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Profa. Dra. Paula Knox UNIDADE III Mecanismo de Agressão e Defesa Tipos de Imunidade Adaptativa Imunidade adaptativa Natural AtivaPassiva ArtificialNaturalArtificial Imunoprofilaxia = vacinação. Características das vacinas: eficácia na prevenção ou redução da gravidade; proteção duradoura e de longo prazo; imunidade com um número mínimo de doses; ampla proteção; efeitos adversos leves ou ausentes; estabilidade por período prolongado; produção em massa; acessibilidade a populações em risco de doenças infecciosas. Imunidade Adaptativa Ativa Artificial Ags vacinais – partículas imunogênicas derivadas do patógeno. Estabilizantes – manutenção da eficácia da vacina durante o armazenamento. Adjuvantes – melhora da resposta imune específica aos Ags vacinais. Antimicrobianos – traços – fabricação. Conservantes – impedem o crescimento de bactérias e fungos – vacinas multidose: Timerosal ou tiomersal – redução nos custos de armazenamento; Formaldeído – inativação viral e alteração da estrutura de toxinas bacterianas. Componentes das vacinas Monovalente: uma cepa de um único antígeno vacinal. Polivalente: duas ou mais cepas ou sorotipos do mesmo antígeno vacinal. Combinadas: combinação de diferentes Ags vacinais; prevenção simultânea contra doenças diferentes; facilitação de administração em crianças e o cumprimento do esquema vacinal. Vacinas – classificação por número de Ags vacinais Novas estratégias: Vacina contra a saliva de vetores de arboviroses; Material genético; Vacinas vetoriais; Plasmídeos bacterianos. Vacinas – classificação por tipo de Ags vacinais Tipo de Ags vacinais Exemplos Patógenos atenuados BCG, Sabin, quádrupla viral, febre amarela e rotavírus Patógenos inativados Pertussis, Salk, raiva, cólera, gripe e VHA Toxoides Difteria e tétano Polissacarídeos Meningococo grupos A, C, W135 e Y Polissacarídeos conjugados Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e pneumococos. Subunidade proteica Pertussis acelular, VHB e HPV Transferência de IgG materna para o feto: receptor neonatal (FcRn) - > expressão a partir do 3º trimestre; proteção ao RN contra todos os patógenos para os quais a mãe apresente imunidade por até 2 meses após o nascimento. Transferência de IgA maternos para o recém-nascido – colostro: receptor intestinal para IgA (FcR) – absorção e transferência para a circulação; proteção ao RN contra patógenos gastrintestinais por até 6 meses de idade. Imunidade Adaptativa Passiva Natural Uso: pré-exposição de imunocomprometidos; pós-exposição a um determinado patógeno ou toxina; não existe vacina para o patógeno ou quando a vacina não é 100%. Início do Século 20 – Acs heterólogos contra tétano e difteria; Segunda Guerra Mundial – Ig humana ou Ac homólogo. 1981 – 1ª Imunoglobulina Intravenosa Humana (IGIV). Acs monoclonais humanos (MAbs) - > meia-vida maior e < toxicidade. Imunidade Adaptativa Passiva Artificial Tipo Uso Soro antiofídico e similares Pós picada de animais peçonhentos Ig antitétano Acidentes com objetos enferrujados Ig antirrábica (RIG) Pós mordida de animais potencialmente raivosos Detecção e quantificação de Acs específicos contra um determinado Ag – imunecomplexos. Interação Ag-Ac: afinidade – força de ligação do sítio combinatório ao epítopo; estabilidade; avidez. Reatividade cruzada. Diagnóstico Imunológico Fonte: http://www.microbiologybook.org/mayer/rx-4.jpg Cross reactions Anti-A Ab Anti-A Ab Anti-A Ab Ag CAg BAg A Shared epitope Similar epitope Imunoensaios Linha do tempo do desenvolvimento dos principais imunoensaios (Fonte: própria autora) 1890-1939 1941 1960 19791971 Aglutinação Precipitação IF RIE ELISA WB 1966 Imunoperoxidase 1983 Quimiluminescência 1948 Imunocromatografia 1993 PCR Um anticorpo gerado contra o toxoide tetânico é capaz de ligar-se a ele mesmo após desnaturação. Por outro lado, outro anticorpo específico não consegue ligar-se após a desnaturação do toxoide. A explicação mais provável é: a) O primeiro anticorpo é específico para vários