etário mais medicalizado da sociedade, Em estudos realizados por Silva e colaboradores (2010) foi possível descrever o uso de medicação segundo gênero na população idosa cadastrada em um Programa Saúde da Família. Os resultados demonstraram que as idosas recebem mais orientações do serviço de saúde, são mais medicalizadas e usam mais incorretamente as medicações em comparação com os idosos do sexo masculino. Estudo realizado por Iuras e colaboradores (2016) no Amazonas, acerca da automedicação entre universitários de cursos da saúde constatou um número elevado de medicamentos em uso, sem a devida prescrição. Dentre as principais finalidades de uso, destacaram-se: dor de cabeça (24%), dores musculares (13%), dor de garganta (10%), febre (9%), inflamação (8%), dores diversas (7%), sintomas de gripe (6%), infecção (5%), cólicas (4%), seguido de alergias, dor de estômago, parasitoses e desgaste físico e mental, representando junto o total de 8%. Ainda 16 pessoas (6%) referiram-se a outras doenças. Em relação aos medicamentos mais utilizados sem prescrição médica durante toda a vida, considerando o período anterior ao ingresso na universidade, 57% responderam ter utilizado analgésicos, 17% antiinflamatórios, 9% antibióticos, 7% relaxantes musculares, 4% antigripais e antiespasmódicos, e 1% respondeu ter utilizado antiparasitários e gastroprotetores (IURAS, et al., 2016). No Brasil, cerca de 35% dos medicamentos comprados em farmácias e drogarias são frutos da automedicação (IURAS, et al., 2016). São várias as razões que levam um indivíduo a se automedicar, destacando-se a dificuldade de acesso aos serviços básicos de saúde e ao profissional responsável pela prescrição do medicamento. Pode-se também citar a falta de fiscalização dos órgãos públicos competentes e diversos interesses comerciais que induzem a população a se automedicar. Sendo assim, admite-se que a automedicação tem aumentado de maneira significativa no mundo todo, inclusive no Brasil, onde tal aumento tem ocorrido de forma mais acentuada nas regiões mais carentes (IURAS, et al., 2016) 26 2.6 – Farmacovigilância A farmacovigilância foi definida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), na resolução 357 de 2001, como a identificação e avaliação dos efeitos, agudos ou crônicos, do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto das populações ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos (CFF, 2001). Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ampliou o conceito de Farmacovigilância como sendo a ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos. Sob esta ótica, a Farmacovigilância passa a ter uma abrangência maior, envolvendo não apenas as reações adversas, mas sim, todo e qualquer evento adverso relacionado aos medicamentos (MENDES, et al., 2008). Com o intuito de identificar e quantificar RAM, no Brasil, vem sendo implantada a Farmacovigilância, através do sistema de notificação voluntária que consiste na coleta e comunicação das reações não desejadas e manifestadas depois do uso de um medicamento – pela ANVISA, com o programa de capacitação para criação dos Sistemas Estaduais de Farmacovigilância em todo o país (SIXEL, et al., 2013). As políticas nacionais que regulam a prática da farmacovigilância datam da década de 1970. O Artigo 79 da Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, e o Decreto n° 79.094, de 5 de janeiro de 1977, Artigo 139, advertiam que todos os informes e notificações sobre acidentes ou reações nocivas causadas por medicamentos deveriam ser transmitidos à autoridade sanitária competente do Ministério da Saúde, a qual os retransmitiria à câmara técnica competente do Conselho Nacional de Saúde, para avaliação como caso de agravos inusitados à saúde, em conformidade com a Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975 (dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações e sobre a notificação compulsória de doenças). Entretanto, foram consideradas tentativas infrutíferas para a implantação da farmacovigilância no país. A prática da vigilância pós- comercialização de medicamentos foi contemplada, indiretamente, na