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Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia Diagnóstico Cardiovascular a Beira do Leito: Anamnese: ● Identificação ○ Nome ○ Idade ○ Sexo ○ Estado Civil ○ Raça ○ Endereço ○ Profissão ○ Nacionalidade ○ Naturalidade ● Queixa Principal - QP ○ Pressão Alta ○ Dor no peito ○ Falta de ar ○ Cansaço ○ Inchaço ○ Palpitações ○ Vertigens ○ Entre outros ● História da doença atual - HDA ○ Início ○ Local ○ Tempo ○ Tipo de dor ○ Evolução ○ Intensidade ○ Resposta a medicamentos ○ Relação com emoções / esforços / posição / rotação do tórax / entre outros ○ Permanente ou transitório ○ Irradiação ○ Sintomas Associados ● História Patológica Pregressa - HPP ● Hábitos de vida ○ Tabagismo ○ Uso de álcool ○ Uso de drogas ilícitas ○ Nível habitual de stress ○ Atividade física ○ Tipo de alimentação Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia ○ Religião ○ Opção sexual ● História Fisiológica ○ Hábitos intestinais ○ Hábitos urinários ○ Ritmo do sono (ronco) ○ Apetite ○ Atividade sexual (?) ● Antecedentes Familiares ○ DCV apenas em familiares de 1º grau, prematura (homens até 55 e mulheres até 65 anos) Exame Físico: ● Inspeção (principalmente pulso venoso) e palpação da região cervical (pulso venosos e pulso carotídeo) ○ Exame do pulso carotídeo (hiperextender a cabeça e lateralizar). Com dedos ? localiza o seio carotídeo (massagem nesse local que contém barorreceptores pode reverter certas arritmias) ● Inspeção e palpação do precórdio (ictus) ○ Ictus cordis: 5º EIC esquerdo LHC (FM). Desloca-se para a esquerda em caso de dilatação do ventrículo esquerdo. Sua palpação pode detectar cardiomegalias ○ Bulhas = podem ser palpáveis se muito hiperfonéticas ○ Frêmitos = palpação de sopros de alta intensidade (3+/4 ou 4+/6) ○ Impulsão paraesternal esquerda: HVD ● Ausculta cardíaca ● Análise do pulso arterial periférico ● Aferição da PA ● Outras análises importantes Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia Análise do Pulso Venoso: Jugular interna possui maior diâmetro (e não tem válvula na sua origem) que a J. Externa. Mas visualmente visualizamos o trajeto da J. externa. Só conseguimos ver a pulsação da interna pelo triângulo mostrado na foto acima; A análise do pulso venoso permite avaliar o funcionamento do coração direito e da válvula tricúspide. Sua análise conjunta com pulso arterial é de grande importância na identificação de várias arritmias cardíacas Análise Pulsos Arteriais: ● É informações do VE ● Normalmente pulso radiais ● Os pulsos a serem analisados: ○ Radiais ○ Femorais ○ Popliteos ○ Pedioso ○ Tibiais posteriores A análise do pulso arterial nos traz informações precisas sobre o funcionamento do ventrículo esquerdo (VE), além de informações precisas sobre a irrigação de cada um dos membros. Pelos pulsos arteriais analisamos: ● Frequência de pulso = na ausência de arritmias, corresponde a FC que deverá estar ao redor de 80 bpt (podendo variar de 60-100 bpm em condições normais, varia de pessoa a pessoa e clínica); Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia ● Ritmo de pulso = que deve ser regular nos indivíduos normais, embora seja comum uma pequena aceleração na inspiração em pessoas jovens (“arritmia sinusal”). Um ritmo irregular sugere a existência de alguma arritmia cardíaca, sendo as mais frequentes as extra-sístoles e a fibrilação atrial. ● Amplitude do pulso = Um pulso muito amplo irá ocorrer na insuficiência aórtica (chamado pulso “em martelo d’agua”). Pulsos difusamente diminuídos (chamado “parvus”) ocorrem na estenose aórtica grave e no choque circulatório. Já um pulso de amplitude diminuída em um único membro (pulso “assimétrico”) sugere doença arterial obstrutiva periférica. Neste caso poderemos sentir a temperatura diminuída na região do membro distal ao pulso pela falta de adequada perfusão sanguínea para aquele local. Inspeção e Palpação do Precórdio: A palpação do “ictus cordis” desviado para a esquerda nos dá o diagnóstico de aumento do ventrículo esquerdo. A palpação do ictus deve ser realizada com o paciente em decúbito lateral esquerdo (DLE). Podemos palpar “choques valvulares” que sempre indicam anormalidades nas valvas cardíacas. A presença de frêmitos sempre indica sopros de alta intensidade, geralmente indicativos de doenças oro-vasculares ou congênitas graves. Ausculta Cardíaca: Uma boa ausculta cardíaca depende de: ● Ambiente silencioso ● Estetoscópio de boa qualidade ● Pavilhão auricular desimpedido (sem cerume) ● Experiência pessoal do examinador Normalmente iniciamos a ausculta pelo foco mitral, pois é onde as bulhas costumam ser mais percebidas. A sequência normal é = foco mitral → aórtico → pulmonar → tricuspide Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia Localização: ● Foco mitral (FM) = quinto espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular ● Foco aórtico (FA) = segundo espaço intercostal direito para-esternal ● Foco Pulmonar (FP)= segundo espaço intercostal esquerdo para-esternal ● Foco Tricúspide (FT) = quarto espaço intercostal esquerdo para-esternal A ausculta cardíaca pode ser composta por vários