Buscar

Portfólio de Tainar Barros: Trajetória na Medicina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Memorial 01 
Em 2010, cheguei ao município de Palmas, para tomar posse do meu primeiro emprego como servidora pública estadual. Lotada no Hospital Geral Público de Palmas como enfermeira, recém-formada. Nessa cidade acolhedora conheci meu marido, Alírio Felix e com ele tive meus três filhos; Sara Vieira, Amanda Vieira e Gabriel Vieira e um pet chamado, Bucky. Minha história com a medicina começa em simultâneo com a enfermagem, casamento e filhos, pois foi durante esses eventos que descobri como é cuidado médico no hospital.
Nessa época, a assistência de alta complexidade no pronto-socorro foi o setor onde iniciei minha carreira na enfermagem e pude colocar em prática os conhecimentos adquiridos na graduação. Ao longo dos anos, a experiencia profissional permitiu que eu atuasse em outros setores dentro do HGPP, como o centro cirúrgico, área de internação, sala amarela, sala verde. Depois dessa temporada no Hospital precisei otimizar o tempo de qualidade com os meus filhos e seguir a trajetória no hemocentro de Palmas, ambulatório hematológico no qual fiquei por 4 anos. 
Após esse marco, decidi me afastar do trabalho na enfermagem para executar objetivos que estavam guardados há muito tempo. A partir dessa premissa e motivada com o meu hobby: o treino de musculação e dieta para tal fim, escolhi fazer nutrição na ideia de atuar como nutricionista. Comecei a segunda graduação e cursei até o sexto período de nutrição, fase em que a oportunidade de estudar para os vestibulares de medicina veio com uma bomba, na minha vida.
Assim, no final de 2020 fiz meu primeiro vestibular concorrendo a uma vaga para unidade do grupo AFYA, em palmas. O resultado foi uma desclassificação e um tremendo choque de realidade para recomeçar a estudar o conteúdo do ensino médio, através de metodologias ativas. Somado a isso, o cuidado com os filhos, casamento, casa e demandas de urgências, durante a crise sanitária de covid-19.
Dessa forma, apesar das dificuldades e do tempo transcorrido até a data da aprovação conseguir vencer meus próprios monstros. No ano de 2023, mais precisamente, no dia 6 de fevereiro iniciei mais uma caminhada longa, cheia de desafios e surpresas. Estou muito feliz espero conseguir uma boa formação médica baseada nas atualidades de mercado, juntamente, com a cunho social que o exercício da medicina necessita, ou seja, cuidado humanizado. Nos primeiros dias de aula, a palestra com o mágico me deixou reflexiva quando em um dos seus truques, ele trabalhou a gratidão. Essa palavra resume muito bem, esse pequeno texto sobre minha trajetória.
Memorial 02 
Competências gerais:
 
Desenvolver os conhecimentos, habilidades, e atitudes relacionados ao cuidado e enfrentamento das necessidades de saúde do individuo, da família e da sociedade, por meio das ações de promoção da saúde; prevenção e tratamento das doenças e agravos; e reabilitação
 
Competências especificas:
 
· Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de transformação social;
· Dominar os conhecimentos científicos básicos da natureza biopsicosocioambiental subjacentes à prática médica e ter raciocínio crítico na interpretação dos dados, na identificação da natureza dos problemas da prática médica e na sua resolução;
· Reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência entendida como conjunto articulado e continuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
· Diagnosticar e tratar corretamente as principais doenças do ser humano em todas as fases do ciclo biológico, tendo como critérios a prevalência e o potencial mórbido das doenças, bem como a eficácia da ação médica;
· Lidar criticamente com a dinâmica do mercado de trabalho e com as políticas de saúde;
ENCONTRO I - 10/02/2023 
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptora: 	Lilian
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago e Guilherme
Local:	Unidade de saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Conhecer a UBS como cenário de prática e agenda dos profissionais e instruções para elaboração do portfólio.
No estágio de hoje, a preceptora Lilian, nos recebeu em um dos consultórios da Unidade Saúde da Família (UBS) da 712 sul. O nosso grupo é composto por quatro pessoas: eu, Thiago Alves, Giovana Campos e Guilherme Lopes, equipe pequena e com boa relação interpessoal. Objetivo da atividade prática foi baseado no conhecimento da unidade, subsídios para a construção do portfolio, assim como, a importância da avaliação diária no cenário das aulas práticas.
