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AULA 10

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Linguística aplicada ao ensino da língua inglesa
Aula 10: Estratégias de Leitura Em Língua Estrangeira e o
Professor de Leitura
Apresentação
É sabida a necessidade de se conhecer uma língua estrangeira na atualidade, em especial o inglês, por ser o idioma mais
compartilhado por quase todos os povos do mundo e veículo de comunicação. Sendo assim, o inglês tem papel de
destaque na vida pro�ssional, acadêmica e pessoal dos indivíduos.
Objetivos
Reconhecer a leitura contextualizada e a predição como processo de percepção no ato de ler;
Conceituar as estratégias de leitura (skimming, scanning, compreensão global do texto e leitura crítica);
Identi�car e reconhecer o papel do professor na aula de leitura em língua estrangeira.
Linguagens
A leitura é um processo no qual a
mente do leitor interage com o
texto numa dada situação ou
contexto. Durante esse processo,
o leitor constrói uma
representação signi�cativa do
texto através da interação de seu
conhecimento conceptual e
linguístico com pistas existentes
no texto.
A leitura é, portanto, um “jogo
linguístico de adivinhação”; o
leitor, ao processar a informação,
efetua as predições mais
con�áveis por meio de processos
cíclicos de estratégias de colheita
de amostragem, predição,
testagem e con�rmação. (TOTIS,
1991).
Como desenvolver, então, as habilidades de leitura ao se ensinar
uma LE?

O leitor competente não lê de forma linear; outrossim busca um signi�cado global daquilo que
lê. O aprendiz de LE deve se conscientizar de que a leitura é um processo ativo de construção
de sentidos a que o leitor chega por meio de antecipações, con�rmações e/ou reformulações
de hipóteses, inferências, utilização de conhecimentos prévios e do uso de informações não
linguísticas (por exemplo, dados iconográ�cos/elementos grá�cos: ilustrações, grá�cos,
tabelas, pontuações, diagramações, tipogra�as, etc.), e não apenas por intermédio da soma
do signi�cado de todas as palavras do texto.
Para se ler bem, não é necessária a compreensão de cada palavra presente no texto, mas a
utilização de estratégias e técnicas de leitura (TOTIS, 1991). 

