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MAIS RAZÕES PARA TEMPERAR ÍNDICE 1. Contextualizando Ervas e Especiarias .............................. 03 1.1. Propriedades Nutricionais Gerais ............................................... 04 2. Diferenças entre ervas e especiarias desidratadas e frescas 05 3. Sobre a Kitano – Da fazenda para a sua mesa ................... 08 4. Pitada de sabor e saúde no Plano Alimentar com Kitano .... 11 4.1. Açafrão-da-terra/Cúrcuma (Curcuma longa) ............................... 11 4.2. Alho (Allium sativum L.) ......................................................... 13 4.3. Canela (Cinnamomum verum) .................................................. 14 4.4. Cebola (Allium cepa L.) .......................................................... 15 4.5. Chimichurri ......................................................................... 16 4.6. Cominho (Nigella sativa L.) ..................................................... 17 4.7. Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum L.) .................................. 18 4.8. Curry .................................................................................. 19 4.9. Gengibre (Zingiber officinale R.) .............................................. 20 4.10. Louro (Laurus nobilis L.) ....................................................... 21 4.11. Manjericão (Ocimum basilicum L.) ........................................... 22 4.12. Orégano (Origanum vulgare) .................................................. 23 4.13. Páprica doce (Capsicum annuum L.) ......................................... 24 4.14. Pimenta-do-reino preta (Piper nigrum L.) ................................. 25 4.15. Salsa (Petroselinum crispum) ................................................. 26 1. CONTEXTUALIZANDO ERVAS E ESPECIARIAS Há muito tempo o ser humano explora o sabor das ervas e especiarias e, graças às grandes navegações, elas puderam ganhar o mundo, transformando os pratos e a saúde! Aqui no Brasil, a maior parte desses temperos vieram junto com os portugueses, fazendo parte da culinária brasileira.¹ As ervas e especiarias são definidas como qualquer parte de uma planta usada na culinária devido às suas propriedades aromáticas.² Além disso, usualmente as ervas e especiarias ainda podem ser divididas, para fins didáticos, em: FOLHAS são as ervas, como salsa, alecrim, manjericão, sálvia. ESPECIARIAS são principalmente as sementes, raízes, rizomas e cascas, como a canela, cúrcuma e o cravo. PIMENTAS agregam picância e/ou aguçam o sabor das preparações, tendo, principalmente, como exemplos a pimenta-do-reino preta, pimenta-do-reino branca e a páprica doce. MIXES combinação de ervas e especiarias! Alguns exemplos são o chimichurri e o tempero baiano. Especiarias RAÍZES, RIZOMAS, CASCAS, BAGAS, BROTOS, SEMENTES, ESTIGMAS E FLORES Exemplos: Cravo, canela, cúrcuma, gengibre. Ervas FOLHAS Exemplos: Salsa, cebolinha, orégano, alecrim. 1.1 Propriedades Nutricionais Gerais Muito além de dar sabor às preparações, as ervas e especiarias também podem enriquecer nutricionalmente os pratos, por fornecerem compostos bioativos, naturais do metabolismo dessas plantas, como flavonoides, taninos, alcaloides e diterpenos fenólicos.⁴ Dessa forma, são grandes aliadas para a manutenção de uma dieta equilibrada. A literatura científica demonstra que as propriedades terapêuticas das ervas e especiarias se dão pela presença desses fitoquímicos, os quais podem atuar como estimulantes digestivos, exercerem ações antibacteriana, anti- inflamatória, antiviral, anticancerígena, hipolipidêmica, antidiabética5,6 e moduladoras de vias ativadoras da termogênese e biogênese mitocondrial⁷. Além das propriedades apresentadas pelos seus fitoativos, o uso desses alimentos ainda pode favorecer a redução do consumo de sal nas preparações. O sal é utilizado, principalmente, com foco na melhora das propriedades sensoriais dos alimentos; já as ervas e especiarias podem ajudar na redução de seu uso, uma vez que esses temperos dão sabor, além de favorecerem a salivação e ativar as papilas gustativas, da mesma forma que o sal, melhorando a percepção de sabor.11 Ponto relevante, uma vez que o consumo excessivo de sódio está relacionado com o aumento de risco de prejuízos à saúde, como o aumento da pressão arterial.⁸ As ervas e especiarias podem ser grandes aliados na manutenção de uma dieta equilibrada, seja pelo seu conteúdo de compostos bioativos e nutrientes, como também pelo seu potencial de favorecer o consumo de alimentos in natura/minimamente processados de maneira prazerosa, resultado num contexto de riqueza nutricional ainda maior! A recomendação é que seu consumo seja frequente e diário, para se atingir as quantidades necessárias dos compostos benéficos que elas podem agregar. Essa ingestão diária pode ser simples de ser atingida, afinal esses temperos podem ser consumidos ao longo de todo o dia, e em diversas ocasiões de consumo - do café da manhã às refeições principais e lanches intermediários, e de acordo com o gosto, afinal há diversas opções de sabores e combinações.3-10 2. Diferenças entre ervas e especiarias desidratadas e frescas As ervas e especiarias desidratadas são apenas o resultado da desidratação ou secagem das ervas frescas, sendo essa a principal diferença entre elas. Enquanto as frescas são mais sensíveis, apresentando menor tempo de conservação, as desidratadas têm uma maior durabilidade, o que as tornam excelentes opções para ampliar a diversidade de receitas e sabores no cardápio. Por terem maior shelf life e, consequentemente, sempre estarem a mão, as opções de temperos desidratados podem ser importantes aliados no desenvolvimento de hábitos alimentares equilibrados, uma vez que possibilita a inovação e o uso de um mesmo alimento de diferentes maneiras. Um simples peito de frango, por exemplo, pode ganhar uma versão apimentada, uma versão indiana, uma versão mais refrescante ou mesmo uma com gostinho que lembre churrasco. Outra vantagem do uso de ervas e especiarias desidratadas é que, por conta do processo de desidratação, apresentam maior concentração de compostos bioativos, como podem ser verificados na tabela a seguir: Ervas Especiarias Orégano Salsa Alecrim Canela Cravo Gengibre Cúrcuma Conteúdo Fenólico total (mg/100g) SECO 6.367 1.584 2.518 9.700 16.047,25 473,50 2.117 Conteúdo Fenólico total (mg/100g) FRESCO 935,34 89,27 1082,43 - - 204,66 - Adaptado de Opara e Chohan10 Checklist para selecionar ervas e especiarias desidratadas