Antes de iniciar as atividades do dia, notei que a recepção já estava lotada de pessoas aguardando atendimento. Esse fato me chamou atenção, pois os moradores da área adscrita usam com frequência os serviços oferecidos na unidade de saúde. Outro destaque que presenciei foi uma sequência de louvores e depois uma breve oração feita por voluntários, o que levou a uma interação de boa parte das pessoas, entre funcionários e pacientes.
A partir desse momento, a preceptora Lilian se apresentou e nos recebeu em um dos consultórios médicos da UBS. Nessa perspectiva, ela nos mostrou o mapa do postinho, as divisões das equipes de saúde e o fluxo de atendimento, já que nesse em dia, em especial, a unidade estava com bastante pacientes. Na oportunidade, a preceptora explicou também, sobre os atendimentos médicos e perguntamos sobre atendimentos especializados, em especial do NASF.
Após essa interface, nós perguntamos sobre os casos mais atendidos na UBS e os desafios com o acompanhamento da comunidade. O crescimento vertical, segundo a enfermeira Lilian dificulta os trabalhos dos agentes de saúde que precisam fazer o cadastramento das famílias e não encontram os moradores. Nesse percurso de reconhecimento da comunidade e território, as doenças mais prevalentes são: hipertensão arterial e diabetes mellitus e demandam acompanhamento a alongo prazo.
Portanto, esse encontro trouxe um elo entre, o que discutido em sala de aula sobre os sistemas de saúde mundiais e a realidade vivenciada na UBS da 712 sul. Segundo, a Calvalcanti e Neto 2015, a atenção primária dispõe de uma assistência que produz e efeito para além do curativo, pois da equipe da saúde da família promove o fortalecimento do médico da família no contexto de educação em saúde.
Referência:
CAVALCANTI, Pauline Cristine da Silva; NETO, Aristides Vitorino de Oliveira; SOUZA, Maria Fátima. Quais são os desafios para a qualificação da Atenção Básica na visão dos gestores municipais?. Saúde debate 39 (105) Apr-Jun 2015 • Disponivel em https://doi.org/10.1590/0103-110420151050002323
ENCONTRO II- 24/02/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor: 	David Leal 
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago e Guilherme
Local:	Unidade de saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Conhecer as funções do agente comunitário de saúde com base na PNAB.
A prática de hoje foi conduzida pelo preceptor David e o objetivo dessa ação está elencada dentro das propostas de IESC: reconhecer a atuação do agente comunitário de saúde e sua relação com o trabalho na equipe de saúde de ESFs. Segundo a política nacional de atenção básica (PNAB), o ACS:
· Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; 
· Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados 
· Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
· Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
· Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde.
Monitorar permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde.
Essas funções listadas colocam o agente de saúde como peça fundamental para o acompanhamento das famíliasvinculadas ao território definido. Assim, o precpetor de estágio fez uma apresentação pessoal e depois pediu que algumas ACs dialogassem conosco sobre o impacto da estratégia saúde da família em suas regiões de acompanhamento. O tutor orientou que fizéssemos perguntas que ajudassem na compreensão da assistência médica na saúde pública e ainda leitura sobre o PNAB.
Depois dessas considerações as Acs: Elizângela e Valéria entraram na sala e a pedido do preceptor iniciaram suas falas sobre o trabalho diário de acompanhamento e cadastro das famílias. As duas agentes de saúde nos passaram que trabalham dentro das ESFs a bastante tempo e que de modo geral gostam de promover saúde no âmbito da atenção básica, pois segundo elas o atendimento feito é voltado para a demanda da comunidade além disso, a demanda espontânea não fica desassistida.
Outra relevância no discurso das trabalhadoras de saúde, está relacionada com aumento dos números de famílias cadastradas e o quanto isso converge para a implementação de mais uma ESFs. Perguntei também, sobre os casos prevalentes na comunidade: predomínio de HAS e DM; Baixa cobertura vacinal em crianças por COVID-19; aumento dos números de pacientes acamados; População de idosos é grande precisa de cuidados a longo prazo; visita domiciliar médica é baixa; pacientes com distúrbios psiquiátricos tem aumentado; necessidade de mais equipes de ESF pois, ambas as Acs já ultrapassaram o limiar preconizado pela lei.
