Buscar

QUEIMADURAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Camila Carminate - MEDCEL 
Queimaduras 
Grande frequência – extremos de idade 
Perda de integridade fisiológica da pele (permeabilidade capilar, 
metabólica, imunológica) 
Distúrbio hidroeletrolítico/desnutrição/infecção 
Agentes físicos, químicos, radiação e eletricidade 
CLASSIFICAÇÃO 
Quanto a profundidade da lesão 
- espessura da lesão 
- espessura total 
1º GRAU 
Compromete apenas 
a epiderme 
Apresenta eritema, 
calor e dor 
Não há formação de 
bolhas 
Evolui com descamação em poucos dias 
Regride sem deixar cicatrizes 
Há pouca repercussão sistêmica 
2º GRAU 
Compromete totalmente a epiderme e parte da derme 
Apresenta dor, eritema, edema, bolhas, erosão e ulceração 
Há regeneração espontânea 
Ocorre reepitelização a 
partir dos anexos 
subcutâneos 
A cicatrização é mais lenta 
(2 a 4 semanas) 
Pode deixar sequelas, como discromia (superficial) e cicatriz 
(profunda). 
3º GRAU 
Acomete todas as 
camadas da pele, 
inclusive a subcutânea, 
podendo lesar tendões, 
ligamentos, ossos e 
músculos 
É indolor 
Causa lesão branca ou marrom, seca, dura e inelástica (branca 
nacarada). 
Não há regeneração espontânea, necessita de enxertia 
Eventualmente, pode cicatrizar, porém com retração das bordas 
FISIOPATOLOGIA DAS LESÕES TÉRMICAS 
Aumento da permeabilidade capilar 
Extravasamento de plasma para o extracelular 
Edema 36 horas 
Hipovolemia 
Vasoconstrição 
Hemoconcentração 
Aumento da frequência cardíaca 
Alterações cardíacas 
Histamina, serotonina, prostaglandinas, cininas 
Diminuição da pressão oncótica intravascular 
Aumento da pressão coloide extravascular 
Aumento da viscosidade sanguínea 
 
2 Camila Carminate - MEDCEL 
Desnutrição e diminuição da meia-vida de células vermelhas 
ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS 
Liberação de substancias vasoativas 
Perda de líquidos e proteínas para o extravascular 
Edema (36 a 48h) 
Diminuição de debito cardíaco 
ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 
Perda de plasma inicial 
Perda da massa eritrocitária (8 a 12% ao dia) 
Desvio do metabolismo proteico – menor produção de hemácias 
– maior produção de fibras para cicatrização 
ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS 
Início – padrão endócrino catabólico, níveis elevados de glucagion, 
cortisol e catecolaminas, e níveis diminuídos de insulina e tri-
iodotironina (T3) 
Após hidratação – inversão e início de anabolismo 
ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS 
Íleo paralitico – mais de 25% da área queimada 
3º ao 5º dia retorno a peristalse 
ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS 
Principal causa de morte – infecções 
Perda da barreira natural da pele 
Necrose 
Depressão imunológica 
AVALIAÇÃO INIC IAL 
VIA AÉREA E VENTILAÇÃO 
Gravidade – tempo de exposição/temperatura 
Fonte de queimadura (calor/químicos/elétrico) 
Possibilidade de inalação 
Lesões associadas (explosões/quedas) 
O queimado é um politraumatizado. 
Hipóxia – causa mais frequente de morte no incêndio – 50% das 
vitimas 
Intoxicação por CO – formação de carbo-hemoglobina (HbCO) – 
afinidade 200 vezes maior que o oxigênio. 
Cefaleia, náusea, vômito, acidose, sonolência. 
Administração de O2 a 100% - reduzir a HbCO para <20% 
Lesões térmicas de via aérea superiores: 
- relacionadas a queimadura de face e tórax 
- lesão por inalação 
- primeiras 2 a 4 horas 
- observar sinais de lesão por inalação 
- queimaduras de cílios e face – estridor 
- escarro carbonáceo = intubação precoce 
Lesão de via aérea baixa: 
- inalação em ambientes fechados 
- pneumonia química, semelhante a SARA 
- processo inflamatório irritativo 
- fechamento dos bronquíolos e atelectasia 
- intubação precoce 
- lesão grave – ventilação mecânica >96h 
- RX de tórax – edema difuso 
- manter oxigenação e limpeza de via aérea. 
VENTILAÇÃO 
Vitimas de explosão 
- pneumotórax: simples, hipertensivo e aberto. 
Queimaduras circunferenciais no tórax – limitação constritiva, 
carapaça – escarotomia 
CIRCULAÇÃO 
Perda de proteção da pele 
Perdas para o 3º espaço 
Reposição volêmica mais 
agressiva 
2 acessos calibrosos 
periféricos 
Importância saber a 
extensão da área queimada 
Desconsiderar áreas de 
queimaduras de 1º grau 
 
