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3 Gasto Energetico e Fadiga prof Ricardo 2021 1

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FISIOLOGIA DO ESPORTE E DO EXERCÍCIO
4. Gasto Energético e Fadiga
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
✓ A utilização da energia pelas fibras musculares em processo de
contração não pode ser medida diretamente;
✓ Numerosos métodos laboratoriais indiretos podem calcular o
gasto energético em repouso e durante o exercício;
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
✓ Quando o corpo usa energia para realizar trabalho, há liberação de calor.
Essa produção de calor pelas células ocorre via respiração celular
(bioenergética) e trabalho celular. O processo geral pode ser
esquematizado do seguinte modo:
✓ A taxa de produção de calor em um indivíduo é diretamente proporcional à
taxa metabólica. Dessa forma, a mensuração da produção de calor
{calorimetria) de um indivíduo fornece uma mensuração direta d a taxa
metabólica;
✓ Durante o metabolismo da glicose e das gorduras, 40% da energia
liberada é utilizada na produção de ATP;
✓ 60% são convertidos em calor e, portanto, um método de avaliar a
velocidade e a quantidade de produção de energia é medir a produção de
calor corporal;
Calorimetria direta
Wilmore, Costill & Kenney, 2010
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
✓ O metabolismo da glicose e da gordura depende da
disponibilidade de O2;
✓ As quantidades de O2 e CO2, trocados nos pulmões são
equivalentes as quantidades utilizadas e liberadas pelos tecidos
no organismo;
✓ É possível estimar a ingestão calórica por meio da medição dos
gases respiratórios (calorimetria indireta);
✓ O gasto energético é calculado com base na troca respiratória
de O2 e CO2;
Calorimetria indireta
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
✓ Para que o consumo de O2 reflita com precisão o metabolismo
energético deve ser oxidado;
✓ A troca de gases respiratórios é determinada pela medição de volume
de O2 e CO2 que entra e sai dos pulmões durante um determinado
período de tempo;
✓ O O2 é removido do ar inspirado (alvéolos) e o CO2 é adicionado no ar
alveolar (eliminando-o);
✓ A diferença entre o ar inspirado e o expirado informa quanto O2 está
sendo absorvido e quanto CO2 está sendo produzido;
Calorimetria indireta
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
Para o cálculo de VO2 e VCO2 são necessárias as 
seguintes informações:
-Volume de ar inspirado (VI);
-Volume de ar expirado (VE);
-Fração de oxigênio no ar inspirado (FIO2);
-Fração de CO2 no ar inspirado (FICO2);
-Fração de oxigênio no ar expirado (FEO2);
-Fração de CO2 no ar expirado (FECO2);
Cálculo de consumo de oxigênio e da produção de dióxido de carbono
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
O consumo de oxigênio por minuto (L):
VO2 = (VI x FIO2) – (VE x FEO2)
Volume de ar inspirado (VI);
Fração de oxigênio no ar inspirado (FIO2);
Volume de ar expirado (VE);
Fração de oxigênio no ar expirado (FEO2);
Produção de CO2 é calculada pela seguinte fórmula:
VCO2 = (VE x FECO2) – (VI x FICO2)
Volume de ar expirado (VE);
Fração de CO2 no ar expirado (FECO2);
Volume de ar inspirado (VI);
Fração de CO2 no ar inspirado (FICO2);
Cálculo de consumo de oxigênio e da produção de dióxido de carbono
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
Concentrações gasosas dos três gases que compõe o 
ar inspirado é quantificado em:
Oxigênio 20,93%;
Dióxido de Carbono 0,04%;
Nitrogênio 79,03%
Transformação de Haldane
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
-VI equivale ao VE, apenas quando o volume do O2
consumido equivaler ao volume do CO2 produzido;
-VI > VE quando o volume de O2 consumido é
maior que o volume de CO2 produzido;
-VE > VI quando o volume de CO2 produzido é
maior que o volume de O2 consumido;
-O volume de nitrogênio inspirado é igual ao volume de
nitrogênio expirado (permanece constante);
Transformação de Haldane
É a expressão que designa o aumento da tendência do dióxido de carbono de deixar o sangue conforme
aumenta a saturação da hemoglobina pelo oxigênio;
A importância do efeito de Haldane no transporte de gás carbônico é igual ou maior que a importância do
efeito de Bohr no transporte do oxigênio, e os dois tem fundamento muito similar;
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