Dessa forma, esses apontamentos demonstram a relevância do monitoramento das famílias para estabelecer o melhor atendimento médico frente as demandas das comunidades. As atribuições do médico da atenção básica incluem assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias da USF quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários. (TESSER, TEIXEIRA 2011).
Nessa roda de conversa, o preceptor David fez uma explanação sobre a ambulatoriazação na Ubs. Tal fato, me deixou reflexiva, no relato do enfermeiro, os Conselhos de Saúde não são implantados, pela falta de interesse da comunidade e as ações de promoção em saúde tem baixa adesão por parte da sociedade civil. Exemplo desse último fato, são os casos de transtorno mental (depressão, ansiedade, síndrome do pânico) que tem aumentado na UBs gerando mais atendimento médico e encaminhamentos (caso haja necessidade) para o NASF (núcleo Apoio á Saúde da Familia). A sobrecarga das equipes e a prioridade na doença torna facultativo, as medidas que promovam saúde (atenção psicossocial), ou seja, atuar no horizonte clínico, onde não existe a doença/transtorno.
Por fim, as atividades desenvolvidas no campo do estágio foram impactantes para o diagnóstico situacional da unidade. As falas das ACS e do preceptor consolidaram ainda mais, o que incialmente foi discutido em sala de aula, sobre os Determinantes Sociais das Doenças (DSS), dentro do processo saúde-doença. A prática de hoje retratou que apesar da resolutiva do atendimento médico com os pacientes, é necessário estratégia que impulsionem a educação em saúde. 
Referências:
BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasilia, 2012. Disponivel:chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf.
 
Dalcanale Tesser, Charles; de Carvalho Teixeira, Beatriz Saúde mental na atenção básica: estratégias de implantação a partir de uma experiência Saúde em Debate, vol. 35, núm. 88, enero-marzo, 2011, pp. 83-95 Centro Brasileiro de Estudos de Saúde Rio de Janeiro, Brasil
ENCONTRO III- 10/03/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor: 	David
Grupo: 	Tainar, Giovana, Guilherme, Thiago
Local:	Unidade de Saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Discutir a diferença entre promoção da saúde e prevenção de doenças e realizar uma visita aos espaços de ações em promoção da saúde.
No encontro de hoje, o preceptor David iniciou com elogios com as prévias dos portfólios entregues, por alguns integrantes da turma. Na sua abordagem elogiou a perspectiva da construção e ainda, elencou mais algumas orientações sobre o design e respondeu as dúvidas. A partir desse momento, abordagem foi direcionada para dialogamos sobre a prevenção no contexto da atenção primária em saúde e a intersetorialidade da UBS.
Essa perspectiva foi subsidia, com um texto base fornecido pelo preceptor, onde os níveis de prevenção foram conceituados. A leitura dessa fonte bibliográfica introduzia o assunto e incitava as opiniões de cada integrante do grupo, por meio da visão prática do trabalho médico, na Unidade Básica de Saúde. Essa análise também evidenciou o termo prevenção quaternária, com o horizonte de combate a mercantilização da saúde, temática desenvolvida na aula de IESC, com a professora Lorena Dias.
Nesse sentindo, o preceptor mais uma vez elogiou nossa contribuição, pois o desdobramento quaternário instigou-o a buscar mais sobre o assunto. O rendimento da reunião seguiu para reflexões, quanto á aplicabilidade dos níveis de prevenção, na rotina dos Agentes de Saúde (ACs) e a importância de se trabalhar qualidade de vida no processo saúde-doença. 
Essa premissa ensejou argumentações no grupo sobre cuidados básicos de higiene, água potável, moradia digna, bom salário como recursos que promovem saúde. Em contrapartida elencamos também que as políticas públicas existentes são recursos que devem utilizados pelos ACs, durante o monitoramento das famílias. Dessa forma, no âmbito da seguridade social, as populações mais vulneráveis têm garantias que devem ser ofertadas.
