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Retocolite Ulcerativa . Doença inflamatória que atinge preferencialmente a mucosa do reto e do cólon esquerdo, mas, eventualmente, todo o cólon. . Apresenta surtos de remissão e exacerbação caracterizada por diarreia e perda de sangue. Fatores de risco . Pessoas jovens ou de meia-idade. . Homens: 15 e 35 anos e 60 e 70 anos. . Mulheres: 15 aos 35 anos. Fatores de risco . Fatores ambientais . Dieta: bebidas à base de cola, chocolate, açúcar refinado, dietas pobres em fibras e ricas em gorduras, substituição do leite materno por leite de vaca logo após o nascimento por mecanismo de hipersensibilidade, falta de leite materno. . Infecção . Fumo: protetivo - Redução do fluxo sanguíneo na mucosa retal; Diminuição na produção de radicais livres; Efeitos imunossupressores . Genética: gene IBD2 . Fatores imunológicos: a) o microbioma; b) o epitélio intestinal: aumento da per- meabilidade c) a resposta inflamatória: infiltração na lâmina própria de células imunes inatas e células adaptativas Fisiopatologia . Resposta imunológica exagerada da mucosa do cólon a antígenos luminais, possivelmente microbianos, em indivíduos geneticamente predispostos. Classificação: Manifestações extraintestinais: A artrite ou artralgia . Na boca, as lesões são as aftas e acompanham a atividade da doença intestinal. . Eritema nodoso . Envolvimento hepático: astenia, prurido, icterícia, dor abdominal e febre Quadro clínico O início da doença pode ser insidioso ou abrupto, e a evolução é, em geral, crônica, com surtos de exacerbação intercalados com períodos de acalmia. . Diarreia, com inúmeras evacuações por dia, geralmente com fezes líquidas misturadas com sangue, muco pus. . Fase aguda: dor em cólica no abdome, febre, perda de peso e mal-estar geral. Diagnóstico Laboratoriais: anemia ferropriva, leucocitose, aumento do número de plaquetas, hipoalbuminemia, elevação da velocidade de hemossedimentação, dos níveis sanguíneos de proteína C reativa e alfa-1-glicoproteína ácida. Distúrbios eletrolíticos: hipopotassemia, hipocloremia, hiponatremia, alcalose ou acidose metabólica Marcadores sorológicos: Anticorpos contra estruturas citoplasmáticas dos neutrófilos: reflete resposta local a antígenos, próprios da mucosa ou a bactérias. Anticorpos antibacterianos Exames radiológicos . Raios X simples do abdome: Se o cólon estiver cheio de ar, podemos observar encurtamento do órgão, perda das haustrações. Enema opaco: avaliar a extensão da doença, aspecto granuloso da mucosa, erosões e ulcerações, que conferem ao órgão um aspecto característico “em papel rasgado, ou borda de selo”, perdas das haustrações e afilamento e encurtamento do cólon. Exames endoscópicos Retossigmoidoscopia: eritema e edema da mucosa, com apagamento da trama vascular, friabilidade da mucosa, exsudato mucopurulento, com ou sem sangue. Colonoscopia: estabelece a extensão da doença. Não deve ser realizada se houver suspeita de megacólon tóxico, perfuração intestinal e/ou peritonite. Patologia: infiltrado inflamatório agudo e crônico com distorção e perda da arquitetura das criptas, microabscessos, congestão vascular, hemorragias focais e ulcerações. Diagnóstico diferencial: DC, síndrome de má absorção, doenças infecciosas e parasitárias. Tratamento Grave: internados. Reposição hidreletrolítica, transfusão de sangue e suporte nutricional . Dieta, na fase ativa da RCU, deve ser obstipante, evitando-se alimentos irritantes e/ou apimentados, frutas laxativas, raízes vegetais e os carboidratos produtores de gás (leite e grãos em geral). Assim que a remissão da doença for alcançada, o paciente deve receber uma dieta normal, bem balanceada. . Antibióticos nos casos graves, em virtude do aumento da permeabilidade intestinal e da possibilidade de translocação bacteriana: ceftriaxona (1 a 2 g IV, cada 24 h); ou imipeném (1 g IV, cada 6 ou 8 h); ou ciprofloxacino (500 mg VO ou IV, 12/12 h) + metronidazol (400 a 500 mg VO ou IV, cada 8 ou 12 h);