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S5P9 Carolina Ferreira ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL(AVC) -AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro é responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida -Pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico. -Os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCIs) podem ser classificados, segundo o mecanismo etiológico envolvido, em: aterotrombótico, cardioembólico, lacunar, hemodinâmico e venoso. Essa diferenciação é fundamental na prevenção secundária eficiente -Na fase aguda dos AVCIs o tratamento pode incluir o uso de anticoagulantes, cuidados para não baixar indevidamente a pressão arterial, cuidados clínicos gerais e, em casos muito selecionados, o uso de agentes fibrinolíticos. -Os AVCs hemorrágicos (AVCHs) representam aproximadamente 10% dos AVCs e a hipertensão arterial e o ↑ da idade são os principais fatores de risco para o AVCH. -O AVC é uma síndrome clínica de início súbito de sinais focais neurológicos, devido a perda de função cerebral cuja duração ultrapassa as 24 horas -Uma 1º manifestação clínica de doença vascular cerebral poderá ser um acidente isquêmico transitório (AIT). Este pode ser único ou pode preceder um AVC, sendo que um terço dos indivíduos que tiveram AIT tem um AVC -O AIT corresponde a uma perda repentina de uma função cerebral c/ duração inferior a 24 horas causado por um défice de perfusão sanguínea, por êmbolo ou trombo. Este défice de perfusão sanguínea pode afetar a circulação extracraniana e/ou a circulação intracraniana -O AVC e AIT surgem devido a processos patológicos que afetam os vasos sanguíneos. Podem dever-se a fatores intrínsecos ao vaso (aterosclerose); ou ter origem num local remoto (um embolo que provém do coração e que se aloja num vaso da circulação cerebral); podem também dever-se a uma ↓ de perfusão ou ao ↑ da viscosidade do sangue, c/ ↓ do fluxo sanguíneo cerebral, que pode resultar da rotura de um vaso sanguíneo no espaço subaracnoideo ou no parênquima cerebral. ANATOMIA DA VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA -A principal irrigação do encéfalo ocorre pelos sistemas anterior e posterior, tendo como responsáveis pela circulação anterior ou carotídea as artérias carótidas internas e pela vascularização posterior as artérias vertebrais -Assim como a artéria carótida externa, a carótida interna também é originada da bifurcação da artéria carótida comum, passando pelas porções profundas do pescoço até o canal carotídeo -Essa volta rostromedialmente e ascende até o interior da cavidade craniana, perfurando a dura-máter e ramificando-se nas artérias oftálmica, que vasculariza o nervo óptico e a porção interna da retina e corióidea anterior, responsável pela irrigação das estruturas diencefálicas e telencefálicas. -A divisão da artéria carótida interna ocorre próxima à superfície basal dos hemisférios cerebrais, formando então as artérias cerebrais anteriores e médias .As artérias cerebrais anteriores ligam-se anteriormente a artéria comunicante anterior, formando a porção frontal do polígono de Willis. Tais vasos irrigam a porção medial dos hemisférios cerebrais e estruturas subcorticais -Quando a oclusão destas ocorre + proximal, as alterações funcionais observadas são mínimas. Já nas lesões + distais, ocorrem deficiências como hemiparesia contralateral e perda sensorial contralateral, c/ > ênfase no membro inferior e face. -Esta obstrução tem capacidade de acarretar edemas cerebrais, que podem levar frequentemente à morte. Entretanto, lesões na artéria carótida interna são - comuns. A origem das artérias vertebrais é na região posterior do pescoço e nas artérias subclávias, penetrando no crânio através do forame magno. -A união das artérias vertebrais direita e esquerda forma a artéria basilar. As artérias cerebrais anteriores e médias provem da carótida interna, já a artéria cerebral posterior faz parte do sistema vertebro-basilar, onde está participa da circulação posterior e aquelas da vascularização anterior S5P9 Carolina Ferreira Figura: Locais comuns dos aneurismas saculares. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCIS) - Pode ocorrer por processos trombóticos, quando há estenose ou oclusão intra ou extracraniana de vasos por alteração primária da parede do vaso; podem ser lacunares, se dizem respeito a vasos profundos, ou seja, ocorrem na distribuição das artérias curtas que penetram as estruturas cerebrais (artérias perfurantes), caraterizando-se por serem pequenos infartos, geralmente com menos de 5 mm de diâmetro; por último, as embolias são todo o processo em que se verifica a oclusão do lúmen arterial por um corpo estranho em circulação. As embolias podem ser de origem cardiogênica, artério-artérial ou proveniente da aorta -O acidente vascular cerebral isquêmico é definido como um episódio de disfunção neurológica causada por estenose ou oclusão vascular que resulta em infarto focal no cérebro, na medula espinal ou na retina sem um território vascular específico. -O manejo gira em torno dos processos de: (1) diagnóstico precoce, inclusive reconhecimento precoce do AVE e notificação do serviço de atendimento médico de urgência, (2) avaliação clínica e radiológica rápida (3) administração precoce de agentes trombolíticos por via intravenosa (IV) (4) reflexão sobre o uso de técnicas avançadas de reperfusão (5) manejo especializado pós-AVE, seja em uma unidade especializada em AVE ou em unidade de tratamento intensivo neurológico (neuro-UTI). S5P9 Carolina Ferreira 1.EPIDEMIOLOGIA -Estima-se que 650.000 AVE isquêmicos agudos ocorram a cada ano nos EUA, sem mencionar outros países. -Os fatores de risco individuais + significativos p/ AVE isquêmicos agudos incluem hipertensão arterial, diabetes melitus , tabagismo (cigarros), má nutrição, inatividade física, arritmias cardíacas, etilismo e obesidade -As mortes hospitalares após AVE isquêmicos agudos são relativamente raras, ocorrendo em aproximadamente 5% dos casos, e estão associadas a envelhecimento, gravidade do AVE, história pregressa de fibrilação atrial, AVE prévio, estenose de artéria carótida, diabetes melito e história pregressa de doença da artéria coronariana (DAC -Incapacidade funcional e morbidade por complicações após o AVE são muito + frequentes, acometendo a > dos pacientes -Apenas 50% dos pacientes que sofrem um AVE isquêmico agudo recebem alta do hospital, enquanto os 50% restantes precisam de assistência adicional em unidades especializadas ou centros de reabilitação ou cuidados paliativos. 