Em outra análise, o preceptor David, destacou sua experiência como promotor em saúde. As condutas não-farmacológicas, como atividade física regular, controle do peso e continuidade do tratamento médico trouxe para alguns pacientes ganhos na qualidade de vida. As mudanças nos hábitos de vida, por exemplo garantiu que um dos pacientes com obesidade, HAS de difícil controle perdesse peso e por consequência disso, a pressão arterial reduziu. Esse hábito saudável mudou a vida desse paciente pois a ingesta de medicação também drasticamente diminuída elevando autoestima e expectativa de vida.
Entretanto, essa ferramenta de promoção em saúde tem seus desafios devido a longitudinalidade do cuidado na atenção primária. O atributo da longitudinalidade, característica central da APS, é entendido como o aporte regular de cuidado pela equipe de saúde e seu uso consistente ao longo do tempo em uma relação mútua. Essa relação mútua é tão necessária para elaboração de condutas terapêuticas pois contempla o individuo no seu contexto biopsicossociail, econômica e cultural. Fato esse distante do cenário atual, pois a filosofia mercadológica da saúde conduz a assistência médica para condutas por vezes apenas biológicas, e a sociedade prefere condutas terapêuticas a curto prazo (OLIVEIRA; PEREIRA 2015).
Depois dessa sequência de apontamentos seguimos para uma visita ao território da unidade básica de saúde. Conhecemos a região acompanhada pelo preceptor e sua equipe de saúde da família assim como atores importantes para ações em saúde pública, como igreja assembleia, delegacia da mulher, centro apostólico. Essas Instituições estão presentes no território e trabalham de maneira específica frente as demandas da comunidade.
Portanto, o encontro de hoje foi dinâmico ao relacionarmos os níveis de prevenção com a rotina das equipes de saúde e com o território da comunidade, conforme a lei 8080 discuti. A sociedade ainda carece de informações sobre essa grande ferramenta que é a prevenção em saúde, no contexto de qualidade de vida. Entender o processo saúde-doença envolve acompanhamento da comunidade e isso envolve disponibilidade das ESF e interesse da população.
Referência:
BRASIL, Lei 8080 de 19 de setembro, 1990. Dispõe sobre a organização do Sus. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
Oliveira, Maria Amélia de Campos; PEREIRA, IaraCristina. Atributos Essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da família. Rev Bras Enferm. 2013;66(esp):158-64.
ENCONTRO IV- 24/03/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor: 	David
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago, Guilherme
Local:	Unidade de saude da 712 Sul
Objetivo: 	Fazer o cadastramento de família junto com o agente comunitário de saúde e discursório os determinantes sociais de saúde.
O encontro de hoje foi totalmente prático, pois realizamos uma visita domiciliar para cadastramento junto com os agentes comunitários de saúde na microárea de atuação deles. Nessa ação contamos com mentoria do preceptor, David, que nos passou as orientações técnicas, dividiu os subgrupos e das ACS (colocar os nomes) para execução da atividade prevista na estratégia Saúde da Familia.
O objetivo desse cadastramento feito durante as visitas domiciliares pelos agentes comunitários de saúde, com o CPF do paciente ou o Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) garante o monitoramento e a continuidade do cuidado da população. Por meio da análise do perfil epidemiológico do território, os determinantes sociais são analisados e a sua compreensão possibilita ações de cuidado e resposta às reais necessidades de saúde da população, além de auxiliar na diminuição das vulnerabilidades, das iniquidades em saúde e concorrer para promoção da justiça social (BRASIL, 2012).
A partir disso, seguimos para o campo de prática e inicialmente abordamos uma casa que segundo as, ACS, os moradores haviam mudado recentemente. Entretanto, no horário comercial não tinha pessoas na casa e diante disso abordamos outra residência. Dessa vez, a senhora Meire nos atendeu pois segundo as ACS, a paciente é parceira da UBS e quando solicitada recebe com satisfação a ESF da 712 sul.
