Buscar

SÍNDROME DISPÉPTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
SÍNDROME DISPÉPTICA 
DISPEPSIA: é a dor epigástrica por mais de 1 mês. 
DISFAGIA: Entalo, dificuldade para engolir 
alimentos; 
1. DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
(DRGE) 
A DRGE é uma doença crônica em que há fluxo 
retrogrado de conteúdo gastrointestinal para o 
esôfago por incompetência do esfíncter 
esofágico inferior. 
Esse refluxo é ácido em 80-90% das vezes. 
Para ser considerado patológico, precisa haver 
sintomas frequentes: pelo menos 1x na semana, 
por mais de quatro semanas ou lesão na mucosa 
do esôfago (esofagite, estenose ou metaplasia); 
Sintomas TÍPICOS: pirose (queimação retroesternal 
- mais comum) e regurgitação alimentar (segundo 
mais comum). 
Sintomas ATÍPICOS: tosse seca, pigarro, rouquidão, 
otite, faringite, laringite, asma, pneumonia e dor 
torácica não cardíaca; 
Além disso, algumas condições podem favorecer 
o aparecimento de DGRE, como: Obesidade; 
Medicações (bloqueadores do canal de cálcio, 
diazepam, anticolinérgicos, AAS, teofilina, 
progesterona); Esclerodermia; Gastroparesia; 
Alargamento do hiato diafragmático (hérnia por 
deslizamento - tipo I); Tabagismo. 
A partir da suspeita de DRGE, o manejo 
dependerá da IDADE do paciente e da presença 
de algum SINAL DE ALARME: 
 < 40 ANOS, SEM SINAIS DE ALARME 
(ANEMIA, PERDA DE PESO, SANGRAMENTO 
OU DISFAGIA): IBP (omeoprazol, 
pantoprazol) em jejum, 30 minutos antes 
do café da manhã por 6 a 8 semanas. + 
MUDANÇAS DE HÁBITO DE VIDA (perder 
peso, para de fumar, fracionar as refeições 
de 3/3h, reduzir frituras e gorduras e elevar 
cabeceira) 
Obs: IBP por 8 semanas, pela manhã em jejum – 
omeprazol 20mg, pantoprazol 40mg, esomeprazol 
40mg, lansoprazol 30mg 
Obs: se o tratamento inicial falhar, pode-se dobrar 
a dose do IBP para duas vezes ao dia. 
Obs: Bloqueadores H2 (Ranitidina, cimetidina) são 
menos eficientes em aliviar os sintomas, sendo 
medicações de segunda linha em casos de 
intolerância aos IBP; 
Obs: Procinéticos (domperidona, 
metroclopramida) são usados quando o paciente 
tem sintomas de gastroparesia, como plenitude, 
empachamento, saciedade e náuseas. 
 > 40 ANOS, COM SINAIS DE ALARME OU 
REFRATÁRIOS AO TRATAMENTO INCIAL: 
merecem investigação com exames 
complementares. 
Quem merece investigação complementar: 
1. Pacientes > 40 anos (pela maior chance de 
esôfago de barret); 
2. Presença de sinais de alarme (anemia, 
emagrecimento, disfagia ou 
sangramento). 
3. Pacientes que não respondem bem ao 
tratamento com IBP, mesmo em dose 
otimizada. 
Qual exame solicitar? 
1. EDA: não é capaz de documentar o 
refluxo, mas tem alta especificidade para 
lesões de mucosa, esofagite, barret e 
estenose. Ainda pode vim normal, 
condição que chamamos de DRGE não 
complicada; 
2. Impêndancio-PHmetria: padrão ouro, não 
é feito de rotina, apenas quando há 
dúvida diagnóstica. 
3. Cintilografia: refluxo em crianças; 
COMPLICAÇÕES 
 ESOFAGITE: 
A esofagite (erosões ou ulceras no esôfago) é a 
mais comum na pratica. 
 ESTENOSE PÉPTICA: 
É bem menos comum e geralmente representa 
uma esofagite grave que não foi tratada, 
evoluindo para retração cicatricial e redução do 
lúmen no esôfago. 
Aparece na prova com pacientes com sintomas 
crônicos de DRGE que evoluem com disfagia para 
sólidos (sinal de alarme), devendo ser realizado 
EDA para afastar neoplasias. 
 
2 Marcela Oliveira - Medicina UNIFG 2023 
O tratamento é com dilatação endoscópica ou 
ressecção cirúrgica. 
 ESÔFAGO DE BARETT: 
É a transformação do epitélio escamoso (típico do 
esôfago) em epitélio glandular rico em células 
caliciformes, o que chamamos de metaplasia 
intestinal. 
Os principais fatores de risco são: idade > 40 anos, 
obesidade, sexo masculino, cor branca, sintomas 
de refluxo mal controlado por mais de 5 anos e 
tabagismo. 
O grande problema é o risco para evolução de 
adenocarcinoma de esôfago distal;

Continue navegando