Lei Orgânica da Saúde n° 8.080, de 19 de setembro de 1990 que estabelece e prioriza as ações de promoção, proteção e prevenção da saúde, e de prevenção de doenças, incluindo em suas diretrizes a vigilância sanitária e as ações de assistência farmacêutica. Porém, foi apenas em 1998, com a edição 27 da Política Nacional de Medicamentos que se iniciou o primeiro passo efetivo da caminhada rumo à estruturação da farmacovigilância no Brasil. Isso porque uma de suas diretrizes disserta sobre a garantia da segurança e da eficácia dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais. Além disso, tem como prioridade a farmacovigilância, que deve ser empregada como ferramenta para a promoção do uso racional de medicamentos (MASTROIANNI; VARALLO, 2013). O fracasso da talidomida também impulsionou a mudança das políticas de registro de medicamentos em vários países e fomentou a publicação da norma 425, pela OMS que definiu a farmacovigilância como atividade relativa a detecção, compreensão e avaliação de RAM, com o intuito de estabelecer sua incidência, gravidade e nexo de causalidade. O evento ainda contribuiu para a organização de centros nacionais e internacionais de farmacovigilância, a fim de monitorar o risco versus o benefício da utilização de medicamentos (MASTROIANNI; VARALLO, 2013). As ações de farmacovigilância no Brasil já eram amparadas por legislações gerais, como a Lei Federal nº 6360/76, a Lei Federal n º 9782/99, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 3/89 e a Portaria do Ministério da Saúde 3916/98. Além disso, diversas legislações de registro de medicamentos solicitavam dados de farmacovigilância na ocasião da renovação do registro. Em 2009, a ANVISA publicou a primeira norma específica de farmacovigilância destinada aos detentores de registro de medicamentos, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 04, de 10 de fevereiro de 2009. No mesmo ano, foram publicados – por meio da Instrução Normativa (IN) nº 14, de 27 de outubro de 2009 – os Guias de Farmacovigilância para Detentores de registro de Medicamentos relacionados à RDC 04. A partir da vigência da RDC nº 04, a notificação de eventos adversos relacionados ao uso de medicamentospassou a ser compulsória a todos os detentores do registro de medicamentos em território nacional. Estabeleceu-se a inspeção em farmacovigilância – procedimento realizado pela agência reguladora para verificar a existência de um sistema de farmacovigilância nas empresas farmacêuticas, além do cumprimento de outras exigências legais. Ademais, foi exigido o envio de Relatórios Periódicos de Farmacovigilância (RPF) e de Planos de Farmacovigilância à ANVISA de forma periódica. Nos casos de problemas específicos relacionados à segurança dos medicamentos, a ANVISA pode exigir, ainda, a elaboração de Planos de Minimização de Risco. Como consequência do fortalecimento das bases legais da farmacovigilância no Brasil, a ANVISA tem incluído cada vez mais ações de vigilância pós-comercialização de medicamentos. Têm-se, como exemplos dessas ações, a publicação de normas que estabelecem a notificação, pelos profissionais de saúde, de eventos adversos associados ao oseltamivir (RDC 45/2009), à talidomida (Resolução do MS 11/2011) e à sibutramina (RDC 28 50/2014). A ANVISA também publicou a RDC 36/2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e torna compulsória a notificação de eventos adversos pelo Núcleo de Segurança do Paciente do serviço (MASTROIANNI; VARALLO, 2013). 2.7 – Farmacoeconômia Farmacoeconomia é uma ciência que aplica conceitos e técnicas da economia ao estudo dos medicamentos com finalidade de otimizar os recursos financeiros sem prejuízo ao tratamento terapêutico do paciente. A importância dos estudos de farmacoeconomia provém da preocupação dos governos e da sociedade com os crescentes gastos em saúde no âmbito mundial (NASCIMENTO; FIALHO; NASCIMENTO, 2014). A análise farmacoeconômica se apresenta como uma ferramenta capaz de fornecer informações para ajudar os gestores a comparar alternativas e decidir sobre a melhor opção para as necessidades do serviço de