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3-Hipertensão

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Hipertensão
Prof. Dr. João Ernesto – Aula de FR806 – Farmacoterapia e Interações medicamentosas 
Fernanda Mazon – Universidade Estadual de Campinas 
 
Considera-se hipertenso quem tem a pressão arterial igual ou maior que 140/90 mm/Hg. 
Exames laboratoriais: tem que fazer para confirmar se a hipertensão real ou só um aumento momentaneo na hora que mediu por estresse.
Fazer: eletrocardiograma, dosa colesterol, triglicérides, sódio, potassio, raio x de torax para ver se o coração ta aumentado, creatinina (função renal, pode ser um problema renal causando a hipertensão e vice-versa), aparelhinho que mede a pressão arterial por 24h.
Hipertensão essencial: uma hipertensão que não se sabe a causa. 
PA = DC.RVP
Quem comanda mais a pressão arterial é a resistencia vascular periférica, é onde a maioria das drogas atua. 
Normal: ≤120 e ≤80mmHg
Pré hipertensao: 120-139 ou 80-89.
Estágio 1: 140-159 ou 90-99.
Estágio 2: ≥160 ou ≥100.
Seio aórtico e carótido: toda vez que a quantidade de sangue que esta saindo do coração diminui, no seio aórtico tem uma região de barorreceptores, eles desencadeiam um reflexo que aumenta a atividade do simpático. Esse reflexo provoca liberação de catecolaminas (noradrenalina, adrenalina), aumenta a pressão arterial e pode também aumentar a frequencia cardiaca. O que era para consertar começa a prejudicar.
Rim: Órgão que recebe 1/3 do débito cardíaco. 
Na medida em que diminui o fluxo renal, ele libera renina, que libera a angiotensina 1. A ang1 vai, através da ECA, libera a ang2. Ela é uma vasoconstritora poderosa, mais potente que a noradrenalina. A pressão arterial então é aumentada. Além disso, ela também libera aldosterona, que retém sódio. A retenção de sódio leva a retenção de agua/líquido, provocando edema e aumenta ainda mais a pressão arterial.
Tratamento
Antigamente, em uma hipertensão leve (14/9), recomendava-se mudança de estilo de vida, exercícios, evitar o sal e dava um diurético leve como a hidroclorotiazida. Aí a pressão abaixa, mas depois de um tempo a pressão volta a subir, o diurético para de fazer efeito, da até pra aumentar a dose mas depois nem assim. O que acontece é que quando excreta muito sal, o rim não gosta, secreta renina para reter o sal.
Então, para diminuir a liberação de renina, pode dar um propranolol. Ele bloqueia beta não seletivamente. B1: coração, diminui o débito cardiaco. Além disso, atua no SNC nos centros que controlam o simpático. Diminui um pouco a liberação de renina. Assim, o diurético volta a funcionar e faz-se associação.
Mas também pode-se usar um inibidor de ECA, como captopril, enalapril. Ele é mais específico e preferencial. Pode também associar com diurético. Porém tem um efeito adverso: tosse, passa a noite tossindo. A tosse acontece para eliminar secreção. Para de inibir outra cinina, chamada bradicinina, que aumenta processos inflamatórios e causa tosse. 
Aí descobriam bloqueador dos receptores de angiotensina II, como losartana, valsartana. Aí não tem mais problema. 
Bloqueador de canal de cálcio: importante para contração muscular. Na musculatura estriada, não depende muito do calcio externo ao meio celular. Canal de calcio voltagem dependente: depende do potencial eletrico, são canais que se abrem só quando a célula despolariza. Dão o efeito adverso de edema de membro inferior. 
Protocolos
- Preferenciais: 
IECA / BCC, BRA / BCC, IECA / diurético, BRA / diurético. 
- Aceitáveis:
BB / diurético, BB / BCC, BCC / diurético. Também pode associar diurético poupador de potássio (espironolactona), porque o paciente que usa diurético pode ter hipopotassemia, já que tem perda de eletrólicos.
- Menos efetivas:
IECA / BB, BRA / BB, BRA / BB, BCC / BB, agonista alfa 2 / BB. 
Agonista alfa 2: inibidor do receptor pré sinaptico, inibe liberação de noradrenalina. Mas da disfunção erétil.
Insuficiência Cardíaca
Pé inchado: dificuldade de retorno venoso, o coração não ta bem.
ICC: insuficiencia cardiaca compensiva, o coração não da mais conta. Ele não consegue ejetar o sangue que chega. É o seio aortico, rim continuam reagindo e pressão aumentando. O sangue começa a chegar pelo sistema venoso e aumenta a extase. O primeiro local é membros inferiores.
Para um paciente asism, da um diurético bem potente (furosemida), e depois das os outros. 
Além da hipertensão, outras doenças causam ICC, como chagas, endocardites, disturbios eletrolóticos, infarto, isquemias.
Classificação funcional
Classe I: assintomática
Classe II: sintomas desencadeados por esforços habituais
Classe III: sintomas presentes em esforços menores
Classe IV: sintomas em repouso ou em esforços mínimos.
Tratamento
Restrição de sal, diuréticos, inibição do sistema SRNA, antagonistas dos receptores beta adrenergicos, relaxamento do musuclo liso vascular, aumento da força de contração cardiaca, associação ..
Digoxina
Aumento da força de contração sem aumento do gasto energético -> maior eficácia contrátil -> aumento do débito cardíaco, diminui a ICC.
Bradicardia vagal: tratamento de arritmias supraventriculares.
Inibição da ATPase sódio potassio, aumento da corrente de entrada de cálcio.
Em cada batida, sobra mais cálcio para a contração. Se bloquear muito ATPase, sobra muito sodio e não consegue repolarizar direito a membrana, o que é um problema também. 
Inibidores da ATPase aumentam a estabilidade cardíaca, você baixa o limiar de excitabilidade das células cardíacas. Musculatura lisa aumenta a contração. TGI pode ocorrer nausea e vomito. Rins podem sofrer aumento da filtração glomerular, aumento da excreção de sódio, o que ocasiona diurese. SNC tem cromatopsia, cefaleia, fadiga, desorientação, neuralgia facial, afasia, delírios, alucinações. Pode ocorrer ginecomastia e galactorréia. Interagem com K, Ca e Mg. 
Competem com potássio, no sítio de ligação dele. Quem estiver em maior quantidade, ocupa mais o receptor. Intoxicação pode ocorrer não por overdose, mas por hipopotassemia. 
Interações medicamentosas: diuréticos espoliadores de K (intoxicação); espironolactona (aumento de meia vida da digoxina); antagonistas de cálcio, amiodarona, quinidina (aumento dos níveis plasmáticos de digoxina e digitoxina); cimetidina (inibe o metabolismo da digitoxina); antiácidos (…). 
Usos terapêuticos: insuficiência cardíaca congestiva, a grave, resistente a todos os outros tratamentos. Arritmias supraventriculares, fibrilação (se for ventricular, significa que o coraçao perde totalmente o ritmo cardíaco, as fibras todas contraem ao mesmo tempo; é como não ter mais aquela parte do coração, não consegue bombear sangue ao corpo). 
Glicosídeos Cardioativos 
O grande problema dos glicosídeos cardioativos é x. Musculatura cardíaca é mais sensível a eles (ATPase do musculo cardíaco é mais sensível)

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