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Doenças Respiratórias em Suínos - Laravet studies

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DDooeennççaass RReessppiirraattóórriiaass eemm SSuuíínnooss 
RRiinniittee AAttrróóffiiccaa:: 
Afecção do trato respiratório superior, de evolução progressiva 
e crônica, caracterizada por atrofia/perda dos cornetos nasais, 
desvio do septo nasal e consequente deformidade do focinho. 
 Redução no ganho de peso; 
 Alta transmissibilidade; 
 Doença endêmica - frequente nas criações confinadas em 
todo mundo; 
 Compromete animais na faixa de 3 a 8 semanas de 
idade 
 Portadores/fontes de infecção: suínos infectados 
 Gatos, ratos e coelhos. 
Agentes etiológicos envolvidos: 
 Rinite Atrófica Não Progressiva: bactéria Bordetella 
bronchiseptica; 
 Rinite Atrófica Progressiva: bactéria Bordetella 
bronchiseptica associada à Pasteurella multocida tipo D - 
toxigênicamais raramente, a tipo A. 
 Sinergismo entre as duas bactérias 
 Ambas as bactérias são produtoras de toxinas 
dermonecróticas: aderem-se às células da mucosa 
nasal, multiplicam-se e produzem toxinas 
 Haverá uma alteração de estrutura nasal 
 As bactérias irão promover o desvio de septo nasal e 
a destruição dos cornetos nasais; 
 A deformidade das estruturas nasais modifica o fluxo 
de ar inspirado, elimina a barreira protetora física, 
permitindo que as partículas suspensas no ar entrem 
no aparelho respiratório, favorecendo distúrbios 
secundários. 
 Perda parcial dos ossos das conchas nasais - duas a três 
semanas após a infecção 
Transmissão: 
 Via de transmissão: horizontal direta e indireta 
 Via de eliminação: secreções respiratórias 
 Porta de entrada: trato respiratório 
 
 Contato de suíno para suíno ou através de aerossóis 
 Porcas infectadas transmitem a doença às suas 
leitegadas, por contato nasal 
 Os leitões infectados são fontes ativas de infecção para 
outros suínos suscetíveis e disseminam a infecção nos 
reagrupamentos realizados no desmame e no início do 
crescimento. 
Manifestações clínicas e lesões: 
 Inicialmente: espirros, corrimento nasal seroso ou 
mucopurulento obstrução do canal lacrimal; 
 Com a progressão: há desvio do focinho para um dos lados 
e/ou encurtamento do mesmo, com formação de pregas 
na pele que o recobre; 
 Pode ocorrer epistaxe associado aos acessos de espirros; 
 Pode aparecer braquignatia superior; 
 Prejuízo na conversão alimentar e retardo na taxa de 
crescimento. 
 
 NECROPSIA: exame das conchas nasais de leitões após o 
corte transversal do focinho, entre o primeiro e o segundo 
dentes pré-molares; será feita a avaliação do grau 
 
 Graus de rinite atrófica: 
 grau 0: sem sinais 
 grau 1: alteração leve; 
 grau 2: moderado desvio de septo nasal, com 
moderada destruição de cornetos; 
 grau 3: grave ou completa 
 
Diagnóstico: realizado com base nas manifestações 
clínicas, exame anatomopatológico dos cornetos nasais e 
isolamento 
 Isolamento à partir de swabs nasais para Bordetella, e 
swabs de amígdalas para Pasteurella. 
 Pode-se usar também Elisa ou PCR 
 
Tratamento: antibiótico - cultura e antibiograma 
 Base de sulfametazina; administração de tetraciclina 
(doxiciclina) na ração 
 
 
 
@@LLaarraavveett..ssttuuddiieess 
Prevenção e controle: 
 DESMAME PRECOCE: antes dos 21 dias de vida, entre o 
10o e 16o dia (proteção via imunidade passiva). 
 Biosseguridade; 
 All in all out; 
 VACINAÇÃO (vacinas contendo p. Multocida e b. 
Bronchiseptica, além de toxóides) 
 
 Programa de vacinas: 
 Duas doses: aos 60 e aos 90 dias de gestação 
 Porcas: uma dose aos 100 dias de gestação 
 Os cachaços devem ser vacinados duas vezes, com 
intervalo de aproximadamente duas semanas. 
 
 LEITÕES: aos 7 e 21 dias de idade. 
 
PPlleeuurrooppnneeuummoonniiaa SSuuíínnaa:: 
Pneumonia hemorrágica necrosante e pleurite provocada por 
toxinas 
 Ocorre em quase todos os países; 
 Afeta animais no desmame até o abate; 
 Prejuízos econômicos elevados: 
 Mortalidade baixa (variável com a idade, cepa, carga 
infectante...), mas baixos índices zootécnicos; 
 Custos associados à terapêutica e profilaxia; 
 Condenação no abate 
 Não é zoonose 
Agente etiológico: 
Bactéria Actinobacillus pleuropneumoniae 
 Bastonete gram-negativo pertencente à família 
Pasteurellaceae 
 Existem 2 biotipos e 15 sorotipos - divididos em subtipos 
 Não provoca imunidade cruzada 
 Patogenicidade: produção de toxinas chamadas de apx 
 Tipos apx-1, apx-2, apx-3, apx-4: capazes de causar 
graves lesões em pulmão e pleura – com toxicidade 
diferentes 
 Período de incubação: 3 horas 
 Os animais adultos infectados podem transportar o 
microrganismo por vários meses sem sinais clínicos. 
 