Nesse momento, eu e acadêmica Giovana fizemos a entrevista com base nas fichas que nos apresentada na UBS e pelas ACSs. Os instrumentos foram duas fichas: Cadastramento Domiciliar e Individual para preenchimento e reconhecimentos dos determinantes sociais, como situação econômica, social, etnica, psicológica e comportamental. Com isso, fizemos as perguntas e prontamente fomos respondidas, assim como, durante esse processo fomos conhecendo a história de vida da senhora Meire que na ocasião estava de luto, pela perda recente do marido.
Portanto, a prática de hoje foi produtiva pois executamos o cadastro das famílias através de duas fichas: cadastro domiciliar e individual. Essa atividade prática permitiu o reconhecimento dos determinantes sociais inseridos no contexto familiar e ainda os desafios relacionados o acompanhamento da comunidade feita pelas ACSs.
Referência:
BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, 2012. Disponivel:chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf.
ENCONTRO V - Reposição - 14/04/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor:	David Leão
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago, Guilherme
Local: 	Unidade de saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Entender o papel e o funcionamento do alho local e municipal de saúde.
A importância dos Conselhos de Saúde e das Conferências de Saúde foram os principais objetivos da prática. Estabelecer uma conversa sobre as diretrizes que norteiam esses instrumentos de participação popular e ainda relacionar com a experiencia local na UBS DA 712 SUL foram o clímax da roda de conversa entre o preceptor, David com o nosso grupo.
O controle social é uma garantia prevista na lei 8.142/90, segunda lei orgânica de saúde, publicada em 28 de dezembro de 1990. Nessa lei está prevista o funcionamento das conferências e conselhos de saúde e o percentual de representantes que devem participar no cotidiano do SUS. O objetivo dos instrumentos de controle social é formular estratégias para controlar, avaliar a execução da política de saúde. A participação popular é uma garantia histórica da sociedade brasileira resultado constitucionalização da saúde. 
A partir disso o preceptor começou a narrar as experiências pessoais com os conselhos de saúde, no percurso da sua trajetória profissional. Os conselhos quando estão em atuação ajudam com as implementações que visam a melhoria do sistema de saúde, porém as questões políticas e as crises sanitárias enfraqueceram a participação da sociedade no SUS.
Esses desafios na esfera política estão relacionados com a corrupção do sistema que infelizmente, dificulta o bom andamento dos conselhos de saúde. Segundo o preceptor, alguns participantes dos conselhos recebem de maneira indevida, recursos financeiros ou bonificações em troca de favorecimentos com as demandas discutidas nas reuniões dos conselhos. Outra situação que impactou negativamente os conselhos de saúde foi a pandemia pelo coronavirus que diminuiu o interesse da comunidade de participar da rotina controle do SUS.
Diante disso, atualmente a UBS da 712 sul não tem um conselho de saúde resultado da falta de interesse das pessoas em debater as demandas de saúde no território em que estão inseridos. Essa realidade em conjunto com a ambulatorização, da UBS, diminuiu as ações de educação de saúde pois, o foco maior está no atendimento resolutivo da Atenção Primária, dos adoecimentos demandados na região.
Portanto, o controle social é uma garantia legal da sociedade, por meio dos conselhos e conferências de saúde. Entretanto, a corrupção e a crise sanitária mundial pelo coronavírus diminui o alcance dos conselhos. Essa realidade, de baixa atuação dos aparelhos legais para participação social deve ser considerada na prática clínica do médico, pois o desconhecimento dos determinantes sociais da comunidade pode levar reincidência de doenças e um plano terapêutico com baixa adesão.
Referência:
Brasil. Lei 8142/90 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade no SUS. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm
ENCONTRO VI 12/05/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor: 	David Leão
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago, Guilherme, Raquel e Izadora
Local:	Unidade de saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Entender o que é uma notificação compulsória e o fluxo das notificações, investigação, preenchimento das fichas.
A aula prática de hoje foi fundamentada na importância da notificação compulsória dentro do aspecto vigilância epidemiológica. A partir das análises sobre territorialização, a vigilância epidemiológica promove a detecção e prevenção de doenças e agravos transmissíveis a saúde e seus determinantes sociais. O monitoramento dos agravos de saúde é atribuições obrigatórias e deve ser realizada pelos profissionais de saúde ou pelos responsáveis dos estabelecimentos de saúde. 