epítopos expostos pelo toxoide tetânico. b) O primeiro anticorpo é específico para epítopos lineares do toxoide tetânico, enquanto o segundo é específico para epítopos conformacionais, ou seja, depende da estrutura quaternária da proteína. c) O segundo anticorpo é específico para ligações bissulfídicas que só existem na estrutura quaternária de proteínas. d) O primeiro anticorpo tem maior afinidade para o toxoide tetânico. e) Não existem diferenças entre os anticorpos. Interatividade Resposta Um anticorpo gerado contra o toxoide tetânico é capaz de ligar-se a ele mesmo após desnaturação. Por outro lado, outro anticorpo específico não consegue ligar-se após a desnaturação do toxoide. A explicação mais provável é: a) O primeiro anticorpo é específico para vários epítopos expostos pelo toxoide tetânico. b) O primeiro anticorpo é específico para epítopos lineares do toxoide tetânico, enquanto o segundo é específico para epítopos conformacionais, ou seja, depende da estrutura quaternária da proteína. c) O segundo anticorpo é específico para ligações bissulfídicas que só existem na estrutura quaternária de proteínas. d) O primeiro anticorpo tem maior afinidade para o toxoide tetânico. e) Não existem diferenças entre os anticorpos. Fase de iniciação predisposição genética – polimorfismos de múltiplos genes; gatilhos ambientais – infecções virais e bacterianas; células dendríticas teciduais – ativação de linfócitos T inespecíficos – perda de tolerância; mimetismo molecular – Ags semelhantes a Ags próprios – reações cruzadas. Fase de propagação inflamação com dano tecidual – geração de novos epítopos antigênicos – loop inflamatório; plasmócitos – secreção de auto-Acs específicos para Ags próprios – fisiopatogenia. Fase de resolução ativação de vias inibitórias intrínsecas e de linfócitos T regs – episódios recidivos e remissivos. Autoimunidade Falhas na seleção tímica – geração de doenças autoimunes. Mais comuns em mulheres microquimerismo fetal, colonização do corpo materno por células fetais, semelhança estrutural entre as células maternas e fetais – autoimunidade, inativação de um dos dois cromossomos X, estágio embrionário inicial em fêmeas, inativação distorcida do cromossomo X – perda de tolerância a Ags ligados ao cromossomo X inativado – autoimunidade. Autoimunidade Doença inflamatória complexa – prevalência de 1% da população. Sintomas – articulações sinoviais – artralgia, edema, vermelhidão e limitação de movimento. Mecanismo ativação de linfócitos Th1 autorreativos – inflamação da membrana sinovial, produção de auto-Acs, fator reumatoide (FR) – IgM alterado – acúmulo de imunocomplexos, antiproteínas citrulinadas. Artrite reumatoide Sintomas – artralgia, mialgia e astenia, erupção cutânea no rosto após exposição à luz solar. Mecanismo linfócitos T – indução de troca de classe e secreção de Acs e inflamação sistêmica, linfócitos B hiperativos não tolerantes a auto-Ags nucleares – formação de imunecomplexos – inflamação sistêmica crônica – danos em vários órgãos e tecidos, Acs anti-DNA – ligação a membrana basal glomerular – inflamação localizada – glomerulonefrite. Lúpus Eritematoso Sistêmico Destruição seletiva de células pancreáticas produtoras de insulina. Sintomas – polidipsia, poliúria, polifagia. Interrupção na produção de insulina – hiperglicemia – complicações microvasculares – retinopatia, infecções recorrentes, nefropatia, ulceração em membros inferiores. Mecanismo Linfócitos – produção de citocinas, ativação de CTLs – indução por apoptose, produção de auto-Acs, anticélulas da Ilhota (ICA), antidescarboxilase do ácido glutâmico (GAD-65), anti-insulina (IAA), antiproteínatirosina fosfatase (IA-2A). Diabetes Mellitus tipo I Mulheres na faixa de 20 anos. Homens entre 50 e 60 anos de idade. Sintomas – fraqueza focal – músculos oculares ou generalizada – fraqueza nos membros, parada respiratória. Mecanismo Produção de auto-Acs, antirreceptor de acetilcolina (anti-AchR) – bloqueio dos receptores na membrana muscular pós-sináptica, antirreceptor