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Especiarias e ervas aromáticas Apresentação As ervas aromatizadas de diferentes plantas e especiarias derivadas de frutos aromáticos, sementes, casca ou raízes de outros, têm sido usadas para fins culinários e medicinais desde a Pré- História até o presente momento. São usadas pelo seu sabor, aroma e cor, até como conservantes em alimentos, são usadas também na produção e na conversação de bebidas, bem como na culinária para combater a oxidação lipídica em alimentos. As ervas e as especiarias contêm vários compostos bioativos com efeito positivo na saúde humana. Muitas cozinhas étnicas são reconhecidas pelo uso de ervas e temperos exclusivos, como, por exemplo: a culinária indiana é conhecida pelo uso do açafrão, a italiana por manjericão, alho e orégano, entre muitas outras. O conhecimento das ervas e das especiarias por profissionais nutricionistas possibilita melhorar as características sensoriais dos alimentos, compreendendo sua aplicação quanto ao uso e aplicação para a conservação dos alimentos, melhorando as suas características. Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá a história e a origem das ervas aromáticas e das especiarias, assim como a sua aplicação na técnica dietética para o preparo de alimentos. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a história e a origem das especiarias e das ervas aromáticas.• Descrever as especiarias e as ervas aromáticas utilizadas no preparo de alimentos.• Listar as diversas utilizações das especiarias e das ervas aromáticas na técnica dietética.• Desafio A hipertensão arterial é uma doença crônica que vem crescendo na população de todo o mundo, estando relacionada em partes à alimentação, por isso, enquanto nutricionista, é preciso orientar os pacientes quanto às boas práticas na alimentação, tendo como objetivo melhorar e controlar a doença. Imagine que você é nutricionista da prefeitura do município de Iracema, a qual tem um projeto de plantas medicinais que atua em parceria com o restaurante popular e as unidades básicas de saúde da cidade. O projeto consiste em atender portadores de hipertensão arterial, lhes orientando sobre as práticas de nutrição que auxiliam na redução e no controle da pressão arterial. Nesta semana será desenvolvida uma capacitação em conjunto para desenvolver receitas com ervas aromáticas e especiarias para o grupo de hipertensos. Com base no contexto acima, responda: a) Em relação às receitas a serem desenvolvidas com o grupo de hipertensos, quais ervas aromáticas e especiarias devem ser usadas, as quais têm benefícios diretos no controle da pressão arterial? Cite pelo menos quatro espécies. b) Em relação às ervas e às especiarias, como elas podem ser incluídas na rotina diária da alimentação do paciente hipertenso? c) Como essas ervas e especiarias devem ser preparadas para melhor aproveitar o seu valor nutricional? Infográfico Carnes e derivados podem sofrer oxidação, tornando o produto impróprio para o consumo, assim como os óleos de origem vegetal que também oxidam e reduzem o seu tempo de prateleira. Esses produtos se tornam rançosos, deixando sabor e aroma indesejáveis nos alimentos. Neste Infográfico, você vai ver a aplicação de algumas ervas e especiarias como inibidores da oxidação em alimentos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/08c6abe6-717b-4ef4-a7f6-dbe2706d5eee/44bda9cf-9dcc-450d-89ad-b622cc942ffb.png Conteúdo do livro Com o conhecimento sobre as ervas aromáticas e especiarias nas técnicas dietéticas, o profissional tem condições de oferecer ao seu cliente produtos com boa qualidade, seguros e com sabor e aroma agradáveis. No capítulo Especiarias e ervas aromáticas, da obra Técnica dietética II, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre a história das especiarias e o quanto elas foram importantes para a movimentação da economia e descoberta de novos países. Além disso, vai aprender sobre as especiarias e as ervas aromáticas que são usadas na culinária, além de como podem ser usadas na técnica dietética. Boa leitura. TÉCNICA DIETÉTICA II Ivonilce Venturi Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer a história e origem das especiarias e ervas aromáticas. Descrever as especiarias e ervas aromáticas utilizadas no preparo de alimentos. Listar as diversas utilizações das especiarias e ervas aromáticas na técnica dietética. Introdução Durante séculos, as especiarias e ervas aromáticas serviram não somente como excelentes fontes de sabores e cores aos alimentos, mas também são excelentes fontes de compostos bioativos, usados na medicina para tratar doenças. As especiarias tiveram grande importância na economia mundial antes do século XV influenciando inclusive na navegação e descoberta de novas terras. As especiarias são derivadas de diferentes partes das plantas, como casca, bagas, sementes, frutos, raízes, flores e podem ser utilizadas in natura, secas/desidratadas em forma de flocos, pó ou grãos (EMBUSCADO, 2018). Atualmente as ervas e especiarias continuam a ser usadas na culinária e possuem diversas funções além de fornecer sabor e aroma, também são usados como substitutos do sal e açúcar e também como conservante e antioxidante, elas praticamente não adicionam caloria aos alimentos, mas acrescentam compostos bioativos importantes para a saúde do homem. Neste capítulo, você vai conhecer o histórico das especiarias e ervas aromáticas, descrevendo o uso no preparo de alimentos, além das diversas utilizações na técnica dietética. História das especiarias e ervas aromáticas As ervas e especiarias têm desempenhado um papel essencial na formação da história mundial. Eles foram diretamente responsáveis pela abertura de grandes rotas comerciais, avanços na ciência médica e no desenvolvimento da culinária (REED, 2017). A palavra especiaria deriva do latin species, significando uma mercado- ria de especial distinção ou valor, não um item comum de mercadoria. Isto serve para destacar a ligação de longa data entre especiarias e comércio, em contraste com as ervas, por exemplo, que são mais comumente associadas a folhas frescas. Definições modernas do termo especiarias também se referem a uma origem distante e, especificamente, tropical; por exemplo, no Oxford English Dictionary as especiarias são definidas como “uma ou outra substância fortemente aromatizantes ou aromáticas de origem vegetal, obtidas a partir de plantas tropicais, comumente usadas como condimentos ou empregada para outros fins, devido à sua fragrância e qualidades conservantes”. No entanto, nenhuma definição consegue