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Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma

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Interpretação de exames 
laboratoriais
Prof. MSc. Brunno Pinho
1
Prof. MSc. Brunno Pinho
▪ Graduação em Farmácia pelo Centro Universitário do Pará (2013);
▪ Especialista em Farmacologia Clínica pela Universidade Federal do Pará 
(2017);
▪ Especialista em Farmácia Hospitalar e Farmácia Clínica pelo Instituto 
Racine-SP (2017);
▪ Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Pará 
(2017).
2
Hemograma
▪ Série vermelha;
▪ Série branca;
▪ Série plaquetária.
3
Caso clínico 01
▪ Paciente de 7 anos é levado para atendimento de urgência, o mesmo
apresenta-se pálido, ictérico e prostrado. Responsável relata que o paciente
apresenta quadro anêmico desde o nascimento, com histórico de internação
a três dias por queixa similar, acompanhada de febre, dores no corpo e
manchas vermelhas na pele.
4
Caso clínico 01
▪ Exames laboratoriais
Parâmetro Valor Valor de referência
Hemácias 1.600.000/mm³ 4.500.000 a 5.900.000/mm³
Hemoglobina 3,9 g/dL 12 a 17,5 g/dL
Hematócrito 12,8% 40 a 52%
VCM 112 fl 80 a 100 fl
CHCM 40 g/dL 31 a 36 g/dL
HCM 36 pg 26 a 34 pg
Leucócitos totais 6.000/mm³ 4.500 a 11.000/mm³
Plaquetas 212.000/mm³ 150.000 a 400.000/mm³
5
Caso clínico 01
▪ Quais informações os exames laboratoriais nos fornecem?
6
Eritrograma
▪ Indicação: Diagnóstico de anemias e de alterações eritrocitárias;
▪ Hemoglobina: Molécula transportadora de oxigênio e gás carbônico,
sua redução indica quadro de anemia;
▪ Hematócrito: Proporção de volume de uma amostra sangue ocupada
por eritrócitos, permite avaliar hemodiluição e hemoconcentração.
7
Eritrograma
▪ Limites de hemoglobina a partir da faixa etária - OMS
Idade Hemoglobina
RN até 5 anos 11
> 5 a 12 anos 11,5
> 12 a 15 anos 12
Mulheres > 15 anos 12
Gestantes 11
Homens > 15 anos 13
8
Eritrograma
▪ Limites de hemoglobina a partir da etnia - OMS
Brancos Negros
20-59 anos 60+ 20-59 anos 60+
Homens 13,7 13,2 12,9 12,7
Mulheres 12,2 12,2 11,5 11,5
9
Eritrograma
▪ Volume corpuscular médio: Indica o tamanho médio das hemácias, permitindo
o diagnóstico diferencial de anemias macro, normo e microcíticas;
▪ Hemoglobina corpuscular média: Indica tamanho e coloração de hemoglobina,
auxiliando no diagnóstico diferencial de anemias hipo, normo e hipercrômicas;
▪ RDW: Avalia a variação de tamanho entre hemácias, indica falha no processo
produtivo de hemácias, alterações nesse parâmetro são denominadas anisocitose.
10
Eritrograma
▪ Microcitose: Anemias ferropênicas, talassemias e sideroblásticas. VCM < 80
11
Eritrograma
▪ Macrocitose: Na ausência de reticulocitose, pode indicar deficiência de Vit B12
e/ou folato. Vcm > 99
12
Eritrograma
▪ Hipocromia: Causa mais comum envolve a deficiência de Ferro.
13
Eritrograma
▪ Policromasia: Associado a maior liberação de reticulócitos, por aumento da
liberação de eritropoetina.
14
Eritrograma
▪ Regra prática: Hematócrito é três vezes superior a hemoglobina;
▪ Extremos de idade fogem aos valores de referência, portanto devem ser
avaliados caso a caso;
▪ Dicas em pediatria: Em crianças de 1 a 2 anos, o limite inferior de hemoglobina
sérica é de 9,5 g/dL (anemia fisiológica da infância).
