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fisiopatologia da dor

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Adriane sousa - 2022 
Tutoria 1 – “como podem ser tão 
diferentes?” 
 
Objetivos 
1. Definir o conceito de dor, seus tipos e 
classificações. 
2. Conceituar alodinia, analgesia, hiperalgesia, 
hiperestesia, parestesia, neuralgia, hipoalgesia, 
neuropaxia, hiperpatia, disestesia. 
3. Descrever a neurofisiologia da dor. (receptores, 
mediadores, condução da dor, sensibilização 
central e periférica). 
4. Discutir o papel da neuroplasticidade na 
percepção da dor crônica. 
5. Descrever os mecanismos de ação dos AINES 
+ analgésicos. 
Termos importantes: 
 Nocicepção → propriedade que tem os 
nociceptores de perceber um estímulo 
potencialmente lesivo aos tecidos. 
 Nociceptores → receptores preferencialmente 
sensíveis a estímulos nociceptivos. São 
terminações nervosas livres de fibras A- delta 
(mileínicas finas) e C (amielínica) do aferente 
primário nociceptivo. 
 Há nociceptores para diferentes 
estímulos: mecânicos, térmicos e 
químicos. 
 Os estímulos mecânicos e térmicos 
tóxicos, além de excitarem os 
nociceptores sensíveis, promovem 
dano tecidual e vascular local, 
causando a liberação de substâncias 
como: íons hidrogênio e K, serotonina, 
histamina, cínicas, leucotrienos, 
prostaglandinas e substancia P. 
 Elas atuam nos receptores sensíveis a 
elas – Transdução – por três 
mecanismos: 
 Ativação direta → K, íon H, 
cininas, serotonina e histamina. 
 Sensibilização → cininas, 
serotonina e histamina. 
 Produção de extravasamento 
do plasma → substancia P e 
cininas 
 Estímulos nociceptivos → estímulos nocivos 
que podem lesar tecidos e causar dor. 
 Impulsos nociceptivos → potencias elétricos de 
ação que são conduzidos da periferia para o 
sistema nervoso central. 
 Aferente primário nociceptivo → neurônio 
periférico da cadeia de neurônios que conduz os 
impulsos nociceptivos da periferia para o 
sistema nervoso central 
 Fibra nervosa → axônios dos neurônios. As 
fibras nervosas envolvidas na condução dos 
impulsos nociceptivos são classificadas em 
fibras grossas mielinizadas A-delta e fibras finas 
não mielinizadas C. 
 Tipos de fibras; 
 Fibras A – delta cutâneas / SNC/ 
viscerais → dor em pontada, fisgada, 
glutamato 
 Fibras C cutâneas/ vísceras ocas → 
dor em queimação. Contínua, não 
consegue identificar o tipo da dor. 
Glutamato, subtancia P; 
 Fibras A-delta e C musculares → 
dolorimento ou câimbra 
 Fibras A – betas → mielinizada, com 
diâmetro intermediário, pele e vísceras 
 Fibras A- alfas → músculos, 
mielinizada maior diâmetro, não conduz 
dor. 
 Mecanismos envolvidos na dor 
 
 Adriane sousa - 2022 
DOR 
 Experiencia não apenas sensitiva, mas 
emocionalmente desagradável associada, ou 
semelhante àquela associada, a uma lesão 
tecidual real ou potencial (Associação 
Internacional para o Estudo da Dor). 
 Experenciada por quase todos os seres 
humanos → instrumento de proteção que 
possibilita a detecção de estímulos físicos e 
químicos nocivos. 
 Consta na CID-11 com 7 subcategorias, sendo 
1 primária e 6 secundárias. 
 A definição é complementada por 6 notas 
explicativas: 
1. A dor é sempre uma experiencia pessoal 
que é influenciada, em vários graus 
variáveis, por fatores biológicos, 
psicológicos e sociais. 
2. Dor e nocicepção são fenômenos 
diferentes. A dor não pode ser determinada 
exclusivamente pela atividade dos 
neurônios sensitivos. 
3. Através das suas experiencias de vida, as 
pessoas aprendem o conceito de dor. 
4. O relato de uma pessoa sobre uma 
experiencia de dor deve ser respeitado. 
5. Embora a dor geralmente cumpra um papel 
adaptativo, ela pode ter efeitos adversos na 
função e no bem-estar social e psicológico 
6. A descrição verbal é apenas um dos vários 
comportamentos para comportamentos 
para expressar a dor; a incapacidade de 
comunicação não invalida a possibilidade 
de um ser humano ou um animal sentir dor. 
 Classificação → pode ser de acordo com sue 
local de origem – periférica, central, visceral ou 
somática -, seu tempo de evolução e patologia 
física – aguda ou crônica – e meu mecanismo 
fisiopatológico – neuropática, nociplástica, 
nociceptiva ou mista. 
 