Equação para Calcular VI com base no VE, chegaremos 
a equação final para determinarmos o VO2:
VO2 = (VE) x {[(1 – (FEO2 + FECO2)) x (0,265)] – (FEO2)}
Transformação de Haldane
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
-Para estimar a quantidade de energia utilizada pelo corpo,
faz-se necessário conhecer o tipo de substrato, que está
sendo utilizado (CBH, AGL ou PTN);
-Seus conteúdos de Carbono e oxigênio diferem muito;
-A quantidade de oxigênio utilizado durante o metabolismo
depende do tipo de combustível que está sendo oxidado;
-A calorimetria indireta mede o VCO2 produzido e o VO2
consumido e a relação entre esses dois valores é
conhecida como índice de troca respiratória (R);
R = VCO2 / VO2
Índice de troca respiratória ou Quociente respiratório
MEDIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
-A quantidade de O2 para oxidar uma molécula de CBH
ou AGL é proporcional à quantidade de Carbono;
Índice de troca respiratória
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Taxa metabólica é a velocidade a qual o corpo utiliza energia;
✓ 1 L/02 = 3,5 Kcal = 1 MET = 3,5 Kcal/ L O2
✓ Em repouso, uma pessoa ~ 70Kg consome ~ 0,3 L de O2/min, que
corresponde a 18 L de O2/h (0,3 x 60 min) ou 432 L de O2/dia (18 x
24h);
✓ Em repouso uma pessoa utiliza uma mistura de CBH e AGL
R=0,80 (tabela 4,1);
Taxa Metabólica Basal em Repouso
Kcal/dia = L de O2 por dia x Kcal utilizada por L de O2
Kcal/dia = 432 L O2/dia x 4,80 Kcal/L de O2
Kcal/dia = 2074/dia
Métodos de Intensidade para Prescrição de Exercícios
Para adultos aparentemente sadios, as atividades físicas de
intensidade moderada e vigorosa são definidas em relação
aos MET:
✓ Leve < 3 MET; (1 MET = 3,5 kcal/LO; Kcal em 3 MET)
= 10,5 kcal/LO2
✓ Moderada sendo definidas como 3 a 6 MET; (6 MET = 21
Kcal/LO2);
✓ ntensidade vigorosa como > 6 MET;.( 8 MET = 28 Kcal/LO2)
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Taxa metabólica basal (TMB), também denominada taxa
metabólica em repouso (TMR), é uma medida padronizada do
gasto energético em situação de repouso;
✓ Corresponde a velocidade do gasto energético de um indivíduo
em repouso na posição deitada, medida imediatamente após
~8h de sono e jejum de ~ 12h;
Taxa Metabólica Basal em Repouso
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ A TMR está diretamente relacionada à massa livre de gordura
(MLG) presente no organismo;
✓ Quanto maior a MLG, maior será o consumo de calorias
consumidas;
✓ A área da superfície corporal também afeta a TMR, quanto
maior a área, maior a perda de calor. A TMR eleva para manter
a temperatura corporal;
Taxa Metabólica Basal em Repouso
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Idade: a TMB diminui gradativamente com o passar do tempo,
em geral pelo decréscimo da MLG;
✓ Temperatura corporal: a TMB aumenta com a temperatura;
✓ Estresse psicológico: aumenta a atividade do sistema nervoso
simpático, aumentando a TMB;
✓ Secreção hormonal: aumentam a TMB;
Fatores que influenciam na Taxa Metabólica Basal em Repouso
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ O exercício aumenta a necessidade de energia para níveis
muito superiores à TMR;
✓ O metabolismo aumenta em proporção direta com o aumento
da intensidade do exercício;
Taxa Metabólica Durante o Exercício 
( ) 
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ A quantidade de energia despendidas em diferentes atividades
varia de acordo com a intensidade e o tipo de exercício;
✓ Na média, um corpo precisa de 0,15 a 0,35 L/O2/min para
satisfazer suas necessidades energéticas em repouso, isso
significa 0,8 a 1,75 Kcal/min;
✓ Qualquer atividade acima dos níveis de repouso aumentará o
consumo diário projetado;
✓ Nível de atividade, idade, gênero, porte físico, peso,
composição corporal, etc., pode aumentar ou diminuir o
consumo diário deenergia;
Custo de Energia de Várias Atividades
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ O limite máximo da capacidade de aumentar o VO2 é chamado
consumo máximo de oxigênio ou VO2máx;
✓ VO2máx é considerado por grande parte da comunidade científica
como a melhor medida isolada de aptidão cardiorrespiratória;
✓ Estudos documentam que o VO2máx aumenta com o treinamento
físico durante um período de 8 a 12 semanas, sendo após
estabilizado em um platô;
Capacidade Máxima do Exercício Aeróbio
Músculos
Circulação
Cardíaca
Pulmões
Vco2
Vo2
.