tirosina quinase específico do músculo (MuSK) – impede a maturação da placa terminal. Miastenia Gravis Doenças Autoimunes Tireoidianas – Mecanismo Fisiopatogenia das Doenças Autoimunes Tireoidianas. Fonte: STASSI, G.; MARIA, R. Autoimmune thyroid disease: new models of cell death in autoimmunity.” Nature Reviews Immunology, v. 2, p. 195-20, 2002. a Hashimoto’s thyroiditis b Graves’ disease help help help AutoreactiveAutoreactive Plasma cell Thyroid cell TSH-reactive B cell B cell CD4 T cell CD4 T cell B cell CD8 T cell CTL TSI TSHR Thyroid cell survival Thyroid cell death Necrosis/apoptosis HyperthyroidismHypothyroidism Apoptosis Doença de Graves: mais frequente em mulheres entre 30 e 40 anos. Hipertireoidismo – Altas [tiroxina] e [triiodotironinase] e baixa [TSH]. Sintomas – ansiedade, irritabilidade, tremor das mãos, sudorese, perda de massa, bócio, alterações menstruais, libido reduzida, evacuações frequentes, exoftalmia de Graves. Tireoidite de Hashimoto: mais frequente em mulheres entre 30 e 50 anos. Hipotireoidismo – Baixas [tiroxina] e [triiodotironinase] e alta [TSH]. Sintomas – fadiga, lapsos de memória, prisão de ventre, pele seca e pálida, edema facial, unhas quebradiças, alopecia, aumento de massa, fraqueza muscular e menorragia. Doenças Autoimunes Tireoidianas Fatores intrínsecos – grupo heterogêneo de distúrbios raros. Distúrbios da imunidade inata: qualquer faixa etária, alterações fagocitárias – infecções bacterianas e fúngicas piogênicas graves, deficiência de complemento – infecções recorrentes por organismos encapsulados. Distúrbios da imunidade adaptativa: imunodeficiências humorais – mais comuns. Alterações na produção de Acs – infecções do trato respiratório, imunodeficiências celulares. Distúrbios específicos de linfócitos T – linfopenia. Imunodeficiência combinada Síndrome congênita da imunodeficiência ligada ao X – mutação nos receptores de membrana para citocinas – impede a maturação dos linfócitos T. Imunodeficiências Primárias Fatores extrínsecos Desnutrição – alteração no funcionamento dos linfócitos T e enfraquecimento de barreira. Medicamentos – supressão imunológica a fim de controlar a resposta inflamatória – efeito colateral, glicocorticoides – alteração de transcrição gênica – inibição celular, agentes citotóxicos – inibição de proliferação de linfócitos T e B – citopenias severas, radiação ionizante – inibição medular – citopenias severas. Agentes infecciosos – alterações de funcionamento ou número de linfócitos, anergia de linfócitos T – síndrome do choque tóxico induzida pelo superantígeno estafilocócico. Linfopenia – agentes oportunistas. Imunodeficiências Secundárias Alterações no desenvolvimento, no funcionamento e na diferenciação das células envolvidas na resposta imune, assim como na síntese de seus produtos, podem causar alterações imunológicas que podem apresentar desde sintomas leves e até mesmo podem ser fatais. Indique a alternativa que não apresenta alterações na resposta imunológica. a) Miastenia Gravis. b) Imunodeficiência primária. c) Tireoidite de Hashimoto. d) Infecção por HIV. e) Diabetes Mellitus tipo II. Interatividade Resposta Alterações no desenvolvimento, no funcionamento e na diferenciação das células envolvidas na resposta imune, assim como na síntese de seus produtos, podem causar alterações imunológicas que podem apresentar desde sintomas leves e até mesmo podem ser fatais. Indique a alternativa que não apresenta alterações na resposta imunológica. a) Miastenia Gravis. b) Imunodeficiência primária. c) Tireoidite de Hashimoto. d) Infecção por HIV. e) Diabetes Mellitus tipo II. Respostas imunes descontroladas ou exacerbadas a determinados Ags. Processos inflamatórios com danos teciduais iniciados. Alérgenos. Reações de Hipersensibilidade Diferentes tipos contato com alérgenos Fonte: https://www.chesapeakebayent.com/page/allergy-resources/ Reação de Hipersensibilidade tipo I – Mediada por IgE Nome Alérgenos relacionados Consequências Alergia alimentar Leite, ovo, trigo, peixes, frutos