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Contestação em Ação de Cobrança

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__________________________________________________________________________________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, ESTADO DO PARANÁ.
Autos nº.........
JORGE (...), brasileiro, estado civil (...), profissão (...), portador de Cédula de Identidade RG n. (...), inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o número (...), residente e domiciliado na (...), por intermédio de seu advogado (...), com escritório profissional na Rua(...), procuração em anexo, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar sua 
CONTESTAÇÃO
Em face da Ação de Cobrança, movida por MIGUEL (...), brasileiro, estado civil (...), profissão (...), portador de Cédula de Identidade RG n. (...), inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o número (...), residente e domiciliado na Rua (...), pelas razões de fato e fundamentos de direito a seguir expostos:
I – BREVE SÍNTESE
O réu decidiu delegar a gestão de seus bens imóveis ao autor, por meio de contrato de mandato, na qual foi transferido ao autor a outorga de poderes gerais, a fim de extrair os melhores resultados financeiros na administração dos bens. Ficou pactuado no instrumento que, a cada operação de gestão que resultasse lucrativa, o outorgado teria direito à remuneração de 5% (cinco por cento) sobre a receita gerada.
O autor, então, decidiu vender um apartamento do réu, em nome deste, porque Maria fez uma oferta para pagamento de preço apenas 10% abaixo do mercado, colocando-se à disposição para o pagamento à vista, no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). O autor, então, em nome do réu, firmou, com Maria, instrumento particular de compromisso de compra e venda, recebendo um sinal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 
Prosseguindo com a venda, comunicou ao réu acerca da transação finalizada, informando que iria transferir o valor da venda, com a dedução de sua remuneração, compensando os valores.
O réu pediu-lhe que desfizesse o negócio, deixando claro que ele não tem poder para vender seus imóveis, uma vez que não tem interesse em se desfazer deles. Onde o Autor conseguiu desfazer a operação contratual com Maria, mas informou que lhe é devido o valor de 5% da venda (R$ 50.000,00), pelo esforço despendido, fazendo incidir a cláusula de remuneração. Afirmando, ainda, que teve de devolver o sinal, em dobro, para Maria, totalizando R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Solicita, assim, o depósito de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) em sua conta.
Desta forma, indignado com esta situação, o réu não efetuou o pagamento, revogando os poderes concedidos ao Autor.
II – TEMPESTIVIDADE 
	Nos termos do Art. 335 do CPC, a resposta à esta ação ocorreu em conformidade com o prazo de 15 dias úteis, tendo-se por tempestiva a presente contestação.
III – MÉRITO DA CONTESTAÇÃO
A contestação impugna a pretensão do Autor, articulada na inicial, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos.
O Réu e o Autor pactuaram contrato de mandato, na forma do Art. 653 do CC, onde o requerido outorgou poderes gerais ao requerente, a fim de que ele realizasse a administração de seus bens, tal outorga, implica apenas poderes de administração, nos termos do Art. 661, caput, do CC.
Não podendo o Autor alienar qualquer tipo de bem, sem antes a ciência e anuência do outorgante, que se daria por procuração com poderes especiais e expressos, nos moldes do Art. 661, § 1º, do CC.
Neste sentido, a ausência de tais poderes – especiais e expressos – importa exercício exorbitante do mandato, gerando ineficácia do ato em relação àquele em cujo nome foi praticado, na medida que não houve ratificação do ato praticado por parte do Réu, na forma do Art. 662 do CC
Como o Réu não emitiu ratificação, expressa ou tácita, trata-se de negócio jurídico ineficaz perante o mandante, proprietário do imóvel.
Ainda, o mandante só tem o dever de pagar a remuneração ao mandatário na conformidade do mandato conferido, segundo o Art. 675 ou 676 ambos do CC. 
Como a outorga de poderes era exclusiva para administração dos bens imóveis do Réu, não há que se falar em pedido de reembolso do prejuízo que o Autor teve com a restituição das arras, em dobro, à promitente compradora, na medida em que é do mandatário a obrigação de indenizar qualquer prejuízo causado por sua culpa, como preceitua o Art. 667, caput, do Código Civil. 
Portanto, a ação deve ter seus pedidos julgados improcedentes.
IV – DOS PEDIDOS 
· Ante ao exposto, e por questão de justiça, neste ato requerem:
· Improcedência dos pedidos fixados na inicial, na forma do Art. 487, inciso I, do CPC;
· Condenação em custas e/ou despesas processuais;
· Condenação em honorários de sucumbência;
· Protesto pela produção de provas.
Pede deferimento.
Advogado
OAB XXX.XXX

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