15
Eritrograma
▪ Anemia: Estado em que a concentração de hemoglobina se encontra abaixo
dos limites de normalidade;
▪ Sintomatologia da anemia: Dispneia aos esforços, taquicardia, indisposição
(astenia), tontura postural, cefaleia...;
▪ Sintomas do quadro anêmido advém do prejuízo da capacidade carreadora de
O2 no sangue, predispondo à hipóxia tecidual. Podendo ser fatal em certas
condições.
16
Eritrograma
▪ Investigação etiológica: Rastreio sintomático, definindo pontos relacionados a
tempo de instalação e sintomatologia complementar.
▪ Exames complementares podem ser divididos em:
(1) Inespecíficos: Hemograma, contagem de reticulócitos, esfregaço de sangue
periférico, bioquímica sérica;
(2) Específicos: Ferro, TIBIC, ferritina sérica, LDH, bilirrubina, hepatograma,
hormônios tireoidianos, dosagem de b12 sérica, teste de Coombs, teste da
fragilidade osmótica.
17
Eritrograma
▪ Classificação das anemias:
(1) Por redução de produção: Deficiências nutricionais, deficiência de
eritropoetina, bloqueio de maturação, ocupação medular, infecções e defeitos
genéticos;
(2) Por excesso de destruição: Defeitos genéticos hereditários, destruição
mediada por anticorpos, trauma mecânico, infecção de eritrócitos, lesões
químicas e hiperesplenismo;
(3) Por perdas sanguíneas: Perdas agudas ou crônicas sanguíneas.
18
Eritrograma
▪ Índices hematimétricos são peças fundamentais na avaliação inicial da
etiologia;
▪ Associando índices hematimétricos a etiologias de anemia:
(1) Anemia microcítica e hipocrômica: Anemia ferropriva, talassemia, anemia de
doença crônica, anemia sideroblástica e anemia do hipertireoidismo;
(2) Anemias macrocíticas: Anemia megaloblástica, síndrome mielodisplásica,
anemia aplásica, etilismo, drogas AZT e MTX, anemia da hepatopatia crônica,
hipotireoidismo, hemolítica, hemorrágica aguda*...
19
Eritrograma
(3) Anemia normo-normo: Anemia ferropriva em etapa inicial, anemia da doença
crônica, hipotireoidismo, hipoadrenalismo, aplástica, mielodisplásica, leucemia,
anemia hemolítica, anemia por sangramento agudo, anemia multicarencial
(ferropriva+megaloblástica).
20
Eritrograma
Organizando o raciocínio diagnóstico
Índice Ferropriva Megaloblástica Sideroblástica Talassemia
Doença 
crônica
Hb Diminuído Diminuído Diminuído
Normal ou 
aumentado
Diminuído
VCM Diminuído Aumentado Diminuído Diminuído Normal
HCM Diminuído Aumentado Diminuído Diminuído Normal
RDW
Aumentad
o
Aumentado Aumentado Normal Normal
21
Eritrograma
Reticulócitos: Células precursoras das hemácias, representando até 2% dessa
linhagem celular;
São reconhecidas pela análise do esfregaço sanguíneo (corado pelo azul de
metileno);
Presença indica dois grandes grupos de anemia:
(1) Hemolítica (2) Por hemorragia aguda.
22
Eritrograma
Índice de reticulóticos corrigidos: Em situações de anemia, o percentual de 2%
pode não representar medida exata comparativa da atividade medular, sendo
necessário índice de correção;
IRC = Ht/40 x % reticulócitos OU
IRC = Hb/15 x % reticulócitos
23
Eritrograma
24
Eritrograma
▪ Utilizando provas férricas para diagnóstico de anemia ferropriva;
▪ Diagnóstico indicado pela saturação de transferrina < 15% e ferritina sérica <
10ng/mL;
▪ Sat TransFerrina = Fe/TIBIC
25
Eritrograma
Organizando o raciocínio diagnóstico
26
Eritrograma
Organizando o raciocínio diagnóstico
27
28
Eritrograma
▪ Considerações adicionais: Compreender o contexto global dos pacientes;
▪ Há maior prevalência de anemia ferropriva na população feminina, devido
ciclos menstruais e gestação;
▪ Perda contínua de sangue por ciclos menstruais (40-80ml/ciclo), hemodiluição e
procedimentos cirúrgicos, relacionados a gestação;
▪ Outras causas envolvem ingestão insuficiente de ferro e absorção reduzida.29
Eritrograma
▪ Considerações adicionais: Compreender o contexto global dos pacientes;
▪ Atletas possuem diferenças no padrão de resultados de exames, devido a dietas
e diferenças metabólicas;
▪ Mudanças agudas possíveis: Redução de hematócrito, VCM e plaquetas;
▪ Mudanças crônicas possíveis: Aumento do ferro sérico, VCM e plaquetas.
