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UNIVERSIDADE ESTÁCIO SÁ MAGDA CORRÊA PEREGRINO DOS SANTOS PROFESSOR ANDRÉ LUIZ SANTOS PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO- PRÉ- PROJETO EDUCAÇÃO INCLUSIVA A Educação inclusiva pode ser entendida como uma concepção de ensino contemporâneo que tem como objetivo garantir o direito de todos á uma educação de qualidade. Escola inclusiva é aquela que põe em prática ações para promover a diversidade. Palavra chave: Educação especial, inclusão, diversidade. O QUE É EDUCAÇÃO INCLUSIVA? A Educação inclusiva compreende a educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Preserva a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades, potencialidades do educando. Ela pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas, contemplando, assim as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. Implica a transformação da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção. Os Princípios da Educação Inclusiva. Para que uma prática pedagógica seja realmente inclusiva e não se perca o rumo, é necessário seguir uma referência fundamental, os cincos princípios da educação inclusiva. São eles. 1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação 2. Toda pessoa aprende 3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular 4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos 5. A educação inclusiva diz respeito a todos Para MILLLS (1999) o princípio que rege a educação inclusiva é:" o de que todos devem aprender juntos sempre que possível, levando em consideração suas dificuldades e diferenças”. Além de seguir os princípios da educação inclusiva, é muito importante também garantir verdadeiramente a inclusão e aprendizagem de todos os alunos na escola regular, é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, famílias e profissionais de saúde que atendem as crianças com necessidades educacionais especiais. No Brasil, até a década de 50, praticamente não se falava em educação especial inclusiva, foi a partir de 1970, que a educação especial inclusiva passou a se discutida, tornando-se preocupação dos governantes com a criação de instituições públicas e privadas, órgãos normativos federais e estaduais e de classes especiais. A Declaração de Salamanca (1994) marca o início da caminhada para a educação inclusiva. Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima na classe regular até programas adicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e expandindo, conforme necessário, à provisão de assistência dada por professores especializadas e pessoal de apoio externo. (Declaração de Salamanca, 1994). As leis que garantem a educação inclusiva Constituição Federal (1988) Institui a educação como um direito de todos, independentemente de condição física, intelectual, social, religiosa etc. Portaria Nº 1793, do Ministério da Educação (1994). Trata sobre a inclusão de conteúdos relativos ao processo educativo de pessoas com deficiência e altas habilidades no currículo de formação de professores. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) Define o que é educação especial e assegura que todos os alunos tenham atendimento educacional no Brasil. Decreto Nº 3.298 (1998) Trata da integração da pessoa com deficiência, explicando que a educação especial deve estar presente em todos os níveis de ensino. Resolução do Conselho Nacional de Educação (2001) Fala que as escolas devem matricular alunos sem nenhuma distinção e adequarem- se a quem possui necessidades especiais. Lei 10.436 (2002) Reconhece a Língua Brasileira de Sinais como um sistema linguístico legal de comunicação e que deve ser garantido à comunidade surda. Programa de Acessibilidade no Ensino Superior (2005) Trata de ações que possam garantir o acesso de pessoas com deficiência às universidades e escolas federais. Plano de Desenvolvimento da Educação (2007) Traz recomendações sobre a acessibilidade em prédios escolares, uso de recursos multimídias e formação de professores voltada para o atendimento de alunos com altas habilidades e os mais diversos tipos de deficiências. Plano Nacional da Educação (2014) Fala sobre as metas para a educação brasileira nos próximos dez anos, ressaltando a importância da escola inclusiva. Lei 13.146 (2015) Institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência e vários direitos que possui. Lei 13.409 (2016) Dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnicos de nível médio e superior das instituições federais de ensino. Perspectiva de práticas pedagógicas de uma escola inclusiva. As práticas pedagógicas na sala de aula inclusiva, deve considerar que os conteúdos escolares que são considerados objetos de aprendizagem, devem atribuir significados e contribuir para a construção de conhecimentos para o educando com necessidades especiais. O educador deverá considerar no planejamento suas competências, suas necessidades educacionais específicas e possíveis formas de aprendizagem, reconhecer que cada aluno pertence ao grupo. Dependerá da comunicação e da interação eficaz