.
Ins
Exp
Fluxo O2
Fluxo CO2
Produção CO2
Consumo de 
O2
Qco2
Qo2
.
.
30
40
50
60
70
20
100 200 300 400
V
O
2
(m
l.
k
g
-1
.m
in
-1
)
.
Carga (watts)
Sedentários
Ativos
Condicionados
Atletas de 
Endurance
CHF
Intensidade (watts)
0
100 300
V
O
2
(L
/m
in
)
200
3.0
4.0
1.0
2.0
Margaria et al., 1963
Tipos de protocolos de TCPE
Prescrição de Exercícios Versão brasileira do 
Veterans Specifi c Activity Questionnaire
Este questionário tem como objetivo avaliar sua capacidade para realização de atividades diárias
habituais
• 1 MET - Comer e vestir-se. Ficar deitado ou sentado assistindo televisão.
Trabalhar sentado escrevendo, digitar o computador ou falar ao telefone.
• 2 METs - Lavar, passar ou pendurar roupas. Cozinhar, lavar pratos, mudar a
roupa de cama, levar lixo para fora, regar plantas, costurar à mão. Tomar
banho de chuveiro e secar-se (em pé). Caminhar da casa para o carro ou
ônibus. Descer 8 degraus de escada (1 lance). Fazer compras (no mercado, no
shopping). Carregar e arrumar as compras (esforço leve).
DIRETRIZES DO ACSM 2010
• 3 METs - Caminhar devagar (4km/h) sobre uma superfície plana um ou dois
quarteirões (carregando ou não objetos com menos de 10 kg). Realizar
trabalhos leves/moderados: lavar carro, lavar janelas, limpar garagem, varrer
o chão, carregar criança pequena de aproximadamente 7 kg (esforço leve).
• 4 METs - Executar trabalhos leves no quintal (por exemplo: juntar e ensacar
grama ou folhas de árvore). Varrer garagem, calçada ou fora de casa. Cuidar
de idoso ou adulto incapacitado (ex.: ajudar a dar banho). Andar de bicicleta
para trabalho ou lazer (< 16 km/h).
• 5 METs - Dançar socialmente (rápido). Caminhar, terreno plano, superfície
firme, ritmo bem rápido (6,5 km/h). Caminhar carregando um peso entre 0,5 e
7 kg em subidas (ex.: pacote de arroz de 5 kg).
DIRETRIZES DO ACSM 2010
• 6 METs - Fazer faxina. Nadar, em lago, oceano ou rio. Caminhar (7 km/h)
em terreno plano, superfície firme, ritmo extremamente rápido. Mudar móveis
pesados de lugar (arrastar).
• 7 METs - Subir ladeira a pé. Futebol casual. Correr (7,5 km/h) ou nadar, em
velocidade lenta, esforço leve a moderado. Carregar compras escada acima.
Carregar um peso de aproximadamente 30 kg (uma criança)
• 8 METs - Correr 8 km/h, moderadamente, em superfícies planas (7,5
min.km-1), subir escadas rapidamente. Carregar compras e pesos moderados
(7 a 18 kg) subindo escadas.
• 9 METs - Andar de bicicleta em velocidade moderada. Correr 8,3 km/h (7,1
min. km-1). Subir morros com peso de 20 kg.
DIRETRIZES DO ACSM 2010
• 10 METs - Nadar em ritmo acelerado, esforço vigoroso. Subir uma ladeira de
bicicleta. Correr a 10 km por hora (6,2 min. km-1). Futebol competitivo.
Carregar peso entre 22 e 34 kg em subidas.
• 11 METs - Andar de bicicleta em ritmo acelerado e contínuo. Correr 11 km/h
(5,3 min. km-1) ou correr no campo (terreno irregular com subida). Nadar
estilo crawl, velocidade rápida (70 m/min), com esforço vigoroso. Carregar
uma carga pesada (ou seja, uma criança) subindo até 2 lances de escada
• 12 METs - Correr em ritmo acelerado e contínuo (em superfície plana 2 km
em tempo < 10 minutos ou 12 km/h). Ciclismo estacionário (250 W), esforço
muito vigoroso. Carregar peso superior a 34 kg em subida.
