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Introdução Metas terapêuticas da sociedade brasileira de DM DM2 e fisiopatologia Causas de hiperglicemia • Aumento da lipólise • Aumento na reabsorção da glicose • Redução da captação de glicose • Disfunção neurotransmissora • Aumento PHG • Secreção de glucagon aumentada • Secreção insulínica deteriorada • Redução do efeito incretinico 1 – Assincronismo na liberação de insulina ➔ Secreção de insulina deteriorada ➔ PHG aumentada ➔ Captação periférica reduzida Assincronismo de liberação de insulina que ocorre nos pacientes diabéticos (seus níveis não acompanham as variações da glicemia pós prandiais) Secretagógos de insulina – medicamentos que atuam na célula beta pancreática induzindo a liberação de insulina Lembrando- no não diabético a célula Beta pancreática corresponde 50% da capacidade de liberação de insulina Como ocorre a liberação de insulina? Vamos la → a glicose age no receptor GLUT2 da célula beta pancreática produzindo uma série de reações químicas que geram ATP, fechando o canal de potássio, ocorrendo a despolarização da celula. O cálcio entra na célula e ocorre a liberação de insulina 1-Sulfaniluréias– se ligam no receptor SUR, ocorrendo o fechamento dos canais de potássio, causando despolarização das células beta pancreáticas, entrada de cálcio da célula e liberação de insulina. ISSO OCORRE DE MANEIRA INSULINO INDEPENDENTE → A liberação de insulina vai ser compatível com a capacidade de uma determinada sulfodiureia de liberar insulina • Glibemclamida → comprimido fracionado 2 a 3x ao dia → pior sulfonilureias com ação não insulino dependente e extremamente potente com pico de insulina (risco de hipoglicemia) • Glicazida MR e glimepirida → melhores → ação mais longa, 1x ao dia e dão menos hipoglicemia e menos ganho de peso. 2 – Glinidas Definição – novos insulinotrópicos, Não SU Classificação – • Repaglinida – derivado do ácido benzoico • Nateglinida – derivado da D-fenilalanina Mecanismo de ação – • se ligam ao receptor de insulina SU diferente da sulfanilureias ativando canais de K+ • Absorção rápida – 15 min após a administração • Pico de ação – 0,5-2h (pico mais rápido e com menos potência que a sulfanilureias) • Duração de ação curta 3-4h (precisa usar cerca de 3x por dia antes das principais refeições) • Restaura a primeira fase de secreção de insulina Metabolismo – via sistema de oxidases de função mista Via de eliminação – 80% renal Fármacos que atuam aumentando na produção hepática de glicose Lembrando – quando um paciente não diabético passa algum tempo sem se alimentar ou durante o sono, ocorre a diminuição de glicose sanguínea, esse nível baixo de glicemia estimula as células alfa do fígado a liberar glucagon para aumentar a produção de glicose hepática. Ao contrário quando o indivíduo se alimenta o glucagon é inibido. 1 – Metformina → mais utilizado no mundo Mecanismo de ação • Redução da produção hepática de glicose → inibição da enzima ANP quinase. • Diminuição de carboidratos no tubo digestivo • Diminuição da resistência periférica a insulina Vantagens • Potente na redução da glicose • NÃO INDUZ HIPOGLICEMIA • Não leva a ganho ponderal • Droga barata (baixo custo) A metformina inibição da Neoglicogênese hepática, diminuição da resistência a insulina, aumento da secreção de GLP-1 e alteração da microbiota intestinal Fármacos que atuam na resistência a insulina Entendendo a resistência a insulina Primeiro vamos falar de um indivíduo normoglicêmico O paciente ingere carboidrato, que leva a liberação de insulina glicose dependente. A insulina e a glicose se deslocam para os tecidos insulino dependentes (tecido esquelético, adiposo e fígado), a insulina se liga ao receptor de insulina estabelecendo uma série de reações fosforilação tirosina promovendo ativação para a translocação do transportador de glicose para a membrana da célula (no caso do músculo esquelético é o GLUT 4) O GLUT 4 promove a entrada da glicose nessas células. Agora em um paciente com resistência a insulina Pacientes que tem altas taxas de gordura visceral tem um excesso de ácidos graxos livres na circulação que comprometem a fosforilação de tirosina nessas enzimas, substituindo por uma fosforilação serina, diminuindo o deslocamento do GLUT e promovendo a resistência a insulina. Tiazolidinedionas – Glitazonas Mecanismo de ação – agonistas do receptor nuclear PPARgama → Ativação do PPARgama promove a ativação dos receptores de glicose promovendo o deslocamento do GLUT 4 Tem ação de diminuir a esteatose hepática Dose