saúde, associando racionalização de despesas e eficiência clínica. Além da mensuração dos custos, a farmacoeconomia também analisa os benefícios, que podem ser econômicos ou não econômicos, tais como efeitos na saúde, aumento na expectativa e na qualidade de vida (PACKEISER; RESTA, 2014). O primeiro elemento de estudo da farmacoeconomia é o custo. A tarefa primordial da economia de saúde não é, ao contrário do que acreditam alguns, reduzir os custos em saúde “custe o que custar”, mas, sobretudo, utilizando os recursos escassos, desenvolver ações que sejam capazes de propiciar os melhores resultados para a saúde da população, minimizando os custos (SENA, et al., 2010). Neste sentido, estudos farmacoeconômicos podem ajudar a prever variações econômicas no uso do medicamento corroborando com o cumprimento da farmacoterapia racional, principalmente dentro dos hospitais (SENA, et al., 2010). O termo farmacoeconomia tem alcançado, em poucos anos, uma grande difusão e popularidade. Existem livros, textos, departamentos e cátedras universitárias e departamentos de empresas farmacêuticas que, assim, se denominam. Aparentemente, em muitos casos, se utiliza farmacoeconomia como sinônimo de avaliação econômica de medicamentos; em outros casos, o termo tem um sentido mais amplo e inclui outras formas de análises econômicas dos medicamentos, concretamente as relacionadas à regulação e o financiamento público dos mesmos (AZEVEDO; ALBUQUERQUE; CUNHA, 2005). Os conceitos e os primeiros estudos farmacoeconômicos iniciaram na década de 1970 nos Estados Unidos, e na década seguinte a 29 farmacoeconomia surge no cenário internacional. No entanto, no Brasil, a aplicação das ferramentas farmacoeconômicas para tomada de decisão não foi uma realidade aplicada à prática da terapêutica (FARIA et al., 2014) A farmacoeconomia é a aplicação da economia ao estudo dos medicamentos com a otimização da utilização de recursos financeiros sem prejuízo à qualidade do tratamento. Em outras palavras, é a descrição, a análise e a comparação dos custos e das consequências de terapias medicamentosas para os pacientes, os sistemas de saúde e a sociedade, com o objetivo de conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio. É uma ferramenta que ajuda a selecionar as opções mais eficientes e que auxilia na distribuição de recursos para a saúde de uma forma mais justa e equilibrada. Além disso, contribui para o uso racional de medicamentos por meio da incorporação do custo a questões sobre segurança, eficácia e qualidade dos diferentes tratamentos médicos, buscando uma melhor relação entre custos e resultados (RESTA; PACKEISER, 2014). Nos últimos anos, os governos de vários países vêm adotando algumas estratégias no campo da saúde em resposta, principalmente, ao crescente aumento dos gastos farmacêuticos nos seus sistemas sanitários. Entre as medidas orientadas a reduzir os gastos em farmácia, destacam-se o fortalecimento da atenção farmacêutica e a realização de estudos de avaliação econômica aplicados aos medicamentos. São quatro os tipos de análises recomendados pela farmacoeconomia: minimização de custos, custo-benefício, custo-efetividade e custo-utilidade (RESTA; PACKEISER, 2014) A farmacoeconomia ainda é uma área recente no Brasil, porém tem se mostrado essencial para as tomadas de decisões quanto aos recursos farmacológicos, proporcionando ganhos para o Sistema Único de Saúde, tanto em termos financeiros quanto terapêuticos, por meio da escolha da melhor opção tanto para o paciente quanto para a instituição hospitalar. A implementação dos estudos farmacoeconômicos é uma importante estratégia para a racionalização terapêutica, permitindo avaliar diferentes variáveis, como o custo, a eficácia, o benefício, a utilidade e a eficiência de diferentes tratamentos (RESTA; PACKEISER, 2014). A análise farmacoeconômica envolve a descrição, o cálculo e a comparação dos custos e a consequência de produtos e serviços farmacêuticos para determinar alternativas que visam a necessidade terapêutica e as possibilidades de orçamento disponíveis. A aplicação da economia na prática clínica objetiva apontar