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ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOAL

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PROFESSORA
Me. Deise Stolf Krieser
Estudo 
Contemporâneo 
e Transversal - 
Comunicação 
Assertiva e 
Interpessoal 
Be
m
-V
in
do
EXPEDIENTE
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo para leitura 
de QR-CODE de sua escolha e tenha acesso aos conteúdos on-line. 
Universidade Cesumar - UniCesumar. U58
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. KRIESER, Deise Stolf.
Estudo Contemporâneo e Transversal - 
Comunicação Assertiva e Interpessoal / Deise Stolf 
Krieser. - Indaial, SC: Arqué, 2023.
24 p.
ISBN digital 978-65-5466-033-4
“Graduação - EaD”. 
1.Comunicação 2. Interpessoal 3. Assertiva. 4. EaD. I. 
Título. 
CDD - 302.22
FICHA CATALOGRÁFICA
IMERSÃO
RECURSOS DE
Ao longo do livro, você será convidado(a) a refletir, questionar e trans-
formar. Aproveite este momento.
PENSANDO JUNTOS
NOVAS DESCOBERTAS
Enquanto estuda, você pode acessar conteúdos online que ampliaram 
a discussão sobre os assuntos de maneira interativa usando a tecnolo-
gia a seu favor.
EXPLORANDO IDEIAS
Com este elemento, você terá a oportunidade de explorar termos e 
palavras-chave do assunto discutido, de forma mais objetiva.
AGORA É COM VOCÊ
Neste elemento, você encontrará diversas informações que serão apre-
sentadas na forma de infográficos, esquemas e fluxogramas os quais te 
ajudarão no entendimento do conteúdo de forma rápida e clara
Quando identificar o ícone de QR-CODE, utilize o aplicativo para leitura 
de QR-CODE de sua escolha e tenha acesso aos conteúdos on-line. 
https://apigame.unicesumar.edu.br/qrcode/3881
APRENDIZAGEM
CAMINHOS DE
1 2
PROCESSO DE 
COMUNICAÇÃO 
6
COMUNICAÇÃO 
ASSERTIVA NA 
CONTEMPORANEIDADE 
13
5
• Descrever os principais elementos do processo de comuni-
cação, identificando ruídos e barreiras.
• Distinguir a comunicação verbal da comunicação não verbal.
• Reconhecer a comunicação assertiva na contemporaneidade.
MINHAS METAS
A Comunicação Assertiva Interpessoal está relacionada à capacidade de saber 
se comunicar e se relacionar. Dizemos que se comunicar é a arte de ser atendido. 
Comunicar-se de forma assertiva quer dizer que se faz uma asserção: afirmativa 
em que o locutor declara algo, positivo ou negativo, do qual assume inteiramente 
a validade; declarativo.
No entanto, sabemos que nem sempre conseguimos nos comunicar adequa-
damente, não é mesmo?
NOVAS DESCOBERTAS
Com relação aos problemas que podem ocorrer quando há falta de 
comunicação, separamos um trecho curto do filme Madagascar 2, que 
trata das consequências da falta ou falha na comunicação.
A comunicação é fundamental no cotidiano das organizações. Políticas e prá-
ticas organizacionais precisam ser comunicadas aos funcionários, e isso requer 
um processo efetivo de comunicação. Para além do contexto das organizações, 
os sujeitos precisam estabelecer uma comunicação interpessoal para informar, 
envolver e até liderar.
UNIDADE 1
https://www.youtube.com/watch?v=rRqycwS9QFA&ab_channel=CrisComunic
UNIDADE 1
6
Durante a disciplina, você estudará o processo de comunicação e os ruídos e 
barreiras que afetam esse processo. Você também verá como diferenciar a co-
municação verbal da comunicação não verbal, aquela cheia de significados que 
captam o que as palavras não expressam. Por fim, você conhecerá o modelo de 
interações de Thompson, a teoria proxêmica e a cinésica, que contribuem para a 
análise da comunicação não verbal.
NOVAS DESCOBERTAS
Assista ao vídeo que preparamos para você e fique por dentro dos 
assuntos que discutiremos nesta disciplina.