• 13 METs - Realizar qualquer atividade competitiva, incluindo aquelas que
envolvam correr a toda velocidade (muito rápido) e de forma intermitente.
Correr a aproximadamente 13 km/h (4,6 min.km-1). Correr ou remar
competitivamente, corridas de bicicleta.
DIRETRIZES DO ACSM 2010
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
Capacidade máxima do exercício aeróbio
Mulheres Homens
Indivíduos entre 
18 e 22 anos 
(VO2max médios)
38 e 42 
mL/kg/min
44 e 50 
mL/kg/min
✓ Depois dos 25 a 30 anos, os valores das pessoas inativas
decrescem cerca de 1% ao ano;
✓ Isso pode ser atribuído a uma combinação de
envelhecimento e estilo de vida sedentário;
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Os métodos mais comuns para a estimativa do esforço
anaeróbio envolvem o exame do consumo excessivo de
oxigênio ou limiar de lactato;
Esforço anaeróbio e capacidade máxima para o exercício 
anaeróbio
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
Déficit de Oxigênio
✓ É a diferença entre o oxigênio total realmente consumido
durante o exercício e o total que seria consumido se tivesse
sido alcançado em ritmo estável de metabolismo aeróbico
desde o início;
✓ Significa o retardo do consumo de oxigênio no início do
exercício;
✓ Indivíduos treinados conseguem atingir o estado estável em
tempo mais curto que indivíduos não treinados;
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ A capacidade do organismo avaliar a necessidade muscular
não é perfeita;
✓ Ao início do exercício aeróbio, o sistema de transporte de
oxigênio (respiração e circulação) não fornece imediatamente a
quantidade necessária de O2 para os músculos ativos;
Déficit de Oxigênio
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Deverão transcorrer alguns minutos até que o consumo de O2
atinja o estado de equilíbrio;
✓ A transição entre o repouso e o exercício chamamos de déficit
de oxigênio;
✓ Apesar da insuficiência de O2, os músculos são capazes de
gerar ATP necessários por meio das vias anaeróbias;
Déficit de Oxigênio
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Na transição do repouso ao exercício leve ou moderado, o
consumo de O2 aumenta rapidamente e atinge um estado
estável de 1 a 4 minutos;
✓ O fato de o consumo de O2 não aumentar instantaneamente
sugere que as vias anaeróbias contribuem para produção global
de ATP no início do exercício;
Transição do Repouso ao Exercício
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Evidências mostram que, no início do exercício, o sistema ATP-
PC é a primeira via energética, seguido pelo sistema glicolítico
e finalmente, pela produção aeróbia;
✓ Após atingido o estado estável a via aeróbia se torna
predominante;
✓ Isso não significa que apenas uma via energética é utilizada;
✓ Há uma mistura dos sistemas metabólicos que funcionam em
sobreposição;
Transição do Repouso ao Exercício
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Durante os minutos iniciais da recuperação, ainda que os
músculos mais ativamente trabalhando, o consumo de O2 não
diminui imediatamente;
✓ Esse consumo excessivo, que em geral exige repouso, tem
sido, tradicionalmente, chamado de débito de oxigênio;
✓ EPOC (elevated post-exercise oxygen consumption), é o
volume de O2 consumido acima do normal com o indivíduo em
repouso;
✓ Depois de alguns minutos de recuperação, a FC e a respiração
retornam aos seus parâmetros de repouso;
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Componente inicial rápido: O2 necessário para reconstrução do
ATP e da PCr, por meio de processos oxidativos, para
reposição das reservas de energia, ou reembolso do débito;
✓ Componente lento: considerado como resultante da remoção de
lactato acumulados nos tecidos, tanto pela sua conversão a
glicogênio como pela oxidação a CO2 e H2O. Desse modo
seria fornecidaa energia necessária para restaurar as reservas
de glicogênio;
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício – Teoria Clássica
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Durante a fase inicial do exercício, parte do O2 é tomada de
empréstimo das reservas de O2 (hemoglobina e mioglobina)
que deve ser reposto durante a recuperação;
✓ Esforço da eliminação de CO2, que se acumulou nos tecidos;
✓ A temperatura corporal fica elevada, o que mantém elevadas as
taxas metabólicas e a frequência respiratória, com isso há
necessidade de mais O2;
✓ Níveis elevados de noradrenalina e adrenalina durante o
exercício têm efeitos similares;
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício – Estudos Recentes
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Representa um acentuado declínio da captação de O2 após o
exercício;
✓ Oxigênio necessário para ressintetizar ATP-PC;
✓ Repor os estoques teciduais de O2 no sangue e nos tecidos;
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício
Porção Rápida – Logo após o Exercício (2 – 3 minutos)
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Representa um lento declínio do O2 após o exercício;
✓ Ressintetizar lactato para glicogênio (ciclo de cori);
✓ Efeitos termogênicos da temperatura central elevada;
✓ Níveis sanguíneos elevados de adrenalina e noradrenalina;
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício
Porção Lenta – (20 – 30 minutos)
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Mioplasticidade;
✓ Início da reposição dos estoques de glicogênio;
✓ Deposição de AA para síntese de enzimas das proteìnas
musculares;
✓ Aumenta a reserva de ATP-PCr;
✓ Aumenta a síntese de mitocôndria;
✓ Aumenta a reserva de mioglobina para depositar O2;
Consumo de Oxigênio Pós-Exercício
Porção muito Lenta – (24 – 48 horas)
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
Em T1, o VO2 das diferentes sessões foi maior que o de R. Durante T2, o VO2 das
situações F, A + F e F + A foi superior ao de R. Em T3, somente A + F resultou em
EPOC. Os resultados indicam que a ordem de execução influenciou o tempo de EPOC.