de boa qualidade: 1. Escolha ervas e especiarias de empresas idôneas e reconhecidas pelos seus processos de qualidade e segurança dos alimentos 2. Avalie se a empresa se preocupa com o padrão de qualidade da matéria- prima utilizada 3. Importante que as plantas passem por um processo de tratamento, geralmente térmico, para garantir as características organolépticas e reduzir risco de contaminação por micro-organismos 4. Atente-se para a cor, o aroma, o tamanho e a presença de galhos ou outros elementos misturados nas ervas e especiarias 5. As embalagens devem indicar peso, prazo de validade e procedência, além de garantirem uma boa conservação das especiarias e ervas Cultivo Limpeza Retirados talos e outros elementos Seleção das plantas Secagem ou desidratação Embalagem final Como as ervas e especiarias desidratadas são produzidas? Referências 1. CARNEIRO, Henrique Soares. Comida e sociedade: uma história da alimentação. Rio de Janeiro: Campus. . Acesso em: 27 jul. 2022. , 2003 2. PAUR, I.; CARLSEN, M.H.; HALVORSEN, B.L. et al. Antioxidants in herbs and spices: roles in oxidative stress and redox signaling. In: Herbal Medicine: Biomolecular and clinical aspects [online]. 2nd ed. 2011. 3. LINGUANOTTO NETO, N.; FREIRE, R.; LACERDA, I. Misturando sabores: receitas e harmonização de ervas e especiarias. Rio de Janeiro:Senac Nacional, 2013. 160 p. 4. YASHIN, A.; YASHIN, Y.; XIA, X. et al. Antioxidant activity of spices and their impact on human health: a review. Antioxidants (Basel); 6 (3): E70, 2017. 5. GRIFFITHS, K.; AGGARWAL, B.B.; SINGH, R.B. et al. Food antioxidants and their anti-inflammatory properties: a potential role in cardiovascular diseases and cancer prevention. Diseases; 4 (3): E28, 2016. 15. 6. BI, X.; LIM, J.; HENRY, C.J. Spices in the management of Diabetes mellitus. Food Chem; 217: 281-293, 2017 7. SANDOVAL-ACUÑA, C.; FERREIRA, J.; SPEISKY, H. Polyphenols and mitochondria: an update on their increasingly 5 emerging ROS-scavenging independent action. Arch Biochem Biophys; 559: 75-90, 2014. 8. RODRIGUES, S.L.; SOUZA JÚNIOR, P.R.; PIMENTEL, E.B. et al. Relationship between salt consumption measured by 24-h urine collection and blood pressure in the adult population of Vitória (Brazil). Braz J Med Biol Res; 48 (8): 728-735, 2015. 9. Li P, Wang B, Sun F, et al. Mitochondrial respiratory dysfunctions of blood mononuclear cells link with cardiac disturbance in patients with early- stage heart failure. Sci Rep. 2015;5:10229. Published 2015 May 28. doi:10.1038/srep10229 10. OPARA, E.I.; CHOHAN, M. Culinary herbs and spices: their bioactive properties, the contribution of polyphenols and the challenges in deducing their true health benefits. Int J Mol Sci; 15 (10): 19183-202, 2014 11. DANTAS, N.M.; CHIANG, J.T.; SILVA; M.E.M.P. Uso de ervas e especiarias para redução do consumo de sódio. In: Anais do Simpósio Latino Americano de Ciência dos Alimentos, 2017, Campinas. Anais Eletrônicos. Campinas, Galoá, 2017. 12. Syamilah, N., Nurul Afifah, S., Effarizah, M.E. and *Norlia, M. Mycotoxins and mycotoxigenic fungi in spices and mixed spices: a review. Food Research 6 (4) : 30 - 46. 2022. 13. WPP LIEW, S MOHD-REDZWAN. Front. Cell. Infect. Microbiol., 26 February 2018. É muito importante o cuidado na hora de comprar e indicar as ervas e especiarias, principalmente quando pensamos na qualidade dos alimentos! Isso porque a adulteração desses temperos é muito comum como forma de baratear o custo. Além de misturar com outros ingredientes, a falta de processos de qualidade é um fator crucial que faz diferença no sabor, aroma e conservação dos temperos. Quando as ervas e especiarias são produzidas e/ou armazenadas de forma inadequada, pode ser verificado um incremento de potenciais contaminantes, como as micotoxinas. Estudos apontam que as micotoxinas podem: impactar negativamente a microbiota intestinal, modulando-a negativamente, aumentar permeabilidade e prejudicar a resposta imune. Uma vez que micotoxinas são resistentes ao calor, dificilmente são removidas quando presentes em ervas e especiarias desidratadas.13 As micotoxinas impactam negativamente a homeostase intestinal, modulam negativamente a microbiota intestinal, aumentam permeabilidade intestinal e prejudicam a resposta imune intestinal e uma vez que são resistentes ao calor, dificilmente são removidas quando presentes em ervas e especiarias desidratadas.13 Tempero não é tudo igual e a escolha de ervas e especiarias naturais que seguem processos produtivos de alta qualidade e de acordo com as melhores práticas é de extrema importância. TEMPERO NÃO É TUDO IGUAL! 3. Sobre a Kitano – Da fazenda para a sua mesa: A história da Kitano começou há mais de 60 anos, com o fundador da marca, Yoshizo Kitano. O comerciante vendia temperos selecionados e porcionados em seu armazém: todo o processo de seleção, secagem e embalagem era manual, esse cuidado com a qualidade se mantém até hoje. Dentro dos saquinhos de Kitano, vai 100% tempero: para entender como, descubra o processo produtivo da marca! 1. Tudo começa com a seleção de fornecedores que cumpram os pré-requisitos de qualidade. 2. Uma equipe multifuncional, com representantes dos departamentos de Assuntos Regulatórios, Qualidade, Segurança de Alimentos e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) faz uma avaliação do potencial do fornecedor em atender pré-requisitos exigidos pela legisção e pela política de qualidade global da General Mills. 3a. O fornecedor passa por uma auditoria que avalia padrões de qualidade e de segurança de alimentos. 3b. A equipe de P&D seleciona avalia o ingrediente para definir critérios de padronização para obter o ingrediente em seu melhor sabor, cor e aroma. 4. Os ingredientes são tratados sem usos de aditivos químicos com o objetivo de reduzir os perigos de contaminação garantindo adequaçao à legislação. Os tratamentos utilizados seguem rigoroso padrão para garantir máxima preservação de características sensoriais. 5. Após, seguem para os processos de limpeza, que garantem a eliminação de partes não desejáveis, como talos e galhos. 6. Na fábrica, elas passam por mais um processo de secagem (sendo o primeiro ainda no campo). 7. Devidamente tratadas, elas serão embaladas, com toda segurança. 