do mar, castanhas e amendoim Diarreia, vômito, urticária, edema de glote e morte Asma Ácaros, mofo, ovos de barata, saliva de gato e pólen Muco, broncoconstrição e morte Choque anafilático ou anafilaxia sistêmica Medicamentos, venenos de insetos, alimentos e látex Vasodilatação, edema de glote, colapso circulatório e morte Rinite alérgica Saliva de gato, ácaros, fungos e pólen Congestão nasal, coriza e rinorreia Urticária aguda Saliva de insetos (picada) Coceira, edema e irritação Reação de Hipersensibilidade tipo II – Citotóxica Nome Ags relacionados Consequências Incompatibilidade sanguínea Hemácias transfundidas Hemólise Trombocitopenia induzida por medicamentos Fármacos ligados à superfície de plaquetas Lise plaquetária Miastenia Gravis Receptores de acetilcolina expressos nas placas motoras terminais Fraqueza muscular Reação de Hipersensibilidade tipo III – Mediada por imunocomplexos Nome Ags relacionados Consequências Doença do Soro Acs heterólogos usados no tratamento de infecções e de intoxicações bacterianas Febre, artralgia, linfadenopatia, erupção cutânea e glomerulonefrite Febre reumática Estreptolisina O Cardiopatia, artrite e glomerulonefrite Doença do pulmão de fazendeiro Esporos fúngicos em feno mofado Necrose alveolar Lúpus Eritematoso Sistêmico DNA Glomerulonefrite, artrite e alterações cutâneas Reação de Hipersensibilidade tipo IV – Mediada por linfócitos T Nome Ags relacionados Consequências Dermatite de contato Catecois de hera venenosa, Ni e Cr em bijuterias e fechos de roupas íntimas Reação cutânea com eczema Hipersensibilidade granulomatosa Micobactérias e ovos de esquistossoma Processo inflamatório crônico com fibrose Reações do tipo tuberculina ou Teste de Mantoux derivado proteico purificado de Mycobacterium tuberculosis Edema e eritema Tumor – aumento do volume de tecidos e órgãos causado por células tumorais – neoplasias. Benignas – limitadas ao tecido de origem, crescimento organizado e lento – sem invasão. Malignas – crescimento desorganizado e rápido – comprometimento funcional tissular – com invasão e metástase para tecidos distantes. Mecanismos de evasão X Resposta imunológica do hospedeiro: reconhecimento de Ags tumorais, estrutura molecular, expressão. Neoplasias Tipo de Ags Características das proteínas Exemplos Normais super expressos Normais e pouco expressas por células normais Proteínas MAGE – melanomas e carcinomas Produzidos por mutação Alteradas devido a agentes cancerígenos Mutações aleatórias Vírus oncogênicos Alteradas e codificadas por vírus de DNA oncogênicos HPV – carcinomas do colo uterino e orofaringe Oncofetais Expressas por células tumorais e tecidos fetais Ag carcinoembrionário (CEA) e a-fetoproteína (AFP) Diferenciação, específicos de tecidos Expressas apenas por um tipo celular Ag prostático específico para carcinomas da próstata Antígenos tumorais Ativação de linfócitos T CD8+- – controle do desenvolvimento e da progressão tumorais. Mecanismo efetor: Indução de células tumorais à apoptose – Ags tumorais ligados à moléculas de MHC de classe I. Secreção de TNF-alfa e IFN-gama – aumento de expressão do MHC de classe I em células tumorais. Produção de Acs específicos – ativação de complemento ou citotoxicidademediada por células dependentes de Acs – células NK. Resposta imune a tumores Mecanismos tumorais de evasão da resposta imune Mecanismos tumorais de evasão da resposta imune. Adaptado de CHARETTE, M.; HOUOT, R. Hide or defend, the two strategies of lymphoma immune evasion: Potential implications for immunotherapy. Haematologica, v. 103, n. 8, p. 1256-1268, 2018. Doi:10.3324/haematol.2017.184192. Mecanismo de camuflagem Falta de apresentação antigênica Falta de ativação Falta de coestimulação Falta de adesão T cell Macrophage Ativação de M2 Inibição de diferenciação Polarização Th2 Indução de T reg Inibição de CLT Diminuição de Linfócitos T Inibição de fagócitos Macrophage Mecanismos de imunossupressão local LFA-1 CD28 TRC FAS CD80/86 MHC CD58 FAS-L MHC TRAIL-R PDL-1/2 CD80/86 Trp HLA-G