3 Camila Carminate - MEDCEL 
Regras para estimar área queimada 
Formula de Parkland = 2ml x kg x SAQ 
24h – 1ª metade nas 8h da queimadura 
Eficácia – debito urinário 
- adultos: 0,5 a 1ml/kh/h 
- crianças: 1ml/kg/h 
- 2ml/kg/SAQ acima de 14 anos 
- 3ml/kg/SAQ menores de 14 anos ou 30kg 
- 4ml/kg/SAQ área de queimadura elétrica 
NEUROLÓGICO 
Confusão mental 
Perda de liquido 
Hipotensão 
Explosões ou lesões elétricas: TCE? 
Avaliação neurológica 
- Glasgow 
- Pupilas 
Estabilidade hemodinâmica: previne lesão secundaria 
EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO H IPOTERMIA 
Exposição e prevenção de hipotermia 
Calcular a área queimada 
Classificar o grau de queimadura 
Remoção de roupas e agentes térmicos 
Resfriamento com água fria – lesões pequenas 
Envolver a vitima com toalhas secas 
Queimadura elétrica – remover vitima da fonte de energia 
queimadura química – irrigação exaustiva 
TRATAMENTO ESPECÍFICOS 
ANTIBIOTICO 
Principal causa de morte – infecção 
Remoção precoce das escaras e cobertura com enxertos de 
pele 
Grandes queimados – falta de áreas doadoras 
Recomendação – antimicrobianos tópicos 
ANTIMICROBIANOS TÓPICOS 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
Sulfadiazina 
de prata 
Indolor 
Visibilidade na ferida 
Fácil uso 
Mantem mobilidade 
Neutropenia 
Acetato de 
mafenida 
Boa penetração 
Visibilidade na ferida 
Sem resistência bacteriana 
Mantem mobilidade 
Dor 
Droga de 2ª escolha 
Hipocalemia 
Inibição da anidrase 
Carbônica pulmonar 
Nitrato de 
prata a 
0,5% 
Não causa hipersensibilidade 
É indolor 
Não tem resistência 
bacteriana 
Pouca penetração na escara 
Descoloração da ferida 
Troca várias vezes/dia 
Hiponatremia e hipocalemia 
TRATAMENTO CIRURGICO 
EXCISÃO E ENXERTIA DE PELE 
Após estabilização 
Debridamento do tecido queimado inviável 
Padrão ouro – excisão tangencial do tecido queimado e cobertura 
cutânea imediata 
NUTRIÇÃO NO QUEIMADO 
Estado catabólico – necessidade proteica 
Formula de curreri e luterman 
25kcal/kg + 40kcal x % 
Íleo paralitico – 20% dos pacientes 
Ulcera gástrica pelo estresse – ulceras de curling 
Profilaxia com protetor gástrico 
QUEIMADURA ELÉTRICA 
Porta de entrada e saída 
 
4 Camila Carminate - MEDCEL 
Dano muscular – compartimento – mioglobinúria 
Arritmias transitórias – dano real 
Fasciotomia / diurese osmótica / alcalinização da urina 
QUEIMADURA QUIMICA 
Ácidos / álcalis / fenol / fósforo 
Geralmente mais profundas do que parecem 
Ácidos – dor, ulceração e necrose 
Álcalis – mais comuns – mais profundas 
- necrose de liquefação e coagulação 
Tratamento – lavagem abundante 
INDICAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA 
2º e 3º grau >10% SCQ 
2º e 3º graus, com lesões funcionais ou na face, nas mãos, nos 
pés, na genitália, no períneo e nas articulações maiores 
3º grau em qualquer idade 
Queimaduras elétricas 
Queimaduras químicas 
Lesão inalatória 
Queimadura circunferencial 
Paciente com doenças associadas 
Queimadura associada a trauma 
Hospital sem condições ou pessoal especializado

Continue navegando