sons diferentes: ● Bulhas = que são 4 no total B1 / B2 / B3 / B4 ● Estalidos ou clicks = ocorrem em doenças oro-valvulares, que pode ocorrer tanto na sístole quanto na diástole dependendo da valva acometida. Assim um “click de ejeção” ocorre na estenose da valva aórtica e um estalido de abertura é típico da estenose da valva mitral. ● Sopros = indicam turbulência na passagem do sangue através do coração; mas nem sempre indicam patologias. ● Atritos = som indicativo de uma inflamação no pericárdio. A sístole estará localizada entre B1 e a B2 (“pequeno silêncio” por ter uma duração menor), enquanto que a diástole estará localizada entre a B2 e a B1 (“grande silêncio” por ter uma duração maior). A primeira bulha cardíaca (B1) é formada pelas vibrações provocadas pelo fechamento das valvas mitral e tricúspide ao se iniciar a “fase de contração isovolumétrica” do Ciclo Cardíaco. Embora para nós a B1 pareça ser apenas um único som (parece um “tum”), na verdade é um som com dois componentes, pois a mitral se fecha um pouco antes (M1) da tricúspide (T1). A segunda bulha cardíaca (B2) é formada pelas vibrações provocadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar ao se iniciar a “fase de relaxamento isovolumétrico” do Ciclo Cardíaco (parece um “tá”). Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia Aqui também temos a “equação”: A2 + P2 = B2. Entretanto, durante a inspiração, o componente pulmonar se afasta do aórtico o que irá nospermitir ouvir o “desdobramento fisiológico da B2”. Este afastamento ocorre pelo aumento do retorno venoso que ocorre na inspiração fazendo com que maior volume de sangue entre no coração direito levando mais tempo para ser ejetado através da valva pulmonar, atrasando seu fechamento (P2). Existe, ainda, o “desdobramento invertido ou paradoxal” da B2, que ocorre no Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE), por atraso elétrico, e na Estenose da Valva Aórtica, por atraso mecânico no fechamento de A2 Entre no link para escutar as bulhas e melhor entendimento: Ausculta cardíaca normal Já a terceira bulha cardíaca (B3) é formada pelas vibrações provocadas pela chegada de grande volume de sangue (80% do sangue contido nos átrios) aos ventrículos no momento da “ fase de enchimento ventricular rápido ” do Ciclo Cardíaco. São vibrações da baixa amplitude que podem ser ouvidas em crianças e jovens magros, porém sua detecção em adultos geralmente indica graves problemas na contração de um ou dos dois ventrículos (existe B3 do VD e/ou do VE). Geralmente a B3 indica “disfunção sistólica” do ventrículo esquerdo, que ocorre nos infartos extensos e nas “miocardiopatias dilatadas”. https://www.youtube.com/watch?v=NFb3K3I5s7w Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia A quarta bulha cardíaca (B4) é formada pelas vibrações provocadas pela chegada do sangue que ainda estava nos átrios na “fase de sístole atrial” do Ciclo Cardíaco. Possível ser ouvida em criança e adultos jovens, mas sua detecção em adultos geralmente indica problemas no relaxamento ventricular, frequente na hipertrofia do VE (presente em pacientes com hipertensão arterial, estenose aórtica, etc.) e também na isquemia miocárdica (coronariopatas crônicos). As terceira e quarta bulhas, quando audíveis, são intensificadas pelo decúbito lateral esquerdo, pela aproximação com a parede torácica. Entre no link para escutar as bulhas e melhor entendimento: Ausculta cardíaca - Terceira e … Entre no Link para escutar os Estalidos ou clicks e Atritos cardíacos para melhor entendimento: Ausculta cardíaca - cliques, es… Existem inúmeros sopros indicando problemas nas valvas, mas há 4 especialmente importantes devido a sua frequência. São eles: ● Sopros sistólicos: ○ Sopro de insuficiência mitral ○ Sopro de estenose aórtica ● Sopro diastólico: ○ Sopro de estenose mitral ○ Sopro de insuficiência aórtica Entre no Link para escutar sopros cardíacos e para um melhor entendimento: Ausculta cardíaca na estenose… https://www.youtube.com/watch?v=d8jJerXTS38 https://www.youtube.com/watch?v=31oJOIj0hIo https://www.youtube.com/watch?v=KOm8e4rAaC4 Ra ya nn e P ers i Resumo Rayanne Persi - ano 2022 - Ciclo Clínico Cardiologia O atrito está sempre presente nas pericardites agudas. Parece o som produzido quando atritamos dois pedaços de couro um contra o outro. → Outras pontos importantes: É importantíssimo além da avaliação do aparelho cardíaco a avaliação e ausculta do aparelho respiratório , pelo menos a avaliação do murmúrio vesicular, da presença de estertores nas bases, de sibilos inspiratórios é fundamental para o diagnóstico de doenças cardiovasculares. Como também é significativo a palpação abdominal, como a palpação do fígado (hepatomegalia), da aorta abdominal (aneurisma), baço (esplenomegalia) são importantes para o cardiologista. O sinal do piparote em pacientes com ascite indicam insuficiência cardíaca. E avaliação dos membros inferiores , em busca de edemas que indicam insuficiência cardíaca, insuficiência venosa; e da presença do Sinal de Romans indicando trombose venosa profunda.
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