Diante disso, no nosso encontro o preceptor nos explicou sobre o Sistema de Agravos de Notificação (SINAN), que tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados. As notificações geram dados para os órgãos complementares e isso resulta em medidas de promoção, proteção e controle dentro do processo-saúde doença. As patologias de grande impacto para a saúde pública como, dengue, hanseniase, sífilis estão listadas, juntamente, com a periodicidade da notificação e elas são de notificação obrigatória.(BRASIL, 2009)
No decorrer da palestra foi apresentado o fluxo de preenchimento e encaminhamento da notificação da UBS da 712 sul. No geral, a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelos profissionais de saúde ou outro profissional responsável pela unidade de saúde, no momento do atendimento, em até 24h. Outra pode ser feita semanal, notificar o caso a cada 7 dias. A notificação é feita por intermédio de uma rede informatizada e cada esfera do governo (União, Estados e Municípios) tem suas atribuições definidas. 
Os dados que são gerados no município advêm da coleta e consolidação das informações nos municípios. Após isso, os dados são encaminhados para as unidades federativas observando os fluxos e prazos estabelecidos pelo União. Nessa hierarquização, o governo federal recebe essas informações e faz a compilação dos dados, provenientesdos municípios. Além disso, o governo federal também presta apoio técnico aos municípios para a utilização do SINAM e faz a divulgação das informações e análises epidemiológicas (BRASIL, 2007).
Portanto, o controle dos agravos de saúde por meio da sistematização do SINAN é eficaz no controle de doenças com impacto na saúde pública. As medidas de saúde, levam em consideração, não somente a clínica envolvida, mas também a necessidade de avaliar os determinantes sociais inseridos no contexto da patologia. 
Referências:
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 816 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan: normas e rotinas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. 68 p. : il.– (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0098_M.pdf
ENCONTRO VII 12/05/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor: 	David Leão
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago, Guilherme, Raquel e Izadora
Local: 	Unidade de saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Realizar o levantamento da situação sócio sanitário por meio de análise dos cadastros domiciliares (e-SUS e NOTIFICASUS) de uma microárea.
Nesse segundo momento, da aula prática fomos divididos em grupos menores (Tainar, Thiago e Izadora) para construirmos uma análise dos determinantes sociais. O preceptor nos forneceu: Relatório de Cadastro Domiciliar e Territorial e pediu para transformamos os valores brutos em percentuais, e a partir disso, elaboramos a análise crítica dos dados sobre a quadra 504 sul. 
Essa síntese reflexiva exigiu de nós um conhecimento prévio sobre os determinantes sociais, análise de indicadores e correlação dos determinantes sociais com o processo saúde-doença. O texto foi apresentado para o preceptor e o memso fez suas considerações durante o processo de construção textual.
Análise crítica dos determinantes sociais da quadra 504 Sul:
Predominância de domicílios com 278 moradias, destas, 112 (40%) possuem imóvel próprio. Desses 159 (57%) residem em imóvel alugado e 5 (1%) vivem em moradia cedida.
Na totalidade a população que reside na área urbana, da 504 sul, tem acesso a 100% de área pavimentada, 100% tem casa com revestimento em alvenaria, disponibilidade de energia, água, esgoto tratado e lixo coletado. Nesse grupo, 6,8% vivem em apenas um cômodo.
Na região adscrita, 29% possuem animais domésticos, sendo 69 (24%) gatos ou cachorros. A renda familiar da área é de meio salário-mínimo em uma família, um salário-mínimo em 36 famílias (12%), dois salários-mínimo em 40% das famílias, três salários mínimo em 61 famílias (22%), quatro salários mínimo em 44 famílias (16%) e acima de quatro salários mínimo em 10 famílias (3%), sendo que 10 famílias não informaram a renda.
Nessa análise da área cadastrada 1% possui vulnerabilidade quanto à moradia por residirem em imóvel cedido e 6% moram em apenas um cômodo. Essa condição está relacionada à pobreza e assim essas famílias não conseguem cuidar da saúde de forma adequada por morarem em um cômodo ou mesmo tendo a possibilidade de ser despejados a qualquer momento no caso do imóvel cedido.