inicial – • rosiglitazona 4 mg 1x ao dia • pioglitazona 15-30 mg 1x / dia com alimento Efeitos adversos – edema, aumento de peso e anemia Risco principal – falência hepática; ALT >3X Superior da normalidade parar tratamento Não recomendado – ICC grau II e IV ou alt elevado 2,5x. Fármacos que atuam no efeito incretínico reduzido Lembrando -a glicose corresponde a 50% da capacidade de liberação de insulina na célula beta de forma glicose dependente; o restante dos 50% são principalmente o GLP-1 e o GIP GLP-1 e GIP (incretinas) → hormônios produzidos no intestino após ingesta alimentar com a principal função de produção de insulina pelas células beta de forma glicose-dependente • GLP-1 ➔ Secretado pelas células L no intestino distal (íleo e colon) ➔ Estimula a liberação de insulina dependente de glicose ➔ Suprime a produção hepática de glicose ao inibir a secreção de glucagon de modo dependente de glicose ➔ Aumenta a proliferação e a sobrevida de células beta em modelos animiais e em ilhotas humanas in vitro • GIP ➔ Secretado pelas células K no intestino proximal (duodeno) ➔ Estimula a liberação de insulina dependente de glicose ➔ Aumenta a proliferação e a sobrevida de células beta em linhagens de células das ilhotas No diabético ocorrem níveis sérios diminuídos de GLP-1, mas os remanescentes têm ação biológica preservada O GIP tem níveis séricos normais, mas tem uma diminuição da ação biológica Em pacientes não diabéticos, quando ocorre aumento da glicemia, pico de insulina e a inibição do glucagon. Já no diabético ocorre uma menor liberação de insulina e maior liberação de glucagon 1 - Inibidores do DPP4 (GLIPTINAS) DPP4 é a enzima que inativa o GLP-1, quando ela esta inibida o GLP1 permanece por mais tempo. ➔ Aumenta a secreção de insulina ➔ Bloqueia a secreção do glucagon ➔ Efeito neutro ponderal ➔ Não induz hipoglicemia ➔ Ingestão oral - sitagliptina, saxagliptina, linagliptina, alogliptina e vildagliptina 2 – Agonistas do receptor de GLP-1 • Tem a capacidade de se ligar ao receptor do GLP- 1 e mimetizar suas ações biológicas • Utilização subcutânea ➔ Aumenta a secreção de insulina ➔ Inibe a secreção de glucagon ➔ Atravessa a BHC e estimula a saciedade e bloqueia o apetite o Aumenta saciedade o Bloqueio do apetite → perda de peso o Redução da taxa de esvaziamento gástrico ➔ Baixo risco de hipoglicemia Efeitos adversos – náuseas e vômitos no início do tratamento. - semaglutida, Dulaglutida e liraglutida → características de proteção cardiovascular Farmácos que atuam na reabsorção renal de glicose Em indivíduos saudáveis, os glomérulos renais filtram aproximadamente 180g de glicose por dia, através dos co-transportadores de sódio e glicose SGLT-2 e SGLT-1. (O SGLT-2 corresponde por 90% da reabsorção renal de glicose) → sem glicosúria Em pacientes com diabetes ocorre picos de glicose, quando a glicemia excede o limiar renal, a capacidade dos transportadores é saturada e resulta em excreção urinária de glicose 1 – Inibidores do SGLT2 • Bloqueio de 30% do SGLT2• Reduz a reabsorção de glicose no túbulo proximal, causando glicosúria no túbulo proximal, causando perda de glicose na urina • Como glicose = carboidrato ele auxilia na perda de peso (perda ponderal) • Diminuição do limiar de reabsorção de glicose • Ocorre natriurese e consequentemente perda de líquidos → redução da volemia Canagliflozina Dapagliflozina Empagliflozina ➔ PERDA PONDERAL ➔ REDUÇÃO GLICEMICA ➔ REDUÇÃO DE PA ➔ Proteção cardiovascular e renal Fármacos inibidores da alfa glicosidade → efeito na glicemia pós -prandial Glicose não absorvida promovem diversos efeitos TGI (diarreia, náusea e flatos) → fármacos não utilizados mais. Mas então depois disso tudo qual fármaco prescrever? Observar as características de cada paciente → individualização do tratamento Terapia combinada – Vantagens • Melhor controle glicêmico pode ser obtido com combinação de drogas que atuam em diferentes sítios • Menos feitos colaterais com menores doses de 2 drogas quando comparados com doses maiores de 1 única droga • Drogas combinadas em um único comprimido Insulinoterapia em diabetes tipo 2 Tipos de insulina e propriedades farmacocinéticas Indicaçãoes da insulinoterapia ➔ Hiperglicemia em doses máximas de agentes orais (falência secundária dos ADOs) ➔ Descompensação ➔ Cirurgia ➔ Gestação 1 – insulinas basais (ação prolongada) – 1x ao dia Agonistas do GLP-1 OU Inibidores do SGLT2 → pacientes com doença cardiorrenal prévia Priorizar → INIBIDORES SGLT 2 + METFORMINA
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