transmitir plenamente a vasta gama de finali- dades para as quais estas plantas são utilizadas (VEEN; MORALES, 2015). Alguns relatos descrevem que caçadores e coletores embalavam carnes em folhas de arbustos descobrindo acidentalmente que esse processo aumentava o sabor da carne, mantendo a carne por mais tempo, portanto, ervas e especiarias têm sido usadas desde a antiguidade como aromatizantes, conservantes de alimentos e também como medicinais. A história descreve a seguinte linha do tempo referente às ervas e especiarias: 1550 a.C — Papiro Ebers, um pergaminho egípcio, registrou o uso de ervas e especiarias no Egito com ênfase em seus benefícios na medicina, entre as especiarias registradas estão o anis, mostarda, açafrão e canela. Registros da época fazem observações a respeito da alimentação dos trabalhadores que construíram a Grande Pirâmide de Quéops, quais consumiam cebola e alho como meio de promover a saúde. Este pergami- nho prova que as especiarias já eram conhecidas há mais de 3500 anos. 1000 a.C — a rainha de Sabá visitou o rei Salomão em Jerusalém eofereceu-lhe “120 medidas de ouro, muitas especiarias e pedras pre- ciosas”. Nesta época um “punhado” de cardamomo valia tanto quanto o salário anual de um homem pobre, também escravos eram vendidos e comprados por algumas xícaras de pimenta. Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas2 950 a.C — os mercadores árabes foram carregados por camelos e burros pela Índia, China e também pelo sudeste da Ásia, pela rota conhecida como “Rota do Incenso”, para conseguir especiarias aos gregos. 700 a 800 a.C eram cultivados nos jardins da Babilônia especiarias indígenas como cardamomo e açafrão. 668 a.C — foi encontrado um rolo de escritas cuneiforme, estabelecido pelo rei Assurbanipal da Assíria, o qual registra uma lista de plantas aromáticas como tomilho, gergelim, cardamomo, açafrão, papoula, alho, cominho, anis, coentro, endro e mirra. O óleo vegetal usado na época era o óleo de gergelim. 641 a 331 a.C — os gregos importavam especiarias orientais como a pimenta, cássia, canela e gengibre para a região do Mediterrâneo, que eram muito usadas para a culinária. Era comum o uso de papoula para a produção de pão, a erva doce era usada para molhos a base de vinagre, e condimentos como coentro era apreciado em comidas e vinho, a hortelã servia para aromatizar molhos de carne. 559 a.C — na Pérsia era produzido óleos essenciais de rosas, lírios, coentro e açafrão. Condimentos como cebola, alho e cebolinha eram populares na Pérsia. 460 a 377 a.C — na Grécia antiga, Hipócrates “Pai da medicina” esta- beleceu um sistema científico que ilustrava o valor das ervas no alivio de dores e para a cura de doenças, estavam incluídas o açafrão, canela, tomilho, coentro, hortelã e manjerona. No mundo Árabe e na Índia começa a se desenvolver um lucrativo comercio de ervas e especiarias. 1º século d.C — o médico grego Dioscorides descreveu mais de 500 plantas medicinais incluindo suas propriedades medicinais, estes relatos estão na obra Materia Medic. Os romanos usavam ervas e especia- rias trazidas da Índia por embarcações para utilização em perfumes, cosméticos, remédios e também para uso na culinária. Nesta época aproximadamente surge a rota terrestre da China — “Rota da Seda”. Século 5 — durante este século na China eram cultivadas plantas de gengibre e levadas nas longas viagens marítimas entre China e Sudeste Asiático fornecendo vitaminas para evitar o escorbuto. 742-814 — o rei da França e imperador do Ocidente Carlos Magno teve uma grande importância no desenvolvimento e cultivo das ervas locais. Ele foi o primeiro líder a ter agricultores plantando uma grande 3Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas variedade de ervas para a culinária como anis, erva doce, feno-grego, sálvia, tomilho, salsa e coentro. 1096 — com a chegada das Cruzadas a troca internacional de merca- dorias tornou-se muito comum, logo as especiarias asiáticas como a pimenta, noz-moscada, cravo e cardamomo tornaram-se mais comuns. 1180 — o rei Henrique II fundou uma “guilda” de comerciantes ataca- distas, sendo esta a antecessora das mercearias. A guilda incluía além do comércio de especiarias, a limpeza e preparação para a venda. Século 12 — durante a Idade Média, o fluxo de mercadorias de leste para oeste diminuiu até o momento em que novas rotas comerciais foram abertas pelos cruzados quando eles voltaram da Terra Santa e o comércio de ervas e especiarias floresceu mais uma vez. As cidades italianas de Veneza e Gênova enriqueceram ao capitalizar esse novo comércio. 1270 — Marco Polo sai de Veneza para encontrar uma nova rota para o Extremo Oriente que contornaria os comerciantes árabes que na época ainda controlavam o comércio e mantinham os preços altos das especiarias. Ele retornou 25 anos depois trazendo consigo ervas e especiarias novas e exóticas da China. Em seus registros de viagem menciona com frequência as especiarias como o óleo de gergelim do Afeganistão e as plantas de gengibre e cássia de Kain-du (Pequim) cidade que as pessoas bebiam um vinho de arroz e especiarias muito saboroso e os nobres consumiam carnes em sal e especiarias. 1393 — foi encontrado um registro deste ano que continha uma lista de preços dos condimentos, uma libra de açafrão custava o mesmo que um cavalo, uma libra de gengibre o referente a uma ovelha, e uma libra de noz-moscada o equivalente a 7 bois gordos. 1492 — Cristóvão Colombo partiu da Espanha para sua viagem ao oeste em busca de uma nova rota para as Índias Ocidentais, buscava ouro e especiarias. Ele voltou com pimenta da Jamaica e pimenta das índias Ocidentais. 1497 — o explorador Português, Vasco de Gama, partiu para descobrir uma rota marítima para o Oriente também em busca de especiarias. Chegou à costa oeste do Malabar, na Índia, e retornou a Portugal com uma carga de ervas, especiarias e joias. A partir de então a rota marítima para a Índia foi finalmente descoberta. 1519 — Hernan Cortez, o Conquistador espanhol, conquistou o México e durante seu reconhecimento do sudeste do México encontrou “Vanilla”. Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas4 Esta especiaria foi usada pelos astecas como tempero para temperar suas bebidas a base de chocolate. 1521 — a frota de Magalhães completou a primeira circunavegação do globo. Um navio retornou à Europa com uma carga rica das Ilhas das Especiarias (Molucas). Esta era de exploração levou a um aumento no número e na variedade de ervas e especiarias importadas disponíveis na Europa. 