 Temporal 
 Aguda 
 apresenta valor biológico 
fundamental, pois é um alerta 
possiblidade de lesão tecidual 
vir a se instalar ou já instalada, 
além de induzir reações de 
defesa, fuga ou remoção do 
agente causal. 
 Período de tempo curto 
 Auto limitada e cessa quando 
para o estimulo 
 Quando não controlada pode 
ser fator para dor crônica. 
 Crônica 
 constituída principalmente por 
reações musculoesqueléticas e 
psicomportamentais que 
induzem incapacidade e 
repercussões biopsicossociais 
desfavoráveis. 
 Não se resolve por conta 
própria, requer tratamento 
interdisciplinar 
 Pode se originar no corpo, no 
cérebro ou na medula espinhal, 
podendo ser neuropática, 
nociplástica, noceptiva ou 
idiopática (sem causa 
aparente) 
 
 Mecanismo fisiopatológico 
 Nociceptiva 
 Adriane sousa - 2022 
 Originada por dano potencial 
ou renal → estímulo 
desencadeante 
 Compreende a dor somática e 
a visceral → vem de danos 
comuns e frequentes → como 
reações inflamatórias, 
traumáticas e invasivas, ou 
isquêmica 
 Ocorre por meio da ativação ou 
sensibilização de nociceptores 
– fibras A-delta e C – na 
periferia, que transduzem os 
estímulos nocivos em impulsos 
eletroquímicos. 
 Dor Somática 
 sensação dolorosa rude, 
exacerbada ao movimento (dor 
incidental) 
 alivia no repouso 
 localizada e variável, conforme 
a lesão básica. 
 Ex: dores músculo-
esqueleticas, dores ósseas e 
etc 
 Superficial → estimulação de 
receptores do tegumento e, 
usualmente, de trauma, 
queimadura ou processo 
inflamatorio → localizada e 
qualidade definida 
 Profunda → ativação de 
músculos, fáscias, tendões, 
ligamentos e articulações. 
 Dor irradiada 
 A dor pode ser localizada ou 
irradiada, ou seja, quando 
segue o trajeto de uma raiz 
nervosa ou um nervo 
conhecido. 
 Pode surgir em decorrência do 
comprometimento de qualquer 
raiz nervosa, e o 
reconhecimento do local inicial 
bem como sua irradiação pode 
indicar a estrutura nervosa 
comprometida 
 Dor Visceral 
 Ocorre pela distensão de 
víscera oca 
 Mal localizada, profunda, 
opressiva, constritiva 
(sensação de aperto). 
 Frequentemente junto com 
sensação de náuseas, vômitos 
e sudorese. 
 Obs: muitas vezes há dores 
locais referidas, como em 
ombro ou mandíbula 
(relacionada ao coração, em 
dorso (referente ao pâncreas). 
 Ex: cancer de pâncreas, infarto 
agudo do miocárdio e etc. 
 Dor referida 
 É a dor sentida em local 
diferente onde é produzido o 
estimulo que causa a dor. 
 Ocorre quando as fibras 
nervosas de regiões de densa 
inervação (como a pele) e 
fibras nervosas das regiões 
menos densamente invernadas 
convergem nos mesmos níveis 
do cordão espinhal → ou seja, 
o segundo mensageiro é o 
mesmo. 
 Ex: dor do coração sofrendo 
um infarto, que é referida para 
o braço esquerdo, pois as 
fibras responsáveis pelo braço 
estão próximas daquelas 