entre professor-aluno, aluno-aluno, assim como da observação constante durante todo processo de aprendizagem. Segundo VYGOTSKY, é preciso avaliar tanto aquilo que a criança consegue realizar sozinha, quanto o que faz com a ajuda do outro para estabelecer o nível evolutivo e de desenvolvimento da criança. O professor precisa estar ciente de sua capacidade para tornar possível o processo inclusivo, ele deverá buscar novos conhecimentos e melhorar sua formação, aprendendo novas formas de pensar em agir para atender as necessidades de seus alunos. Nesse processo, é preciso lembrar que não deve ter somente á participação do professor, mas também dos gestores, da equipe pedagógica e todos os funcionários da escola, da família, da comunidade, pois para estes alunos terem sucesso em sua aprendizagem, depende da união de toda escola e da família. A inclusão é uma inovação que implica um esforço de modernização e reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas ao assumirem que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado e de como a aprendizagem é concebida e avaliada.(MANTOAN, 2006). Os projetos educacionais inclusivos devem refletir sempre sobre a realidade da educação inclusiva e ao mesmo tempo, propor e construir novos caminhos para a escola em direção a uma educação de qualidade para todos. PROBLEMA DE PESQUISA QUAL A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO DE TODOS OS ALUNOS NAS TURMAS REGULARES? HIPÓTESE Apesar de sermos essencialmente diferentes, nas escolas, continuamos buscando a homogeneidade no agrupamento, na seriação e nas formas de avaliação. Continuamos achando que turmas heterogêneas são um problema e que a escola existe para ensinar aqueles de correspondem á média em termos de desenvolvimento, sem levar em conta que o normal é a diversidade. Precisamos de forma urgente ressignificar o papel social da escola, assumindo o desafio de ensinar todos os alunos, compreendendo-os como diferentes uns dos outros. Não podemos mais continuar planejando as aulas pensando num grupo homogêneo, pois as mesmas estratégias para todos certamente será inadequado para parte deles. O processo de transformação se dá a partir de pequenasações, que ocorrem simultaneamente e desencadeiam mudanças nas práticas, na organização dos sistemas de ensino e na cultura educacional . Portanto, em última instância, depende do compromisso ético de cada profissional, de cada família, de cada escola ou rede de ensino, com uma educação de qualidade para todos. Para fazer a inclusão de verdade e garantir a aprendizagem de todos os alunos na escola regular é preciso investimentos financeiros, fortalecer a formação dos professores e criar uma boa rede de apoio entre alunos, docentes, gestores escolares, família e profissionais de saúde que atendem as crianças com necessidades educacionais especiais. OBJETIVOS GERAIS O objetivo principal é que todos os estudantes tenham direito à educação de qualidade em um só ambiente. Reconhecer que há diferentes gêneros, etnias e classes sociais, e que cada indivíduo é único em termos de aparência, cultura, história de vida e capacidade física e intelectual. JUSTIFICATIVA Até no início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial, ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com uma proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem. A educação inclusiva compreende a educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela oferece a diversidade na medida, em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar. Não existe um caminho único ou uma metodologia que possa ser simplesmente aplicada, nem mesmo uma capacitação que seja suficiente. A educação numa perspectiva inclusiva se efetiva por meio de um processo contínuo e coletivo de reflexão sobre a prática, tendo como base os conceitos de inclusão, igualde e diferença. METODOLOGIA Para embasar esta pesquisa, optou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica qualitativa, buscando refletir a importância de um projeto educacional inclusivo baseado numa construção de valores como respeito ao próximo e a diversidade. Os estudos qualitativos se caracterizam principalmente como aqueles que buscam compreender determinado fenômeno no seu ambiente natural, ou seja, onde eles efetivamente acontecem. Nesse processo conforme elucida KRIPKA, SHELLER E BONOTTO, “A busca por dados na investigação leva o pesquisador a percorrer caminhos diversos, isto é utiliza uma variedade de procedimentos e instrumentos de constituição e análise de dados”. Em particular neste trabalho, a partir da abordagem qualitativa, propõe-se discutir a sua análise levando em consideração a pesquisa bibliográfica. Bibliografia Declaração de Salamanca. Ministério da educação http://bibliodigital.unijui.ed.br http://www.uniube.br http://novaescola.org.br http://iparadigma.org.br http://todospelaeducacao.org,br http://diversa.org.br http://portal.mec.gov.br http://blog.unyleya.edu.br http://todospelaeducacao.org,br/ http://diversa.org.br/
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