que o uso de recursos pode ser mais eficiente. Vários e fatores são avaliados na farmacoeconomia, porém dois fatores são comuns: a análise de custos (inputs) e a análise de benefícios ou consequências (outcomes). Os custos podem ser divididos em: i) custos diretos, que são de fácil identificação por serem diretamente relacionados ao 30 serviço de saúde, como o tempo de hospitalização, honorários profissionais, aquisição de medicamentos e materiais de consumo, ii) custos indiretos, são relacionados ao impacto da patologia ou mortalidade na produtividade e rendimento do indivíduo ou familiares, como exemplo a perda salarial no período de internação ou transporte utilizado, e iii) custos intangíveis, são aqueles de difícil mensuração monetária, tais como o sofrimento, a dor e a redução da qualidade de vida (NASCIMENTO; FIALHO; NASCIMENTO, 2014) Os benefícios ou outputs são a consequência ou o resultado do tratamento, mensurado por intermédio de resultados clínicos, econômicos ou humanísticos. Os resultados positivos incluem entre outros a eficácia da utilização de fármacos, porém, resultados negativos também devem ser analisados, como efeitos colaterais, falhas do tratamento ou resistência ao medicamento (NASCIMENTO; FIALHO; NASCIMENTO, 2014). 2.8 - Perspectivas No Brasil, as projeções indicam que em 2050 a proporção de idosos será de aproximadamente 30% da população total. Desta forma, proporcionalmente ao envelhecimento da população espera-se um aumento dos gastos em saúde, aumento da demanda por tratamentos de doenças crônicas, mais intervenções em saúde e maior consumo de medicamentos. Neste contexto, a farmacoeconomia apresenta-se como uma ferramenta útil para melhor aplicabilidade dos investimentosque devem ser direcionados para a aquisição de medicamentos. As análises farmacoeconômicas fornecem dados técnico-científicos que apoiam a tomada de decisão baseada em evidência científica, sendo indispensável incentivar a realização de pesquisa científica de qualidade e a implantação de linhas de pesquisa que visem avaliar as melhores formas de se aplicar os recursos na aquisição de medicamentos e demais serviços em saúde, além de estabelecer critérios para utilizá-lo. No entanto, pouco se sabe a respeito da evolução das publicações farmacoeconômicas de estudos brasileiros. No âmbito da vigilância sanitária deve-se refletir a respeito de como usar o conhecimento sobre causalidade produzido pela farmacoepidemiologia e farmacovigilância para circunscrever danos ou melhorar a saúde da população gerando evidências estáveis. Trata- se de tarefa complexa, pois há relatos na literatura em que determinados estudos observacionais sugeriram certas relações causais que foram posteriormente refutadas quando testadas em estudos subsequentes (MOTA; KUCHENBECKER, 2017). Nesse sentido, aponta-se como principal desafio da vigilância sanitária decidir se o conhecimento gerado sobre a causalidade é reprodutível e estável, isto é, tendência de um achado não ser contrariado rapidamente por pesquisas científicas posteriores. Uma maneira prática de vivenciar isso é demonstrar que a relação causal em questão não pode estar facilmente equivocada, dada a melhor evidência científica atual disponível (MOTA; KUCHENBECKER, 2017). 31 3 – REFERÊNCIAS AZEVEDO, Maria de Fátima Menezes; ALBUQUERQUE, Maria Zenaide Matos; CUNHA, Damiana Rabelo da . Estudo Farmacoeconômico de Prescrições de Medicamentos. Um breve enfoque . Ceará: [s.n.], 2005. 3 p. 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Prof. Lineu Prestes, 950, 05508-000 - São Paulo - SP – Brasil. Tel: +55 11 3091.2314. E-mail: bjps@usp.br Um artigo de revisão deve fornecer uma análise sintética e crítica de uma área relevante e não deve ser apenas uma descrição cronológica da literatura. Um artigo de revisão por investigadores que fizeram contribuições substanciais para uma área específica de Ciências Farmacêuticas será publicado por convite dos Editores. No entanto, um esboço de um artigo de revisão pode ser submetido aos Editores sem consulta prévia. Se for julgado apropriado para o Jornal, o (s) autor (es) serão convidados (a) a preparar o artigo para a revisão por pares. O manuscrito deve conter: resumo de mais de 250 palavras,não mais de 6 palavras-chave, um título em execução para ser usado como um título de página, que não deve exceder 60 letras e espaços, corpo principal do manuscrito dividido em seções com títulos e legendas apropriados e não mais do que 90 referências (sem exceções). O manuscrito deverá conter uma carta de apresentação e é importante que você a inclua com seu manuscrito. Aproveite o tempo para considerar por que este manuscrito é adequado para publicação no Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. Por que o seu papel inspirará outros membros do seu campo e como isso impulsionará a pesquisa? Por favor, explique isso em sua carta de apresentação. A carta de apresentação também deve conter as seguintes informações: título do artigo, nome (s) de todos os autores, informação do autor correspondente (nome, endereço completo, número de telefone e e-mail). Requisitos de autoria apenas as pessoas que contribuíram diretamente para o conteúdo intelectual do artigo devem ser listadas como autores. Todos os manuscritos devem ser, submetidos, apenas, por via eletrônica. A confirmação da submissão é enviada por e-mail para todos os autores, pelo seu acordo. Os autores devem atender a todos os seguintes critérios, assumindo assim a responsabilidade pública pelo conteúdo do documento concebido, planejado e realizado os experimentos apresentados no manuscrito ou interpretado os dados, ou ambos, escreveu o artigo, ou revisou as versões sucessivas, aprovou a versão final, a realização de cargos de liderança administrativa, a contribuição dos pacientes e a coleta e montagem de dados, por mais importantes para a pesquisa, não são, por si só, critérios de autoria. Qualquer pessoa que tenha feito contribuições substanciais e diretas 36 para o trabalho, mas não pode ser considerada autor deve ser citada na seção de Reconhecimentos, com permissão e uma descrição de sua contribuição específica para a pesquisa. O formato de texto do manuscrito só pode ser aceito como um arquivo do Microsoft Word criado com o MS Word como documento "doc", "docx" ou "rtf" manuscritos devem ser enviados em 30-36 linhas, 1,5 espaçados, cada página deve conter o número da página no canto superior direito começando com a página de título como página 1. Informe todas as medidas no Système International, SI ( http://physics.nist.gov/cuu/Units ) e unidades padrão onde aplicável,nomes de plantas, animais e produtos químicos devem ser mencionados de acordo com as Regras Internacionais disponíveis, os nomes das drogas podem seguir as regras internacionais (DCI) ou as regras brasileiras atuais (DCB), as marcas registradas podem ser mencionadas apenas uma vez no texto (entre parênteses e inicial na letra maiúscula), não use abreviaturas no título e limite seu uso em resumo e texto, o comprimento do manuscrito e o número de tabelas e figuras devem ser reduzidos ao mínimo, certifique-se de que todas as referências sejam citadas no texto, os nomes genéricos devem ser usados para todos os medicamentos. Os instrumentos podem ser referidos por nome próprio; o nome e o país do fabricante devem ser entre parênteses. Os artigos publicados no BJPS serão organizados nas seguintes seções: título, autores, resumo, palavras-chaves, título em execução, autor para Correspondência e endereço de e-mail , introdução ,material e métodos, resultados e discussão , agradecimentos , referências , tabelas com um título descritivo e legendas de nota de rodapé , figuras com título descritivo, legendas descritivas e uniformidade no formato . São necessários números de páginas contínuas para todas as páginas, incluindo figuras. Não há restrições de comprimento específicas para o manuscrito geral ou seções individuais. No entanto, instamos os autores a apresentar e discutir suas conclusões de forma concisa. Nós reconhecemos que alguns artigos não serão melhores apresentadas em nosso formato de artigo de pesquisa. Se você tiver um manuscrito que se beneficiaria de um formato diferente, entre em contato com os editores