responsáveis pelo coração. 
 Dor neuropática 
 Causada por lesão ou doença 
do SN somatossensorial → 
podendo ser aguda 
 Ocorre por alterações na via 
nervosa que leva a informação 
nociceptiva ao SNC ou por 
alterações neuronais no 
próprio SNC → pode ter se 
originado ou não de uma lesão 
tecidual com reação 
inflamatória → nesses casos 
mesmo com o termino do 
estímulo a dor contínua. 
 Manifestação variada → 
queimação,peso, agulhadas, 
choque, pode ser 
acompanhada ou não ter 
 Adriane sousa - 2022 
formigamento ou 
adormecimento (parestesias) 
de uma determinada parte do 
corpo. 
 Ex: neuropatia diabética, 
neuralgia do nervo trigêmeo, 
neuralgia pós-herpética. 
 Dor nociplástica 
 Relacionada a nocicepção 
alterada a despeito da clara 
evidencia que não tem dano 
tecidual real ou potencial 
causando a ativação dos 
nociceptores periféricos ou 
evidencia de lesão no SN 
somatossensorial. 
 Decorre de plasticidade 
nociceptiva, que reflete na 
mudança na função das vias 
nociceptivas. 
 Hipotetizada como resultado 
de desregulação neuronal 
persistente. 
 Ex: fibromialgia, enxaqueca e 
síndrome do cólon irritável. 
Características semiológicas da dor 
 Localização 
 Irradiação 
 Qualidade ou caráter 
 Intensidade → EVA/ Escala visual numérica/ 
escala de face/escala descritiva ou qualitativa 
 Duração 
 Evolução 
 Relação com funções orgânicas 
 Fatores desencadeantes ou agravantes 
 Fatores atenuantes 
 Manifestações concomitantes 
Termos 
 Neuropraxia → bloqueio fisiológico de 
condução nervosa num [dentro de um] axônio, 
sem nenhuma interrupção anatômica. 
 A neuralgia (ou nevralgia) é uma dor 
excruciante, aguda, intensa e incessante que 
ocorre pelo acometimento de um ou mais 
nervos do nosso corpo. 
 Alodinia → resposta dolorosa a um estímulo 
inócuo, que normalmente não produz dor. 
 Parestesia → sensação anormal, geralmente 
não desagradável, espontânea ou provocada, 
como formigamento, adormecimento. 
 Disestesia → sensação anormal, espontânea, 
desconfortável, dolorosa. 
 Hipoalgesia → diminuição da resposta a 
estímulos que normalmente é dolorosa 
 Hiperestesia → aumento da sensibilidade à 
estimulação de qualquer caráter, podendo 
especificar qual o tipo de hipertesia – térmica, 
tátil e etc. 
 Hipoestesia → diminuição da sensibilidade à 
estimulação de qualquer caráter, podendo 
especificar qual o tipo de hipoestesia – térmica, 
tátil 
 Hiperalgesia → resposta aumentada, 
exagerada aos estímulos nociceptivos. (limiar 
para dor diminui) 
 Analgesia → ausência de dor em resposta a 
estímulos normalmente dolorosos. 
 Hiperpatia → reação álgica intensa e 
exagerada após estímulos repetitivos. Ex: 
agulhamento sequencial em mesmo ponto da 
pele 
 Neuropatia → doença que atinge o 
funcionamento dos nervos periféricos, podendo 
afetar tanto a parte de sensibilidade quanto 
nossa motricidade. 
 