Entre tais estratégias e técnicas, está a já referida predição (prediction), que envolve as
expectativas que o leitor tem em relação ao texto. O leitor é preparado, mentalmente, para o
ato da leitura, sendo estimulado a pensar sobre o provável assunto do texto antes de ser lido.
Após isso, o leitor compara o conteúdo do texto com as ideias formadas anteriormente à
leitura.
1
Skimming - Leitura rápida para a obtenção do sentido global do texto, captar a ideia geral, “passar os olhos”, “ler na
diagonal”.
2
Scanning - Leitura na qual o leitor busca informação(ões) bastante especí�ca(s) (Ex.: datas, nomes, números). Não há a
necessidade de, nem se deve, ler linha a linha do texto.
3
Compreensão Global do texto - Leitura visando à compreensão da mensagem do texto, tanto em seus aspectos essenciais
quanto nos detalhes.
4
Leitura Crítica - Leitura na qual o aluno é solicitado a apresentar opiniões e julgamentos próprios sobre aquilo que leu e é
estimulado a reagir ao texto em LE do mesmo modo que reagiria a um texto em língua materna.
Outros tipos de estratégia de leitura são (HARMER, 1998 e TOTIS,
1991):
É interessante destacar que Harmer nos aponta seis princípios subjacentes ao ensino da leitura, os quais são importantes para
orientar o trabalho do professor de leitura em LE (adaptado de HARMER, 1998):
Clique nos botões para ver as informações.
Reading is an active occupation. We have to see the pictures the words are painting, understand the arguments and work
out if we agree with them. If we don’t - and if students don’t either - then we just scratch the surface of the text and quickly
forget it.
Reading is not a passive skill 
Students who are not engaged in what they are doing are less likely to bene�t from it.
Students need to be engaged with what they are reading 
It is important to study reading texts for the way they use language, the number of paragraphs they contain and how many
times they use relative clauses. But the meaning, the message of the text, is just as important and we must give students a
chance to respond to that message in some way. Students should be allowed to express their feelings about the topic -
thus provoking personal engagement with it and the language.
Students should be encouraged to respond to the content of a reading text, not just to the language
When we read texts in our own language, we frequently have a good idea of the content before we actually read. Book
covers give us a hint of what’s in the book, photographs and headlines hint at what articles are about and reports look like
reports before we read a single word. The moment we get those hints our brain starts predicting what we are going to
read. Expectations are set up and the active process of reading is ready to begin.
Prediction is a major fator in reading 
Once a decision has been taken about what reading text the students are going to read, it’s necessary to choose good
reading tasks. The most interesting text can be undermined by asking boring and inappropriate questions; the most
commonplace passage can be made really exciting with imaginative and challenging tasks.
Match the task to the topic 
Any reading text is full of sentences, words, ideas, descriptions, etc.. Good teachers integrate the reading text into
interesting class sequences, using the topic for discussion and further tasks.
Good teachers exploit reading texts to the full 
Uma vez que você conheceu as técnicas e estratégias de leitura, vamos ver alguns exemplos de atividades de leitura a serem
desenvolvidas em sala de aula. Reading suggestions (HARMER, 1998):
1
Students read small ads for holidays, partners, things for sale
etc., to make a choice. They amplify the ads into descriptions
(intermediate/advanced level).
2
Students read jumbled instructions for a simple operation
(using a public phonebox, etc.) and have to put the instructions
in the correct order (elementary/intermediate level).
3
Students read a recipe and after matching instructions with
pictures, they have to cook the food (elementary/intermediate
level).
4
Students read an extract from a play or �lm and, after ensuring
that they understand it, they have to work on acting it out (any
level).
Students are given a number of words from a text. In groups, they have to predict what kind of a text they are going to read.
They then read the text to see if their original predictions were correct (elementary/intermediate level).
Students have to match topic sentences with the paragraphs they come from (intermediate/upper intermediate level).
Students read a text and have to guess which of a group of people they think wrote the text (using the pictures provided)
(lower intermediate/advanced level).
Students read a narrative with the end missing. In groups, they have to supply their own ending (intermediate/advanced
level).
Students read a “fact�le” about a country, population, machine or process etc. they have to convert the information into bar
graphs or pie charts (intermediate�advanced level).
Saiba mais
O papel do professor de leitura em língua estrangeira.
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Atividade
1. Na atividade a seguir, há itens relacionados às estratégias de leitura, um dos tópicos da aula de hoje. Quais as características
que você acha que se aplicam a tais estratégias?
Assinale de acordo com a sua opinião, e depois con�ra se suas expectativas correspondem à realidade dessas estratégias de
leitura utilizadas no ensino da língua inglesa.
a) A predição está relacionada às expectativas do leitor em relação ao texto e o leitor proficiente é aquele que tem a compreensão global
do texto, ainda que desconheça determinadas estruturas linguísticas da LE.
b) Scanning é uma estratégia de leitura que permite depreender a ideia global de um texto e O leitor proficiente é aquele que tem a
compreensão globaldo texto, ainda que desconheça determinadas estruturas linguísticas da LE.
c) Skimming é uma estratégia de leitura que permite a detecção de informações específicas de um texto.
d) A predição não está relacionada às expectativas do leitor em relação ao texto.
Notas
Referências
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Publifolha Houaiss, SP, 2008.
BASILIO, Margarida. Teoria lexical. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000.CAMARA Jr. J.M. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1982.
CARONE, Flávia. de Barros. Morfossintaxe. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000.KEHDI, Valter.  Formação de palavras em português.
4.ed. São Paulo: Ática, 2007.
RIBEIRO, M.P. Gramática Aplicada da Língua Portuguesa: uma comunicação interativa., RJ:  Metáfora, 2005.ROSA, Maria
Carlota. Introdução à morfologia. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2003.
VILELA, Mario; KOCH, Ingedore Villaça. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001.
Próxima aula
A leitura contextualizada e a predição como processo de percepção no ato de ler;
Apresentação e conceituação das estratégias de leitura (skimming, scanning, compreensão global do texto e leitura
crítica);
O papel do professor na aula de leitura em língua estrangeira.
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