para discutir isso ainda mais. Folha de rosto com título que deve ser tão curto e informativo quanto possível, não deve conter siglas ou abreviaturas não-padrão, e não deve exceder duas linhas impressas. Nome completo (em correspondência com números sobrescrito identificando afiliação). Instituição (s) (Departamento, Faculdade, Universidade, Cidade, Estado, País) de cada autor (em inglês). Exemplos:Hongmei Xia 1 * ,Yongfeng Cheng 2 , Yinxiang Xu 3 , Zhiqing Cheng 1 1 Faculdade de Farmácia, Anhui Universidade de Medicina http://physics.nist.gov/cuu/Units/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502015000300541&lng=en&nrm=iso&tlng=en#aff1 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502015000300541&lng=en&nrm=iso&tlng=en#c01 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502015000300541&lng=en&nrm=iso&tlng=en#aff2 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502015000300541&lng=en&nrm=iso&tlng=en#aff3 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-82502015000300541&lng=en&nrm=iso&tlng=en#aff1 37 Chinesa, Hefei, República Popular da China. 2 Escola de Ciências da Vida, Universidade de Ciência e Tecnologia da China, Hefei, República Popular da China. 3 Zhaoke (Hefei) Pharmaceutical Co. Ltd., Hefei, República Popular da China. O resumo são publicados separadamente pelos Serviços de Informação, eles devem conter dados rígidos suficientes para serem apreciados pelo leitor. O resumo não deve exceder 250 palavras e deve ser preparado em um único parágrafo. O resumo deve apresentar de forma breve e clara o objetivo, a abordagem experimental, novos resultados como dados quantitativos, se possível, e conclusões. Deve mencionar as técnicas utilizadas sem entrar em detalhes metodológicos e mencionar os resultados mais importantes. As abreviações devem ser reduzidas ao mínimo e devem ser definidas tanto no resumo quanto no texto. Não inclua quaisquer citações de referência no resumo. Se o uso de uma referência for inevitável, a citação completa deve ser dada dentro do resumo. As palavras-chaves em uma lista de palavras-chave ou termos de indexação (não mais de 6) deve ser incluída evitando termos genéricos. O título de corrida deverá ser curto, para ser usado como um título de página, não deve exceder 60 letras e espaços. Um dos autores deverá ser designado como o autor correspondente. A responsabilidade do autor correspondente é garantir que a lista de autores seja precisa e completa. Se o artigo foi enviado em nome de um consórcio, todos os membros e afiliações do consórcio devem ser listados na seção Agradecimentos. Forneça o nome e o endereço de e-mail do autor a quem a correspondência deve ser enviada identificada com um asterisco. A introdução deverá colocar o foco do manuscrito em um contexto mais amplo e refletir o estado atual da arte do assunto. Isto deve indicar brevemente e claramente os objetivos da investigação com referência a trabalhos anteriores. A revisão extensa da literatura deve ser evitada e substituída por referências de publicações de revisão recentes. Os materiais e métodos devem ser descritos em detalhes suficientes para que o trabalho possa ser reproduzido.Procedimentos e técnicas bem estabelecidos requerem apenas uma citação da fonte original, exceto quando eles são substancialmente modificados. Os relatórios de estudos experimentais sobre seres humanos e animais devem certificar que a pesquisa recebeu aprovação prévia pelo comitê de ética da revisão institucional apropriada. Os resultados e discussão devem ser apresentados de forma clara e concisa e em ordem lógica. Esta seção deve fornecer resultados de todos os 38 experimentos necessários para apoiar as conclusões do documento. Quando possível, use figuras ou tabelas para apresentar dados em vez de texto. Grandes conjuntos de dados, incluindo dados brutos, devem ser enviados como arquivos suplementares; Estes são publicados online ligados ao artigo. A discussão deve interpretar os resultados e avaliar o seu significado em relação ao conhecimento existente. A especulação não justificada pelos dados reais deve ser evitada. A discussão deve