CD47CD45 CD54 IDO Gal-3 Kyn SIRPa DC SIRPa Th2 DC PDL-1 IL-10 TGF-ꞵ NK cell CD2 KIR FAS FAZ-L TRAIL CTLA-4 TIM-3 PD-1 CCR4 T reg CTL Gal-3 Gal-1 Inibição de células T efetoras PD-1 LAG-3 CTLA-4 ILT T cell T cell or NK cell Morte celular induzida por Faz-L Mecanismo de resistência Tumor cell BCL-2 PI9 As reações de hipersensibilidade verdadeiras são geradas por respostas imunes exacerbadas a determinados antígenos que levam a processos inflamatórios com danos teciduais. Indique a alternativa com a reação de hipersensibilidade que pode causar broncoespasmo, colapso vascular, edema de glote e até mesmo a morte. a) Doença do soro. b) Miastenia gravis. c) Dermatite de contato. d) Febre reumática. e) Choque anafilático. Interatividade Resposta As reações de hipersensibilidade verdadeiras são geradas por respostas imunes exacerbadas a determinados antígenos que levam a processos inflamatórios com danos teciduais. Indique a alternativa com a reação de hipersensibilidade que pode causar broncoespasmo, colapso vascular, edema de glote e até mesmo a morte. a) Doença do soro. b) Miastenia gravis. c) Dermatite de contato. d) Febre reumática. e) Choque anafilático. Imunidade contra transplantes Autoenxertos Isoenxertos Aloenxertos Xenoenxertos Características Tecidos e órgãos do mesmo indivíduo para substituição do tecido não funcional Tecidos e órgãos de dois indivíduos diferentes geneticamente idênticos Tecidos e órgãos entre indivíduos da mesma espécie Tecidos e órgãos transplantados entre membros de duas espécies diferentes Rejeição Ausente Ausente Presente Presente Exemplos Transplante autólogo Transplantes singeneicos Transplante alogênico Xenotransplantes Exames realizados: Compatibilidade de grupos sanguíneos ABO – primeiro teste a ser realizado. Tipagem tecidual – identificação de Ags de superfície celular. Correspondência cruzada – células do doador + soro do receptor – ocorrência de reação – risco de rejeição hiperaguda. Teste de anticorpos reativos em painel – presença de Acs reativos contra um painel aleatório de células no receptor - > risco de rejeição. Triagem sorológica – avalia a presença de agentes infecciosos no doador e no receptor. Compatibilidade entre o doador e o receptor 22 sistemas de grupos sanguíneos – ABO, Rh e Kell – reações transfusionais graves. Sistema de grupo sanguíneo: Ags de superfície de hemácias codificados por genes únicos ou por alelos múltiplos, manifestação fenotípica determinada por dominância, codominância e homozigose. Ags polissacarídicos – sistemas MN, Lewis, I, P e ABO. Ags proteicos – sistemas Kell, (JK), Duffy (FY), HLA e Rh. Compatibilidade de grupos sanguíneos Ags determinados por 3 genes alelos – codificação de glicosiltransferases: Alelo A – N-acetilgalactosamina Alelo B – D-galactose Alelo O – sem sacarídeo de membrana Acs: Produção sem que haja exposição prévia a outro tipo sanguíneo, contra Ags não presentes nas hemácias do indivíduo, produção iniciada após 6 seis meses e máxima entre 5 e 10 anos – estimulada por contato com Ags semelhantes presentes em alimentos ou produzidos pela microbiota intestinal. Sistema ABO Grupo sanguíneo Ags presentes nas hemácias Acs presentes no soro Genótipo A A Anti-B IAIA ou IAi B B Anti-A IBIB ou IBi AB A e B Nenhum IAIB O Nenhum Anti-A e anti-B ii Ags proteicos codificados por genes polimórficos – RHD e RHCE – genes Rh híbridos: 49 Ags Rh diferentes Ag D é o mais imunogênico. Acs anti-D – produzidos após contato com sangue Rh+ - reação transfusional hemolítica. Sistema Rh Grupo sanguíneo Ags presentes nas hemácias Genótipo Rh+ D DD ou Dd Rh- Nenhum dd Incompatibilidade de Rh materno-fetal. Sensibilização materna: parto normal prolongado, sangramento espontâneo ou por amniocentese, < risco – feto e mãe com ABO incompatíveis – hemólise por Acs maternos. Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN) ou Eritroblastose Fetal Mecanismo da Eritroblastose Fetal fonte: OWEN, J. A.; PUNT, J.; STRANFORD, S. A.; JONES, P. P. Kuby Imunology, 7th Edition, W. H. Freeman and Company, New York, 2013. DEVELOPMENT OF ERYTHROBLASTOSIS FETALIS (WITHOUT RHOGAM) PREVENTION (WITH RHOGAM) RBCs with Rh antigen 1st Pregnancy Delivery Rh-specific B cell Memory cell Anti-Rh IgM Plasma cells Mother Maternal circulation Placenta Prevents B-cell activations and memory cell formation Rhogam B cell Mother (treated with Rhogam) 2nd Pregnancy Memory cell IgG Plasma cells IgG anti-Rh Ab crosses placenta and attacks fetal RBCs causing erythroblastosis fetalis Principais Ags relacionados à rejeição Ags menores de histocompatibilidade – derivados de Ags celulares – apresentados por moléculas do MHC. Ags de grupos sanguíneos – rejeição hiperaguda de enxertos vascularizados – rins e coração. Moléculas de MHC Ags de leucócitos humanos (HLA – Human Leukocyte Antigens), expressas por tecidos e órgãos transplantados, codificadas por genes polimórficos do braço curto do cromossomo 6, reconhecimento de HLA incompatível – ativação da imunidade celular e humoral – rejeição. Resposta imune a aloenxertos MHC classe I: todas as células nucleadas, codificados por genes dos loci HLA-A, HLA-B ou HLA-C. MHC classe II: somente em APCs, genes do lócus HLA-D - HLA-DP, HLA-DQ e HLA-DR. MHC de classe III: genes dos loci HLA-B e HLA-D, componentes do sistema complemento: C2, C4 e fator B. Classes de MHC e rejeição Fase de sensibilização apresentação de Ags não próprios expressos pelo enxerto a linfócitos. Via direta – rejeição aguda não há processamento de Ags pelo receptor. Via indireta – rejeição crônica, há processamento de Ags pelo receptor. Fase efetora: apresentação gera a ativação dos linfócitos T – indução de apoptose por CTLs ou citocinas produzidas por Th. Fases da Rejeição Hiperaguda: imediata, presença de Acs anti-HLA do doador – receptor previamente sensibilizado, trombose intravascular – necrose, enxertos vascularizados – rins e coração. Aguda: 1 semana e até vários meses, resposta T-dependente (apoptose) ou B-dependente (Acs), lesões vasculares e parenquimatosas - necrose endotelial. Crônica: demorada, proliferação de células musculares lisas endoteliais – obstrução arterial – necrose que leva à necrose do órgão transplantado, fibrose do órgão transplantado. Tipos de rejeição Citostáticos e antimetabólitos: bloqueio de proliferação e diferenciação celular. Procedimentos linfocitotóxicos: eliminação de linfócitos T efetores, radioterapia, esplecnetomia, timectomia ou corticosteroides. Imunofarmacologia: Modulação da resposta – regulação seletiva de subpopulações de linfócitos T. Acs monoclonais – específicos para subconjuntos de linfócitos: Associação de fármacos eficazes mais seletivos e mais tolerados – efeitos colaterais. Imunossupressores A fim de evitar a eritroblastosefetal é necessário administrar o soro de Rhogam nas primeiras 72 horas após o parto. Indique os resultados de exames de sangue da mãe e do recém-nascido (RN) que determinam o uso do soro. a) Rh materno negativo; Acs anti-D presentes no soro materno; Rh do RN negativo. b) Rh materno positivo; Acs anti-D presentes no soro materno; Rh do RN negativo. c) Rh materno negativo; Acs anti-D ausentes no soro materno; Rh do RN negativo. d) Rh materno positivo; Acs anti-D ausentes no soro materno; Rh do RN positivo. e) Rh materno negativo; Acs anti-D ausentes no soro materno; Rh do RN positivo. Interatividade Resposta A fim de evitar a eritroblastose fetal é necessário administrar o soro de Rhogam nas primeiras 72 horas após o parto. Indique os resultados de exames de sangue da mãe e do recém-nascido (RN) que determinam o uso do soro. a) Rh materno negativo; Acs anti-D presentes no soro materno; Rh do RN negativo. b) Rh materno positivo; Acs anti-D presentes no soro materno; Rh do RN negativo. c) Rh materno negativo; Acs anti-D ausentes no soro materno; Rh do RN negativo. d) Rh materno positivo; Acs anti-D ausentes no soro materno; Rh do RN positivo. e) Rh materno negativo; Acs anti-D ausentes no soro materno; Rh do RN positivo. ATÉ A PRÓXIMA!
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