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A comunicação implica a relação entre a parte que transmite e a parte que com-
preende, além de incluir a transferência e a compreensão de significados. O sig-
nificado corresponde ao conceito ou à noção do que se quer transmitir, seja por 
meio de gestos e palavras ou por meio de sinais. Em síntese, comunicar significa 
repartir, compartilhar (CASADO, 2002).
A comunicação é uma ação em comum (comum + ação). O que os sujeitos 
que se comunicam têm em comum é um mesmo objeto de consciência, não 
um objeto material. Portanto, os participantes de um processo de comunicação 
buscam um entendimento sobre determinados significados da subjetividade 
individual. Isso quer dizer que esses participantes procuram uma unidade de 
compreensão de entidades não materiais existentes e, inicialmente, representadas 
na esfera da consciência, do psicológico e das ideias (CAMARGO, 2012). Assim, 
NOVAS DESCOBERTAS
O vídeo a seguir aborda com humor as consequências quando há proble-
ma e falha na comunicação, especialmente na posição de liderança que, 
neste caso, refere-se a liderar o resgate de um sequestro.
https://vimeo.com/734694680/4439687cc3?embedded=true&source=vimeo_logo&owner=16356889
https://youtu.be/mopgPfnqY_w
7
a comunicação é um processo de socialização e de evolução humana tanto 
em forma como em conteúdo. Quanto ao conteúdo, as informações transmi-
tidas possibilitam a expressão das emoções e dos valores sociais, a perpetuação 
da cultura de um grupo, bem como a disseminação de descobertas e avanços 
tecnológicos. Quanto à forma, a comunicação assinala o desenvolvimento huma-
no, pondo à disposição dos sujeitos tecnologias cada vez mais sofisticadas como 
meios de receber, enviar e registrar informações (CASADO, 2002).
A comunicação interpessoal se fundamenta em três princípios:
1. o termo “comunicação” designa as relações em que existem elementos que 
se destacam de um fundo de isolamento;
2. existe a intenção de romper o isolamento;
3. está em jogo a ideia de uma realização em comum.
Entretanto, a comunicação não se confunde com a convivialidade, pois 
comunicar não é apenas ter algo em comum com alguém de uma mesma 
comunidade. 
Na comunicação, a linguagem oral não pode ser entendida como meio exclusivo 
de suporte aos processos comunicacionais. Nessa perspectiva, outras formas de 
comunicação, como a visual e a gestual são consideradas legítimas e válidas para 
a constituição do referido processo. Tal discussão, entretanto, remete o fenômeno 
comunicacional a um contexto reflexivo acerca dos códigos ou da linguagem que 
dá suporte material a sua existência.
Portanto, a comunicação enquanto fenômeno social de compartilhamento 
de significados psicológicos se realiza na codificação, na veiculação e na deco-
dificação das informações existentes, inicialmente na “consciência” do emissor e, 
posteriormente, na “consciência” do receptor. Nessa perspectiva, uma informa-
ção é potencialmente uma comunicação dependendo da sua capacidade de ser 
estocada, armazenada (codificada) e reconvertida em um segundo momento 
(decodificada) (CAMARGO, 2012).
O processo de comunicação se dá primeiramente na codificação da informa-
ção pelo emissor e, posteriormente, na decodificação dessa informação por parte 
do receptor. Esse processo, além de exigir condições subjetivas de conhecimento 
dos códigos para a compreensão dos significados, requer condições objetivas de 
acessibilidade para a veiculação e a percepção das informações. Assim, as condi-
UNIDADE 1
UNIDADE 1
8
ções de acessibilidade e de conhecimento do significado dos códigos se mostram 
necessárias para a efetivação de um processo comunicacional entre indivíduos. 
Não ocorreria a comunicação de determinada informação se as características do 
código que serve como suporte material fossem inacessíveis ao receptor. Na mes-
ma medida, também deixaria de ocorrer comunicação se o receptor desconhe-
cesse o código por meio do qual a informação é veiculada (CAMARGO, 2012).
Ruídos e barreiras na comunicação
A seguir, veja alguns termos básicos relativos ao processo de comunicação (CA-
SADO, 2002).