2.BIOPATOLOGIA -Apesar de representar apenas 2% do peso corporal total, o cérebro consome 20% da energia total do corpo e depende de um aporte constante de glicose e O2 p/ manter suas funções e sua integridade estrutural -A cada minuto, aproximadamente 1.000 mℓ de sangue são fornecidos p/ o cérebro pelas artérias carótidas e, em < grau, pelo sistema vertebrobasilar -P/ assegurar um fluxo sanguíneo cerebral (FSC) constante através de uma gama de pressões sanguíneas e estados metabólicos, os vasos sanguíneos cerebrais se contraem ou dilatam em resposta a alterações nas [ ] de O2 e CO2 e ao estresse de cisalhamento nas paredes vasculares relacionado c/ a velocidade do fluxo sanguíneo -O mediador 1º da vasodilatação é o óxido nítrico é liberado pelas células endoteliais e relaxa as células musculares lisas circunferenciais na túnica média.2.1. Redução do fluxo sanguíneo cerebral - Quando a pressão de perfusão cerebral se torna inferior a aproximadamente 60 mmHg, seja em decorrência de hipotensão sistêmica ou bloqueio arterial localizado, a vasodilatação autorreguladora ñ consegue compensar isso c/ consequente redução do fluxo sanguíneo cerebral de sua variação normal de 50 a 60 mℓ/100 g/min -Quando o fluxo sanguíneo cerebral cai abaixo de 30 mℓ/100 g/min, a troca regional de nutrientes e O2 cai na unidade neurovascular (célula endotelial, pericitos circundantes, membrana basal, astrócitos perivasculares e neurônios adjacentes), resultando em despolarização patológica de neurônios e da glia e supressão da atividade elétrica normal o que provoca alentecimento e atenuação da atividade eletroencefalográfica de fundo -Hipoperfusão significativa persistente, c/ níveis de fluxo sanguíneo cerebral caindo abaixo de 20 mℓ/100 g/min, deflagra uma cascata de lesão isquêmica que pode evoluir p/ necrose neuronal irreversível e infarto cerebral. 2.2. Cerne do infarto e penumbra -Quando o FSC cai abaixo de 20 mℓ/100 g/min o tecido nervoso evolui de um estado de disfunção elétrica reversível p/ um estado de “penumbra” de lesão citotóxica e morte celular programada (apoptose) -O tecido no estado de penumbra consiste em tecido cerebral ameaçado de morte. -A falha da bomba transmembrana adenosina trifosfato (ATP) sódio/potássio ocorre primeiro, despolarizando os neurônios e a glia -A despolarização disseminada provoca liberação descontrolada de neurotransmissores excitatórios como glutamato, que resultam, por sua vez, em influxo intracelular de cálcio e sódio S5P9 Carolina Ferreira -Após a fase de excitotoxicidade e apoptose ser iniciada, ocorre uma fase de falência bioenergética c/ disfunção da bomba iônica e perda dos gradientes normais transmembrana de sódio e cálcio. -No cerne do infarto, onde é > a falência bioenergética, esses desvios eletrolíticos maciços fazem c/ que a água siga passivamente seu gradiente osmótico, resultando em tumefação celular e, por fim, lise -O edema resultante, denominado edema citotóxico porque resulta de tumefação intracelular, manifesta-se minutos após o agravo inicial e pode ser detectado por ressonância magnética (RM) como hiperintensidade nas sequências ponderadas em difusão (DWI). -O cerne do infarto é circundado por uma área de hipoperfusão relativa, a penumbra isquêmica, na qual o fluxo sanguíneo cerebral é suficiente p/ manter temporariamente a sobrevida celular, mas ñ consegue manter indefinidamente a função celular normal -O tecido na área de penumbra pode ser salvo se perfusão adequada p/ o território puder ser restaurada em tempo hábil e isso é a base de todas as terapias de perfusão do AVE isquêmico agudo -O tecido na área de penumbra é inerentemente instável e, c/ frequência, evolui p/ infarto completo c/ o passar do tempo, tornando o intervalo de tempo até reperfusão o fator terapêutico + importante p/ a melhora do desfecho neurológico e a prevenção de morte após AVE isquêmico agudo. 2.3. Infarto completo -O intervalo de tempo desde a oclusão vascular até o infarto completo varie, na > dos casos, de 3 a 6 h, dependendo das características do fluxo colateral -Após a necrose e o infarto do tecido, ele passa a ser facilmente visualizado na tomografia computadorizada (TC) e na sequência FLAIR (inversão-recuperação atenuada por líquido) da RM -O fluxo sanguíneo cerebral é conservado em níveis quase normais até a margem de um infarto completo onde cai p/ níveis indetectáveis enquanto o vaso comprometido permanecer ocluído -Nos dias seguintes o infarto se torna progressivamente edemaciado. As células isquemiadas que evoluem p/ infarto tecidual franco liberam citocinas pró-inflamatórias e proteases que rompem a arquitetura e a função da unidade neurovascular, aumentando a permeabilidade da barreira hematencefálica -A apoptose é deflagrada por vários processos inflamatórios, inclusive a combinação de receptor/ligante do receptor CD95 e TRAIL (ligante induzindo apoptose relacionada com fator de necrose tumoral) e liberação de citocromo c oxidase pela membrana mitocondrial, que resultam na ativação da cascata de morte celular programada intrínseca e morte celular tardia. Essa lesão neurológica tardia poderia ser evitada por agentes neuroprotetores -A resposta inflamatória do parênquima resulta de suprarregulação dos receptores de adesão leucocitária das células endoteliais que provocam adesão leucocitária e transmigração p/ o tecido afetado e é responsável pelo prolongado processo de inflamação e remodelagem teciduais após um infarto se completar, enquanto o edema desaparece e as regiões envolvidas se tornam tecido fibrótico gliótico. 3.ETIOLOGIA -O processo microscópico de infarto cerebral agudo é precedido por oclusão intravascular do território -A classificação da etiologia do AVE isquêmico agudo é importante p/ a compreensão do prognóstico pós-AVE, p/ a quantificação do risco de recorrência e p/ orientação de estratégias de prevenção secundária do AVE - Os critérios de classificação TOAST (Trial of Organon in Acute Stroke Treatment) é o sistema de classificação de AVE isquêmico + amplamente aceito e inclui os seguintes 5 subtipos: aterosclerose de grande artéria (15 a 40%), cardioembólico (15 a 30%), oclusão de pequenos vasos ou “lacunar” (15 a 30%), criptogênico (até 40%) e “outras” causas (< 5%) 3.1. Aterosclerose de grandes artérias -A placa de aterosclerose pode surgir em qualquer ponto ao longo da árvore arterial extracraniana ou intracraniana, mas geralmente é encontrada nos pontos de ramificação vascular onde ocorre fluxo turbulento, + comumente na bifurcação da artéria carótida comum, na origem da artéria vertebral, na junção vertebrobasilar ou na origem das artérias cerebrais anterior ou média. S5P9 Carolina Ferreira -A placa aterosclerótica provoca AVE isquêmico por um de 2 mecanismos: *hipoperfusão através de uma região de estenose crítica *ruptura da placa resultando na formação de trombo e subsequente embolização distal do trombo ou dos fragmentos da placa, sendo esse o + frequente -A embolia arterioarterial ocorre quando fragmentos da placa aterosclerótica ou um trombo “novo” formado no topo da placa emboliza e oclui um vaso distal. As placas c/ cerne necrótico rico em lipídios e envoltório fibroso delgado implicam em risco de ruptura espontânea e ativação da cascata da coagulação que resulta em formação de trombo superposto. Forças induzidas pelo fluxo sanguíneo turbulento ao longo da parte irregular do vaso pode desestabilizar a placa de colesterol ou desalojar um tombo superposto. Quando isso ocorre, o trombo dissolve rapidamente e isso faz