8. Depois de todos estes processos, nossas ervas e especiarias estão prontas para chegar às casas. * os processos podem variar ligeiramente de acordo com cada tempero. Os requerimentos adotados pela Kitano garantem a preservação das características organolépticas dos temperos, assim como a sua conservação sem a necessidade de aditivos artificiais. Especiarias e ervas culinárias possuem alguns tratamentos para reduzir riscos microbiológicos. Todos os temperos são 100% naturais, sem adição de conservantes ou estabilizantes, além de trazer o ingrediente desejado sem adulteração. ERVAS E ESPECIARIAS KITANO Conheça nosso portfólio completo de Ervas e Especiarias Kitano: ERVAS ESPECIARIAS PIMENTAS CULINÁRIOS MIX Alecrim Açafrão Camomila Canela em Casca Folha de Louro Coentro em Pó Louro em Pó Cominho em Pó Majericão Cravo da Índia Orégano Curry Salsa Erva-Doce Tomilho Gengibre Moído Noz Moscada Cebolinha Verde Canela em Pó Páprica com Pimenta Calabresa Alho Granulado Caldo de Legumes Bicarbonato de Sódio Cebola Granulada Cebola, Alho e Salsa Colorífico Chimichurri Tempero Baiano Tempero para Churrasco Páprica Doce Pimenta Branca Moída Pimenta Calabresa em Flocos Páprica e Cominho Pimenta-do- Reino Preta em Grão Pimenta-do- Reino Preta em Pó 4. Pitada de sabor e saúde através dos compostos bioativos nas ervas e especiarias Kitano 4.1. Açafrão-da-terra Cúrcuma (Curcuma longa): Com um uso que remonta há quase 4.000 anos, esse rizoma é nativo da Ásia tropical. Hoje essa especiaria é cultivada em diversos países e é atualmente utilizada como tempero, fitoterápico, corante natural e até em cosméticos. O seu principal composto bioativo é um polifenol chamado curcumina, responsável pela coloração amarela da cúrcuma e pelos benefícios associados a esta especiaria. Também contém óleos voláteis, sesquiterpenos e pequena concentração de nutrientes, como potássio, ferro, ácidos graxos α-linolênico e fibras. A curcumina é a principal responsável pelos inúmeros benefícios associados ao consumo do açafrão-da-terra, modulando uma série de mecanismos de ação, como: 1. Atividade anti-inflamatória - é capaz de inibir fatores de transcrição pró-inflamatórios (NF-κB) e reduzir citocinas pró-inflamatórias (TNF--α, IL-1b,-2,-6, entre outras).1-5,9 2. Efeito antioxidante – pode aumentar a atividade de enzimas antioxidantes (SOD e CAT) e do Nrf2, além de contribuir inibindo enzimas geradoras de espécies reativas de oxigênio (LOX, xantina oxidase e COX).1-5,9 3. Controle glicêmico – auxilia na melhora da sensibilidade à insulina, favorecendo a regulação da glicemia. 1-5 4. Suporte imunológico – devido às suas ações antiviral, antifúngica e antibacteriana, é aliada do sistema imunológico. 1-5 5. Redução de dores musculares – principalmente daqueles associados à prática de exercício físico intenso ou após mudança de treino, via efeitos anti-inflamatório e antioxidante.1-5,9 6. Modulaçãodo perfil lipídico – favorece a redução de triglicerídeos e colesterol total, por meio da modulação da expressão de genes e enzimas envolvidas no metabolismo lipídico. 1-5 7. Benefícios para a saúde articular – relaciona-se à redução de desconfortos articulares, principalmente devido a sua ação anti-inflamatória, atuando a nível dos condrócitos (importantes para a manutenção da cartilagem).1-7 Dicas para usar no plano alimentar 1. O consumo de 1 colher de sobremesa rasa ao dia possui quantidades de fitoquímicos que podem contribuir para a saúde. Utilize em um único prato ou fracionada em várias preparações.1-4 2. Combine a cúrcuma com pimenta-do-reino preta e gengibre, devido à presença de piperina e gingerol, respectivamente, que podem potencializar a biodisponibilidade da curcumina. A presença de azeite e outras gorduras, também melhoram biodisponibilidade.7-9 Combina com: arroz, frango, chás, pipoca, ovos mexidos, hortaliças refogadas e cozidas (como repolho, abobrinha, berinjela, chuchu, abóbora), snack de grão-de-bico assado, sopas (de abóbora, de legumes), carnes ensopadas, peixes (pescada, tilápia), suco verde, biscoitos salgados. Referências 1. Akaberi M, Sahebkar A, Emami SA. Turmeric and Curcumin: From Traditional to Modern Medicine. Adv Exp Med Biol. 2021;1291:15-39. 2. Prasad S, Aggarwal BB. Turmeric, the Golden Spice: From Traditional Medicine to Modern Medicine. In: Benzie IFF, Wachtel-Galor S, editors. Herbal Medicine: Biomolecular and Clinical Aspects. 2nd edition. Boca Raton (FL): CRC Press/Taylor & Francis; 2011. Chapter 13. Available from: https:// www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK92752/ 3. Sharifi-Rad J, et al. Turmeric and Its Major Compound Curcumin on Health: Bioactive Effects and Safety Profiles for Food, Pharmaceutical, Biotechnological and Medicinal Applications. Front Pharmacol. 2020 Sep 15;11:01021. 4. Hewlings SJ, Kalman DS. Curcumin: A Review of Its Effects on Human Health. Foods. 2017 Oct 22;6(10):92. 5. Hay E, Lucariello A, Contieri M, et al. Therapeutic effects of turmeric in several diseases: An overview. Chem Biol Interact. 2019;310:108729. 6. Paultre K, Cade W, Hernandez D, Reynolds J, Greif D, Best TM. Therapeutic effects of turmeric or curcumin extract on pain and function for individuals with knee osteoarthritis: a systematic review. BMJ Open Sport Exerc Med. 2021 Jan 13;7(1):e000935. 7. Heidari-Beni M, et al. Herbal formulation “turmeric extract, black pepper, and ginger” versus Naproxen for chronic knee osteoarthritis: A randomized, double-blind, controlled clinical trial. Phytother Res. 2020;34(8):2067-2073. 8. Zheng B, McClements DJ. Formulation of More Efficacious Curcumin Delivery Systems Using Colloid Science: Enhanced Solubility, Stability, and Bioavailability. Molecules. 2020 Jun 17;25(12):2791. 9. Reis, W A. Uso de ervas e especiarias potencializando a energia mitocondrial. Revista Brasileira de Nutrição Funcional, v.75, ano 18, 2018. Acesso em: https://www.vponline.com.br/portal/noticia/pdf/65e77ccea66f2b88fbedfc72594296fe.pdf 4.2. Alho (Allium sativum L.): O alho (é uma planta bulbosa originária da Ásia Central e que chegou ao Brasil com os portugueses. Pelos povos antigos, como egípcios, gregos e romanos, era considerado uma planta medicinal.1-4 Considerado como tempero funcional, ele apresenta nutrientes como enxofre, potássio e fósforo, além de alta concentração de polifenóis, flavonoides, polissacarídeos e compostos contendo enxofre (como aliina, alicina e S-alilcisteína). Após o alho ser picado ou esmagado, há uma presença maior de compostos bioativos!1-3 A alicina e outros ativos presentes no alho podem promover múltiplos benefícios a partir do consumo diário deste tempero: 1. Melhora do perfil lipídico: podem ser capazes de promover a redução dos triglicerídeos, do colesterol total e LDL-colesterol, além de aumentar o HDL-colesterol. 