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Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis Patologia conteúdos: 1. Disturbios circulatorios: a) hemostasia e trombose ok b) hiperemia e congestão ok c) hemorragia ok d) edema ok e) embolia ok f) infarto ok g) choque ok h) Isquemia e IC ok EDEMA: Aumento da quantidade de líquido intersticial dos tecidos ou cavidade orgânicos. transudato ou exsudato. Pode ser local ou generalizado (anasarca) Regulação do fluxo normal alteração: aumento da pressão hidrostática, problemas de drenagem e alteração na pressão eco osmótica > Edema microscopia verde: parte preservada, vermelho: células mais afastada, tecido claro entre as células pela presença de líquido edema pulmonar agudo Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis Edema focal na substância branca macroscopia: aspecto brilhoso e aumento de volume hidroperitônio - ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal) pacientes com doença renal geralmente tem edema generalizado Congestão e Hiperemia Aumento da quantidade de sangue dentro do sistema vascular Hiperemia é ativa resultante da dilatação arteriolar e aumento do influxo sanguíneo, como ocorre em locais de inflamação ou no músculo esquelético em exercício. Os tecidos hiperêmicos são mais avermelhados que o normal devido ao ingurgitamento com sangue oxigenado congestão é um processo passivo, resultante do comprometimento do fluxo de saída do sangue venoso de um tecidos (circulação venoso). Os tecidos congestionados têm coloração azul-avermelhada anormal (cianose) originária do acúmulo da hemoglobina desoxigenada na área afetada. Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis aumento dos alvéolos em decorrência do edema seta azul: hiperemia, vasos aumentados cheios de hemácias Pode ser aguda (compressão) e crônica (ICC-pulmão) Pacientes com congestão passiva crônica, além da trombose e quadro degenerativos, pode em alguns orgão estimular fibrose. ex: a cirrose hepática (cirrose cardíaca) INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Lado esquerdo (vermelho): coração insuficiente, não consegue bombear o sangue para fora, chega muito sangue, mas não tem vazão, levando a uma congestão pulmonar, que pode levar também a um edema. Hiperemia passiva localizada Edema + congestão pigmento marrom circulado: macrofagos com pigmento de hemossiderina, proveniente da degradação da hemácia Lado direito: sangue não consegue ir para os pulmões (não sai do ventrículo) mas o sangue venoso continua chegando e como não consegue sair, ele vai regurgitar, levando a congestão sistêmica para fígado, baço etc. Hiperemia passiva sistêmica Vermelho: sinusóides dilatadas - acúmulo de sangue (áreas mais vermelha na micro e pontos pretos na macro) Verde: veia centro lobular Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis Aguda Setas amarelas: Vasos hiper congestos com pigmento de hemossiderina Hemorragia: Saída de sangue dos vasos e coração Causas: trauma vascular, aneurisma e alterações da coagulação Formas de hemorragias: - petéquias - puntiformes - púrpuras - até 1 cm - equimoses - maiores e irregulares - hematomas - aspecto tumoral Hemotórax, Hemopericárdio etc perdas grandes de sangue podem causar choque hemorrágicos, o local da hemorragia também é importante perdas crônicas frequentemente culmina em anemia por deficiência de ferro Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis Petéquias HEMOSTASIA E TROMBOSE A hemostasia normal consiste em uma série de processos regulados que mantêm o sangue em estado fluido, sem coágulos, nos vasos normais, formando ao mesmo tempo e rapidamente um tampão hemostático, localizado no sítio de lesão vascular A contraparte patológica da hemostasia é a trombose, a formação de coágulo sanguíneo (trombo) dentro de vasos intactos Hemostasia primária: Lesão > vasoconstrição temporária > exposição da matriz endotelial > fator de von willebrand promove a adesão plaquetária > ativação plaquetária > produção de ADP e tromboxano A2 > agregação plaquetária Obs: Adesão - ligação de plaqueta com o fator vw agregação: ligação de plaqueta com plaqueta Hemostasia secundária: Liberação do fator tecidual > liga-se ao complexo VII ativado > transforma o fator X em fator Xa > Fator Xa + Va > converte protrombina em trombina > trombina cliva o fibrinogênio em fibrina > polímeros de fibrina ( cola que liga mais forte as plaquetas ao sítio de ligação ) hemácias e leucócitos também podem se ligar a esse sítio Contra regulação antitrombótica: regula o crescimento do trombo para impedir a obstrução do vaso células endoteliais normais produzem ativador