c/ que os sinais/sintomas sejam rápidos ou inexistentes ou pode provocar oclusão persistente de um vaso distal c/ consequentes sinais/sintomas persistentes de AVE isquêmico agudo. -Do ponto de vista clínico, é difícil diferenciar a isquemia consequente a aterosclerose de grandes artérias do AVE de origem cardíaca (AVE cardioembólico). O diagnóstico de aterosclerose de grandes artérias existe a ocorrência de repetidos ataques isquêmicos transitórios ou infartos completos no mesmo território vascular e o melhor exemplo consiste em episódios repetidos de cegueira monocular transitória indolor relacionada c/ aterosclerose da artéria carótida ipsilateral. Essa condição, conhecida como amaurose fugaz, resulta de êmbolos de colesterol provenientes da placa na artéria carótida e provoca oclusão da artéria retiniana central ou uma de suas ramificações -Quando o lúmen da artéria carótida está quase totalmente ocluído, ataques isquêmicos transitórios também podem ser causados por hipoperfusãoretiniana e se manifestam clinicamente como perda visual à exposição à luz brilhante. Da mesma maneira, episódios repetidos de vertigem, diplopia, hemiparesia, hemianestesia, alteração da marcha e perda da consciência podem ser um sinal de estenose substancial das artérias basilar ou vertebral. 3.2. Acidente vascular encefálico cardioembólico -O AVE cardioembólico inclui todos os episódios de AVE causados por tromboembolia secundária a um evento cardíaco -+ comumente cardioembolia ocorre a partir de trombo formado no apêndice atrial esquerdo do coração de pacientes c/ fibrilação atrial, contudo, mas pode resultar de lesão em valva nativa ou em prótese valvar ou de trombo em parede ventricular resultante de infarto do miocárdio recente ou miocardiopatia dilatada grave -Os AVE cardioembólicos também podem ter causas neoplásicas (mixoma atrial) ou causas infecciosas (endocardite infecciosa) -Nas técnicas de imagem, AVE dispersos na junção das substâncias branca e cinzenta nos 2 hemisférios ou nas circulações anterior e posterior são, + provavelmente, cardioembólicos. 3.3. Infarto de pequenos vasos -AVE lacunares consequentes à oclusão de pequenos vasos são definidos clinicamente por 4 subtipos gerais: (1) hemiparesia motora pura (2) síndrome sensorial pura (3) síndrome sensorimotora atáxica (4) disartria-mão desajeitada -Esses AVE resultam do bloqueio de pequenas artérias perfurantes oriundas da artéria cerebral média (ACM), das artérias cerebral posterior ou comunicantes posteriores e da artéria basilar -Esses vasos são propensos a desorganização e fibrose da parede arterial segmentar, um processo conhecido como lipo-hialinose, e formação de microateroma -C/ o passar do tempo, a parede arterial se torna espessada e ocorre redução do lúmen do vaso, provocando o aparecimento de uma região de isquemia aguda -Hipertensão arterial é o > fator de risco, embora diabetes melito, envelhecimento e tabagismo também sejam fatores contribuintes -Infarto lacunar ocorre + frequentemente nos núcleos da base, no tálamo, na cápsula interna, na coroa radiada e na ponte S5P9 Carolina Ferreira -As técnicas de imagem ajudam a diferenciar o AVE lacunar de outros tipos de AVE por sua localização subcortical e por suas dimensões relativamente pequenas. 3.4. Causa indeterminada de acidente vascular encefálico -A etiologia de até 40% dos AVE permanece criptogênica ou indeterminada, mesmo após investigação laboratorial e radiológica substancial -No entanto, muitos desses pacientes têm fibrilação atrial ñ diagnosticada. 3.5. Outras causas de acidente vascular encefálico -As “outras” causas de AVE representam - de 5% dos AVE isquêmicos agudos e são definidas por um processo mórbido específico que apresenta correlação temporal ou associação c/ o AVE -Os exemplos incluem AVE consequente a distúrbios hematológicos (hipercoagulabilidade, anemia falciforme), doença infecciosa ou inflamatória, doença intrínseca da parede arterial (vasculopatia), dissecção vascular, infarto associado a infarto, distúrbios genéticos ou causas iatrogênicas. 4.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS -Os AVE isquêmicos podem ser definidos clinicamente pela natureza do déficit neurológico associado c/ os sinais e sintomas se encaixando em síndromes definidas que representam territórios vasculares específicos -As exceções ocorrem quando existe lesão preexistente do SNC, circulação colateral ou variações na anatomia vascular ou cerebral que podem resultar em quadros clínicos atípicos ou inesperados. -Os sintomas do AVC Isquêmico sempre, ou quase sempre, ocorrem subitamente, de um minuto p/ o outro, sem avisar. -Geralmente a pessoa ou familiar sabe exatamente em que horário começou, o que estava fazendo na hora do início (exceto nos casos em o paciente tem o AVC ou AIT estando sozinho e é encontrado desmaiado por testemunhas). Às vezes, o AVCi é precedido de sintomas transitórios, o que chamamos de AIT ou isquemia transitória. 4.1. Infarto da artéria cerebral média -O infarto da ACM provoca síndromes clínicas que dependem da extensão do infarto e o lado e o nível da oclusão vascular - A oclusão proximal da ACM só consegue comprometer as estruturas hemisféricas profundas que ocorre em virtude de bloqueio das origens das artérias lenticuloestriadas o que provoca hemiparesia contralateral e, possivelmente, perda hemissensitiva que frequentemente é indistinguível de uma síndrome lacunar -Infartos profundos de > dimensões (“infarto estriadocapsular”) comprometem as conexões corticais p/ o tálamo e as radiações ópticas podem provocar as síndromes corticais de heminegligência, afasia e hemianopsia homônima ou quadrantanopsia. -A isquemia cortical no território da ACM ocorre isoladamente quando a oclusão vascular está localizada nas divisões superior ou inferior da ACM -A lesão do córtex hemisférico (direito ou esquerdo) pode provocar fraqueza contralateral de membros, perda sensitiva contralateral, astereognosia (incapacidade de identificar objetos pelo tato), agrafestesia (incapacidade de reconhecer letras traçadas na pele), redução da discriminação de 2 pontos, déficits contralaterais de campo visual e desvio do olhar para o lado lesionado -As síndromes resultantes de uma lesão no hemisfério dominante incluem afasia (disfunção da linguagem), apraxia ideomotora bilateral (incapacidade de realizar tarefas motoras aprendidas) e apraxia bucolingual (incapacidade de controlar voluntariamente os movimentos da boca e da língua) -A oclusão de um ramo superior da ACM comprometerá o córtex anterior em torno do aqueduto de Sylvius e o giro frontal inferior, provocando afasia de Broca (expressiva). http://www.ineuro.com.br/para-os-pacientes/ataque-isquemico-transitorio-ou-isquemia-transitoria/ S5P9 Carolina Ferreira -A afasia de Broca se caracteriza por redução ou desaparecimento da fluência verbal e incapacidade de escrever c/ conservação da compreensão -A oclusão de um ramo inferior da ACM, afetando o córtex posterior em torno do aqueduto de Sylvius e especificamente o giro temporal superior e a junção