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Direito tributário Relação Jurídica II

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Relação Jurídica II
DIREITO TRIBUTÁRIO
RELAÇÃO JURÍDICA II
No último bloco, foi discutida a relação jurídica tributária, hipóteses de incidência e fato 
gerador, o qual gera uma obrigação tributária. Com relação a essa obrigação, ela se sub-
divide em principal e acessória. A obrigação principal define o pagamento dos tributos e as 
penas ou multas, previsto no Art. 113, § 1º, do Código Tributário Nacional (CTN); já a obriga-
ção acessória diz respeito a uma prestação positiva ou negativa. Por exemplo, o ICMS é uma 
obrigação principal e a nota fiscal é uma obrigação acessória.
O Art. 113, § 3º, do CTN, define que o mero descumprimento de uma obrigação acessória 
converte, automaticamente, a ação em uma obrigação principal.
Ex.: a emissão da nota fiscal é uma obrigação acessória. No caso de a nota não ser emi-
tida, ela se torna obrigação principal, podendo gerar penas e multas.
O Art. 97, do CTN, somado com o Art. 114, do CTN, define que a obrigação principal 
depende de uma Lei em sentido formal, como regra de uma Lei Ordinária, para ser formada. 
Mas as obrigações acessórias podem ser criadas por todo o conjunto da legislação tributária, 
conforme prevê o Art. 115, do CTN.
Lembre-se de que a legislação se subdivide em normas, atos legais e atos infralegais, 
de modo hierárquico. Nessa perspectiva, as obrigações principais dependem de uma lei em 
sentido formal, mas as obrigações acessórias podem ser criadas por todo esse conjunto da 
legislação tributária, inclusive os atos infralegais, posição essa abaixo da lei. 
Ex.: suponha que um empresário sabe que terá a obrigação de pagar o imposto de 
renda. Entretanto, o fisco não pode cobrar o seu pagamento, pois ainda não foi efetuado o 
lançamento. Ou seja, ele não tem como saber ainda quanto ele deve pagar.
Lançamento
01) Conceito: é um ato administrativo, definido pelo Art. 142, do CTN, o qual tem como 
objetivo constituir o crédito tributário, torná-lo exigível perante o Poder Público, identificar 
quem é o sujeito passivo, a origem do crédito e o valor pendente. 
02) O crédito tributário decorre da obrigação tributária e tem a mesma natureza da obri-
gação tributária, definido pelo Art. 139, do CTN. Ele é constituído pelo lançamento.
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Relação Jurídica II
DIREITO TRIBUTÁRIO
Obs.: observe que o lançamento não é uma etapa da relação jurídica, mas sim o caminho 
e o meio para se constituir o crédito. Entende-se como etapas da relação jurídica a 
hipótese de incidência, fato gerador, obrigação e crédito.
03) O Art. 143, do CTN, define que todo lançamento que for feito em moeda estrangeira 
deve ser convertido em moeda nacional ao câmbio da data do fato gerador.
Ex.: era muito comum que uma pessoa em viagem ao exterior utilizasse seu cartão de 
crédito e o IOF fosse calculado, por exemplo, somente no dia de fechamento da fatura, 
levando em conta o câmbio da data do dia de fechamento. Entretanto, o Supremo Tribunal 
Federal entendeu que essa era uma condição injusta, definindo o art. 143.
04) Espécies de lançamento:
• Declaração
Definido pelo Art. 147, do CTN, é quando a lei exige a comprovação da situação fática por 
meio dos documentos indispensáveis. Há dois impostos lançados por declaração: Imposto de 
Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). 
Como exemplo, o ITCMD é pago quando há o envolvimento de uma herança e os docu-
mentos indispensáveis são: certidão de óbito, certidão de nascimento, escritura do imóvel e 
formal de partilha.
• Homologação
Definido pelo Art. 150, do CTN, exige o pagamento antecipado para depois prestar infor-
mações do que já foi pago.
Por exemplo, o imposto de renda é lançado por homologação. Nesse sentido, o paga-
mento é feito no ano respectivo do recebimento dos recursos e, somente no próximo ano, 
serão apresentados ao fisco os valores recebidos e pagos. Vale destacar que o fisco possui 
o prazo de 5 (cinco) anos para homologar as informações prestadas.
• Ofício
Existem duas situações dispostas em Lei, no Art. 149, do CTN:
I – IPVA
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DIREITO TRIBUTÁRIO
II – IPTU
O envio do carnê de IPVA e IPTU é considerado um lançamento de ofício, de acordo com 
a Súmula 397, do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
É importante lembrar que os impostos ITBI e ITCMD são lançamentos de declaração; os impos-
tos de IPTU e IPVA são de lançamentos de ofício e todos os outros impostos são de homologação. 
Obs.: O lançamento de ofício é feito por meio do arbitramento, conforme prevê o Art. 148, 
do CTN. Ele define que, quando não merecem fé as informações prestadas, o valor 
será arbitrado pelo fisco.
Em suma, quando um indivíduo ganha um dinheiro, configura a hipótese de incidên-
cia, sendo um fato gerador, surgindo a obrigação tributária de pagar o imposto de renda, 
por exemplo. Lembre-se de que essa obrigação tributária principal não pode ser cobrada 
enquanto o fisco não realizar o lançamento.
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros de Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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