explicar as principais conclusões e interpretações do trabalho, incluindo algumas explicações sobre o significado dessas conclusões. Os agradecimentos quando apropriado, reconheça brevemente a assistência técnica, conselhos e contribuições de colegas. As pessoas que contribuíram para o trabalho, mas não se enquadram nos critérios para os autores, devem ser listadas na seção Agradecimentos, acompanhado de suas contribuições. Doações de animais, células ou reagentes também devem ser reconhecidas. Você também deve garantir que qualquer pessoa nomeada nos Agradecimentos concorda em ser assim chamada. O apoio financeiro para pesquisas e bolsas deve ser reconhecido nesta seção (número de agência e de concessão). As figuras devem ser enviadas em versão de alta resolução (600 dpi) e esses arquivos de figura para apresentação BJPS encoraja os autores a usar figuras onde isso aumentará a clareza de um artigo. O uso de figuras de cores em artigos é gratuito. As seguintes diretrizes devem ser observadas na elaboração dos números. A falha ao fazê-lo provavelmente atrasará a aceitação e publicação do artigo, cada figura de um manuscrito deve ser enviada como um único arquivo, os números devem ser numerados na ordem em que são mencionados pela primeira vez no texto, e carregados nesta ordem, os títulos e legendas das figuras devem ser fornecidos no manuscrito principal como uma Lista de figuras, e não no arquivo gráfico, os objetivos da figura lenda deve ser descrever as mensagens-chave da figura, mas a figura também deve ser discutida no texto, uma versão ampliada da figura e sua legenda completa serão muitas vezes visualizadas em uma janela separada on-line, e deve ser possível para um leitor entender a figura sem se mover entre esta janela e as partes relevantes do texto, a própria legenda deve ser sucinta, enquanto ainda explica todos os símbolos e abreviaturas, evite longas descrições de métodos, as informações estatísticas devem ser fornecidas, bem como os testes estatísticos utilizados, setas ou letras devem ser usadas na figura e explicadas na legenda para identificar estruturas importantes, as figuras com vários painéis devem usar letras maiúsculas A, B, C, etc. para identificar os painéis, cada figura deve ser cuidadosamente cortada para minimizar a quantidade de espaço em branco que circunda a ilustração. Cortar figuras melhora a precisão ao colocar a figura em combinação com outros elementos, quando o manuscrito aceito está 39 preparado para publicação, os arquivos de figuras individuais não devem exceder 5 MB. Se um formato adequado for escolhido, esse tamanho de arquivo é adequado para figuras de alta qualidade. Observe que é responsabilidade dos autores obter permissão do detentor dos direitos autorais para reproduzir figuras (ou tabelas) que tenham sido anteriormente publicadas em outros lugares. Para que todos os números sejam de acesso aberto, os autores devem ter permissão do titular dos direitos se desejarem incluir imagens que tenham sido publicadas em outros lugares em revistas de acesso aberto.A permissão deve ser indicada na legenda da figura e a fonte original incluída na lista de referência, o tipo de arquivo suportado é no seguinte formato de arquivo que pode ser aceito: TIFF (adequado para imagens) ou JPEG com 600 dpi e arquivo Word para o manuscrito. As tabelas devem ser enviadas no Word (.doc) ou Excel (.xls), não como uma imagem, devem ser numeradas consecutivamente com números romanos no texto, ter um título conciso e descritivo, toda informação explicativa deve ser dada em uma nota de rodapé abaixo da tabela. As notas de rodapé devem ser usadas para explicar abreviaturas e fornecer informações estatísticas, incluindo testes estatísticos utilizados, as abreviaturas devem ser definidas nesta nota de rodapé, mesmo que sejam explicadas no texto, devem ser compreensíveis sem se referir ao texto, as tabelas que ocupam mais de uma página impressa devem ser evitadas, se possível, as linhas verticais e diagonais não devem ser usadas nas tabelas, em vez disso, o recuo e o espaço vertical
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