1-3 2. Auxiliam no controle da pressão arterial: via modulação da via de sinalização do óxido nítrico e na redução da agregação plaquetária, além de suas ações antioxidante e anti-inflamatória. 1-3 3. Contribuem com o suporte imunológico: devido às suas ações antiviral, antifúngica e antibacteriana, são aliados do sistema imunológico.1-3 Dicas para usar no plano alimentar 1. O alho granulado (ou em flocos) preserva ótima concentração4 dos seus compostos bioativos, além de proporcionar maior praticidade e agilidade na cozinha, com maior aroma e sabor. A sua versão granulada nada mais é do que o alho selecionado, picado e seco! 2. Indique a combinação do alho granulado com ervas e especiarias, para o preparo de marinadas secas com diferentes tipos de carnes. Combina com: todos os tipos de carnes, hortaliças assadas ou refogadas, arroz, leguminosas cozidas (feijão, lentilha), empanados, molhos para salada, cremes e sopas. Referências: 1. Shang A, et al. Bioactive Compounds and Biological Functions of Garlic (Allium sativum L.). Foods. 2019;8(7):246. Published 2019 Jul 5. doi:10.3390/foods8070246 2. Ansary J, et al. Potential Health Benefit of Garlic Based on Human Intervention Studies: A Brief Overview. Antioxidants (Basel). 2020 Jul 15;9(7):619. doi: 10.3390/antiox9070619. PMID: 32679751; PMCID: PMC7402177. 3. Rauf A, et al. Garlic (Allium sativum L.): Its Chemistry, Nutritional Composition, Toxicity, and Anticancer Properties. Curr Top Med Chem. 2022;22(11):957-972. doi:10.2174/1568026621666211105094939 4. Feng Y, et al. Role of drying techniques on physical, rehydration, flavor, bioactive compounds and antioxidant characteristics of garlic. Food Chem. 2021;343:128404. 4.3. Canela (Cinnamomum verum): A canela é nativa do Sri Lanka e do Sul da Índia, sendo obtida a partir da raspagem do tronco da árvore pertencente à família Lauraceae. Hoje está distribuída em países asiáticos, americanos e africanos, sendo uma das especiarias mais usadas desde a antiguidade!1-7 A canela contém múltiplos fitoativos, como aldeídos, fenóis, ésteres, óleos voláteis, ácidos orgânicos e terpenos, com destaque para o cinamaldeído, eugenol, procianidinas, cinamato de metila e ácido cinâmico.1-7 Os compostos bioativos presentes na canela podem ser responsáveis pelos diferentes benefícios associados ao consumo frequente desta especiaria, como: 1. Ação bactericida: podem atuar inibindo a colonização e o crescimento das bactérias, impedindo a formação de biofilme bacteriano, além de reduzir a virulência bacteriana, importante para o suporte imunológico e para o cuidado com a saúde bucal.1-3 2. Controle glicêmico: podem favorecer a regulação da glicemia por atuarem na modulação das vias de sinalização da insulina, favorecendo a melhora do quadro de resistência insulínica.1,4-6 3. Proteção cardiovascular – por atuarem de forma sinérgica regulando a pressão arterial, efeito anti-inflamatório e melhorando o perfil lipídico. 1,7 Dicas para usar no plano alimentar 1. A dosagem recomendada para que os compostos bioativos possam trazer benefícios é de 1 a 6g/dia.1-7 Por ser versátil, combina com preparações doces e salgadas, podendo ser utilizada uma pitada em diversos momentos do dia. 2. Utilize a canela em casca para o preparo de decocções ou para aromatizar pratos e bebidas, retirando-a em seguida ao preparo. Já a canela em pó pode ser utilizada em todas as outras preparações. Combina com: café, cappuccino, chás, chocolate quente, smoothies (banana, cacau), panquecas de banana, mingau de aveia, frutas cozidas, assadas ou grelhadas (banana, maçã, abacaxi), muffins, bolos, recheios doces de tapioca, carne vermelha (quibe, carne moída refogada) e lentilha. Referências: 1. Singh N, Rao AS, Nandal A, et al. Phytochemical and pharmacological review of Cinnamomum verum J. Presl-a versatile spice used in food and nutrition. Food Chem. 2021;338:127773. 2. Yanakiev S. Effects of Cinnamon(Cinnamomum spp.) in Dentistry: A Review. Molecules. 2020;25(18):4184. Published 2020 Sep 12. doi:10.3390/molecules25184184 3. Vasconcelos NG, Croda J, Simionatto S. Antibacterial mechanisms of cinnamon and its constituents: A review. Microb Pathog. 2018;120:198-203. doi:10.1016/j.micpath.2018.04.036 4. Talaei B, et al. Effects of Cinnamon Consumption on Glycemic Indicators, Advanced Glycation End Products, and Antioxidant Status in Type 2 Diabetic Patients. Nutrients. 2017;9(9):991. 5. Sharma S, Mandal A, Kant R, Jachak S, Jagzape M. Is Cinnamon Efficacious for Glycaemic Control in Type-2 Diabetes Mellitus?. J Pak Med Assoc. 2020;70(11):2065-2069. 6. Deyno S, et al. Efficacy and safety of cinnamon in type 2 diabetes mellitus and pre-diabetes patients: A meta-analysis and meta-regression. Diabetes Res Clin Pract. 2019;156:107815. 7. Hadi A, et al. The effect of cinnamon supplementation on blood pressure in adults: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Clin Nutr ESPEN. 2020;36:10-16. 4.4. Cebola (Allium cepa L.): A cebola pertence à mesma família do alho, sendo originária da região compreendida pelo Afeganistão, Irã e partes do sul da antiga União Soviética e que foi propagada no Brasil com a vinda dos portugueses.1-5 A cebola contém uma variedade de fitoquímicos com funções benéficas, incluindo compostos organossulfurados e fenólicos, polissacarídeos e saponinas, como sulfóxidos de cisteína, rutina, quercetina, glicosídeos de quercetina e frutooligossacarídeos. Também conta com alguns micronutrientes, como potássio e fósforo.1-5 Os fitoativos presentes na cebola atuam em diferentes mecanismos de ação que podem contribuir com: 1. Potente efeito antioxidante – A quercetina tem poder de neutralizar espécies reativas de oxigênio, prevenir a peroxidação lipídica, além de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes.1,2 2. Redução da formação de aminas heterocíclicas – Incluir a cebola no preparo de carnes favorece a redução da formação desses compostos que apresentam potencial efeito cancerígeno.1,2,5 3. Hepatoproteção – Devido aos efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, contribui com o manejo do processo de acúmulo de gordura no fígado, além de reduzir a inflamação hepática.1-5 Dicas para usar no plano alimentar 1. A cebola granulada (ou em flocos) facilita o dia a dia do paciente na cozinha, sendo uma excelente opção para substituir a opção in natura em qualquer preparação. 