1545 — foi estabelecido na Universidade de Pádua, na Itália o primeiro jardim herbal destinado a fornecer plantas para fins de estudos médicos. 1602 — os holandeses fundaram a Companhia Holandesa das Índias Orientais para negociar diretamente com o Oriente por especiarias, dando aos holandeses o monopólio total do comércio de especiarias principalmente o cravo-da-índia e a noz-moscada, este comércio durou quase 200 anos. 1920 — os EUA passam a usar plantas como fonte de remédios, esse período vai até depois da primeira guerra mundial (1930) a partir de então começam a ser introduzidos medicamentos como aspirina pro- duzido a partir da casca do salgueiro. Na América Colonial beber chá passou a ser antipatriótico e foi substituída por bebidas com folhas de hortelã, erva-cidreira, amora silvestre, flores de camomila, entre muitas outras. Final do século XVIII, os britânicos expulsaram os holandeses da Índia e Londres passa a ser o centro do comércio mundial de especiarias. Nenhum país europeu detinha o monopólio de qualquer especiaria e o preço começou a cair. Os Estados Unidos entraram no comércio de especiarias quando os navios americanos “clipper” navegaram para o leste levando tabaco e alimentos para o comércio de chá, café, têxteis e especiarias. Fortunas foram feitas por esses comerciantes, um dos quais deu seu dinheiro e nome para a Universidade de Yale. Após 1846 uma superprodução de especiarias trouxe um declínio gradual em sua importância econômica ate o desaparecimento do comércio da pimenta de Salem. Hoje, ervas e especiarias continuam a ser provenientes de todo o mundo e são usadas em uma ampla variedade de aplicações, como na culinária para melhorar sabor e aroma das preparações, além de suas aplicações na medicina e cosmética (RODRIGUES; SILVA, 2010; VEEN; MORALES, 2015; TOU- WAIDE; APPETITI, 2015; REED, 2017). 5Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas O vídeo “Grandes Navegações” mostra um pouco da história das especiarias relacio- nadas às navegações. Saiba mais no link. https://goo.gl/1WistM Especiarias e ervas aromáticas utilizadas no preparo de alimentos A ANVISA por meio da RDC no. 276 de 22 de setembro de 2005 a qual aprova o regulamento técnico para especiarias, temperos e molhos, defi ne como especiaria “são os produtos constituídos de partes (raízes, rizomas, bulbos, cascas, folhas, fl ores, frutos, sementes, talos) de uma ou mais espéciesvegetais (descritas na tabela 1), tradicionalmente utilizadas para agregar sabor ou aroma aos alimentos e bebidas”, e temperos como “produtos obtidos da mistura de especiarias e de outro(s) ingrediente(s), fermentados ou não, empregados para agregar sabor ou aroma aos alimentos e bebidas”. As especiarias podem ser oriundas de diferentes partes de uma planta, podendo ser folhas, órgãos florais, casca, frutos ou raízes, quando secas possuem um sabor mais destacados que quando consumidas frescas. Ervas aromáticas são parte frondosa das plantas que não possuem caules lenhosos, podem ser frescos ou secos, levando em consideração que as ervas secas possuem um sabor mais forte que as ervas frescas (YULIANI; NURD- JANNAH, 2013; REED, 2017; DINI, 2018), como exemplo o manjericão, hortelã, salsa, louro, alecrim entre outros. O Quadro 1 apresenta uma relação de ervas e especiarias com seu nome comum e científico e a parte usada na técnica dietética: (DIRETORIA COLE- GIADA DA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2005). Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas6 Nome comum Nome científico Parte utilizada Açafrão Crocus sativus L. Estigmas florais Aipo marrom e verde Apium graveolens L. Talos, folhas e sementes Alcaçuz Glycyrrhiza glabra L. Raízes Alcaparra Capparis spinosa L. Botões florais Alecrim Rosmarinus officinalis L. Folhas e talos Alho Allium sativum L. Bulbos Alho porro Allium porrum L. Folhas e talos Anis estrelado Illicium verum Hook. Frutos Baunilha Vanilla planifolia Jacks. Frutos Canela-da-china Cinnamomum cassia Ness ex Blume Cascas Canela-do-ceilão Cinnamomum zeylanicum Ness Cascas Cardamono Elettaria cardamomum L. Sementes Cebola Allium cepa L. Bulbos Cebolinha verde Allium schoenoprasum L. Folhas e talos Cerofólio Anthriscus cerofolium (L.) Hoffm. Folhas e frutos Coentro Coriandrum sativum L. Talos, folhas e frutos Cominho Cuminun cyminum L. Frutos Cravo-da-índia Caryophyllus aromaticus L. ou Eugenia caryphyllata Thumb Botões florais Cúrcuma Curcuma longa L. e Curcuma domestica Valenton Rizomas Curry Murraya koenigii (L.) Spreng Folhas Endro ou aneto ou dill Anethum graveolens L Frutos, folhas e talos Quadro 1. Lista de ervas aromáticas e especiarias e a parte utilizada na culinária (Continua) 7Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas Nome comum Nome científico Parte utilizada Erva-doce; anis ou anis doce Pimpinella anisum L. Frutos Estragão Artemisia dracunculus L. Folhas e talos Feno-grego Trigonella foenum- graecum L. Sementes Funcho Foeniculum vulgare Mill. Folhas e talos Gengibre Zingiber officinale Roscoe Rizomas Gergelim Sesamum indicum L. Sementes Hortelã ou hortelã-pimenta Mentha piperita L. Folhas e talos Kümmel ou alcaravia Carum carvi L. Sementes Louro Laurus nobilis L. Folhas Manjericão ou alfavaca ou basílico Ocimum basilicum L. Folhas e talos Manjerona Majorana hortensis Moench. ou Origanum majorana L. Folhas e talos Menta ou menta doce ou hortelã-doce Mentha arvensis L. Folhas e talos Mostarda-branca Sinapsis alba L. ou Brassica alba Rabenth Sementes Mostarda-preta Brassica nigra (L.) Koch ou Sinapis nigra L. Sementes Mostarda amarela ou parda Brassica hirta Moench. ou Brassica juncea L. Sementes Noz-moscada ou macis Myristica fragrans Houtt Sementes e arilos Orégano chileno Origanum vulgare L. Folhas e talos Orégano mexicano Lippia graveolens Kunth Folhas e talos Papoula Papaver somniferum L. Sementes Quadro 1. Lista de ervas aromáticas e especiarias e a parte utilizada na culinária (Continuação) (Continua) Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas8 Fonte: Adaptado de ANVISA (2005). Quadro 1. Lista de ervas aromáticas e especiarias e a parte utilizada na culinária Nome comum Nome científico Parte utilizada Páprica Capsicum annuum L. Frutos Pimenta-branca, preta, verde ou pimenta-do-reino Piper nigrum L. Frutos. Pimenta-de-caiena Capsicum baccatum L Frutos Pimenta vermelha ou pimenta-malagueta Capsicum frutescens L. Frutos Pimenta cumari Capsicum praetermissum Heiser & Smith Frutos Pimentão vermelho, pimentão verde, pimentão amarelo e pimenta doce Capsicum annuum L. Frutos Pimenta-da-jamaica Pimenta officinalis Lindl. ou Pimenta dioica (L.) Merr. Frutos Pimenta rosa