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Complicações Hipertensivas Agudas

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Elevação abrupta da PA (> 180 e/ou > 120 mmHg) associada ou não a lesão de 
órgão alvo. 
Classificações 
Urgência hipertensiva 
• PA elevada em pacientes com risco prévio de condições com angina instável; 
cardiomiopatia dilatada; insuficiência renal; gestantes com pré-eclâmpsia. 
• Conduta: medicação oral 
• Clinicamente sintomático em que há aumento acentuado da PAD (>120 mmHg) 
sem lesão de órgão-alvo aguda e progressiva 
Emergência hipertensiva 
• Clinicamente sintomáticos, com risco eminente de morte, em que há aumento 
acentuado da pressão (PAS > 180 mmHg e PAD > 120 mmHg) com lesão de 
órgão alvo aguda e progressiva 
• Encefalopatia hipertensiva, AVE, dissecção aguda de aorta, hipertensão maligna, 
abuso de cocaína, adrenérgica do feocromocitoma, eclampsia 
• Conduta: medicamentos endovenosos (nitroprussiato de sódio em bomba de infusão 
contínua) 
• Não pode deixar a PA abaixar abruptamente → baixar PAM 25% nas primeiras 3 
horas 
Pseudocrise hipertensiva 
• Elevação provocada por enxaqueca, crise de pânico, ansiedade, cólica 
nefrética ou geralmente hipertensos não controlados — oligossintomáticos 
ou assintomáticos 
• Elevação da PA não está relacionada ao surgimento de lesão de órgão-alvo ou risco 
iminente de morte 
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA 
• Causada pelo aumento agudo da pressão (hiperfluxo → edema cerebral) 
• Tríade: hipertensão arterial severa + alterações do nível de consciência 
+ papiledema 
• Ocorre geralmente em pacientes hipertensos crônicos que desenvolvem hipertensão 
acelerada-maligna ou pacientes normotensos que apresentam > súbita da PA 
• Início insidioso → evolui com cefaléia, náuseas e/ou vômitos e podem surgir 
alterações do campo visual, coma, crises convulsivas generalizadas e hiperreflexia 
PAM = PAS + (PAD X 2)/3 
AVC 
• A hipertensão arterial é o principal fator de risco para AVE, principalmente 
hemorrágico 
• Déficit neurológico de início agudo 
• Sinais clínicos de AVC: perda da força, sensibilidade, dificuldade visual, 
dificuldade de falar, cefaleia intensa súbita, desequilíbrio e tontura 
• AVC hemorrágico: hemorragia subaracnóideo e hemorragia intracraniana 
• AVC isquêmico 
Hemorragia subaracnóidea (HSA) 
• Clínica: pior dor de cabeça da vida + síncope + fotofobia + rigidez de nuca 
• Confirmar HSA → arteriografia 
• Principal etiologia: ruptura de aneurisma sacular 
• Terapêutica: 
⇢ Manter PAS = 140 mmHg até a resolução intervencionista → pode abaixar mais 
porque nesse caso está sangrando 
⇢ Após a intervenção manter a PAS 160-180 mmHg 
Hemorragia intraparenquimatosa 
• Presença de sintomas focais + cefaleia, náuseas, vômitos 
• Pedir TC de crânio sem contraste 
• Terapêutica: 
⇢ Nitroprussiato de Sódio (anti-hipertensivo) 
Sinais de hipertensão intracraniana: rebaixamento do nível de consciência + 
bradicardia 
AVC isquêmico 
• Principal causa: fibrilação atrial 
Complicações Hipertensivas Agudas
• Pedir TC de crânio sem contraste 
• Nas primeiras 14 horas pode se tornar hemorrágico 
• Terapêutica: 
⇢ Indicação de trombólise ou trombectomia: reduzir a PA < 185/110 mmHg antes 
da terapia fibrinolítica 
⇢ Redução inicial da PA em 15%: PA > 220/120 mmHg ou com outras EH 
associadas 
Infarto agudo do miocárdio anterosseptal 
• Elevação da PA, devido a um reflexo desencadeado pelo miocárdio 
isquêmico 
• Terapêutica: 
⇢ Meta de PAS < 140 mmHg e PAD entre 70-80 mmHg 
⇢ Nitrato sublingual 
⇢ Nitroglicerina IV = indicada nas primeiras 24 horas 
⇢ Betabloqueadores IV 
⇢ IECA 
⇢ Para trombólise, o alvo da PA deve ser < 180x110mmHg → nitroglicerina EV 
5 A’s: antiagregantes, estatina, anticoagulante, antianginoso, antagonista da 
ECA 
Dissecção de aorta 
• Dor lancinante que pode ser precordial ou se irradiar para as costas; 
pulsos assimétricos e sopro protodiastólico em foco aórtico 
• Conduta: dor torácica → ECG em até 10 minutos → resultado: sem alteração 
isquêmica 
• Diagnóstico definitivo: angiotomografia de aorta 
• Importante fazer ecocardiograma para fazer diagnóstico diferencial com IAM 
• Terapêutica: 
⇢ Depende do tipo de dissecção 
⇢ Controle adequado da dor 
⇢ FC < 60 bpm e PAS entre 100-120 mmHg 
⇢ Nitroprussiato de sódio associado com betabloqueador 
Eclâmpsia 
• Surgimento de proteinúria e hipertensão arterial após 20ª semana de gestação 
até 6ª semana após o parto 
• Surgimento de convulsões 
• Diagnóstico diferencial: hipertensão prévia, hipertensão sobreposta 
• Terapêutica: 
⇢ Meta: 120x80 mmHg 
⇢ Sulfato de magnésio 
⇢ Hidralazina EV 
⇢ Cesária 
Nefroesclerose hipertensiva maligna 
• Hipertensão acelerada maligna + nefroesclerose hipertensiva maligna 
• Conduta: baixar 25% da PA em 3 horas visando PA 160x80 nas próximas 8 horas 
(nitropussiato de sódio) 
Edema agudo de pulmão 
• Aumento pressóricos agudo associado com uma falência cardíaca para lidar 
com > pós-carga pode levar a EAP 
• Origem do edema: cardiogênico e não cardiogênico 
• Exame específico na emergência: BNP sérico e ecocardiograma 
• Terapêutica: 
⇢ Controlada na UTI, com medicação IV, monitoramento e diminuição gradativa 
da PA 
⇢ Nitroprussiato de sódio, nitroglicerina sublingual 
⇢ Morfina IV 
⇢ Uso de ventilação mecânica não invasiva

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