de plasminogênio tecidual (TPA) > Transforma o plasminogênio em plasmina > cliva a fibrina > produtos de de degradação de fibrina (PDFs) ex de PDFs: maior quantidade de D-dímeros - maior o número de trombose Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis Cascata de coagulação Via extrínseca: ativada por lesão endotelial Via intrínsecas: formação de complexo em cima de uma superfície carregada negativamente propriedades antitrombóticas 1. efeito inibitório sobre as plaquetas: produção de prostaglandina e óxido nítrico impedem a adesão e agregação produz adenosina disfosfatase que cliva o ADP, importante para ativação e agregação plaquetária 2. Efeito inibitório sobre os fatores de coagulação: produção de mediadores na superfície heparina - aumenta a inativação de trombina trombomodulina - se liga a trombina e faz ela clivar e ativar proteína C inibidor da via tecidual (TFPI) - complexo VIIa e fator Xa Os laboratórios clínicos avaliam a função dos dois braços da via usando dois testes-padrão. - O tempo de protrombina (TP) faz a triagem da atividade das proteínas na via extrínseca (fatores VII, X, II, V e fibrinogênio). Como o fator VII é um fator de coagulação dependente de vitamina K com meia-vida menor (aproximadamente sete horas), o TP é usado para guiar o tratamento dos pacientes com antagonistas de vitamina K - O tempo de tromboplastina parcial (TTP) faz a triagem da atividade das proteínas na via intrínseca (fatores XII, XI, IX, VIII, X, V, II e fibrinogênio. O TTP é sensível aos efeitos anticoagulantes e, portanto, é usado para monitorar sua eficácia Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis TROMBOSE É a formação do trombo (agregado sanguíneos constituído de plaquetas, fibrina e células do sangue) dentro dos vasos, em vida. os trombos arteriais ou cardíacos geralmente em locais de lesão endotelial ou turbulência, já os trombos venosos ocorrem em locais de estase >> cardíacos (murais ou semi-oclusivos) ; arteriais e venosos (oclusivos) trombo x coágulo: o trombo adere ao endotélio vascular, já o coágulo reflete apenas a ativação da cascata de coagulação. Rudolph Virchow - tríade de Virchow: lesão endotelial, hipercoagulabilidade e alteração do fluxo ( estase, lentidão ou turbulência) Lesão > exposição do fator de Von willebrand e fator tecidual > mudança na expressão gênica na célula endotelial > torna pró-trombótica ● Lesão endotelial; Alterações procoagulantes ativação de efeitos anti-fibrinolíticos (diminuição da fibrinólise) ● Alteração do fluxo: turbulência (fluxo caótico), contribui para a trombose arterial e cardíaca, causando lesão ou disfunção endotelial Estase: fator importante no desenvolvimento de trombos venosos A estase permite que plaquetas e leucócitos entrem em contato com o endotélio quando o fluxo é lento. Também retarda a lavagem dos fatores de coagulação e impede a entrada de inibidores do fator de coagulação. ● Estado hipercoagulabilidade tendência anormalmente alta do sangue a coagular, geralmente causada por alterações nos fatores de coagulação importante fator de risco subjacente para trombose venosa distúrbios primários (genéticos) ou secundários (adquiridos) pessoas acamadas no leitos por longos períodos - alto fator de risco para trombose , Infarto do miocárdio e câncer também Aspectos: trombos brancos (fibrinosos): secos, de plaqueta e fibrina, em camadas alternadas com hemácias (linhas de Zahn) - cavidade cardíaca e artéria trombos vermelhos (estase): úmidos, gelatinosos semelhantes acoágulos - Veias Trombos mistos: mais frequente, combinação de branco e vermelho EVOLUÇÃO: Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis trombose recanalizada Trombo arterial: áreas de recanalização (seta negra) e de redes de fibrina (seta verde). A seta amarela mostra uma característica peculiar dos trombos arteriais que permanecem colados à parede do vaso. Observar ainda o adelgaçamento da túnica média do vaso. Trombo venoso mostrando além da recanalização (setas pretas) o desprendimento do trombo com a parede da veia (setas amarelas), que se mostra mais tortuosa que a artéria. Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis Macroscopia EMBOLIA Embolia é uma massa sólida, líquida ou gasosa intravascular transportada pelo sangue desde o seu ponto de origem até um local distante, onde geralmente causa disfunção ou infarto do tecido. A maior parte deriva de trombos partículas estranhas transportadas pelo sangue Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis se alojam em vasos pequenos, resultando em oclusão vascular parcial ou completa consequências primária da embolização sistêmica: Necrose isquêmica (infarto), hipóxia, hipotensão e insuficiência cardíaca Podem ser de 2 tipos principais: Trombofilia pulmonar e sistêmica A) Tromboembolismo pulmonar os êmbolos pulmonares se originam de tromboses venosas profundas o trombo se desprende do vaso e cai na corrente sanguínea êmbolos grandes podem bloquear uma artéria pulmonar e causar morte súbita A obstrução embólica das artérias de tamanho médio e subsequente ruptura do capilar pode causar hemorragia pulmonar Êmbolo na bifurcação da artéria pulmonar Na microscopia é visualizado o coágulo sanguíneo, composto predominantemente por eritrócitos, não aderidos a parede do vaso, de modo a indicar que a o trombo na imagem tenha sido formado em outra região e embolizado pela corrente sanguínea. Podem ser visualizados também focos hemorrágicos que surgem devido à fragilidade da parede vascular após a estagnação do êmbolo. E-êmbolo / H–hemorragia / P–parede vascular Congestão de arteríolas e vênulas por causa da obstrução à passagem do sangue pelo êmbolo pulmonar B) TROMBOEMBOLISMO SISTÊMICO Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis se origina mais frequentemente no ventrículo esquerdo (murais cardíacos), paciente com infarto está em estado de hipercoagulabilidade, por isso é considerado de risco para tromboembolia sistêmica também pode surgir de aneurisma pode subir e chegar na artéria cerebral, por exemplo Embolia gordurosa: lesões por esmagamento de tecidos moles ou ruptura de sinusóides vasculares da medula (fratura óssea) Embolia gasosa: exemplo síndrome da descompressão ISQUEMIA Deficiência no suprimento de sangue de um determinado tecido ou orgão pode ser pela diminuição de oferta ou aumento da necessidade (exercícios físicos) ou os dois como no caso da angina estável causas: diminuição da pressão, obstrução da luz vascular (aterosclerose), aumento da viscosidade sanguínea - eritrocitose e aumento da demanda de O2 Consequência: infarto por exemplo (glomérulo isquêmico) (glomérulo normal) Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis necrose de origem isquémica INFARTO Área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento vascular do tecido afetado embora a trombose venosa possa causar infarto, em orgão de circulação dupla o resultado mais comum é simplesmente uma congestão ( circulação colateral-escape) os infartos causados por trombose venosa geralmente ocorrem apenas em orgão com uma única veia aferente ( ex: testículos e ovários) A cor reflete a quantidade de hemorragia: branco ou vermelha A - vermelho / B - branco infarto vermelho infarto branco Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis mais tardiamente 3-4 semanas as áreas de infarto são substituídas por tecido fibroso ( rosa mais escuro) Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis infarto antigo ^ infarto séptico CHOQUE Estado de hipoperfusão - má perfusão tecidual Há deficiência da troca de nutrientes e gases respiratórios entre os capilares e os tecidos características: diminuição exagerada da pressão hidrostática ou pressão de enchimento capilar (PEC) Não cursa necessariamente, com hipotensão arterial e débito cardíaco diminuído choque pode levar a deterioração tecidual (lesão hipóxia e isquêmica) neurônios e cardiomiócitos não recupera ESTÁGIOS: 1. Estágio não progressivo inicial: mecanismos neuro-humorais ajudam a manter o débito cardíaco e a pressão sanguíneo ( mecanismo compensatórios reflexos) consequência: vasoconstrição periférica, esfriamento e palidez 2. Estágio progressivo: hipoperfusão tecidual, início da piora circulatória, hipóxia tecidual disseminada e produção de ácido lático em excesso 3. Estágio irreversível: lesão celular e tecidual é tão grave que a sobrevivência não é possível choque > condição patológica caracterizada por alterações que ocorrem na microcirculação CHOQUE HIPOVOLÊMICO: causado por uma redução do volume sanguíneo, ocasiona débito cardíaco e diminuição da pressão hidrostática Causas: hemorragias, perda de fluido (vômito, diarreia) Resumo Patologia Geral - Ruanne Russelakis CHOQUE CARDIOGÊNICO: característica principal, baixo débito cardíaco, por causas patológicas, leva a falência da bomba cardíaca. Causa: embolia pulmonar e infarto agudo do miocárdio CHOQUE ANAFILÁTICO: Vasodilatação generalizada e aumento da permeabilidade vascular Causa: alergia mediada pela IgE EDEMA DE GLOT CHOQUE SÉPTICO: infecção grave, vasodilatação generalizada e acúmulo de sangue venoso. mediadores inflamatórios que vão ocasionar lesões teciduais e podem levar a falência de múltiplos órgãos
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