 ■ Emissor: sujeito que dirige a mensagem; fonte.
 ■ Receptor: sujeito a quem a mensagem é dirigida.
 ■ Canal: meio pelo qual a mensagem é enviada; quem decide sobre o canal 
é o emissor (fonte).
 ■ Mensagem:unidade básica da comunicação. É o produto real da codifi-
cação da fonte (emissor). Como a mensagem é afetada pelo código usado 
para transmitir significado, o processo de comunicação não se resume a 
entender as palavras: deve-se encontrar o significado ou captar a mensagem.
 ■ Informação: conteúdo da mensagem. Tem estrutura, expressão, signifi-
cação e utilidade imprescindíveis ao seu valor de uso por pessoas e gru-
pos. A informação se difere do dado por encerrar uma organização e 
um processamento que a tornam imediatamente consumível, enquanto 
o dado é potencialmente disponível. Subjacente a toda comunicação está 
o processamento dos dados, que os transforma em informação.
 ■ Código: transformação convencionada e reversível, de elemento a ele-
mento, que permite converter mensagens formadas por um conjunto de 
signos em outro conjunto de signos. A diferença entre linguagem e código 
é o fato de que a linguagem é desenvolvida durante longo período de 
tempo, enquanto o código é inventado para um fim específico e obedece 
a regras explícitas.
 ■ Sinal: signo antecipadamente convencionado ou inteligível que transmite 
informação.
 ■ Ruído: distorção na transmissão da mensagem.
9
Modelos mais completos do processo de comunicação incluem a percepção, 
importante conceito no que diz respeito às relações interpessoais. A percepção 
do outro e a autopercepção são componentes com o potencial de criar distorções 
e de interferir na meta da comunicação perfeita.
A percepção é um processo de adaptação de informação que se dá por meio 
de transformações dos dados primários do mundo na tentativa de enquadrá-los 
num esquema de classificação preestabelecido. Dessa forma, o que se seleciona 
como parte do processo perceptivo não é uma imagem nítida do mundo, mas 
gestalts (formas abstratas). Portanto, é sempre importante lembrar que a comu-
nicação interpessoal é resultado de imagens abstratas que as pessoas têm de si 
mesmas e dos outros. Essa consciência permite o exercício para a diminuição dos 
ruídos e barreiras de comunicação.
Um modelo simplifica a complexidade dos processos de comunicação, mas per-
mite ilustrar os aspectos críticos do sistema. Entre tais modelos, há o de interação, 
com os conceitos de canal, codificação, decodificação, ruído e feedback (Figura 1).
Figura 1 – Processo de comunicação
Fonte: Casado (2002, p. 275)
Emissor
(codi�ca)
Receptor
(decodi�ca)
Mensagem
Feedback
Ruído
NOVAS DESCOBERTAS
Como você pôde perceber até aqui, dentre os elementos principais do 
processo de comunicação existe o Canal, que pode ser desde nossos ór-
gãos de sentido até um texto expresso em revistas, jornais e ainda mais 
usual, como o e-mail. Sendo assim, é muito importante saber escrever 
e interpretar textos para que a comunicação seja realmente assertiva. 
Então acesse o objeto interativo e veja mais sobre essa habilidade!
UNIDADE 1
https://livrodigital.unicesumar.edu.br/objetos/601
UNIDADE 1
10
Pode haver muitas barreiras de comunicação. Não é possível exterminá-las do 
processo comunicativo, mas elas podem ser identificadas para serem reduzidas. 
A seguir, veja as principais barreiras a uma comunicação eficaz (CASADO, 2002).
 ■ Sobrecarga de informações: o excesso de informação é tão prejudicial 
quanto a falta dela. Executivos que usam correio eletrônico intensiva-
mente já reclamam do fluxo excessivo de informações. Enviar e-mails 
tem gerado sobrecarga (inútil na maior parte dos casos) que inviabiliza a 
comunicação do que é realmente importante.
 ■ Tipo de informação: graças à percepção seletiva, há maior ou menor difi-
culdade para apreender determinado tipo, forma e conteúdo de informação.