2. Na forma desidratada, pode ser incluída em marinadas secas para diferentes tipos de carnes. Combina com: todos os tipos de carnes, hortaliças assadas ou refogadas, arroz, molhos para salada, pastas, patês, empanados, cremes, sopas. Referências 1. Sidhu JS, Ali M, Al-Rashdan A, Ahmed N. Onion (Allium cepa L.) is potentially a good source of important antioxidants. J Food Sci Technol. 2019 Apr;56(4):1811-1819. doi: 10.1007/s13197-019-03625-9. Epub 2019 Feb 13. 2. Li Q, et al. Health Benefits of the Flavonoids from Onion: Constituents and Their Pronounced Antioxidant and Anti-neuroinflammatory Capacities. J Agric Food Chem. 2020 Jan 22;68(3):799-807. doi: 10.1021/acs.jafc.9b07418. Epub 2020 Jan 13. PMID: 31893634. 3. Teshika JD, et al. Traditional and modern uses of onion bulb (Allium cepa L.): a systematic review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2019;59(sup1):S39-S70. doi: 10.1080/10408398.2018.1499074. Epub 2018 Oct 4. PMID: 30040448. 4. Putnik P, et al. An overview of organosulfur compounds from Allium spp.: From processing and preservation to evaluation of their bioavailability, antimicrobial, and anti-inflammatory properties. Food Chem. 2019 Mar 15;276:680-691. 5. Zhao XX, Lin FJ, Li H, Li HB, Wu DT, Geng F, Ma W, Wang Y, Miao BH, Gan RY. Recent Advances in Bioactive Compounds, Health Functions, and Safety Concerns of Onion (Allium cepa L.). Front Nutr. 2021 Jul 22;8:669805. 4.5. Chimichurri: O chimichurri tem origem argentina, sendo um tempero a base de ervas e especiarias: alho, salsa, pimentão vermelho, orégano e pimenta-do-reino branca. A origem do seu nome não é certa, mas estaria relacionado com a história de um imigrante chamado James McCurry ou criada a partir de uma derivação de termos espanhóis ou indígenas.1 Devido à sua combinação de ervas e especiarias, o chimichurri contém compostos bioativos como ácido rosmarínico, carvacrol, timol, apigenina, aliina e alicina.2-10 Os fitoquímicos presentes neste tempero podem promover diversos efeitos positivos no corpo são diversos, como: 1. Ação antifúngica – Devido aos compostos bioativos do alho e do orégano, que são capazes de reduzir a proliferação de fungos.2,5-10 2. Diminuição da formação de aminas heterocíclicas – A presença dos fitoativos da salsa do chimichurri podem auxiliar na redução da formação desses compostos que apresentam potencial efeito cancerígeno durante o cozimento de carnes e aves. 2-8,10 3. Proteção cardiovascular - São capazes de promover a redução dos triglicerídeos, do colesterol total e LDL-colesterol, além de terem efeitos anti-inflamatório e antioxidante. 2-8,10 Dicas para usar no plano alimentar 1. Ideal para mudar a forma de comer carnes magras e aves: o preparo de um molho à base de chimichurri ou simplesmente temperar as carnes com este tempero vai trazer muito sabor facilitando a adesão ao plano alimentar Combina com: carnes vermelhas, aves, molhos para carnes, legumes assados (chuchu, abóbora e abobrinha), pães, grãos e snacks. Referências: 1. Neto, N.L. Ervas & especiarias com as suas receitas. Editora Boccato: 3ª edição, 2006. 2. Vázquez-Fresno R, et al. Herbs and Spices- Biomarkers of Intake Based on Human Intervention Studies – A Systematic Review. Genes Nutr. 2019;14:18. 3. Ferreira FS, et al. Bioactive compounds of parsley (Petroselinum crispum), chives (Allium schoenoprasum L) and their mixture (Brazilian cheiro-verde) as promising antioxidant and anti-cholesterol oxidation agents in a food system. Food Res Int. 2022;151:110864. 4. Salehi B, et al. The Therapeutic Potential of Apigenin. Int J Mol Sci. 2019;20(6):1305. 5. Shang A, et al. Bioactive Compounds and Biological Functions of Garlic (Allium sativum L.). Foods. 2019;8(7):246. 6. Rauf A, et al. Garlic (Allium sativum L.): Its Chemistry, Nutritional Composition, Toxicity, and Anticancer. Properties. Curr Top Med Chem. 2022;22(11):957- 972. 7. Ansary J, et al. Potential Health Benefit of Garlic Based on Human Intervention Studies: A Brief Overview. Antioxidants (Basel). 2020 Jul 15;9(7):619. 8. Feng Y, et al. Role of drying techniques on physical, rehydration, flavor, bioactive compounds and antioxidant characteristics of garlic. Food Chem. 2021;343:128404. 9. Hacioglu M, Oyardi O, Kirinti A. Oregano essential oil inhibits Candida spp. biofilms. Z Naturforsch C J Biosci. 2021 Apr 29;76(11-12):443-450. 10. Gutiérrez-Grijalva EP, Picos-Salas MA, Leyva-López N, Criollo-Mendoza MS, Vazquez-Olivo G, Heredia JB. Flavonoids and Phenolic Acids from Oregano: Occurrence, Biological Activity and Health Benefits. Plants (Basel). 2017 Dec 26;7(1):2. 4.6. Cominho (Nigella sativa L.): As sementes do cominho têm uma história de uso milenar: nativo do Egito, o cominho chegou às Américas pelas mãos dos colonizadores espanhóis. Na antiga Roma, ele era usado para substituir a pimenta-do-reino em grão!1 Particularmente em seu óleo essencial está a maior concentração dos seus fitoquímicos, como timoquinona, timol, carvacrol e nigelidina, que são os principais responsáveis por seus benefícios. O cominho também apresenta em sua composição vitaminas do complexo B, zinco, cobre e outros micronutrientes.2 Os benefícios associados à timoquinona e outros compostos bioativos do cominho podem ser, principalmente: 1. Suporte imunológico - Com efeitos antiviral, antifúngico e antibacteriano, favorece a proteção contra infecçõesde patógenos, além de atuar diretamente nos leucócitos.1-4 2. Hepatoproteção - Devido inibição da peroxidação lipídica e do estresse oxidativo, aumento das enzimas antioxidantes e do nível total de GSH, redução do acúmulo de gordura e prevenção da inflamação hepática. 1-3 3. Apoio à saúde reprodutiva masculina – favorece o aumento da capacidade das células reprodutivas. 1-3 Dicas para usar no plano alimentar 1. Indica-se o uso de cerca de 1 colher de chá rasa dividida em diferentes preparações.4 2. Podem ser usadas suas sementes inteiras ou moídas. Combina com: carnes vermelhas, aves, molhos brancos, leguminosas cozidas (feijão, grão-de-bico e lentilha), batata e legumes assados ou grelhados (berinjela, cenoura e abóbora). Referências: 1. Merah O et al. Biochemical Composition of Cumin Seeds, and Biorefining Study. Biomolecules. 2020;10(7):1054. 2. Neto, N.L. Ervas & especiarias com as suas receitas. Editora Boccato: 3ª edição, 2006. 3. Yimer EM, et al. Nigella sativa L. (Black Cumin): A Promising Natural Remedy for Wide Range of Illnesses. Evid Based Complement Alternat Med. 2019 May 12;2019:1528635. 4. Hannan MA, et al. Black Cumin (Nigella sativa L.): A Comprehensive Review on Phytochemistry, Health Benefits, Molecular Pharmacology, and Safety. Nutrients. 2021 May 24;13(6):1784. 