Schinus terebinthifolius Raddi Frutos Raiz forte Armoracia rusticana P. Gaertn Folhas e raízes Salsa Petroselinum sativum Hoffm. ou Petroselinum crispum (Mill.) Nyman. Folhas e talos Sálvia Salvia officinalis L. Folhas Segurelha Satureja hortensis L. Folhas e talos Tomate Lycopersicum esculentum L. Frutos Tomilho Thymus vulgaris L. Folhas e talos Urucum Bixa orellana L. Sementes Zimbro Juniperus communis L. Folhas e frutos (Continuação) 9Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas As ervas aromáticas e especiarias têm usos específicos na culinária, como sabor, aroma e cor e normalmente são usadas em pequenas quantidades e seu uso segue muitas vezes aspectos culturais considerando os países dos imigrantes para o Brasil. As especiarias e ervas possuem utilizações defini- das para determinadas preparações, levando a experiências de sabor, aroma características. Algumas ervas aromáticas e especiarias e seu uso culinário são descritos abaixo (RIZZA; GO, 2002; PHILIPPI, 2006; SARMA; BABU; AZIZ, 2014; GIBSON; NEWSHAM, 2018). Açafrão: possui um sabor ligeiramente amargo e picante, e deve ser usado com moderação, confere coloração com tonalidade amarelo- -laranja as preparações. Muito usado em preparações com arroz e frango. Aipo marrom e verde: é uma planta versátil e aromática, encontrado fresco ou em sementes moídas, podendo ser utilizado caule e folhas, podem ser adicionados a saladas, sopas, carnes e sucos, é muito usado na gastronomia para aromatizar caldos, confere um sabor refrescante aos pratos. Alcaparra: são botões de flores não abertos originários do Mediter- râneo, França, Itália e Espanha. São comuns em salmouras ou curadas com sal. Possuem sabor forte e picante. São bem usadas em molhos de tomate com carnes, para massas, é bem aceito em pratos com peixes, e também usado para o molho tártaro servido normalmente com salmão. Alecrim: arbusto típico da zona do Mediterrâneo, pode ser usado fresco com as folhas verdes, secos ou em pó. Usado como aromatizante para preparações a base de carnes, aves e carneiro, também usado em pães como o ciabatta e batatas ao murro. Com sabor refrescante e aroma intenso, deve ser utilizado em pequenas quantidades. É também usado para o preparo de temperos como “Ervas de Provença”. Alho: usado desde a antiguidade em diversas preparações, e pode ser consumido cru, refogado e frito, geralmente é utilizado juntamente com cebola nas preparações. Alho poró: o alho poró é muito próximo a cebola, com sabor mais delicado que lembra a cebolinha. É muito usado em preparações como sopas, combinados de batata, saladas, combina bem com alcachofras e em quiches. O alho poró é muito usado na gastronomia como parte que “bouquet garni” usado para aromatizar caldos e molhos. Anis estrelado: erva originaria da Ásia Oriental diferencia-se do anis ou erva doce por ser uma árvore de folhas perenes, com frutos compos- tos por capsulas que contem sementes avermelhadas e em formato de Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas10 estrela. Possui sabor aromático e doce, mais forte e picante que o anis comum. Deve ser utilizado em pequenas quantidades para aromatizar peixes e frutos do mar, doces, geleias de frutas, gelatinas e bebidas como chás e licores. Baunilha: é uma das especiarias mais caras, devido ao processo de curar as vagens longas e finas. É derivada de uma orquídea e as vagens levam de três a seis meses secando ao sol até que se tornem de coloração marrom, 75% de toda a baunilha são originaria de Madagascar. Com a baunilha são feitos extratos que são usados em aromatizantes, também é produzido o açúcar de baunilha. É muito usadaem preparações doce como creme brulee, souffle doces, cremes, e diversas sobremesas e bolos. Canela: é uma especiaria obtida da casca e galhos de uma árvore de origem chinesa. A canela pode ser encontrada em pó ou rama. Possui um sabor muito agradável e aroma adocicado e forte, muito usada em produtos de panificação, usada em pães, tortas de maça e biscoitos. Também é usada em preparações salgadas como frango marroquino, bebidas quentes como chocolate e vinho quente (quentão). É também adicionada a compotas de frutas e sobremesas como banana frita. Cardamono: originário da Índia, suas sementes de coloração creme contem pequenos grãos acinzentados, com aroma adocicado e forte, é uma especiaria cara. Antes de seu uso as sementes devem ser moídas. Usados em preparações indianas, picles, biscoitos, cremes para peixes, e frutas. Cebola: originaria da Ásia Central, foi disseminada para todo o mundo, é a base da culinária brasileira e de diversos países. Pode ser consumida crua em saladas, e em preparações cozidas como molhos de carnes, refogados de legumes, podem ser fritas a milanesa ou assada no espeto, em conserva, pode ser acrescentada em sopas, patês, sanduiches para agregar sabor, entre muitas outras preparações. Cebolinha verde: muito utilizada na culinária brasileira, é encontrada fresca, possui sabor e aroma suaves. É adicionada em sopas, saladas, legumes refogados entre muitas outras preparações. É também usada para decoração de pratos. Coentro: planta originaria do Oriente, exala um aroma doce e intenso, suas folhas, semelhantes a salsinha, são muito usadas na culinária nordestina e do norte do país. Os frutos (conhecidos por sementes) após secos e triturados exalam um aroma muito agradável. A planta pode ser encontrada fresca, vendidas em ramos e buques, estas são usadas em 11Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas refogados, peixes, mariscos e camarões, além de sopas e saladas, além de serem usadas para aromatizar bebidas como licores e cervejas, além das sementes serem muito utilizada no preparo de conservas de picles. Cominho: muito usado nas culinárias do Oriente Médio, Ásia e Medi- terrâneo, encontrado em grãos e em pó, possui gosto forte e levemente amargo, é um ingrediente comum em misturas de temperos em pó. Usado em preparações salgadas como feijão, carnes de frango e tem- peros para saladas. Sementes são usadas para decorar pães, saladas de batata e repolho. Cravo-da-índia: originário das Filipinas e Ilhas Molucas, é uma árvore alta e frondosa, é encontrado em forma de pó ou inteiro, possui um aroma forte e adocicado. É muito usado para preparações de compotas doces, pães, biscoitos, e também algumas preparações salgadas como carnes. É também usado em bebidas como vinho quente. Cúrcuma: também conhecido como açafrão do amazonas, açafrão da terra ou gengibre dourado, não tem uma origem certa, e cresce espontaneamente. É utilizado o rizoma que deve ser seco e moído. Devido