FISIOPATOLOGIA DA 
NOCICEPÇÃO 
 Primeiro passo para o fenômeno sensitivo 
doloroso → sensibilização 
 Segundo passo → transformar os estímulos 
ambientais, físicos ou químicos em potenciais 
de ação para serem transferido do SNP para o 
SNC → transdução → ocorre na região da 
membrana axonal distal que constituie a 
terminação nervosa livre ou nociceptor. 
 Moléculas do meio ambiente atuam via 
segundos mensageiros ou ligam-se aos canais 
iônicos ou aos receptores. 
 Estímulos químicos, mecânicos ou térmicos 
intensos alteram as propriedades da membrana 
dos nociceptores e deflagram potenciais de 
geração, quando esses são somados, 
deflagram os potenciais de ação. 
 Adriane sousa - 2022 
 
 Algumas subpopulações de neurônios 
somatossensitivos são ativados somente por 
estímulos intensos e com possibilidade de lesar 
os tecidos. Os receptores sofrem fadiga e 
sensibilização. A aplicação repetitiva de 
estímulos reduz a percepção de muitas 
sensações. Entretanto, quando ocorre lesão 
tecidual, há sensibilização dos nociceptivos e 
instala-se a hiperalgesia. 
Condução 
 Caminho do sistema periférico até o SNC → por 
meio de neurônios aferentes → são 
classificados em três classes de acordo com 
dimensão do corpo e seus axônios: 
 Fibras C → fibras de pequeno 
diâmetro, amielinizadas e com 
velocidade de condução inferior a 2 m/s 
→ maioria são nociceptivas → podem 
conter neuropeptídeos, como 
substancias P e peptídeo relacionado à 
calcitonina (CGRP) – podem ser 
polimodais ou não 
 Fibras A-delta ou gama → fibras de 
média diâmetro, discretamente 
mielinizadas e com velocidade de 
condução de 25 a 50 m/s → maioria 
são nociceptivas, receptores mecano e 
termorreceptores. 
 Fibras A-beta e A-alfa → fibras de 
grande diâmetro, intensamente 
mielinizadas e com elevada velocidade 
de condução → 20% são nociceptores 
→ 
 
 Os nociceptores pode ser classificado como: 
 Terminações nervosas livres das fibras 
A-delta e C 
 Terminações nervosas das fibras A-
delta e C sensibilizadas por processos 
inflamatórios 
 Terminações aferentes A-beta e de 
liminar reduzido quando ocorre 
sensibilização neuronal 
 Fibras C → respondem a estimulação 
mecânica, térmica e química. 
 Fibras termomecânicas do tipo C são 
comuns nos aferentes cutâneos, 
evocam a sensação de queimação. 
 Fibras A-delta → reagem tanto a estimulação 
mecânica quanto à térmica. 
 Os aferentes nociceptivos A-delta 
medeiam a dor primária, que é bem 
delineada, rapidamente induzida e 
precisamente descrita como picada. 
Aferente primário nociceptivo 
 É o neurônio periférico da transdução e da via 
de condução periférica dos impulsos 
nociceptivos. 
 
 Adriane sousa - 2022 
 Localizado no gânglio da raiz dorsal dos nervos 
espinais e no gânglio de Gasser do 5 nervo 
craniano (nervo trigêmeo). 
 É um neurônio pseudo-unipolar e 
apresenta dois prolongamentos: longo 
e curto. 
 Seu prolongamento periférico ou longo 
é constituído por fibras A-delta e C que 
se unem às demais fibras dos nervos 
periféricos e termina na periferia, em 
forma de terminações nervosas livres 
denominadas nociceptores. 
 Nele se localizam receptores para 
diversas substancias algogenicas → 
histamina, serotonina, bradicinina, 
tromboxanos, leutrienos e 
prostaglandinas. 
 Os nociceptores são divididos em: 
 Mecatermonociceptores A-
delta 
 Mecanociceptores A-delta de 
alto limiar 
 Nociceptores C polimodais de 
baixo e de alto limiar. 
 Baixo limiar → 
reconhecem e 
conduzem impulsos 
originários de 
estímulos inócuos 
 Alto limiar → 
reconhecem e 
conduzem impulsos 
originários de 
estímulos nocivos que 
podem lesar os 
tecidos → ausência 
de acomodação por 
isso quando 
estimulado 
repetitivamentente 
levam sensibilização 
periférica 
 