Na perspectiva de animais domésticos, caso a família não faça o acompanhamento vacinal dos cães e gatos podem desenvolver doenças impactando no DSS familiar. As principais doenças são toxoplasmose, leishmaniose visceral, raiva, verminoses e infestação de pulgas e carrapatos.
Sobre a renda familiar o destaque está nas famílias que sobrevivem com um salário-mínimo ou menos. A desigualdade financeira limita o acesso à saúde, pois compromete a alimentação, higiene, educação dentre outros fatores correlacionados.
Por fim, a relevância dos determinantes sociais de saúde estão os DSS, pois eles são fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. As condições sociais afetam a saúde e são considerados fatores relevantes tanto na fase preventiva quanto na fase curativa do adoecimento. Avaliar as circunstâncias sociais que o individuo está inserido potencializa a conduta médica e promove saúde no nível da atenção básica (MARCHIORI, BUUS).
Referências:
MARCHIORI, Paulo; FILHO, Buus Alberto Pellegrini. A Saúde e seus Determinantes Sociais. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/physis/a/msNmfGf74RqZsbpKYXxNKhm/?format=pdf&lang=pt
ENCONTRO VIII 19/05/2023
Horário: 	08:00 às 09:40
Preceptor: 	David Leão
Grupo: 	Tainar, Giovana, Thiago, Guilherme, Izadora e Luís
Local: 	Unidade de saúde da 712 Sul
Objetivo: 	Conhecer as interfaces do e-SUS e aplicabilidade de cada uma (registros, de visitas, consultas, atividades coletivas, prontuário eletrônico). 
	
Nosso último encontro teve como meta discutir uma ferramenta bastante produtiva, dentro da assistência na atenção primária, o prontuário eletrônico. Essa simulação realística foi intermediada pelo preceptor que usou o seu login e senha de acesso para navegar na rede. Com o CPF de um dos integrantes do grupo foi possível destrinchar a ferramenta e perceber as funcionalidades dentro da prática clínica do postinho da 712 sul.
O e-SUS AB é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica (DAB) para reestruturar as informações da Atenção Básica (AB) em nível nacional. Segundo Brasil, (2017), a estratégia do e-SUS objetiva informatizar Sistema Único de Saúde (SUS). Essa ação está alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) do Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população. 
Essa ferramenta eletrônica do prontuário corrobora para um dos atributos ad APS que é a coordenação do cuidado. A disseminação de informações sobre o paciente ainda é escassa nas unidades de saúde e isso compromete a longitudinalidade do acompanhamento clínico durante o ciclo de vida do indivíduo. 
A Coordenação do cuidado, deve qualificar o uso da informação na gestão e o cuidado em saúde na perspectiva de integração dos serviços de saúde. 
Nessa perspectiva conhecemos durante a navegação no e-Sus, o cadastro do paciente, dados clínicos, a avaliação do paciente dentro da SOAP que é um método usado para organizar as notas de evolução no atendimento ao cidadão, é uma forma prática e padronizada de registro, organizada em quatro O método SOAP, usado para organizar as notas de evolução no atendimento ao cidadão, é uma forma prática e padronizada de registro, organizada em quatro itens sequenciais: S(subjetivo); O (objetivo); A(avaliação); P(plano). Essas premissas devem ser investigas durante a avaliação clínica e devem está registradas no prontuário eletrônico. (BRASIL, 2017).
Apesar de todo esse avanço dentro da linha de atuação da APS, o prontuário eletrônico apresenta alguns desafios, como a falta de integração dos sistemas de saúde. Conforme discutido na aula prática entro o grupo de acadêmicos e o professor David, a falta de equipamentos, conectividade são alguns exemplos dos obstáculos vivenciados na rotina do e-SUS.
Por fim, o diálogo resultou na análise clínica e na impressão de algumas fichas que concretizaram a simulação realística naquele momento. A atividade me ajudou a entender a ferramenta on-line SUS suas potencialidades e as fragilidades que são passiveis de ajustes dentro da prática clinica da APS.
Referências:BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. e-SUS Atenção Básica: Manual do Sistema com Coleta de Dados Simplificada: CDS – Versão 3.0 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria-Executiva. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 110 p. : il. – (Série E. Legislação em Saúde)
	Integração Ensino Serviço e Comunidade
	2

Continue navegando