5. Maideen NMP. Prophetic Medicine-Nigella Sativa (Black cumin seeds) - Potential herb for COVID-19? [published correction appears in J Pharmacopuncture. 2020 Sep 30;23(3):179]. J Pharmacopuncture. 2020;23(2):62-70. 4.7. Cravo-da-índia (Syzygium aromaticum L.): Pertencente à família Myrtaceae, o cravo-da-índia é nativo das ilhas Molucas, na Indonésia, mas também atualmente cultivado em diferentes lugares com clima tropical do mundo. É utilizado na culinária, na indústria de perfumaria e que também pode ser potencialmente utilizado como conservante em muitos alimentos.1-2 Particularmente seu óleo essencial é onde concentra a maior parte de eugenol, sendo que outros compostos bioativos são encontrados no cravo como kaempferol, quercetina, os ácidos cafeico, ferúlico, elágico e salicílico e alguns micronutrientes (vitamina B6, magnésio, fósforo, entre outros).1-2 Os benefícios que podem estar associados ao eugenol e outros compostos bioativos do cravo são, principalmente: 1. Cuidado da saúde bucal: devido a ação antimicrobiana e analgésica, auxilia na amenização de desconfortos e da proliferação de bactérias e outros patógenos.1,2 2. Suporte imunológico: por atuar na redução da proliferação de vírus e bactérias.1-3 3. Ação expectorante: atua como um auxiliar respiratório, favorecendo a amenização da tosse em diversas doenças respiratórias.1-3 Dicas para usar no plano alimentar 1. Indica-se o uso de cerca de 1 colher de café (3g).4 2. Podem ser usadas seus botões inteiros ou moídos, variando com o tipo de preparação a ser incorporado. Combina com: bebidas quentes (como cappuccino, chás e chocolate quente), frutas assadas (maçã, pêra), carne de porco, abóbora assada, molho bechamel. Referências: 1. Batiha GE, Alkazmi LM, Wasef LG, Beshbishy AM, Nadwa EH, Rashwan EK. Syzygium aromaticum L. (Myrtaceae): Traditional Uses, Bioactive Chemical Constituents, Pharmacological and Toxicological Activities. Biomolecules. 2020 Jan 30;10(2):202. 2. Otunola GA. Culinary Spices in Food and Medicine: An Overview of Syzygium aromaticum (L.) Merr. and L. M. Perry [Myrtaceae]. Front Pharmacol. 2022 Jan 17;12:793200. 3. Vicidomini C, Roviello V, Roviello GN. Molecular Basis of the Therapeutical Potential of Clove (Syzygium aromaticum L.) and Clues to Its Anti-COVID-19 Utility. Molecules. 2021 Mar 26;26(7):1880. 4. Neto, N.L. Ervas & especiarias com as suas receitas. Editora Boccato: 3ª edição, 2006. 4.8 Curry Com origem indiana, o curry é um tempero que mistura diferentes especiarias, sendo normalmente composto por: coentro, cúrcuma, mostarda, cominho, gengibre, pimenta vermelha, aipo, pimenta-do-reino branca, cravo-da-índia, noz-moscada e canela.¹ Essa mistura forma um tempero de sabor quente e complexo que une compostos bioativos - como eugenol, curcumina, capsaicina, cinamaldeído, gingerol, entre outros. 1,2,3,4 Os compostos bioativos presentes no curry podem estar associados com diferentes efeitos positivos no corpo: 1. Favorece a termogênese – São capazes de ativar os canais receptores de potencial transitório (TRP), que estimulam o gasto energético.³ 2. Estimulam a biogênese mitocondrial – Podem estimular fatores de transcrição associado a esse importante processo associado ao envelhecimento saudável, podendo estar relacionado com a prevenção de doenças crônicas. 2,4 3. Potente efeito antioxidante – Os fitoativos presentes neste tempero podem neutralizar espécies reativas de oxigênio, prevenir a peroxidação lipídica, além de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes.1,2,4 Dicas para usar no plano alimentar 1. A dosagem recomendada para os benefícios é de cerca de 1 colher de chá na preparação.2-5 2. Atente-se para a lista de ingredientes do curry: cuidado com misturas com outros ingredientes que não são especiarias e ervas. Combina com: arroz, sopas e cremes (mandioquinha, cenoura, de legumes), frango, carne vermelha ensopada, legumes e verduras refogados ou assados (abobrinha, chuchu, repolho, berinjela), batata assada, molhos para salada (como mostarda e mel). Referências 1. Vázquez-Fresno R, et al. Herbs and Spices- Biomarkers of Intake Based on Human Intervention Studies - A Systematic Review. Genes Nutr. 2019;14:18. 2. He, y. et al. Curcumin, inflammation, and chronic diseases: how are they linked? Molecules, v. 20, n. 5, p. 9183-213, may. 2015. 3. Saito, M. Capsaicin and related food ingredients reducing body fat through the activation of TRP and brown fat thermogenesis. Adv Food Nutr Res; 76:1-28, 2015. 4. Yimer EM, Tuem KB, Karim A, Ur-Rehman N, Anwar F. Nigella sativa L. (Black Cumin): A Promising Natural Remedy for Wide Range of Illnesses. Evid Based Complement Alternat Med. 2019;2019:1528635. 5. Neto, N.L. Ervas & especiarias com as suas receitas. Editora Boccato: 3ª edição, 2006. 4.9 Gengibre (Zingiber officinale R.) O gengibre pertence à família das Zingiberaceae, a mesma da cúrcuma, e sua utilização já tem mais 3 mil anos, tendo origem da Índia e China. As principais classes de compostos do gengibre são gingerol, shogaols, zingibereno e zingerona, bem como outros menos comuns, incluindo terpenos, vitaminas e minerais. 1,2,3,4 São esses compostos bioativos os principais responsáveis pelos diferentes benefícios que podem ser proporcionados pelo consumo regular desta especiaria: 1. Propriedades digestivas - Atua no estômago e no intestino, ajudando na digestão, como também pode contribuir a amenizar náuseas e vômitos.¹ 2. Pode estimular a termogênese – Pode ser capaz de ativar os canais receptores de potencial transitório (TRP), que se relacionam com o gasto energético.5 3. Ação analgésica – Auxilia na redução de dores musculares e enxaqueca, via efeitos anti- inflamatório e antioxidante.1,2,3,4,5 Dicas para usar no plano alimentar: 1. Pode ser utilizado cerca de 1 colher de chá desta especiaria, fracionado em diferentes momentos do dia.3 Combina com: cremes (abóbora e cenoura), peixes (salmão, tilápia, pescada branca), frango, sucos (maracujá, limão, verde, melancia, abacaxi), bolo de maçã, hortaliças refogados ou assadas (acelga, brócolis, cenoura). Referências 1. Linguanotto Neto N. Ervas e especiarias: com suas receitas: dicionário gastronômico. São Paulo: Editora Gourmet Brazil/ Bocatto editores, 2006 2. Rasheed N. Ginger and its active constituents as therapeutic agents: Recent perspectives with molecular evidences. Int J Health Sci (Qassim). 2020;14(6):1-3. 3. AnhNH, et al. Ginger on Human Health: A Comprehensive Systematic Review of 109 Randomized Controlled Trials. Nutrients. 