 ■ Fontes: a maior ou menor credibilidade da fonte, o seu grau de influência 
sobre o receptor e os estereótipos que suscita podem interferir na eficácia 
da comunicação.
 ■ Localização física: é o local onde ocorre o processo de comunicação. 
Locais com excesso de ruídos e de estímulos à atenção ou ameaçadores 
para o receptor interferem negativamente no processo de comunicação.
 ■ Filtragem: refere-se à manipulação da informação. Quanto mais níveis 
hierárquicos houver na estrutura da organização, maior será a probabi-
lidade de haver filtragem.
 ■ Linguagem: em uma organização, existem muitas diferenças de níveis 
sociais, de formação, de áreas de atuação e de níveis de escolaridade. Ob-
viamente, essas diferenças ocasionam grande empecilho na linguagem e 
na compreensão dos vários grupos.
Como um processo composto de formas verbais e não verbais, a comunicação 
é utilizada com o propósito de partilhar informações. Enquanto a comunicação 
verbal refere-se à linguagem escrita e falada, aos sons e às palavras usadas, a 
não verbal refere-se a toda informação decorrente de expressões faciais, postura, 
vestimenta, organização do ambiente, entre outros elementos. Na próxima seção, 
você verá os conceitos de comunicação verbal e não verbal.
11
Comunicação verbal e não verbal
Na teoria da comunicação verbal, seis elementos são imprescindíveis para a ocor-
rência de um ato de comunicação: remetente, destinatário, mensagem, contexto, 
código e contato. 
 ■ Remetente ou emissor: todo aquele indivíduo ou grupo que envia uma 
mensagem a um ou mais receptores. O emissor corresponde à primeira 
pessoa do discurso, “eu” ou “nós”; é aquele que fala.
 ■ Destinatário ou receptor: indivíduo ou grupo que recebe a mensagem. 
Corresponde à segunda pessoa do discurso, “tu” ou “vós”; é aquele com 
quem se fala. 
 ■ Mensagem: ato da fala, o conjunto de enunciados. Falar significa selecio-
nar e combinar signos. Portanto, a mensagem é a seleção e a combinação 
de signos realizada por determinado indivíduo; a mensagem é o conceito 
que se passa para o receptor. 
 ■ Contexto ou referente: conteúdo – assunto – da mensagem. Correspon-
de à terceira pessoa do discurso, “ele/ela” ou “eles/elas”; é algo ou alguém 
de que se fala, o objeto da mensagem.
 ■ Código: é a língua com que se fala; é o instrumento da fala, um conjunto 
de signos convencionais e sua sintaxe, que deve ser total ou parcialmente 
comum ao emissor e ao receptor. 
 ■ Contato ou canal: entende-se o meio físico por onde passa a mensagem 
entre o emissor e o receptor. Quanto à forma, o meio físico pode ser so-
noro ou visual, bem como a conexão psicológica entre emissor e receptor 
(PAGLIUCA et al., 2011). 
A comunicação não verbal é carregada de significados. Mais emocional e sensi-
tiva, é o elemento de surpresa que interfere na comunicação verbal, que é mais 
consciente e programada. Na maioria das vezes, a comunicação não verbal se 
expressa sem que os sujeitos estejam conscientes do que estão emitindo. Inú-
meros sinais não verbais reforçam, substituem ou contrariam a fala: os gestos, a 
expressão facial, a postura (movimentos e inclinações do corpo), a ocupação do 
espaço e o toque, principalmente se substitui o olhar, quando há limitação visual.
De acordo com a literatura, a abordagem da comunicação não verbal é feita 
pela teoria proxêmica, a qual avalia a posição corporal e as relações espaciais 
UNIDADE 1
UNIDADE 1
12
do indivíduo como elaboração da cultura em que ele está inserido (PAGLIUCA 
et al., 2011). A proxemia acredita que os sujeitos, geralmente, têm tendência a 
manter certas distâncias de “segurança” com relação a pessoas e objetos, o que 
varia de cultura para cultura.
A teoria proxêmica estuda o significado social do espaço, ou seja, como o 
homem estrutura consciente ou inconscientemente o próprio espaço. Em dife-
rentes culturas, as expressões sensoriais adquirem mais ou menos importância. 