 Seu prolongamento curto ou central termina por 
uma vesícula denominada terminal pré-
sináptico, no corno posterior da medula espinal. 
 Seu núcleo produz substancias denominadas 
receptores de membrana e neurotransmissores 
excitatórios e inibitórios. 
 Receptor opioide 
 Neurotransmissores 
excitatórios denominados 
substancia P e glutamato que, 
uma vez produzidos, 
caminham pelo prolongamento 
curto ou central e são 
estocados no terminal pré-
sináptico. 
 Os estímulos nociceptivos, atuando nos 
nociceptores, são transformados em impulsos 
nociceptivos (potenciais elétricos de ação) -
transdução-, através do mecanismo de 
condução caminham pelo aferente primário e 
alcançam seu terminal pré-sináptico. 
Sensibilização periférica 
 Quando persistentemente estimulados, os 
nociceptores (C polimodais de alto limiar) 
apresentam um aumento da sensibilidade e 
uma redução do limiar de estimulação, levando 
ao aumento e ao prolongamento das respostas 
aos estímulos nociceptivos. 
 Isso é a sensibilização periférica a estímulos 
nocivos→ originaa inflamação 
 A agressão aos tecidos rompe a membrana 
celular e seus fosfolípides são lançados no meio 
intersticial. 
 Fosfolípides sofrem ação da 
fosfolipases A-2 → vira ácido 
araquidônico 
 Inicio da cascata do ácido araquidônico 
 Vias metabólicas: 
Leucotrienos 
Ciclooxigenase (COX) 
 Produtos finais os tromboxanos 
e as prostaglandinas 
 Adriane sousa - 2022 
 
 Prostaglandinas → reduzem o limiar de 
sensibilidade dos nociceptores e deflagram o 
fenômeno da sensibilização periférica. 
 Várias outras substancias algoneicas, como 
bradicinina, histamina, susbtancias P, 
serotonina, K+ e H+, são liberadas nos tecidos 
inflamados → sopa inflamatória → produzindo 
sinais flogisticos → hiperalgesia primária → 
resposta aumentada aos estímulos nociceptivos 
Transmissão dos impulsos nociceptivos nas sinapses 
medulares – citoarquitetura das lâminas medulares 
 Lâmina de REXED → corno posterior 
 Os impulsos chegam ao corno posterior da 
medula, passam através de sinapses até a 
lâmina 5, onde se localizam os neurônios 
multirreceptivos (células de projeção, células de 
transmissão T ou EDRc) que recebem impulsos 
nociceptivos e inócuos provindos da periferia. 
 Na membrana do terminal pós-sináptico dos 
neurônios medulares de associação localizam-
se três receptores de membrana: 
 Receptores de substancia P → 
Neurocinina 1 (NK-1) 
 Receptores para glutamato (AMPA e 
NMDA) 
 Ao chegarem os impulsos nociceptivos ao 
terminal pré-sináptico do aferente primário, 
despolariza-se sua membrana, a sP cruza a 
fenda sináptico, alcança a membrana do 
terminal pós-sináptico e vai acoplar-se à NK-1, 
enquanto o glutamato cruza a mesma fenda, 
acopla-se aos receptores NMDA e os potenciais 
de ação sobem em direção ao córtex cerebral. 
 