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓ Ponto no qual o lactato sanguíneo começa se acumular acima
das concentrações de repouso;
✓ Em baixas velocidades de corrida, os níveis de lactato no
sangue permanecem nos níveis de repouso, ou próximo a eles;
✓ A medida que a velocidade aumenta, as concentrações de
lactato aumentam rapidamente;
Limiar de Lactato
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
Limiar de Lactato
•O exercício exige um aumento de consumo de O2 em torno de 20 vezes
para caminhadas, 40 vezes para corridas lentas e 60 vezes para corridas
intensas;
• é quando a o exercício atinge uma intensidade superior `a capacidade
de transporte e entrega de O2 pelo Sist. Card., o metabolismo aeróbico
passa a ser substituído por mecanismos anaeróbios ( ácido lático),
expressos em % de VO2 máx;
•é o ponto no qual o lactato sanguíneo aumenta sistematicamente
durante o exercício graduado;
•O consumo de O2, o Débito de CO2 e a ventilação minuto aumentam
linearmente com a intensidade do esforço até o LIMIAR ANAERÓBIO
•causas para elevação dos níveis de lactato sangüíneo
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
GASTO ENERGÉTICO EM REPOUSO E 
DURANTE O EXERCÍCIO
✓Quanto mais um indivíduo se torna
habilidosos no desempenho de um
exercício, suas demandas de
energia são reduzidas;
Economia de Movimento
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ As sensações de fadiga são diferentes e dependem do tipo de
exercício;
✓ Diminuição do desempenho muscular diante um esforço,
juntamente com sensações gerais de cansaço;
✓ É raro que a fadiga seja causada por um fator isolado;
✓ Os mecanismos da fadiga dependem do tipo e da intensidade
do exercício, de fibras dos músculos envolvidos, nível de
condicionamento e dieta;
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ No fornecimento de energia (ATP-PCr, glicólise anaeróbia e
oxidação);
✓ No acúmulo de subprodutos metabólicos;
✓ Na falha do mecanismo de contração de fibras musculares;
✓ Em alterações no sistema nervoso
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ Os sistemas de fornecimento de energia são uma área óbvia a
ser explorada quando são consideradas as possíveis causas de
fadiga;
Sistemas de Fornecimento de Energia e Fadiga
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ A PCr é utilizada para o reabastecimento de ATP dentro do
músculo;
✓ Durante contrações máximas, a fadiga coincide com a depleção
da PCr;
✓ A ATP sofre depleção em menor velocidade que a PCr, ficando
a capacidade rápida de reposição seriamente comprometida;
Sistemas de Fornecimento de Energia e Fadiga
Depleção de PCr
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ Estudos demonstram a existência de uma correlação entre a
depleção de glicogênio e a fadiga durante um exercício
prolongado;
✓ A velocidade de depleção do glicogênio muscular é controlada
pela intensidade da atividade;
Sistemas de Fornecimento de Energia e Fadiga
Depleção de Glicogênio
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
FADIGA E SUAS CAUSAS
-As fibras individuais recrutadas com maior frequência
durante o exercício podem sofrer depleção de
glicogênio;
-O padrão de depleção do glicogênio de fibras do tipo I
e II depende da intensidade do exercício;
Depleção de glicogênio em diferentes tipos de fibras
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
FADIGA E SUAS CAUSAS
-Além de promover a depleção seletiva do glicogênio
das fibras dos tipos I e II, o exercício pode impor
demandas intensas em grupos musculares
selecionados;
Depleção em diferentes grupos musculares
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
FADIGA E SUAS CAUSAS
-O glicogênio muscular sozinho não pode fornecer
energia suficiente para exercícios que se prolonguem