a sua grande quantidade de óleo são muito usados para fazer óleo essencial. Seu sabor levemente picante é usado para aromatizar sopas, peixes, ovos, queijos e molhos, é também usado no preparo de bebidas como licores. Outra função desta especiaria é colorir alimentos, por isso é adicionada a preparações como molhos vermelhos, mostarda, entre outros. Curry: a planta curry (Murraya koeniggi) é de origem Indiana, tam- bém conhecida como erva-do-caril. Suas folhas aromáticas são usadas trituradas em misturas de temperos, possui cheiro picante e sabor cítrico que remete ao limão. Muito usado em pratos a base de frango. Da planta pode ser extraído o óleo essencial muito usado na medicina. Seus frutos são comestíveis e as sementes são tóxicas. Endro ou aneto ou dill: tem sua origem no sul da Europa e oeste da Ásia, a planta chega a atingir um metro de altura, possui talos lisos, verde-escuros, com listras claras e manchas cor azul-pálido. As fo- lhas possuem sabor suave e picante, as sementes sabor mais intenso e amargo. As sementes podem ser usadas em forma de pó ou inteiras e são muito apreciadas no preparo de tortas de maçã, biscoitos. As folhas são muito usadas em conversas de pepino, sopas, batatas cozidas, entre outras preparações. Erva-doce; anis ou anis doce: encontrada em forma de sementes, possui sabor que se assemelha ao do anis. Usada para aromatizar chás Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas12 e outras bebidas como sucos. É também muito usada em produtos de panificação como pães, bolos, além de ser utilizada também no preparo de alguns tipos de linguiça. Estragão: tem sua origem na Rússia e Ásia, conhecida como “língua de dragão” pelos turcos e muito usada na culinária internacional. En- contrado fresco e em conserva. As folhas secas perdem seu aroma. É usado em sopas de legumes, carnes, aves e peixes, além de ser utilizado em bebidas como o suco de tomate. É produzido o vinagre de estragão muito usado para preparar molhos como maionese e pode substituir o alho em preparações. Funcho: sua origem é do sul da Europa e pode ser encontrado como funcho doce e amargo. Do funcho pode ser utilizado as raízes que possuem sabor picante, os talos e folhas com sabor anis e os grãos. O funcho doce é o mais empregado como condimento, o uso das folhas picadas melhoram o sabor em peixes e podem ser usados em saladas e molhos, as sementes são usadas em produtos de panificação como pães, tortas, principalmente tortas de frutas. Na culinária italiana é usada em tainhas, sardinhas e figos secos. Gengibre: é uma raiz apimentada, pode ser encontrada fresca, seca, moída, salmouras e cristalizadas. Pode ser usado em preparações doces e salgadas. Adiciona uma nota doce e quente aos pratos salgados como peixes, frangos e também bolos e doces. Muito utilizado na culinária japonesa. Gergelim: originário da Índia, as sementes são pequenas de coloração branca ou preta, o sabor remete a notas de nozes. É muito usada na panificação para pães, bolos e muitos pratos de origem chinesa e sírio- -libanês. Com o gergelim é possível também fazer óleos e pastas árabes como o tahine e o pé de moleque. Hortelã ou hortelã-pimenta: é geralmente utilizada fresca, seu sabor que remete a frescor é muito usado pelos árabes para o preparo de diversas comidas como quibe, tabule, molhos para carneiros, além de ser usada para aromatizar chás e sucos, e também chocolates. Kümmel ou alcaravia: de procedência da Holanda, as sementes podem ser confundidas com o cominho, no entanto, são um pouco mais escuras e com aroma diferente e forte. São usadas para o preparo de salsichas, sopas de repolho e beterraba, queijos, pães pretos, licores, legumes e vegetais. As folhas são usadas em saladas e sopas. Louro: a planta pertence a família da cânfora e da canela, as folhas possuem óleos aromáticos e são encontradas secas ou frescas. O louro 13Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas também é encontrado em pó. É um tempero bastante utilizado na culi- nária brasileira em preparações salgadas como marinadas, ensopados, feijão, sopas, peixes e carnes. É utilizado também em conservas de picles. Manjericão ou alfavaca ou basílico: o manjericão possui uma grande variedade de espécies como a alfafa e todas as espécies tem em comum o sabor quente e balsâmico, com nota de frescor, quando consumido fresco possui notas apimentadas e aroma doce e forte. É bastante utilizado fresco em molhos de tomate, pizzas, saladas, ovos mexidos, carnes vermelhas e peixes. Também é usado para a preparação do molho pesto, vinagres e óleos aromatizados. Manjerona: tem sua origem no Oriente, esta planta já foi muito utilizada para aromatizar ambientes, armários. Atualmente é muito utilizada na culinária, e pode ser encontrada seca ou fresca. Possui sabor quente e levemente apimentado. É muito utilizada em carnes, molhos de tomate e pizzas. Pode substituir o alecrim e o oréganonas preparações. Mostarda: a mostarda é da mesma família do agrião, a mostarda preta em origem asiática e suas sementes de coloração preta possuem o dobro do tamanho da mostarda branca. A mostarda branca tem sua origem na Europa, possui sementes pequenas com coloração que varia em tons de castanho claro. Da mostarda são utilizadas as folhas e as sementes, sendo que as negras são mais picantes que a branca. Vendidas em grãos inteiros ou moídos (em forma de pó). Muito usadas para preparar o molho de mostarda, picles, recheios para carnes e legumes, canapés e outros sanduiches. Suas folhas podem ser consumidas cruas como saladas ou como ingredientes de sanduiches e tortas. Noz-moscada ou macis: a parte mais usada é a que fica dentro do caroço, a noz é vendida ao natural, podendo ser encontrada também em pó. Usada em preparações doces como bolos e sobremesas e em cremes salgados como molho em geral como exemplo o molho branco e purê de batata, preparações a base de queijo, estrogonofe, também é usada em bebidas como vinho quente e ponche. Orégano: é uma espécie semelhante a manjerona, se diferencia pelo tamanho e cor das flores. Possui aroma mais forte que a manjerona e tomilho. Faz parte da culinária italiana, grega e mexicana. Na culinária francesa o orégano é usado fresco para temperar pepinos e cenouras. Encontrado seco e fresco, mas é tipicamente usado na culinária na forma seca. É adicionado em pizzas, molhos, preparações a base de tomate, Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas14 pode ser usado em preparações como recheios de pasteis, ensopados, peixes e sopas e algumas saladas como tomate. Páprica: é produzida a partir da pimenta