temporoparietal, provoca afasia de Wernicke (receptiva). -A afasia de Wernicke se caracteriza por conservação da fluência e da prosódia, mas o conteúdo é ininteligível, c/ erros parafásicos fonêmicos e semânticos, comprometimento da compreensão e incapacidade de ler, nomear ou repetir 4.2. Infarto da artéria cerebral anterior -O infarto da artéria cerebral anterior (ACA) causa + frequentemente, hemiparesia no membro inferior e/ou perda hemissensitiva contralaterais -Negligência motora (relutância em usar o membro contralateral apesar da ausência de fraqueza) é um achado frequente, consequente a disfunção do córtex motor suplementar pré-frontal -O infarto bilateral da ACA resulta em disfunção executiva c/ inércia motora e abulia (escassez de comportamentos espontâneos) ou mutismo acinético (incapacidade de mover-se ou falar em um paciente acordado) -A apraxia da marcha, embora seja um achado típico de lesões bilaterais, também pode resultar de AVE unilateral A síndrome da mão alienígena (atividade motora involuntária) ou hemibalismo do membro superior contralateral pode resultar de lesão da parte anterior do corpo caloso ou da parte medial do córtex frontal - Comportamento de utilização e comportamento de imitação são síndromes neurocomportamentais que podem ocorrer nos infartos pré-frontais unilaterais. No comportamento de utilização, o paciente agarra, de modo automático e impulsivo, os objetos que aparecem no seu campo visual e estão ao seu alcance. O comportamento de imitação consiste em imitação automática e involuntária dos movimentos do examinador. 4.3. Infarto da artéria carótida interna-A oclusão aguda da artéria carótida provoca hipoperfusão hemisférica aguda que, na ausência de um polígono de Willis patente, pode se manifestar como crise epiléptica, tremores do membro contralateral ou infarto holo-hemisférico dos territórios da ACA e ACM 4.5. Infarto da zona de fronteira -As zonas de fronteira vascular estão localizadas entre os territórios das artérias cerebrais anterior, média e posterior e são suscetíveis à isquemia no caso de oclusão aguda da artéria carótida ou de hipoperfusão global -Infarto superficial da zona de fronteira ocorre na parte superior da convexidade da coroa radiada entre as estruturas corticais e profundas, esse padrão de infarto ocorre quando o fluxo colateral consegue irrigar a > parte dos territórios acometidos, mas ñ consegue “atender” a área entre os territórios. Os sinais/sintomas resultantes consistem em uma combinação de fraqueza, perda hemissensitiva e sinais corticais. Afasia transcortical do tipo expressivo ou receptivo c/ relativa preservação da capacidade de repetição também é comum 4.6. Infarto da artéria coroidal anterior -A artéria coroidal anterior é o último ramo da ACI e irriga várias estruturas, inclusive a cápsula interna, a parte lateral do tálamo e o corpo geniculado ou as radiações ópticas. Assim, a oclusão da artéria coroidal anterior resulta na síndrome clássica de hemiparesia contralateral, hemianestesia e hemianopsia homônima 4.7. Artéria cerebral posterior S5P9 Carolina Ferreira -A oclusão da ACP provoca infarto do lobo occipital e da parte inferior do lobo temporal. O quadro clínico habitual consiste em instalação abrupta de hemianopsia homônima contralateral -Os infartos da ACP esquerda que comprometem a substância branca profunda da junção parieto- occipital ou o esplênio do corpo caloso podem causar alexia sem agrafia, um tipo de síndrome de desconexão entre o córtex occipital não dominante e a área de processamento da linguagem no córtex parietotemporal dominante -O infarto proximal da ACP, afetando as artérias perfurantes talâmicas, resultará em infarto do tálamo ou do mesencéfalo. Se o núcleo posterior ventral do tálamo for preferencialmente acometido, o paciente apresentará hemianestesia contralateral. 4.8. Infarto do território vertebrobasilar -A artéria basilar é o principal conduto p/ suprir as artérias cerebrais posteriores e a trombose basilar pode se manifestar como uma combinação de sinais bulbares, pontinos, mesencefálicos e corticais posteriores. -A trombose basilar que resulta em infarto da parte anterior da ponte bilateralmente provoca síndrome de encarceramento (paralisia completa da face, do membro superior e do membro inferior c/ preservação isolada dos movimentos oculares verticais e conservação da consciência) -Os infartos resultantes de trombose de pequenos vasos (artérias perfurantes pontinas) provocam uma combinação de disfunção de nervos cranianos, sinais de tratos longos inclusive fraqueza, anormalidade dos reflexos ou hiperflexia, perda sensitiva e/ou achados cerebelares 5.DIAGNÓSTICO 5.1 Reconhecimento das manifestações -O retardo no reconhecimento pré-hospitalar dos sinais/sintomas do AVE é a > barreira à instituição imediata de tratamento e explica por que apenas 6% dos pacientes c/ AVE isquêmico agudo recebem terapia fibrinolítica -Apenas cerca de 20% dos pacientes são avaliados nas primeiras 2 h após o aparecimento dos sinais/sintomas -Nos EUA, o recurso mnemônico FAST (face, braço [arm], fala [speech], intervalo de tempo até chamar o serviço de emergência [time]) foi propagado por meio de múltiplos esforços de orientação da comunidade em um esforço de aumentar a conscientização a respeito dos sinais/sintomas de AVE e da urgência em procurar assistência médica 5.2. Avaliação hospitalar inicial -As diretrizes da American Heart Association e da American Stroke Association (AHA/ASA) recomendam que, sempre que houver suspeita de AVE agudo, os pacientes devem ser levados p/ centros especializados em AVE de modo a assegurar um nível padronizado de assistência -Ao chegar ao setor de emergência o paciente precisa ser submetido a avaliação clínica e diagnóstica rápida na preparação p/ o potencial tratamento -A anamnese inicial deve ser direcionada p/ a definição do déficit e do momento específico do aparecimento dos sinais/sinais de AVE ou do último momento conhecido quando o paciente estava normal -A seguir, o médico precisa realizar uma avaliação neurológica rápida usando a NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) varia de 0 a 42 c/ os escores + altos significando > déficit neurológico. 