2020;12(1):157. 4. Li H, et al. Ginger for health care: an overview of systematic reviews. 2019; 45:114-123. 5. Mao, Q.Q.; et al. Bioactive compounds and bioactivities of ginger (zingiber officinale roscoe). Foods 2019;8:185. 6. Wang J., et al. Beneficial effects of ginger Zingiber officinale Roscoe on obesity and metabolic syndrome: a review. Ann N Y Acad Sci. 2017;1398(1):83-98. 4.10 Louro (Laurus nobilis L.) Acredita-se que o louro teve origem no Mediterrâneo e da Ásia, de onde se espalhou para o resto do mundo.¹, A folha de louro é riquíssima em compostos bioativos, como flavonoides, taninos, eugenol, triterpenoides, além de conter potássio, magnésio e vitaminas B6 e B9.²,3 Os fitoquímicos presentes no louro apresentam diferentes mecanismos de ação que podem proporcionar efeitos positivos à saúde como: 1. Ação analgésica - Podem contribuir para a melhora de dores de cabeça e cólicas menstruais, por meio das ações anti-inflamatória e antioxidante.4 2. Proteção cardiovascular – Pode promover aumento do HDL-colesterol e reduzir a glicemia.5 3. Ação digestiva – Podem auxiliar a produção de bile pelo fígado e estimulam a atuação de enzimas digestivas. 6,7 Dicas para usar no plano alimentar 1. O louro pode ser encontrado nas versões em folhas ou em pó. 2. As folhas de louro podem ser retiradas após a preparação ou o chá estarem finalizados. 3. Também pode ser usado no preparo de marinadas para diferentes tipos de carnes. Combina com: leguminosas (feijão, lentilha), arroz, molho bechamel, carne vermelha, carne suína, frango, chás. Referências: 1. Batool S, et al. Bay Leaf. Medicinal Plants of South Asia. 2020;63-74. 2. Usmani QI, et al. (Habb-ul-Ghar), A Review on Phytochemistry, Pharmacology and Ethnomedicinal Uses, Journal of Drug Delivery and Therapeutics. 2021; 11(5):136-144 3. Caputo L, et al. Laurus nobilis: Composition of Essential Oil and Its Biological Activities. Molecules. 2017;22(6):930. 4. Lee EH, et al. Laurus nobilis leaf extract controls iflammation by suppressing NLRP3 inflammasome activation. J Cell Physiol. 2019;234(5):6854- 6864. 5. Chbili C, et al. Evaluation of Daily Laurus nobilis Tea Consumption on Lipid Profile Biomarkers in Healthy Volunteers. J Am Coll Nutr. 2020;39(8):733- 738. 6. Khan I, et al. Effect of Incorporating Bay Leaves in Cookies on Postprandial Glycemia, Appetite, Palatability, and Gastrointestinal Well-Being. J Am Coll Nutr. 2017;36(7):514-519. 7. Sakurai, F.N., et al. Caracterização das propriedades funcionais das ervas aromáticas utilizadas em um hospital especializado em cardiopneumologia. Demetra, v. 11, n. 4 (2016). 4.11 Manjericão (Ocimum basilicum L.) Esta erva, que é da mesma família da hortelã e do orégano, teve sua origem na Ásia, há pelo menos 5 mil anos, com usos culinários e terapêuticos.¹ Chamado de ‘a erva do tomate’, é bastante utilizado na cozinha Mediterrânea. A erva contém uma grande variedade fitoquímicos, tais como ácidos ursólico e rosmarínico, eugenol, citronelol, linalol, citral, limoneno e terpineol, além de apresentar fibras e micronutrientes como manganês, cobre, cálcio, ferro.¹,² Os compostos bioativos presentes no manjericão podem estar associados com: 1. Suporte ao trato respiratório – Podem exercer ações broncodilatadoras e anti- inflamatórias das vias aéreas ² 2. Efeito diurético – Podem auxiliar na amenização da retenção de líquidos e do controle da pressão arterial ¹,² 3. Potencialização da energia mitocondrial – Via ativação de fatores de transcrição associados com este processo.² Dicas para usar no plano alimentar 1. Pode ser misturado com outras ervas e especiarias para incrementar diferentes pratos, como orégano, alho granulado, cebola granulada, pimenta calabresa e louro. Combina com: molho de tomate e receitas que levam tomate, carnes (bovina, de caça, suína, pato, peixe, carneiro), ovos mexidos ou omelete, recheio de tortas (palmito, frango), cuscuz marroquino caprese, patê de ricota, legumes e verduras cozidas (tomate, berinjela, abobrinha), saladas, molhos (é a base do molho pesto), azeite (pode ser usado para aromatizar esse óleo). Referências 1. Sakkas H, Papadopoulou C. Antimicrobial Activity of Basil, Oregano, and Thyme Essential Oils. J Microbiol Biotechnol. 2017;27(3):429-438. doi:10.4014/jmb.1608.08024 2. Zhan Y, et al. Basil polysaccharides: A review on extraction, bioactivities and pharmacological applications. Bioorg Med Chem. 2020;28(1):115179. 4.12 Orégano (Origanum vulgare) O orégano é uma das ervas mais utilizadas em todo o mundo, sendo nativo do Mediterrâneo, chegou ao Brasil com os portugueses; e a crescente popularidade da pizza estimulou o seu uso1. É um tempero típico da comida italiana, e é o aroma preferido na Grécia, onde é conhecido como ‘rigani’, que significa ‘alegria das montanhas. São as sépalas do orégano (uma estrutura das flores) e não as folhas que são comercializadas desidratadas. O orégano fornece nutrientes e compostos bioativos, como luteolina, apigenina, quercetina e o carvacrol, sendo os principais responsáveis pelos benefícios do consumo desta erva2,3 Os seus fitoativos podem ter múltiplos mecanismos de ação no corpo como: 1. Pode prevenir o dano celular: graças ao poder antioxidante do o carvacrol e o timol, por exemplo, ajuda as células se manterem integras2,3 2. Potencial fungicida - O carvacrol pode ser capaz de atuar na redução da proliferação de fungos2 3. Efeito antioxidante – Pode neutralizar espécies reativas de oxigênio, prevenir a peroxidação lipídica, além de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes2,3 Dicas para usar no plano alimentar 1. Pode ser misturado com outras ervas e especiarias para incrementar diferentes pratos, como manjericão, pimenta-do-reino preta, cebolinha, alho granulado, cúrcuma. Combina com: molho de tomate e qualquer prato que leve tomates, molho para saladas, ovos mexidos ou omelete, frango, legumes assados (abobrinha, berinjela, chuchu, tomate), queijos, azeite (pode ser usado para aromatizar esse óleo). Referências 1. Linguanotto Neto N. Ervas e especiarias: com suas receitas: dicionário gastronômico. São Paulo: Editora Gourmet Brazil/ Bocatto editores, 2006 2. CHO Soomin, CHOI Youngshim et al . Carvacrol prevents diet-induced obesity by modulating gene expressions involved in adipogenesis and inflammation in mice fed with high-fat diet. Journal of Nutritional Biochemestry. 23. 2; 192-201, 2012 3. Lima Mda S, Quintans-Júnior LJ, de Santana WA, Martins Kaneto C, Pereira Soares MB, Villarreal CF. Anti-inflammatory effects of carvacrol: evidence for a key role of interleukin-10. Eur J Pharmacol. 