Transmissão: 
 Via de transmissão: somente horizontal; contato direto 
e veículos/fômites - secreção nasal e aerossol 
 Via de eliminação: secreções respiratórias 
 Porta de entrada: sistema respiratório 
Principais Manifestações clínicas: 
 Febre; 
 Corrimento nasal com sangue, tosse e espirros; 
 Dispneia – orelhas cianóticas; 
 Prostração e inapetência; refugagem e desuniformidade do 
lote 
 NECROPSIA: 
 Aderência da pleura em gradil costal: irá causar 
condenação parcial da carcaça - aparência amarelada 
 Lesões encapsuladas em pulmão 
 Fatores que contribuem: 
 Mudanças bruscas de temperatura; 
estresse/movimentação de animais; mudanças 
nutricionais; produção contínua (sem vazio sanitário); 
alta densidade; outras doenças pulmonares. 
 
Diagnóstico: isolamento da bactéria (cultivo a partir do 
pulmão), imunoflorescência, Elisa, PCR. 
 
Tratamento: antibiótico - cultura e antibiograma para 
saber qual é o sorotipo; resistência 
 Penicilina, sulfamidas, florfenicol, gamitromicina 
Prevenção e controle: 
 Biosseguridade; 
 Protocolo vacinal 
 Existem 2 tipos de vacinas que podem ser utilizadas: 
 Vacinas com bactérias inativadas; 
 Vacinas contendo toxóides: vacina mais utilizada 
devido ao custo menor 
PPlleeuurrooppnneeuummoonniiaa EEnnzzooóóttiiccaa:: 
Doença crônica infecciosa que acomete o sistema respiratório 
de suínos 
 Caracteriza-se por tosse persistente 
 Não é zoonose 
 
 
 O curso da infecção é lento e se manifesta, 
principalmente, em animais na fase de crescimento e 
terminação 
 PREJUÍZO: 
 Retardo do crescimento; atraso no ganho de peso; 
 Gastos com medicamentos; 
 Alta morbidade e baixa mortalidade; predisposição a 
infecções secundárias; 
 Depreciação das carcaças 
 
Agente etiológico: 
Bactéria Mycoplasma hyopneumoniae 
 Único hospedeiro/suscetível: suínos domésticos e 
asselvajados 
 Cepas com baixa capacidade de aderência aos cílios não 
são patogênicas 
Transmissão: 
 Via de transmissão: horizontal - contato direto com 
suínos afetados ou por aerossóis/veículos 
 Via de eliminação: secreções respiratórias 
 Porta de entrada: sistema respiratório 
 
 Após aderir-se aos cílios da traqueia, brônquios e 
bronquíolos, paralisa e destrói estas estruturas, pré-
dispondo os suínos a infecções secundárias. 
Principais Manifestações clínicas: 
 Tosse crônica; 
 Corrimento nasal mucoso; 
 Refugagem e desuniformidade do lote; 
 
 Se houver infecções secundárias, os sinais clínicos são mais 
graves: 
 Aumento da tosse, dispneia, febre e prostração 
 
 NECROPSIA: 
 Lesões de consolidação nos lobos do pulmão: aspectos 
de hepatização do tecido pulmonar - coloração que 
varia do roxo ao cinza 
 Haverá uma delimitação do pulmão 
 O agente pode ser detectado em pulmões que não 
apresentam lesão 
 Se estiverem presentes, levam à condenação do órgão no 
momento do abate. 
Diagnóstico: imuno-histoquímica, Elisa ou PCR 
 
Tratamento: antibiótico - cultura e antibiograma 
 melhoram quadro clínico e lesões 
 tetraciclinas, macrolídeos, lincosamidas, pleuromutilinas, 
fluoroquinolonas e aminoglicosídeos 
 
Prevenção e controle: 
 Biosseguridade e manejo; 
 All in all out; 
 Diminuição de estresse; 
 Qualidade de aeração e espaço; 
 Limpeza e desinfecção; 
 Aclimatação; Evitar mistura de lotes; 
 Quarentena 
 
 Isolamento das granjas, controle e desinfecção de 
veículos são ferramentas fundamentais. 
 
 VACINAÇÃO: 
 Não previne a colonização epitelial e nem reduz a 
transmissão do agente; 
 Utilizada para diminuição da prevalência dos sinais 
clínicos e lesões pulmonares; 
 Pode ser aplicada a partir da 3° semana de vida 
do animal, período em que há queda da imunidade 
passiva transmitida das matrizes para os leitões 
 O protocolo deve ser definido com base na situação 
sanitária de cada granja. 
 Deve ser considerada também a vacinação de 
marrãs de reposição 
 DESMAME PRECOCE: desmame do leitão antes dos 
21 dias de vida 
 Tentativa de impedir a transmissão de patógenos 
conhecidos da matrizem à leitegada.

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