Portanto, seria necessário atentar às percepções do contexto no qual as intera-
ções ocorrem e a quem são os envolvidos (PROCHET, SILVA; 2012). Na análise 
proxêmica, estão presentes oito fatores (PAGLIUCA et al., 2011). Veja a seguir.
 ■ Postura e sexo: analisa o sexo dos participantes e a posição básica dos 
interlocutores (de pé, sentado, deitado).
 ■ Eixos sociofugo e sociopeto: o eixo sociofugo demonstrao desencoraja-
mento da interação, enquanto o sociopeto implica o inverso. Essa dimen-
são analisa o ângulo dos ombros em relação à outra pessoa e à posição 
dos interlocutores (face a face, de costas um para o outro ou qualquer 
outra angulação).
 ■ Fator cinestésico: analisa o contato físico a curta distância, como o toque 
na pele e o posicionamento das partes do corpo.
 ■ Comportamento de contato: esse fator considera as formas de relações 
táteis, como acariciar, agarrar, apalpar, segurar demoradamente, apertar, 
tocar em dado local, roçar acidentalmente ou nenhum contato físico.
 ■ Código visual: verifica o modo como ocorre o contato visual nas inte-
rações, como o olho no olho ou a ausência de contato.
 ■ Código térmico: detém-se no calor percebido pelos interlocutores.
 ■ Código olfativo: analisa as características e o grau do odor sentido pelos 
interlocutores.
 ■ Volume da voz: analisa a percepção dos sujeitos com relação ao volume 
e à intensidade da fala utilizada pelos interlocutores.
A capacidade de ouvir e compreender o outro inclui não apenas a fala, mas tam-
bém as expressões e manifestações corporais, consideradas elementos funda-
mentais no processo de comunicação. Assim, o estudo da linguagem corporal, 
conhecida por cinésica, assume um papel importante na decodificação das men-
sagens recebidas durante as interações profissionais ou pessoais.
13
A cinésica é a teoria oriunda de estudos sobre os gestos e movimentos corpo-
rais, especificamente da decodificação dos sinais do corpo (PROCHET; SILVA, 
2012). Também denominada “cinética”, foi estudada por Birdwhistell (1985), an-
tropólogo pioneiro em tentar compreender a linguagem do corpo. Ele se dedi-
cou ao estudo dos movimentos corporais e não identificou qualquer expressão 
facial, atitude ou posição do corpo que tivesse o mesmo significado nas diversas 
sociedades. O autor considera que não há gestos ou movimentos corporais que 
possam ser considerados símbolos universais e que toda cultura tem seu reper-
tório gestual (BIRDWHISTELL, 1985).
Alguns pressupostos foram estabelecidos para uma melhor compreensão da 
cinésica:
 ■ o contexto fornece o significado ao movimento ou expressão corporal;
 ■ a cultura padroniza a postura corporal, o movimento e a expressão facial;
 ■ o comportamento dos membros de um grupo é influenciado pelas suas 
próprias atividades corporais e fonéticas;
 ■ os comportamentos têm significados culturalmente reconhecidos e va-
lidados.
O comportamento do movimento corporal é baseado na estrutura fisiológica e 
seus aspectos comunicativos são padronizados pela experiência social e cultural. 
Entretanto, o significado desse comportamento não é simples; logo, não é possível 
reunir um conjunto considerável de gestos de maneira a construir um glossário 
para servir a uma análise das expressões corporais das pessoas.
COMUNICAÇÃO ASSERTIVA NA CONTEMPORANEI-
DADE
Durante a maior parte da história humana, a maioria das interações sociais ocor-
reu face a face. Os indivíduos se relacionavam entre si, principalmente por meio 
da aproximação e do intercâmbio de formas simbólicas, ou se ocupavam de ou-
tros tipos de ação dentro de um ambiente físico compartilhado. Para sobreviver, 
as tradições orais dependiam de um contínuo processo de renovação, por meio 
de histórias contadas e atividades relatadas em contextos de interação face a face. 