Sensibilização central 
 A sP tem função moduladora e ajusta a 
sensibilidade da membrana pós-sináptica à 
ação do glutamato. 
 O receptor de membrana pós-sináptica normal 
para o glutamato é o AMPA, que está envolvido 
na transmissão fisiológica de potenciais 
sinápticos rápidos e fugazes. 
 O receptor NMDA, em condições fisiológicas 
encontra-se inativo pois seu canal está 
bloqueado pelo íon magnésio. 
 O terminal pós-sináptico contém enzimas 
cálcio-dependentes, isto é, que ali se 
encontram normalmente inativas pois 
dependem do cálcio para se tornarem ativas. 
 Essas enzimas são: óxido nítrico-
sintetase, as ciclooxigenase e as 
fosfolipases. 
 Na lesão, os impulsos nociceptivos repetitivos e 
intensos conduzidos pelas fibras C acabam, por 
criar potenciais lentos e elevados no nível 
sináptico, os quais fazem com que os 
receptores NMDA percam seu bloqueio de 
Mg++, tornando-se, assim permeáveis à 
entrada de íons cálcio. 
 Cálcio penetra através da membrana pós-
sináptica e atuam no sistema óxido-nítrico-
sintetase, que produz óxido nítrico. 
 NO → transpõe a membrana pós-sináptica, 
alcança a fenda sináptica e, atua como segundo 
mensageiro na membrana pré-sinaptica para 
liberar mais glutamato que vão se fixar aos 
receptores NMDA → surgindo o sistema de 
retroalimentação que mantem em atividade as 
sinapses medulares, levando ao fenômeno da 
sensibilização central. 
 Ocorrendo em dores neuropáticas, produzindo, 
em muitas delas, dois distúrbios sensoriais 
representados pela hiperalgesia e pela alodinia. 
 Adriane sousa - 2022 
 
Caminhos medulares dos impulsos nociceptivos 
 Quando chegam no terminal pré-sináptico do 
aferente primário nociceptivo, os impulsos 
podem seguir três caminhos diferentes: 
 Passam do corno posterior para o corno 
lateral da hemi-medula homóloga, onde 
fazem sinapse com os neurônios 
simpáticos ali existentes, cujas fibras 
descem através das fibras simpáticas e 
levam impulsos para os vasos 
sanguíneos da região da dor, 
produzindo, por via reflexa, a 
vasoconstrição e a hipóxia regionais. 
 Passam do corno posterior para o corno 
anterior da hemi-medula homóloga, 
onde fazem sinapse com os 
alfaneuronios motores ali existentes, 
cujas fibras motoras caminham para a 
periferia, levando impulsos para os 
músculos esqueléticos da região da 
dor, produzindo ali, por via reflexa, a 
contratura desses músculos e sua 
consequente hipóxia. A vasoconstrição 
e a contratura muscular regionais levam 
à hipóxia local e à liberação d enovas 
susbtancias algogenicas, eclodindo o 
círculo vicioso dor-espasmo-dor – 
comum nas dores crônicas. 
 Passando pelas sinapses nas laminas 
medulares, chegam aos neurônios 
multirreceptivos (células de 
transmissão T ou de projeção) da 
lamina 5, cujas fibras no nível da 
comissura branca anterior, cruzam para 
o quadrante ântero-lateral da hemi-
medula oposta onde se fletem 
cranialmente, formando as vias 
ascendentes nociceptivas que 
alcançam o tálamo e, finalmente, o 
córtex cerebral. 
 