vermelha, possui cor laranja a vermelho e sabor que variam de leve a picante. É muito usada para apimentar alimentos e dar cor as preparações. Pimenta-do-reino: nativa das florestas equatoriais da Índia e muito usada na culinária indiana, desta planta, são usadas as bagas. A pimenta pode ser encontrada em grãos e moída. Pode ser encontrada preta, verde ou branca. A pimenta verde deve ser colhida antes de iniciar o processo de amadure- cimento, quando esta tenra, é conservada em óleo ou vinagre e tem um poder bem aromatizante; A pimenta preta é colhida antes das bagas estarem completamente maduras, e passam pelo processo de secagem até que escureçam e fiquem rugosas. Esta é conhecida como pimenta-do-reino. Muito usada para o preparo de carnes vermelhas e refogados. E a pimenta branca é colhida madura e permanece de molho até que sua película externa seja retirada, tornando-a mais fina e aromática que a pimenta preta. Possui sabor mais suave por isso é preferida para peixes, molhos brancos e maionese. É um tempero fundamental usado em todo o mundo para temperar muitos pratos salgados e atualmente alguns doces estão sendo preparados com pimenta, conferindo característica picante. A pimenta pode ser encontrada em grãos e em pó. Em grãos são mais usados para sopas, conservas de picles e carnes, e em pó é muito usada em molhos, carnes, caldos, legumes e ovos. Pimenta-caiena: é uma mistura de pimentas secas e moídas e é utilizada na culinária mexicana e italiana. É vendido em forma de pó e adiciona toque picante sem alterar muito o sabor da preparação. Pimenta malagueta ou vermelha: cultivada na Índia, África, México, Japão, Turquia e Brasil. Tem sabor muito picante. A culinária nordestina usa comumente a pimenta malagueta. Podem ser encontradas frescas quando verdes, maduras com coloração vermelha ou arroxeada e secas podem ser encontradas em pó ou conserva. A pimenta é conhecida pelo seu sabor picante, sendo que, as partes mais picantes são as sementes e as fibras internas. Podem ser usadas em muita preparações tanto salgadas quanto doces. No Brasil existem diversas variações de pimentas desde as pimentas que não ardem até as ardidas. 15Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas Pimenta rosa: originaria da América do Sul e bem adaptada a Ásia tropical. A pimenta rosa é o fruto de uma árvore da aroeira. São secas antes de serem utilizadas, aromática e com pouca ardência e sabor suave e adocicado os grãos são bem aceitos em preparações cozidas como carnes vermelhas, carnes de caças, codornas. É muito usada também para aromatizar sorvetes, doces e chocolates. Raiz forte: a raiz forte possui algumas espécies diferentes, algumas com folhas adocicadas que podem ser consumidas cruas como saladas. A raiz é comestível e possui um sabor acre e picante, pode ser encon- trada fresca, congelada, moída, o seu preparo causa ardência nos olhos semelhante a cebola. Usada na culinária japonesa e alemã. É usada em molhos de peixe ou para acompanhar carnes assadas ou cozidas como porco. Quando em pó misturada ao vinagre pode substituir a mostarda. Salsa: pode ser encontrada com folhas lisas e crespas, e encontrada fresca e desidratada, possuem sabor doce ao picante e são muito usadas para realçar o sabor de outras ervas. Possui boa resistência a fervura e à fritura, no entanto, se recomenda acrescentar nas preparações ao final, conservando o aroma e sabor. São usados para decorar pratos salgados crus e cozidos. Sálvia: são folhas verdes e prateadas aveluadas e levemente acinzen- tadas. Podem ser encontradas frescas ou secas e em pó. São usados em pratos a base de carnes, aves, peixes e queijos. Tomilho: na antiguidade o tomilho era usado para embalsamar as múmias, atualmente é parte das ervas aromáticas da culinária. É uma planta com alto grau de óleo o que permite a sua extração, o óleo usado na culinária agrega sabor e aroma. Usado em vinhas d álho e molhos para marinar. Pode ser encontrado fresco, seco e em forma de pó. Usado para o preparo de peixes, sopas, beterraba, cenoura, ovos e queijos. Zimbro: é uma baga muito aromática retirada de uma árvore espinhosa, são azuladas e muito usadas como especiaria no Hemisfério Norte. São aromáticas, amargas e picantes com leve sabor de pinho, podem ser usadas inteiras ou moídas. São usadas para o preparo de bebidas na indústria como o gim inglês, aguardentes e como especiaria é usada para carnes, molhos, patês e chucrute. Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas16 Usos das especiarias e ervas aromáticas na técnica dietética As ervas aromáticas e especiarias são usadas para diversas fi nalidades além de conferir sabor e aroma as preparações. Abaixo estão descritas algumas das utilizações das ervas e especiarias na técnica dietética (DEL RE; JORGE, 2011; DEL RE; JORGE, 2012; EMBUSCADO, 2015; WEILLER; BEZERRA, 2017; LARANJEIRA et al., 2017; SOUZA, 2017; INÁCIO, 2017; CUTR IM, 2017; PINHEIRO et al., 2017; LEAO, et al., 2017). Essências: as ervas aromáticas e especiarias podem ser usadas para a fabricação de essências ou aromatizantes para alimentos. São soluções alcoólicas obtidas pela maceração de uma planta ou parte dela durante um período de tempo o qual dá o nome de essência como exemplo à essência de anis, baunilha, hortelã, amêndoa, menta e casca de laranja ou limão. As essências devem ser produzidas com ervas e especiarias naturais. As essências são usadas para agregar sabor a preparações como doces, bolos, docinhos de festas, entre outras preparações. Licores: são preparados pela maceração e posterior destilação, os mais comuns são licores de anis, laranja, hortelã, entre muitos outros, além de serem feitas misturas de especiarias para a produção de licor ou são acrescentados em outras formulas como licor de abacaxi com hortelã, chocolate com baunilha. Os licores são bebidas que podem ser consumidas puras ou em preparações doces. Chás: as ervas aromáticas são comumente usadas para o preparo de chá, como o chá de hortelã, canela, anis ou em misturas de ingredientes como abacaxi com gengibre, laranja mel e especiarias, entre outros. Os chás podem ser consumidos puros ou podem ser acrescentados em produtos de panificação como pães e biscoitoscomo forma de agregar aroma e são usados em substituição ao leite. Cervejas: as especiarias estão sendo muito usadas para o preparo de cervejas artesanais, fornecendo sabores e aromas inusitados, proporcio- nando experiências variadas ao degustar cervejas. As especiarias mais usadas são anis estrelado, canela, coentro, pimenta, gengibre. Este uso permite realçar o sabor e aroma