Contudo, novos meios de comunicação surgiram e seu desenvolvimento criou 
UNIDADE 1
UNIDADE 1
14
novas formas de interação e novos tipos de relacionamentos sociais – que são 
bastante diferentes dos existentes na maior parte da história humana.
Thompson (1998) afirma que há três tipos de interação: interação face a face, 
interação mediada e quase interação mediada. 
A interação face a face acontece em um contexto de copresença: os partici-
pantes estão imediatamente presentes e partilham um mesmo espaço e tempo. As 
interações face a face têm um caráter dialógico, no sentido de que implicam ida e 
volta no fluxo de informação e comunicação. Além disso, os participantes podem 
empregar uma multiplicidade de deixas simbólicas para transmitir mensagens, 
como sorrisos, franzimento de sobrancelhas e mudanças na entonação da voz. Esse 
tipo de interação permite que os participantes comparem a mensagem que foi pas-
sada com as várias deixas simbólicas para melhorar a compreensão da mensagem.
As interações mediadas, por sua vez, acontecem por um meio técnico (pa-
pel, fios elétricos, ondas eletromagnéticas) que permite a transmissão de informa-
ção e conteúdo simbólico para indivíduos situados remotamente no espaço ou 
no tempo. Isso quer dizer que os sujeitos não precisam estar no mesmo momento 
em um mesmo lugar. Tal comunicação não oferece tantas possibilidades de dei-
xas simbólicas, privando os participantes de deixas associadas à presença física 
(gestos, expressões faciais ou entonação), mas enfatizando aquelas associadas à 
escrita. Dessa forma, nessa comunicação, os indivíduos precisam se valer de seus 
próprios recursos para interpretar as mensagens transmitidas.
A quase interação mediada se refere às relações sociais estabelecidas pe-
los meios de comunicação de massa: livros, jornais, televisão, entre outros. Esse 
tipo de comunicação implica extensa possibilidade de informação e conteúdo 
simbólico no espaço e no tempo, ou seja, ela se dissemina por meio do espaço e 
do tempo. Há dois aspectos-chave em que as interações quase mediadas se di-
ferenciam dos outros tipos de interação. Em primeiro lugar, os participantes da 
interação quase mediada produzem formas simbólicas para um número inde-
finido de receptores potenciais, ao contrário dos participantes da interação face 
a face ou da interação mediada, que são orientadas para aspectos específicos e 
produzem ações, afirmações etc.
Em segundo lugar, enquanto a interação face a face e a interação mediada são 
dialogadas, a quase interação mediada é monológica, ou seja, o fluxo de comuni-
cação é predominantemente de sentido único. O leitor de um livro, por exemplo, 
é principalmente o receptor de uma forma simbólica, cujo remetente não exige 
15
uma resposta direta e imediata. No Quadro 1, a seguir, veja as semelhanças e 
diferenças entre os três tipos de interação.
Características 
interativas
Interação face 
a face
Interação me-
diada
Quase intera-
ção mediada
Espaço e tempo
Contexto de 
copresença; sis-
tema referencial 
espaço-temporal
comum
Separação 
dos contextos; 
disponibilidade 
estendida no 
tempo e no 
espaço
Separação 
dos contextos; 
disponibilidade 
estendida no 
tempo e no 
espaço
Possibilidade de 
deixas
simbólicas
Multiplicidade 
de deixas simbó-
licas
Limitação das 
possibilidades 
de deixas simbó-
licas
Limitação das 
possibilidades 
de deixas
simbólicas
Orientação da 
atividade
Orientada para 
outros fins espe-
cíficos
Orientada para 
outros fins espe-
cíficos
Orientada para 
um número 
indefinido de 
receptores po-
tenciais
Dialógica/mono-
lógica
Dialógica Dialógica Monológica
Quadro 1 – Tipos de interação
Fonte: adaptado de Thompson (1998)
O termo “assertivo” deriva do verbo latino assertus, que significa “declarar”. A comu-
nicação assertiva, enquanto técnica no ambiente organizacional, é uma ferramenta 
desenvolvida nos Estados Unidos que procura diferenciar os estilos de comunicação 
(agressivo, passivo, passivo-agressivo — considerados indesejáveis — e respeitoso-as-
sertivo — considerado o ideal), visando aplicá-los de modo a melhorar e otimizar o 
diálogo. Em suas versões mais adequadas, a comunicação assertiva permite à pessoa 
desenvolver suas habilidades; em outras versões, esse tipo de comunicação nem sem-
pre é utilizado da maneira mais indicada (GELIS FILHO; BLIKSTEIN, 2013).