5.3. Técnicas de imagem -A TC de crânio ñ contrastada é um exame rápido, extremamente sensível p/ detectar os derivados do sangramento agudo S5P9 Carolina Ferreira -Os achados precoces na TC do AVE isquêmico agudo incluem desaparecimento da diferenciação entre as substâncias branca e cinzenta (observada primeiro no córtex insular), obscurecimento da substância cinzenta nos núcleos da base e trombo agudo visualizado na parte proximal da ACM, também conhecido como sinal da ACM densa -Todavia, os achados na TC em pacientes c/ AVE isquêmico agudo ñ são observados de modo confiável até terem transcorrido 6 h desde o aparecimento dos sinais/sintomas de AVE -A RM é a + sensível p/ detectar AVE isquêmico nas primeiras 6 h a partir dos primeiros sinais/sintomas -A angiotomografia computadorizada (ATC) possibilita a avaliação aguda dos vasos cervicais e cerebrais por meio da opacificação da vasculatura c/ contraste que delineia quaisquer irregularidades, estenoses ou oclusões que possam existir -A angiorressonância magnética (ARM) detecta fluxo nos vasos sanguíneos, possibilitando a visualização da vasculatura e de desaparecimento de sinal (flow voids) em seu interior 5. TRATAMENTO AGUDO -A cada 1 minuto de isquemia quando ocorre um AVE isquêmico agudo que se relaciona a um grande vaso perde-se 1,9 milhão de neurônios e 14 bilhões de sinapses -A expansão do AVE é, em geral, completa nas primeiras 4 a 6 h após o início do quadro quando todas as áreas de penumbra que poderiam ser salvas estão irreversivelmente infartadas -O tratamento de emergência c/ administração intravenosa de ativador de plasminogênio tecidual (tPA) é fundamental p/ se conseguir reperfusão no AVE isquêmico agudo -O tratamento farmacológico aprovado atualmente pela agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) p/ AVE isquêmico agudo é a administração intravenosa de tPA. À medida que ↑ o intervalo de tempo entre o aparecimento dos sinais/sintomas de AVE e a instituição do tratamento, a efetividade do tPA ↓ e o risco de hemorragia↑ -O tratamento ótimo envolve a administração de tPA o mais cedo possível até 3 h a partir do aparecimento dos sinais/sintomas de AVE - Contra-indicações da tPA são: sinais/sintomas discretos, déficit de resolução rápida, crises epilépticas e hipoglicemia ou hiperglicemia por ocasião do exame inicial -Níveis de pressão arterial superiores a 185/110 mmHg constituem uma contraindicação relativamente moderada à trombólise ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT) -O ataque isquêmico transitório (AIT) designa sintomas neurológicos de origem isquêmica c/ duração inferior a 24 h, a duração da > deles varia de apenas alguns minutos a uma hora -O AIT corresponde a uma perda repentina de uma função cerebral c/ duração inferior a 24 horas causado por um défice de perfusão sanguínea, por êmbolo ou trombo. Este défice de perfusão sanguínea pode afetar a circulação extracraniana e/ou a circulação intracraniana -É denominado também de miniacidente vascular encefálico, o AIT pode ter implicações perigosas -Cerca de 1 em cada 3 pessoas que têmfatores de risco p/ acidente vascular e apresentam um AIT autêntico acaba por sofrer um acidente vascular encefálico (AVE) ao longo da vida, metade deles no decorrer de 1 ano após o AIT inicial. -Pacientes c/ AIT apresentam maior > de AVC e o tratamento precoce com antiagregante plaquetário, estatina e controle rigoroso da pressão arterial está indicado -Pacientes c/ AIT devem ser encaminhados à emergência p/ investigação etiológica e assim prevenir a ocorrência de um AVC. 1.ETIOLOGIA E FATORES DE RISCOS -As causas de AITs e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos são praticamente as mesmas -A > parte dos AIT ocorre quando um fragmento de um coágulo de sangue (trombo) ou de material gorduroso (ateroma ou placa), devido à aterosclerose, se solta do coração ou da parede de uma artéria, entra no fluxo sanguíneo (convertendo-se num êmbolo) e se aloja numa das artérias que irrigam o cérebro. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isquêmico#v739449_pt S5P9 Carolina Ferreira -Se as artérias p/ o cérebro já estiverem estreitadas (como em pessoas com aterosclerose), outros quadros clínicos ocasionalmente causam AITs -Esses quadros clínicos incluem um nível muito baixo de oxigênio no sangue (resulta de uma doença pulmonar), uma deficiência grave de glóbulos vermelhos (anemia), envenenamento por monóxido de carbono, sangue espesso (como na policitemia) ou pressão arterial muito baixa (hipotensão). -Os fatores de risco p/ AITs são: • Níveis altos de colesterol • Hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade e consumo excessivo de álcool • Falta de atividade física e dieta pouco saudável( rica em gorduras saturadas, trans e calorias) • Depressão ou outros tipos de estresse mental • Doenças cardíacas que aumentem o risco de que coágulos sanguíneos se formem no coração, se desprendam e se desloquem pelos vasos sanguíneos como êmbolos (como em um ataque cardíaco ou em uma arritmia cardíaca denominada fibrilação atrial) • Endocardite infecciosa (infecção do revestimento do coração e, geralmente, das válvulas do coração) • Uso de cocaína ou anfetaminas • Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite) • Distúrbios coagulatórios que resultem em coagulação excessiva 2.BIOPATOLOGIA -Existe + de um mecanismo de AIT -Nos casos de estenose acentuada da artéria carótida ou do sistema vertebrobasilar, a causa da isquemia transitória pode ser o baixo fluxo distal, costumam ser curtos e estereotipados, cursando c/ episódios repetidos da mesma síndrome. Os AIT desse tipo hemodinâmico podem ocorrer somente em postura ortostática ou durante hipotensão transitória ou arritmia cardíaca -Quando são causados por embolia de placa aterosclerótica ou dissecção originária do coração, aorta ou grande vaso proximal os AIT podem ser + duradouros, pois o êmbolo provoca a oclusão transitória de um ramo arterial distal antes que haja dissolução espontânea -C/ < frequência, a oclusão permanente de pequenos vasos, c/ evidência de um pequeno infarto detectado por imagem de ressonância magnética (RM) pesada em difusão (DWI), pode acarretar um déficit transitório que leva até 24 h para desaparecer (“infarto cerebral com sintomas transitórios”) -Os AIT de pequenos vasos podem ser consequência de lipohialinose e arteriolosclerose de pequenos vasos penetrantes, como os ramos lenticuloestriados da artéria cerebral média, ou perfurantes das artérias vertebral e basilar. A dissecção arterial intracraniana ou extracraniana pode causar comprometimento hemodinâmico ou embolia. A displasia fibromuscular e a síndrome de Ehlers-Danlos tipo IV predispõem à dissecção -O AIT relacionado ao vasospasmo pode responder ao tratamento c/ bloqueadores dos canais de cálcio. -Os AIT também foram associados a hiperviscosidade – policitemia, anemia falciforme e trombocitemia, além de trombose venosa cerebral, endocardite bacteriana e arterite temporal – e podem desaparecer com a correção desses distúrbios subjacentes. Os AIT em usuários de cocaína podem ser consequência de vasospasmo cerebral induzido por drogas. 3.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS -Os sintomas variam c/ o território arterial acometido -A cegueira monocular transitória (CMT ou amaurose fugaz) causada por isquemia no território da artéria central da retina é caracterizada por turvação ou escurecimento da visão, cujo auge é alcançado em alguns segundos (às vezes, como se descesse uma cortina) e geralmente desaparece em minutos -A causa + importante de CMT é a estenose interna proximal da artéria com consequente comprometimento hemodinâmico ou embolia. Podem-se observar placas de Hollenhorst, decorrentes de pseudoêmbolos de colesterol, nos ramos das artérias da retina. -Os AIT no território carotídeo que acometem o encéfalo causam combinações variadas de fraqueza e perda da sensibilidade nos membros, afasia ou heminegligência. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-sangue/anemia/considerações-gerais-sobre-a-anemia https://www.msdmanuals.com/pt/casa/lesões-e-envenenamentos/envenenamento/intoxicação-por-monóxido-de-carbono https://www.msdmanuals.com/pt/casa/lesões-e-envenenamentos/envenenamento/intoxicação-por-monóxido-de-carbono https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-sangue/distúrbios-mieloproliferativos/policitemia-vera https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/hipotensão-arterial-e-choque/pressão-arterial-baixa https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-hormonais-e-metabólicos/distúrbios-relacionados-ao-colesterol/dislipidemia https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/hipertensão-arterial/hipertensão-arterial https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-hormonais-e-metabólicos/diabetes-mellitus-dm-e-distúrbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-de-saúde-mental/transtornos-do-humor/depressão https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/doença-arterial-coronariana/síndromes-coronarianas-agudas-ataque-cardíaco-infarto-do-miocárdio-angina-instável https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/doença-arterial-coronariana/síndromes-coronarianas-agudas-ataque-cardíaco-infarto-do-miocárdio-angina-instável https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/arritmias-cardíacas/fibrilação-atrial-e-flutter-atrial https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-coração-e-dos-vasos-sanguíneos/endocardite/endocardite-infecciosa https://www.msdmanuals.com/pt/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/cocaína https://www.msdmanuals.com/pt/casa/assuntos-especiais/drogas-recreativas-e-entorpecentes/anfetaminas https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-ósseos,-articulares-e-musculares/distúrbios-vasculíticos/considerações-gerais-sobre-a-vasculite https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-do-sangue/coagulação-excessiva/coagulação-excessiva S5P9 Carolina Ferreira -Os AIT da circulaçãoo posterior causam sintomas relacionados ao cérebro (perda do campo visual ou cegueira cortical), tronco encefálico (sintomas associados a nervos cranianos e trato longo, às vezes cruzados ou bilaterais) e cerebelo - Alguns AIT causam “síndromes lacunares” transitórias, como hemiparesia pura ou perda hemissensorial pura -Os AIT podem causar discinesias paroxísticas, inclusive tremor, ataxia, distonia dos membros e abalos mioclônicos -C/ frequência, o tremor irregular grosseiro de um braço ou uma perna c/ duração de segundos a um minuto, denominado AIT com tremor do membro, e às vezes precipitado pela adoçãoda postura ortostática, está associado a estenose ou oclusão crítica da artéria carótida. Embora rara, a estenose de alto grau ou oclusão completa das duas artérias carótidas internas e da artéria basilar proximal pode causar “crises de queda súbita” (drop attacks). -Na síndrome do roubo da subclávia, a estenose da artéria subclávia ou do tronco braquiocefálico proximal à origem da artéria vertebral causa sintomas associados ao tronco encefálico, cerebelo ou até mesmo ao cérebro, que com frequência se manifestam durante o esforço e às vezes são acompanhados por sintomas de claudicação do braço. A síndrome decorre do desvio do fluxo anterógrado pela artéria vertebral pérvia retrogradamente na artéria vertebral contralateral distal à oclusão, deixando a artéria basilar sem fluxo sanguíneo. -É + provável que os AIT recorrentes do mesmo tipo sejam causados por falta de perfusão, resultante de estreitamento crítico ou oclusão da artéria acometida, que por embolia. 4. DIAGNÓSTICO -O diagnóstico de AIT pode ser difícil quando os sintomas são ambíguos (marcha cambaleante ou crises de queda súbita; tontura, atordoamento ou síncope; vertigem; diplopia fugaz; amnésia transitória; distúrbio visual atípico em um ou ambos os olhos, como clarões, distorções ou visão em túnel; sensação de peso ou “cansaço” em um ou mais membros; ou parestesia em uma área de perda sensitiva fixa ou com breve acometimento de apenas um membro) -O diagnóstico diferencial de AIT abrange enxaqueca, arritmia cardíaca, crises epilépticas, hipoglicemia, neuropatia compressiva, conversão e neurose. A ocorrência de múltiplos déficits focais atuais estereotipados com recuperação completa entre os eventos deve levantar, em particular, a suspeita de crises epilépticas focais recorrentes. -Embora os AIT sejam definidos em termos de reversibilidade clínica e se presuma que signifiquem isquemia de duração incompleta ou curta demais p/ causar infarto, muitas vezes os exames de imagem mostram infartos em localização pertinente -É + provável detectar anormalidades por DWI quando os sintomas duram + de uma hora; quando a duração é superior a 3 h, observam-se infartos em 70% dos casos 5. PROGNÓSTICO -Os AIT autênticos estão associados a alto risco de AVE subsequente -Em 1.707 pacientes que chegaram ao pronto-socorro c/ AIT, 10% tiveram um AVE nos 90 dias subsequentes; em metade destes, o AVE ocorreu nas primeiras 48 h após o AIT-O melhor instrumento validado p/ avaliar o risco de AVE após AIT é a escala “ABCD”, na qual se atribuem pontos a fatores de risco específicos e características de apresentação do AIT, c/ pontuação que varia de 0 a 7. A pontuação > indica > risco de AVE em 90 dias -O AIT em crescendo –2 ou + ataques em 24 h – deve ser considerado uma emergência médica. Particularmente preocupante é a síndrome de advertência capsular: múltiplos ataques curtos de comprometimento motor causado por doença com acometimento de pequenas artérias perfurantes lenticuloestriadas ou basilares. A doença arterial coronariana assintomática é particularmente comum em pacientes com estenose carotídea e deve ser investigada. O risco global de AVE, infarto do miocárdio e morte vascular continua alto durante no mínimo 10 a 15 anos em pacientes com história de AIT. TABELA 36.1 Exames complementares para avaliação de ataque isquêmico transitório. Na maioria dos pacientes Eletrocardiograma S5P9 Carolina Ferreira Exame por imagem das carótidas (Doppler, RM ou angiotomografia) Ecocardiograma transtorácico Em pacientes selecionados Monitoramento portátil do ritmo cardíaco (Holter ou monitor de eventos com memória circular) Velocidade de hemossedimentação (descartar arterite de células gigantes) Exame toxicológico Avaliação de hipercoagulabilidade (ver Capítulo 118) TABELA 36.2 Escala ABCD2. Características Pontos A Idade: 60 anos ou mais 1 B Pressão arterial: sistólica ≥ 140 mmHg ou diastólica ≥ 90 mmHg ou história de hipertensão 1 C Clínica: comprometimento da fala sem fraqueza (1 ponto) ou fraqueza unilateral (2 pontos) 1 ou 2 D Duração: 10 a 59 min (1 ponto), ≥ 60 min (2 pontos) 1 ou 2 D Diabetes: história de diabetes melito (1 ponto) 1 Risco de acidente vascular encefálico em 90 dias Com infarto Sem infarto ≥ 6 19% 6% 6 17% 3% 4 8% 2% 3 4% 2% 2 4% ≤ 1% ≤ 1 < 1% ≤ 1% 6.TRATAMENTO -A