Vias ascendentes nociceptivas 
 São constituídas por vários tratos. 
 Espinotalâmico, espinorreticular, 
espinomesencefálico, via pós-sinática 
da coluna dorsal, espinocervical, 
sistema trigemal e sistema 
propriospinal. 
 Mais estudado → trato 
espinotalâmico → tem grande 
numero de fibras, cujos núcleos se 
localizam nas lâminas medulares 1, 4 e 
5 e é subdividido em: 
neoespinotalamico (dor 
rápida/aguda)→ espinotalâmico lateral 
→ sobe diretamente da medula para 
os núcleos do tálamo, onde faz 
sinapses com neurônios de terceira 
ordem, onde vão até áreas S1 e S2 do 
córtex sômato-sensorial, onde se 
processa a percepção, a discriminação 
e a decodificação temporoespacial da 
dor – faz a decussação 
paleoespinotalâmico (dor lenta/crônica 
) → trato espinorreticular→ termina 
nos núcleos dorsomedial e central 
lateral do tálamo, onde faz sinapses 
com neurônios de terceira ordem, 
cujas fibras alcançam o córtex frontal, 
via sistema límbico → essa interação 
dá origem ao sofrimento. 
 Ao contrario do feixe 
neoespinotalamico, o feixe 
paleoespinotalâmico não é direto da 
medula para o tálamo → faz estações 
sinápticas (safadinho, parando no meio 
do caminho né) no tronco: substancia 
cinzenta periaquedutal do 
 Adriane sousa - 2022 
mesencéfalo, substancia cinzenta 
periventricular, núcleo magno da rafe, 
lócus coeruleus e núcleo 
gigantocelular, que se interconecta, 
para formar fibras descendentes que, 
através do trato dorsolateral, 
constituem o sistema analgésico 
central descendente. 
Modulação 
 Ocorre em nível segmentar ou medular e no 
nível supra-segmentar ou supramedular. 
 Interneurônio encefalinérgico localizado no 
corno posterior da medula espinal. 
Modulação segmentar 
 Envolve a atividade das vias discriminativas de 
tato, pressão e propriocepção consciente. 
 O corpo do aferente primário discriminativo 
pseudo-unipolar está localizado no gânglio 
espinal da raiz posterior do nervo espinal. 
 Seu prolongamento periférico, constituído de 
fibras grossas mielinizadas A-beta dirige-se aos 
tecidos periféricos, onde termina em forma de 
receptores: discos de Merkel, corpúsculos de 
Meissner, corpúsculos de Vater Pacini e 
terminações nervosas livres dos folículos 
pilosos, que respondem pela sensação de tato 
protopático e epicrítico, pressão e 
propriocepção consciente. 
 A propriocepção consciente ou sentido de 
posição e de movimento (cinesia) é a 
propriedade do sistema nervoso que nos 
permite, sem auxílio da visão, reconhecer a 
posição e os movimentos dasdiferentes partes 
do corpo no espaço. 
 Seu prolongamento curto ou central conduz os 
impulsos de tato epicrítico (tato fino) e 
propriocepção consciente que alcança a medula 
espinal, onde se divide novamente em um 
prolongamento longo e um curto. 
 Prolongamento longo → flete-se 
cranialmente e, passando pelo bulbo e 
pelo tálamo, ascende em direção ao 
córtex somestésico. 
 Prolongamento curto → penetra no 
corno posterior da medula espinal 
onde, em cada segmento, faz sinapse 
com os interneurônios encefalinérgico 
e dinorfinérgicos, cujas fibras 
conectam a membrana pré-sináptica 
do aferente primário nociceptivo. 
 
 O aferente primário nociceptivo foi ativo, mas o 
interneurônio encefalinérgico foi também 
ativado e produziu opiodes endógenos → os 
opioides se fixaram ao receptor opioide da 
membrana pré-sináptica, impedindo que a SP e 
o glutamato fossem liberados para fenda 
sináptica → assim impulso nociceptivo foi 
bloqueado. 
 Impulsos aferentes conduzidos pelas fibras 
grossas mielinizadas A-beta inibem, no nível do 
corno posterior da medula espinal, a 
transmissão dos impulsos eferentes 
nociceptivos conduzidos pelas fibras finas A-
delta e C → principal mecanismos para 
analgesia produzida por massagens, TENS e 
acupuntura. 
Modulação supra-segmentar 
 Vem do sistema analgésico central 
descendente. 
 O trato paleoespinotalâmico, antes de alcançar 
o tálamo, emite numerosas fibras colaterais que 
fazem conexões sinápticas nos níveis bulbar e 
mesencefálicos. 
 Adriane sousa - 2022 
 