No exercício de papéis organizacionais, a comunicação assertiva aparenta ser 
essencial para a eficácia interpessoal e organizacional. Considere, por exemplo, o 
papel de líder. Entre as características comuns a líderes está a habilidade de comuni-
UNIDADE 1UNIDADE 1
16
cação, considerada uma competência fundamental, já que por meio dela os líderes 
se conectam com os liderados. Além disso, a comunicação é o meio fundamental 
pelo qual os líderes conseguem influenciar e inspirar os liderados no seu trabalho. 
Uma comunicação assertiva pode ser o fator decisivo para uma cooperação efi-
ciente entre colegas e também entre superior e subalternos (SANTOS, 2018).
A assertividade, muitas vezes confundida com a agressividade, é, na verdade, 
o meio-termo entre a passividade e a agressividade. Trata-se da capacidade de 
expressar opiniões, sentimentos, necessidades e direitos de forma honesta, respei-
tando os direitos dos outros. Tal como a escuta ativa, a assertividade considera a 
comunicação não verbal: importa o que é dito, mas também a forma como é dito. 
A assertividade revela-se simultaneamente como componente relevante da lide-
rança e como componente essencial de uma liderança eficiente (SANTOS, 2018).
Portanto, a assertividade refere-se à capacidade de as pessoas se comunicarem 
com clareza, de maneira direta e objetiva, a fim de que o outro as entenda com 
exatidão. Desse modo, situando tal debate na contemporaneidade e considerando 
a maneira como empresas, relações de trabalho e carreiras estão organizadas, você 
pode entender o processo de comunicação interpessoal como uma competência 
que deve estar em constante desenvolvimento.
Caro acadêmico, é com grande satisfação e sensação de dever cumprido que 
chegamos ao final da disciplina de Estudo contemporâneo e transversal – comu-
nicação assertiva e interpessoal. 
Esta disciplina teve como objetivo auxiliá-lo na compreensão dos principais 
elementos do processo de comunicação, identificando ruídos e barreiras, adqui-
rindo habilidade de reconhecer a comunicação assertiva na contemporaneidade. 
Não temos dúvida de que você conseguiu perceber quão importante é o co-
nhecimento sobre o processo de comunicação, para que possa, além de reconhe-
cer, desenvolver uma comunicação adequada, clara e com objetividade, tanto 
nas relações pessoais quanto profissionais, bem como quanto se faz necessário 
desenvolver essa capacidade e habilidade de se comunicar de forma assertiva, em 
especial, para a vida profissional. 
 Aproveite para aprofundar os conhecimentos nesse tema realizando leituras 
nos diversos meios de comunicação que discorrem sobre, praticando-o em sua 
visa pessoal, acadêmica e profissional. Com certeza sua maneira de se comunicar 
será diferente a partir daqui!
Sucesso em sua trajetória! Esperamos você na próxima disciplina!
17
BIRDWHISTELL, R. L. Kinesics and context: essays on body motion communication. 4. ed. Phila-
delphia: University of Pensylvania Press, 1985. CAMARGO, E. P. A comunicação e os contextos 
comunicativos como categorias de análise. In: CAMARGO, E. P. Saberes docentes para a in-
clusão do
aluno com deficiência visual em aulas de física. São Paulo: Editora Unesp, 2012. Disponível 
em: https://static.scielo.org/scielobooks/zq8t6/pdf/camargo-9788539303533.pdf. Acesso em: 
2 dez. 2022.
CASADO, T. O papel da comunicação interpessoal. In: FLEURY, M. T. L. (coord.). et al. As pessoas 
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	PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
	COMUNICAÇÃO ASSERTIVA NA CONTEMPORANEIDADE
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