prevenção de AVE subsequente é a principal preocupação em pacientes c/ diagnóstico de AIT -O tratamento é idêntico à prevenção secundária em pacientes c/ diagnóstico de AVE isquêmico agudo -O tratamento dos AIT centra-se na prevenção de um acidente vascular cerebral. Semelhante ao tratamento realizado depois de um acidente vascular cerebral isquêmico. -O 1º passo p/ prevenir um acidente vascular cerebral é controlar, na medida do possível, os principais fatores de risco: hipertensão, níveis de colesterol, tabagismo e diabetes -Podem ser administrados medicamentos p/ diminuir a propensão do sangue a coagular (um medicamento antiplaquetário ou anticoagulante). Tomar um medicamento antiplaquetário, como aspirina, um comprimido de combinação de baixas doses de aspirina mais dipiridamol, clopidogrel, ou clopidogrel mais aspirina, diminui a chance de que coágulos se formem e provoquem AIT ou acidentes vasculares cerebrais isquêmicos. Antiplaquetários diminuem a probabilidade das plaquetas se acumularem e formarem coágulos. -O grau de estreitamento das artérias carótidas ajuda os médicos a avaliar o risco de um acidente vascular cerebral ou acidente isquêmico transitório subsequente e, assim, determinar a necessidade de tratamento adicional. A endarterectomia da artéria carótida implica, geralmente, na eliminação de depósitos de gordura (ateromas, ou placas) decorrentes de aterosclerose e coágulos da artéria carótida interna. No entanto, a cirurgia pode originar um acidente vascular cerebral uma vez que pode desalojar os coágulos ou outro material que podem entrar imediatamente no fluxo sanguíneo e obstruir uma artéria. No entanto, depois da cirurgia, o risco é menor durante vários anos do que recorrendo ao tratamento farmacológico. -Se as pessoas ñ estão saudáveis o suficiente para uma intervenção cirúrgica, pode-se considerar a realização de angioplastia com colocação de stent p/ esse procedimento, introduz-se na artéria estenosada um cateter com um balão na extremidade. A seguir, enche-se o balão durante vários segundos para dilatar a artéria. P/ manter a artéria aberta, os médicos podem inserir um tubo elaborado c/ malha de arame (stent) dentro da artéria. https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527733908/epub/OEBPS/Text/chapter118.html https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isquêmico#v739561_pt S5P9 Carolina Ferreira ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRAGICO (AVCH) -O AVCH é caracterizado pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo -Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea). -A hemorragia intraparenquimatosa (HIP), é o subtipo + comum de hemorragia cerebral, acometendo cerca de 15% de todos os casos de AVC. -A hemorragia cerebral é a principal forma de AVC hemorrágico e usualmente está associada à hipertensão arterial. Causas menos comuns, mas de relevância no diagnóstico, são os sangramentos sobrepostos a neoplasias ou por ruptura de malformação de vasos. -Este tipo de AVC tem como causa a ruptura da parede de uma artéria (as paredes arteriais encrostadas de placas de ateromaperdem a sua elasticidade, ficam rígidas, finas e sujeitas a quebrarem) ou aneurisma (ponto fraco ou fino na parede de uma artéria que, c/ o tempo e c/ a PA elevada, acabam por rebentar) -Um AVCH por rotura de um aneurisma cerebral é um dos tipos graves de AVC hemorrágico, e ocorre quando o aneurisma cerebral rompe, extravasando sangue dentro do cérebro. -O AVCH + frequente é aquele devido a um pico elevado de pressão alta, ou o que ocorre em pacientes que tem hipertensão arterial por vários anos e não se trata corretamente. -A compressão exercida pelo hematoma no tecido cerebral circundante e a presença de substâncias vasoconstritoras no sangue extravasado contribuem ainda + p/ a ↓ do fluxo sanguíneo e assim p/ o ↑ das áreas isquêmicas -A caixa craniana é rígida e incapaz de se distender ou se deformar pode contribuir p/ o agravamento das lesões -O hematoma e a lesão celular conduzem a um ↑ de volume do cérebro que está enclausurado na cavidade craniana, que resulta num ↑ da pressão intra-craniana (PIC), que dificulta a perfusão cerebral global, podendo até ser nula caso a PIC atinja o mesmo valor da pressão arterial. -Essa hemorragia pode acontecer dentro do próprio cérebro ou entre o cérebro o crânio -Os derrames hemorrágicos são responsáveis por aproximadamente 20 por cento de todos os derrames, e é dividido em várias categorias diferentes que dependem do local e da causa do sangramento: *Hemorragia Intracerebral: neste tipo o sangramento acontece de um vaso sanguíneo rompido p/ dentro do próprio cérebro. Os principais fatores de risco incluem hipertensão, o uso abusivo de álcool, a idade avançada e o uso de drogas. Também pode ter origem numa Malformação Arteriovenosa (MAV) onde um vaso sanguíneo que tem paredes fracas sendo uma mistura entre uma artéria e uma veia e é uma malformação congênita Hemorragia Subaracnóidea: neste tipo o sangramento de um vaso sanguíneo já “doente” causa um aglomerado de sangue sobre a superfície do cérebro. O sangue de uma hemorragia subaracnóidea preenche uma porção do espaço entre o cérebro e o crânio, e mistura-se c/ o líquido cefalorraquidiano (LCR) que serve de amortecimento e proteção ao cérebro e a espinha dorsal. O aglomerado grande de sangue atua como uma massa aumentando e crescendo, comprimindo o cérebro, interferindo c/ seu funcionamento. Além disso, o sangramento de uma hemorragia subaracnóidea interrompe o suprimento de sangue vital a uma área do cérebro que normalmente é alimentada pelo vaso sanguíneo rompido. Frequentemente, uma hemorragia subaracnóidea acontece por causa de um aneurisma que estoura, mas também pode acontecer por causa da ruptura de uma MAV. http://www.ineuro.com.br/para-os-pacientes/aneurisma-cerebral/ S5P9 Carolina Ferreira 1.ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO - Em torno de 45% de mortalidade em 30 dias e até 65% de mortalidade me 1 ano -Apenas 20% dos acidentes vasculares cerebrais são causados por hemorragia. -No AVCH ocorre um extravasamento de sangue dentro do cérebro -Outras doenças que envolvem o sangramento dentro do crânio incluem hematomas epidurais e hematomas subdurais que, em geral, são causados por lesão na cabeça. Esses distúrbios causam sintomas que às vezes lembram os do acidente vascular cerebral -A causa + comum dos hematomas intracranianos é por picos de hipertensão arterial ñ-controlada e outras causas menos comuns são sangramentos por uso de medicações, por malformações arteriovenosas . -Fatores de risco ñ modificáveis: • História familiar de AVCH ou aneurismas cerebrais; • Idade: > de 55 anos; quanto > a idade, > o risco de ter AVC, isquêmico ou hemorrágico • Etnia: algumas raças em especial são mais propensas a ter AVCH (hispânicos, afro- descendentes, raça negra) • Sexo: sabe-se que os homens tem risco > do que mulheres. -Fatores de risco modificáveis: • Obesidade • Sedentarismo • Uso excessivo de álcool • Uso de drogas como cocaína ou metanfetaminas • Hipertensão arterial: cada redução em 5mmHg da PA sistólica reduz cerca de 25% o risco de ter um AVC • Tabagismo (ativo ou passivo) • Diabetes e síndrome da apneia do sono 2.MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS -Todo AVCH começa DE REPENTE, de forma súbita e sem avisar, e é muito frequente haver dor de cabeça intensa, ou mal súbito, c/ convulsões ou até mesmo desmaio e coma. -Ñ existe AVCH que começa c/ sintomas lentamente aparecendo em horas ou dias, ou semana ele começa de um minuto p/ o outro. Ou então a pessoa pode acordar c/ o sintoma, tendo ido dormir normal e tendo acordado c/ os problemas -Os sintomas + frequentes são: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/lesões-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/hematomas-intracranianos#v740117_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/lesões-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/hematomas-intracranianos#v740124_pt S5P9 Carolina Ferreira • Dor de cabeça: é o + comum principalmente no provocado por rotura de aneurismas cerebrais, a dor costuma ser súbita e muito forte, algumas vezes levando até mesmo a mal-estar, desmaio ou coma seguindo a dor • Desvio da boca (a boca fica “torta”) p/ um lado do rosto: geralmente a pessoa ou o seu familiar percebe esta alteração no rosto do indivíduo, e a própria vítima do AVC percebe a fala diferente, + enrolada, ou até mesmo saída de saliva pelo lado + fraco. Quando alguém pede p/ o paciente mostrar os dentes ou sorrir, a paralisia do rosto fica + evidente. • Paralisia de um lado do corpo, ou do rosto: pode se desenvolver subitamente, atingindo em > ou < grau o braço, ou perna, ou o lado todo do rosto e corpo. A pessoa percebe fraqueza, moleza nos membros afetados, com ou sem alteração da sensibilidade junto da fraqueza. • Dificuldade p/ andar: tontura súbita, desequilíbrio, sensação de vertigem, e dificuldade p/ ficar de pé e manter o andar corretamente. • Alteração da fala e da compreensão da linguagem: o paciente pode perceber dificuldade p/ emitir ou completar frases, ter a fala enrolada, dificuldade para nomear objetos e até mesmo para entender o que está sendo conversado • Sonolência inexplicável: se ñ houver um déficit neurológico muito visível, mas apenas muito sono, estados de coma, isso pode ser devido a um AVCH. -Os sintomas de um derrame hemorrágico variam, dependendo da causa: *Hemorragia Intracerebral: os sintomas quase sempre aparecem quando o paciente está acordado. Em alguns casos, eles parecem ser consequentes de situações estressantes. Os sintomas tendem a aparecer sem aviso prévio, mas o início dos sintomas pode ser muito gradual. Os sintomas pioram num espaço de 30 a 90 minutos. Estes sintomas podem incluir fraqueza súbita, paralisia em qualquer parte do corpo, perda da consciência, incapacidade p/ falar, divergência súbita dos olhos p/ uma direção, náuseas e vómitos, dificuldades p/ respirar, estupor e coma. *Hemorragia Subaracnóidea: quando uma hemorragia subaracnóidea é causada por um aneurisma que se rompeu, os sintomas podem incluir uma dor de cabeça muito intensa, perda de consciência, náuseas e vómitos, incapacidade p/ olhar p/ uma luz forte ou p/ dobrar o pescoço, vertigem e confusão. Quando uma hemorragia subaracnóidea é causada por uma MAV que se rompeu, os sintomas podem incluir uma dor de cabeça tipo pulsátil, e, às vezes, um ataque epilético. Ataques epiléticos acontecem em 30% dos casos. 3.DIAGNÓSTICO -No caso específico do AVCH, devem ser feitos: • Exame físico: feito pelo médico p/ avaliar os déficits neurológicos (paralisias) presentes, nível de glicemia, níveis de PA, temperatura • Exames de sangue: na entrada do hospital, os principais são os exames de glicemia (açúcar) no sangue e testes de coagulação. Depois, a depender de caso a caso,outros testes são pedidos pelo neuro assistente • Tomografia do crânio: este é o principal exame na fase + aguda (1º horas) do AVCH. Ele é o único que pode diferenciar se estamos diante de um AVC isquêmico ou hemorrágico, e avaliar o tamanho e local do sangramento, ou a necessidade de cirurgia de urgência. Preciso identificar: localização do hematoma, volume do Hematoma, sangue intra-ventricular, sangue no espaço sub-aracnóide, hidrocefalia, desvio de linha média e herniação cerebral • Ressonância Nuclear Magnética do crânio: trata-se de um exame + sensível e apurado do que a Tomografia, que analisa e dá a extensão e locais exatos de onde ocorreu o AVC. Embora seja melhor do que a tomo, pela logística de sua realização e por ñ estar disponível em qualquer lugar, ñ é o exame de escolha p/ todos os casos • Angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço: é muito importante p/ verificar se há aneurismas ou mal formações dos vasos. Podem ser feitas pelos métodos de angiotomografia, angioressonância ou pelo convencional (mais invasivo), a arteriografia cerebral digital. S5P9 Carolina Ferreira • Ecocardiograma: avalia se as cavidades cardíacas estão normais ou apresentam alteração. 4. TRATAMENTO -Pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e da condição clínica do paciente -O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter p/ avaliar a pressão dentro do crânio, que ↑ por conta do inchaço do cérebro após o sangramento -Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por esta medida e ñ realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro. -O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a PA, complicações como crises convulsivas e infecções. -Deve orientar ao paciente que quando sentir algo suspeito de AVCH deve ir c/ urgência a um hospital que tenha tomografia -Quanto + rápido o AVCH for reconhecido + rápido pode ser tratado -Na emergência, ou seja, nos primeiros minutos e horas de um AVC, o certo é correr ao hospital, entrar pela emergência e logo, em pelo menos 20-30 minutos da entrada do hospital, já ter feito a tomografia de crânio. Constatando-se ser um AVCH, a > dos pacientes nesta fase está c/ a PA muito alta, em níveis de 180 ou até acima de 200mmHg de pressão sistólica (o valor + alto de uma pressão). -No AVCH, as diretrizes mais novas recomendam que esta PA elevada seja urgentemente tratada, abaixada para níveis abaixo de 140-90 mmHg. Portanto, a terapia correta nas primeiras horas e dias do AVCH é dar remédios na veia p/ baixar a PA, se a pressão estiver acima de 140/90mmHg. -O alvo de PA atualmente p/ a fase aguda, ou seja, p/ as primeiras horas e dias de tratamento de um AVC hemorrágico, é manter a pressão < de 140/90 mmHg. Além disso, o paciente deve ser internado em UTI ou NeuroUTI, p/ melhor monitoramento, pois estes pacientes podem complicar e piorar. -Sempre deve-se tentar definir o motivo do sangramento, se foi pela pressão alta, ou se foi de um aneurisma, pois isso muda o tipo de tratamento. -Se o sangramento ocorrido for muito grande, e o paciente estiver sonolento, piorando, ou já estiver em coma, poderá ser indicada uma neurocirurgia p/ a retirada ou esvaziamento do hematoma.
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