 Estimulando a substancia cinzenta 
periaquedutaldo mesencéfalo (PAG), esta 
produz encefalinas que agem sobre o núcleo 
magno da rafe e o locus coeruleus, produzindo 
serotonina e noradrenalina. 
 Caminhando através das fibras 
serotoninérgicas e noradrenérgicas, esses 
impulsos descem pelo sistema analgésico 
central descentente, representado pelo trato 
dorsolateral, estimulam o interneurônio 
encefalinérgico do corno posterior da medula 
espinal que produz encefalinas. 
 Ocorrendo o mecanismo anterior. 
 Atuamos na sensibilização periférica → AINES 
 Atuamos na sensibilização central → usando 
antidepressivos, anticonvulsivantes, opiodes e 
outras drogas. 
 A condução dos impulsos nociceptivos é 
bloqueada por meio dos bloqueios nervos 
terapêuticos e de muitas cirurgias ablativas 
empregadas pela neurocirurgia. 
 Modulação → massagem, acupuntura, 
estimulação da coluna dorsal e opioides. 
ANTI-INFLAMATORIOS NÃO 
ESTEROIDAIS 
 AINES 
 Usados no tratamento da inflamação, da dor e 
da febre. 
 São classificados de acordo sua classe e depois 
com suas características bioquímicas. 
 Características da inflamação: 
 Vasodilatação local e transitória e 
aumento da permeabilidade capilar 
 Infiltração de leucócitos e células 
fagocitárias 
 Resolução, com ou sem degeneração 
tecidual e fibrose 
 Várias moléculas e mediadores estão 
envolvidas no processo de inflamação → 
histamina, a bradicinina, a 5-HT, prostanoides, 
os LT, o PAF e outros. 
 A síntese dos prostanoides está aumentada na 
inflamação → PGE e PGI2 (Prostaciclina) → 
principais mediadores da inflamação → 
reduzem o limiar da dor → sensibilização 
periférica. 
 
 Acredita-se que a reversão da sensibilização 
periférica representa o mecanismo da atividade 
analgésica dos AINES. 
 Os AINES também exercem ações centrais 
importantes na medula e no encéfalo → pois 
tanto a COX 1 como a COX 2 são expressas na 
medula em condições basais. 
 A PGE2, centralmente ativa e, talvez também a, 
a PGD2, PGI2 e PGF2 contribuem para a 
sensibilização central, um aumento na 
excitabilidade dos neurônios do corno dorsal 
espinal, que provoca hiperalsia e alodinia, em 
parte por desinibição das vias glicinérgicas. 
 A sensibilização central reflete a plasticidade so 
sistema nociceptivo que é invocado pela lesão 
→ quando a dor é aguda (pós operatório) isso 
é reversível em horas ou dias, mas em dores 
crônicas ela pode causar alterações persistente 
da arquitetura do sistema nociceptivo, o que 
pode levar a mudanças duradouras na sua 
responsividade, o que contribui para dor 
crônica. 
Mecanismo de ação dos AINES 
 Adriane sousa - 2022 
 Efeito terapêutico → capacidade de inibir as 
prostaglandinas. 
 A primeira enzima na hora da formação das 
prostaglandinas, é a PG G/H-sintase (COX) → 
ela converte o ácido araquidônico em nos 
intermediários instáveis PGG2 e PGH2, além de 
promover a produção de prostanoides TXA2 e 
uma variedade de PG. 
 A COX -1 → constitutiva tem predominância de 
prostanoides para função de manutenção → 
TGI e sistema cardiovascular 
 COX-2 → induzida por citocinas, estresse de 
encilhamento e promotores de tumor é a fonte 
mais importante → mas também tem funções 
importantes na homeostasia, como na PA. 
 
 No controle da dor da inflamação os AINES são 
efetivos → baixa e moderada 
 Embora sua eficácia máxima seja menor que os 
opiodes, os AINE não têm os efeitos 
indesejados deles, como depressão do sistema 
respiratória e dependência física. 
 Os AINES são muito efeitos quando a 
inflamação causa a sensibilização da percepção 
da dor. Ex: pós operatório, porem dor em uma 
víscera oca não é aliviada. Com exceção da dor 
menstrual, visto que as cólicas são causadas 
pela liberação de PG no endométrio. 
 Paracetamol tem ação antipirética e analgésica, 
baixa ação anti-inflamatória→ ele eleva o limiar 
ao estímulo doloroso

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