por diversas horas;
-A glicose sanguínea liberada para os músculos
contribui com bastante energia;
-O fígado degrada seu glicogênio para proporcionar
suprimento constante de glicose para o sangue;
Depleção de glicogênio e glicose sanguínea
FADIGA E SUAS CAUSAS
-Não parece provável que a depleção do glicogênio
cause fadiga direta durante o desempenho de
exercícios de resistência;
-A depleção do glicogênio muscular pode ser a primeira
etapa de uma série de eventos que conduzem à fadiga;
-Há uma necessidade da ocorrência de um certo grau
de degradação de glicogênio para que seja mantido
para manter o sistema oxidativo;
-Com a depleção do glicogênio, o músculo em exercício
passa a depender mais do metabolismo de AGL;
Mecanismos de fadiga com depleção do glicogênio
FADIGA E SUAS CAUSAS
-Pi; que aumenta durante o exercício intenso de curta
duração à medida que PCr e ATP vão sendo
metabolizados;
-Outros produtos metabólicos relacionados à fadiga são:
o calor, o Lactato e os íons de hidrogênios;
Subprodutos metabólicos da fadiga
FADIGA E SUAS CAUSAS
-O gasto energético resulta em uma produção de calor,
parte dele fica retida no corpo causando elevação da
temperatura corporal interna;
-O exercício praticado no calor pode aumentar a
depleção de glicogênio;
-A capacidade de continuar um exercício de intensidade
entre moderada e elevada é afetada pela temperatura
ambiente;
Calor, temperatura muscular e fadiga
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
FADIGA E SUAS CAUSAS
-O ácido láctico, apenas, não é responsável pela fadiga
por si só. Um dos fatores é causado por um
fornecimento inadequado de energia;
-Quando não eliminado, o ácido láctico se dissocia,
convertendo-se em lactato e provocando o acúmulo de
íons de hidrogênio (acidificação muscular / acidose);
-A glicólise anaeróbia geram grandes quantidades de
lactato e íons de hidrogênios no interior dos músculos;
-As células e os líquidos corporais possuem tampões,
como o bicarbonato, que minimizam a influência
destruidora dos íons de hidrogênio;
Ácido láctico, íons de hidrogênio e fadiga
FADIGA E SUAS CAUSAS
-Sem esses tampões, os íons de hidrogênio baixariao
pH até cerca de 1,5, matando a célula;
-A capacidade de tamponamento do corpo, mantém a
concentração de íons de hidrogênio baixa, mesmo
durante um exercício mais intenso, permitindo que o pH
muscular diminua de um valor de repouso de 7,1 para
não menos que 6,6 a 6,4 no momento da exaustão;
Ácido láctico, íons de hidrogênio e fadiga
FADIGA E SUAS CAUSAS
-pH 7,1 corresponde ao valor de repouso;
-pH intracelular abaixo de 6,9 inibe a ação da
fosfofrutoquinase, uma enzima glicolítica, retardando a
velocidade da glicólise e da produção de ATP;
-pH de 6,4, a influência do H interrompe qualquer
decomposição subsequente do glicogênio, promovendo
um rápido decréscimo de ATP causando a exaustão;
-Os íons de hidrogênio pode deslocar o cálcio do interior
da fibra muscular interferindo na contração das
proteínas contráteis;
-Grande parte da comunidade científica concorda que
um baixo pH muscular é a principal causa de fadiga;
Ácido láctico, íons de hidrogênio e fadiga
Adaptado de Wilmore, Costill & Kenney, 2010
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ Evidências sugerem que, sob certas circunstâncias, a fadiga
pode ser resultado da capacidade de ativação das fibras;
Fadiga neuromuscular
FADIGA E SUAS CAUSAS
✓ Liberação ou síntese da acetilcolina, pode ser diminuída;
✓ A colinesterase, enzima que causa a decomposição da Ach,
pode se tornar hiperativa;
✓ A colinesterase pode se tornar hiperativa, inibindo o
relaxamento;
✓ A membrana da fibra muscular pode ficar com o limiar mais
elevado para estimulação dos neurônios motores;
Transmissão nervosa

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