2013;699(1-3):112-117. doi:10.1016/j.ejphar.2012.11.040 4.13 Páprica doce (Capsicum annuum L.) A páprica doce é uma especiaria derivada do pimentão e que, desde antes de 1400, vem sendo utilizada. Originária das Américas, assim que chegou na Europa ganhou o gosto, principalmente, dos espanhóis1. Ela é produzida a partir da secagem do pimentão, e a diferença entre os tipos de pápricas (doce, picante e defumada), está no processo produtivo: na páprica doce, as sementes do pimentão são mantidas. A páprica doce contém dois principais compostos bioativos, a capsantina, criptocapsina e capsorubina, que pertence a classe dos caratonoides2. Os seus fitoativos podem ter múltiplos mecanismos de ação no corpo como: 1. Potencial efeito antioxidante – Pode neutralizar espécies reativas de oxigênio, prevenir a peroxidação lipídica, além de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes2,3,4 2. Ação anti-inflamatória – Pode reduzir a produção de citocinas pró-inflamatórias como a TNF-3,4 Combina com: batata, mandioquinha,mandioca assadas ou em chips, ovos mexidos, ensopados (como o Goulash, clássico prato húngaro), carnes de frango, peixe e bovina, arrozes caldosos. Referências 1. Linguanotto Neto N. Ervas e especiarias: com suas receitas: dicionário gastronômico. São Paulo: Editora Gourmet Brazil/ Bocatto editores, 2006 2. Maeda H, Nishino A, Maoka T. Biological Activities of Paprika Carotenoids, Capsanthin and Capsorubin. Adv Exp Med Biol. 2021;1261:285-293. doi: 10.1007/978-981-15-7360-6_26. PMID: 33783751. 3. Batiha GE, Alqahtani A, Ojo OA, Shaheen HM, Wasef L, Elzeiny M, Ismail M, Shalaby M, Murata T, Zaragoza-Bastida A, Rivero-Perez N, Magdy Beshbishy A, Kasozi KI, Jeandet P, Hetta HF. Biological Properties, Bioactive Constituents, and Pharmacokinetics of Some Capsicum spp. and Capsaicinoids. Int J Mol Sci. 2020 Jul 22;21(15):5179. doi: 10.3390/ijms21155179. PMID: 32707790; PMCID: PMC7432674. 4. Srinivasan K. Biological Activities of Red Pepper (Capsicum annuum) and Its Pungent Principle Capsaicin: A Review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2016 Jul 3;56(9):1488-500. doi: 10.1080/10408398.2013.772090. PMID: 25675368. 4.14 Pimenta-do -reino preta (Piper nigrum L.) A pimenta-do-reino tem origem na Índia, sendo posteriormente introduzida em outros países do Sul e Sudeste da Ásia e conquistando mais tardiamente o resto do mundo, sendo hoje conhecida como a “rainha das especiarias1 A pimenta branca é obtida retirando-se a polpa do fruto maduro, enquanto a pimenta preta é produzida por meio da secagem fruta até formar um enrugamento, mantendo a polpa. O principal composto bioativo da pimenta-do-reino preta é a piperina, mas também apresenta piperidina, terpenos e flavonas, fitoquímicos que atuam podendo modular diferentes mecanismos de ação para favorecer o cuidado do corpo.¹,²,³ Os seus fitoativos podem ter múltiplos mecanismos de ação no corpo como: 1. Potencial de aumentar a absorção da curcumina e outros nutrientes – Estudos demonstram a piperina é capaz de aumentar a biodisponibilidade deste composto presente na cúrcuma, além de interagir com enzima digestivas e favorecer a absorção de vitaminas do complexo B, selênio e betacaroteno,¹ 2. Potencial Neuroprotetor – via redução da neuroinflamação e do estresse oxidativo.²,³ 3. Potencial Hepatoprotetor – A piperina tem sido associada com melhora dos marcadores de lesão hepática.²,³ Dicas para usar no plano alimentar 1. A pimenta-do-reino preta é uma especiaria democrática, e pode combinar com qualquer tipo de preparação, doce ou salgada! 2. A pimenta-do-reino em grãos pode ser utilizada no preparo de caldos de legumes caseiro! Combina com: saladas, legumes e verduras assados ou refogados, piclrs, molhos brancos, carnes, peixes e aves de todos os tipos, ovos mexidos, sopas e preparações no geral. Além de doces como massas de panquecas doces, bolos e brigadeiro de cacau. Referências 1. Haq IU, Imran M, Nadeem M, Tufail T, Gondal TA, Mubarak MS. Piperine: A review of its biological effects. Phytother Res. 2021 Feb;35(2):680-700. doi: 10.1002/ptr.6855. Epub 2020 Sep 14. PMID: 32929825. 2. Hewlings SJ, Kalman DS. Curcumin: A Review of Its Effects on Human Health. Foods. 2017 Oct 22;6(10):92. doi: 10.3390/foods6100092. PMID: 29065496; PMCID: PMC5664031. 3. Derosa G, Maffioli P, Sahebkar A. Piperine and Its Role in Chronic Diseases. Adv Exp Med Biol. 2016;928:173-184. doi: 10.1007/978-3-319-41334- 1_8. PMID: 27671817. 4.15. Salsa (Petroselinum crispum) A salsa, ou salsinha, salsa-de-cheiro, salsa-das-hortas, é originária da Grécia e da ilha de Sardenha, tem distribuição pela região mediterrânea, norte da África e sudoeste da Ásia, e é muito cultivada nas zonas temperadas de todo mundo.¹ Mais do que sabor, a salsa contém compostos bioativos como ácido ferúlico, apigenina e carotenoides, além de mineras e vitaminas, como zinco, potássio, betacaroteno, entre outros.2,3 Os seus fitoativos podem ter múltiplos mecanismos de ação no corpo como: 1. Potencial efeito antioxidante – Neutralização de espécies reativas de oxigênio, prevenir a peroxidação lipídica, além de aumentar a atividade de enzimas antioxidantes.1,2,3 2. Potencial de ação diurético – Aliviando a retenção de líquidos e também contribuindo com o controle da pressão arterial.4 Dicas para usar no plano alimentar 1. Pode ser utilizada para finalizar diferentes pratos, mudando a forma de apresentação de preparação comuns no dia a dia. 2. A combinação com outras ervas e especiarias pode ser excelente para o preparo de marinadas secas para diferentes tipos de carnes. Combina com: molhos para salada, aromatizar manteiga, peixes, marinadas para carnes e frango, bolinhos salgados, tortas, ovos. Referências 1. WANG Xia et al. Flavonoid intake and risk of CVD: a systematic review and meta-analysis of prospective cohort studies. British Journal of Nutrition. 111. 1; 1-11, 2014 2. Salehi B, et al. The Therapeutic Potential of Apigenin. Int J Mol Sci. 2019;20(6):1305. 3. Oliveira, V.S. et al. Parsley (Petroselinum crispum Mill.): a source of bioactive compounds as a domestic strategy to minimize cholesterol oxidation during the thermal preparation of omelets. Food Res Int. 2022; 111199. 4. Kreydiyyeh SI, Usta J. Diuretic effect and mechanism of action of parsley. J Ethnopharmacol. 2002 Mar;79(3):353-7. doi: 10.1016/s0378- 8741(01)00408-1. PMID: 11849841. @kitano.brasil kitanobrasil @kitano.brasil @kitano.brasil TEMPERO NÃO É TUDO IGUAL