das cervejas. Vinagre: o vinagre é usado em praticamente todas as culturas como um condimento. Pode ser fabricado a partir de diversas fontes como o vinho, álcool etílico, frutas e grãos como o arroz e a malte. Estes vinagres podem ser aromatizados com ervas e especiarias. Escolher 17Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas as ervas que serão adicionadas ao vinagre, devendo estar secas e tritu- radas, normalmente se utiliza ½ xicara de ervas ao vinagre deixando descansar por uma noite e filtrar no dia seguinte, pode-se adicionar um ramo da erva que o vinagre foi saborizado, a orientação é consumir em uma semana. Misturas de temperos: as ervas e especiarias são muito usadas na culinária para a produção de mix de ervas, que são usadas para temperar diferentes preparações, como exemplo: ■ Ervas de Provence: receita originária do sul da França, a mistura leva alecrim, tomilho, manjerona e segurela, podem ser acrescentados a receita estragão, sálvia, lavanda, casca de limão e sementes de erva doce. Este mix de ervas pode substituir o sal em diversas preparações conferindo aroma característico. É bastante usada pra o preparo de quiches, legumes grelhados e carnes como cordeiros frango e porco. Outra utilização é no preparo de vinagrete. ■ Cinq épices: é constituído de uma mistura de cinco especiarias chi- nesas que são moídas sendo a pimenta de Sichuan, anis estrelado, canela da china, cravo e sementes de erva doce, esta mistura resulta em um toque doce, quente e picante. Indicada para ser usada em carnes de porco, ensopados com carnes vermelhas ou almondegas. ■ Rase l hanout: mistura de especiarias originaria do norte da África, sua fórmula leva noz-moscada ralada, pétalas de rosas desidratadas, cúrcuma, erva-doce, pimentas vermelhas desidratadas, flores de lavanda, cravos, pimenta da Jamaica e cardamomo. Muito usado em preparações a base de frango como frango assado, legumes na manteiga ou ensopados de carne principalmente carne de cordeiro. ■ Garam masala: originário da Índia, combina ingredientes como cardamomo preto, canela, cravo, pimenta do reino, sementes de cominho e de coentro. Algumas variações da receita levam noz- -moscada. Usada para temperar preparações como carnes grelhadas e com molho, legumes picantes e perfumados, além de ser muito usado em preparações vegetarianas. ■ Curry: é um tempero indiano que tanto pode ser produzido por uma mistura de especiarias como existe a planta curry, neste caso quando mistura de especiarias normalmente leva gengibre, canela, cominho, cardamomo, cravo, erva-doce, cúrcuma e coentro em grão, dependendo da região que é produzido pode levar outros ingredientes como pimenta do reino, pimenta vermelha e pimentão, todos esses ingredientes devem estar desidratados e em forma de pó. É muito Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas18 usado para temperar carnes, peixes, aves, molhos, sopas, assados em geral e cozidos. Na Índia esta mistura esta presente em quase todas as preparações inclusive nas frutas e chocolate quente. O Sal de ervas é uma mistura de ervas aromáticas usado em substituição ao sal. Para preparar o sal de ervas pode ser utilizado alecrim, manjericão, orégano, cheiro verde todos na mesma medida acrescentando a mesma medida de sal comum ou sal rosa. Triturar tudo e armazenar em pote bem fechado. Usar em substituição ao sal de cozinha. Molhos: as especiarias e ervas aromáticas também são muito usados na culinária para o preparo de molhos, como exemplo: ■ Molho bechamel: este molho branco leva noz-moscada, louro e pimenta branca em sua receita, dando um sabor característico a preparação. É um molho muito usado na culinária podendo inclusive ser usado em preparações como lasanha, massas e legumes, peixes e aves. ■ Molho pomarola: este molho leva o manjericão como carro chefe para dar o sabor característico da receita, também é usado alho, cebola e pimenta na receita. Este molho é usado em diferentes preparações como carnes vermelhas e massas. ■ Molhos agridoces: para este molho são normalmente usados pimen- tão, cebola, e pimenta além de óleo de amendoim. Muito usado para legumes refogados. ■ Molho de alecrim e limão: usa-se alecrim e limão como base de sua receita, muito usado para temperar saladas por seu sabor refrescante. ■ Catchup: nesta preparação são usadas muitas especiarias como a pimenta do reino branca, pimenta da Jamaica, cravo da índia, canela, mostarda, pimentão, alho e cebola. Esta preparação acompanha muitas preparações fritas como batata, hambúrguer, entre outras. Corantes: algumas especiarias tem o poder de conferir cor as prepa- rações como exemplo o açafrão, urucum e canela. Estes são usados para colorir preparações como arroz, carnes, bolos, pães entre outros. Óleos de especiarias: algumas especiarias têm sido usadas para o preparo de óleos, como o uso da semente de coentro rica em óleo, este 19Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas é bastante usado para o preparo de carnes, peixes e frango, além de combinar muito bem com pasta de queijo. Outros óleos também são encontrados como o óleo de pimenta preta, canela, cardamomo. Estes óleos ainda tem um custo alto devido a alta quantidade de produto para conseguir extrair um litro de óleo, por outro lado estes óleos possuem um aroma e sabor muito intensos. Óleos/Azeites aromatizados: como uma alternativa aos óleos de es- peciarias, diversos óleos como o de girassol, arroz, e azeite de oliva são aromatizados com a finalidade de conseguir produtos que irão intensificar o aroma das preparações, podendo ser usado em molhos, refogados. Os óleos e azeites aromatizados vêm ganhando espaço na culinária. Como exemplo o azeite de oliva com pimentas, alho, man- jericão, manjerona, coentro, hortelã, alecrim entre outros. Substitutos antioxidantes para óleos vegetais: os óleos vegetais pre- cisam da adição de antioxidantes para aumentar seu tempo de vida de prateleira, evitando a oxidação conhecida como ranço. Na indústria os antioxidantes adicionados aos óleos são sintéticos, no entanto, devido a necessidade de alimentos mais naturais, uma alternativa viável é a adição de extratos hidroalcóolicos de especiarias como cravo e canela. Conservas: as conversas de pepino, cenoura, beterraba, brócolis entre muitas outras, são um meio de conversar alimentos por mais tempo. As receitas levam normalmente água, sal, açúcar e especiarias, estas são usadas para agregar sabor e melhorar o tempo de vida de prateleira das conversas. Como exemplo a folha de louro, endro, coentro, pimenta são muito usados para o preparo das conservas. Ação antimicrobiana: a indústria de alimentos buscando alternativas para substituir os conservantes sintéticos esta utilizando ervas aromá- ticas e especiarias para inibir o crescimento de microrganismos como exemplo em sardinhas a utilização de cravo, alho, canela, alecrim, orégano, pimenta, ou seus óleos essenciais que são ricos em eugenol, carvacrol e timol, que possuem elevada ação antimicrobiana. Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas20 CUTRIM, E. S. M. Avaliação da atividade antimicrobiana e antioxidante dos óleos essen- ciais de Zingiber officinale Roscoe (gengibre) e Rosmarinus officinalis L. (alecrim) frente às bactérias patogênicas. 2017. 69 f. TCC (Graduação) — Curso de Química Industrial, Universidade Federal do MaranhÃo, São Luís, Maranhão, 2017. Disponível em: <http:// hdl.handle.net/123456789/1519>. Acesso em: 6 out. 2018. DEL RE, P. V; JORGE, N. Especiarias como antioxidantes naturais: aplicaçõesem alimen- tos e implicação na saúde. 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PICKLES DE FRUTOS E VINAGRES COM ADIÇÕES: DESENVOLVI- MENTO DE NOVOS PRODUTOS NO ÂMBITO DO PROJECTO UIIPS-ESAS EM TECNOLOGIA VINAGREIRA. Revista da Uiips — Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém, Si, v. 2, n. 5, p.80-94, 2017. Disponível em: <http://repositorio.ipsantarem.pt/ bitstream/10400.15/2009/1/390-1011-1-PB.pdf>. Acesso em: 20 out. 2018. 21Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas LEÃO, L. L. et al. Uso de antioxidantes naturais em carnes e seus subprodutos. Caderno de Ciências Agrárias, [S.l.], v. 9, n. 1, p. 94-100, abr. 2017. ISSN 2447-6218. Disponível em: <https://seer.ufmg.br/index.php/ccaufmg/article/view/4249/3240>. Acesso em: 1 nov. 2018. PHILIPPI, S. T. Nutrição e Técnica Dietética. 2a ed. São Paulo: Ed. Manole, 2006. 402 p. PINHEIRO, P. F. et al. USAGE OF ESSENTIAL OILS OF BASIL (Ocimum basilicum L.) AND GINGER (Zingiber officinale Roscoe) FOR FLAVORING OLIVE OIL. Nucleus, [s.l.], v. 14, n. 1, p.189-196, 30 abr. 2017. 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Técnica dietética: especiarias e ervas aromáticas22 Conteúdo: Dica do professor As ervas aromáticas são vendidas em feiras e mercados na forma in natura e secas. As ervas frescas devem ser utilizadas preferencialmente nas preparações, pois dessa forma mantêm suas características organolépticas, além de suas propriedades fitoquímicas, sendo importante cuidar com o armazenamento, de modo que seja possível mantê-las frescas por mais tempo. Nesta Dica do Professor, você vai ver alguns métodos de conservação das ervas aromáticas, visando ao prolongamento do seu tempo de vida, preservando suas características de sabor e aroma. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b39f40da91e0191412baa5da3a5cfda7 Exercícios 1) A Anvisa, por meio da RDC n.o 276, de 22 de setembro de 2005, define “produtos constituídos de partes (raízes, rizomas, bulbos, cascas, folhas, flores, frutos, sementes, talos) de uma ou mais espécies vegetais, tradicionalmente utilizadas para agregar sabor ou aroma aos alimentos e bebidas”. Esse conceito se refere ao que? A) Ervas aromáticas. B) Especiarias. C) Temperos. D) Mix de ervas. E) Bebidas aromatizadas. 2) As ervas aromáticas e as especiarias têm usos específicos na culinária, como, por exemplo, realçar o sabor e o aroma dos alimentos. Assinale a alternativa que contém apenas ervas aromáticas. A) Pimenta, gengibre, zimbro e noz-moscada. B) Anis-estrelado, cravo, cardamomo e açafrão. C) Manjericão, hortelã, salsa, louro e alecrim. D) Manga, maçã, banana e morango. E) Gengibre, açafrão e cúrcuma. 3) Ervas e especiarias como alecrim, orégano, alho e coentro têm sido amplamente utilizadas na produção de diversos produtos, como embutidos de carnes, geleias, aromatização de óleos, entre outros. Assinale a alternativa que apresenta outra função das ervas e das especiarias, além de dar sabor e aroma aos alimentos. A) Emulsificante. B) Estabilizante. C) Acidulante. D) Umectante. E) Antioxidante. 4) As especiarias têm a capacidade de conferir coloração às preparações. Assinale a alternativa que contém especiarias capazes de colorir alimentos e que são muito usadas na culinária. A) Açafrão e urucum. B) Alho e cebola. C) Baunilha e cravo. D) Cascas de laranja e limão. E) Tomilho e orégano. 5) A pimenta é um ingrediente encontrado na culinária de muitos países. Ela tem diversas variedades, entre elas a pimenta-do-reino verde, preta e branca. Estas podem ser encontradas em grãos e em pó. A respeito da pimenta-branca, assinale a alternativa correta. A) É colhida antes das bagas estarem completamente maduras, passando pelo processo de secagem até que escureça e fique rugosa. B) Deve ser colhida antes de iniciar o processo de amadurecimento; quando está tenra, é conservada em óleo ou vinagre, tendo um poder bem aromatizante. C) É produzida a partir da pimenta vermelha, tem cor laranja a vermelha e sabores que variam de leve a picante. D) É colhida madura e permanece de molho até que sua película externa seja retirada, tornando- a mais fina e aromática quea pimenta-preta. E) Podem ser encontradas frescas quando verdes, maduras com coloração vermelha ou arroxeada e secas podem ser encontradas em pó ou em conserva. Na prática As ervas e as especiarias são muito utilizadas na cozinha industrial devido ao seu poder de aromatizar as preparações, além de aromatizar, também são usadas para dar sabor a algumas preparações. No entanto, para que se consiga um aproveitamento máximo dos compostos químicos responsáveis pelo aroma e pelo sabor são necessários alguns cuidados. Neste Na Prática, você vai ver como aproveitar melhor os aromas e os sabores das ervas e das especiarias na técnica dietética. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/a38276d4-73bc-44e2-823e-3d1723c8b30f/a9a4f00b-f132-4485-bdc4-cc127333eb29.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Especiarias: sabor com propriedades multifuncionais A seguinte revista traz uma matéria sobre as propriedades multifuncionais das especiarias. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Ervas aromáticas e similares O Ministério da Saúde de Portugal disponibiliza um material que descreve as ervas aromáticas e as suas aplicações na culinária, além de descrever suas propriedades nutricionais e terapêuticas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201711/2017110197433001512044164.pdf http://www.arslvt.min-saude.pt/uploads/writer_file/document/4505/Utilizacao_de_ervas_aromaticas_e__similares_na_alimentacao.pdf
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