30
Eritrograma
▪ Poiquilocitose (alteração de forma de hemácias) indicada por análise de
esfregaço sanguíneo;
31
Leucograma
▪ Leucócitos englobando:
- Neutrófilos;
- Linfócitos;
- Monócitos;
- Eosinófilos;
- Basófilos.
32
Leucograma
▪ Indicação: Diagnóstico e seguimento de processos infecciosos e inflamatórios;
Parâmetro Referência Elevação Redução
Leucócitos 
totais
4.000-11.000 Leucocitose Leucopenia
Neutrófilos 2.000-7.500 Neutrofilia Neutropenia
Linfócitos 900-4.400 Linfocitose Linfocitopenia
Monócitos 200-800 Monocitose Monocitopenia
Eosinófilos 100-400 Eosinofilia Eosinopenia
Basófilos <100 Basofilia Basopenia33
Leucograma
▪ Interpretação de valores podeenvolver a classificação da elevação em relativa
e/ou absoluta;
▪ Relativa ocorre por meio da elevação no percentual de uma série em
comparação com os leucócitos totais;
▪ Absoluta ocorre por meio da elevação do número absoluto da série celular.
34
Leucograma
35
Leucograma
▪ Leucócitos: Células de defesa, organizadas entre sistema imune inato e
adaptativo;
▪ Leucocitose ocorre durante resposta a infecções, dentre outras condições;
▪ Linfopenia pode estar presente devido ao uso de corticoides, quimioterapia,
AIDS, Leucemia e devido ao estresse (cortisol excessivo).
36
Leucograma
▪ Neutrófilos: Células do sistema imune inato relacionado a processos agudos,
especialmente reativos a infecções bacterianas;
▪ Neutrofilia pode ocorrer devido a estresse no momento de coleta, exercício
físico, infecções agudas e crônicas;
▪ Neutropenia possui correlação com ação de medicamentos, quadros virais....
37
Leucograma
▪ Abordagem da neutrofilia envolve determinar se o processo é reativo, se tem
causa relacionada a tabagismo ou uso de medicamentos e se tem sinais de
alerta;
▪ Processo reativo: Leucócitos < 50.000/mm3, desvio a esquerda, provas
inflamatórias aumentadas (PCR e VHS);
▪ Sinais de alerta: Presença de blastos, leucócitos > 100.000/mm3 e instabilidade
clínica.
38
Leucograma
▪ Abordagem da neutropenia envolve a delimitação de gravidade do quadro;
▪ Neutropenia leve: 1.000-1.500 células/mm3, sem sintomas; Neutropenia
moderada: 500-1.000/mm3; Neutropenia grave: <500/mm3;
▪ Quanto menor o nível celular, maior a chance de apresentar infecções de pele,
cavidade oral e vias aéreas.
39
Leucograma
▪ Neutropenias infecciosas ocorrem principalmente devido a quadros virais, em
períodos de maior viremia, com duração média de 1 semana;
▪ Maior associação com os vírus HCV, HBV, HIV e CMV;
▪ Quando ocorre em quadros bacterianos, está associado a pior prognóstico e a
sepse.
40
Leucograma
▪ Drogas podem causar neutropenia, tais como sulfametoxazol-trimetoprim,
antipsicóticas, AINES e outras;
▪ A incidência dessa reação adversa aumenta com a idade, tornando-se mais
grave;
▪ Deficiências nutricionais (B12, B9, cobre) podem causar neutropenia.
41
Leucograma
▪ Desvio a esquerda: Aumento de neutrófilos não segmentados ou imaturos
(mielócitos, metamielócitos e bastões) no sangue periférico;
▪ Está associado principalmente a infecções bacterianas, quando há consumo de
neutrófilos, estimulando a medula óssea a liberar células imaturas.
42
Leucograma
▪ Etiologias de neutrofilia
Quadro Informações clínicas e laboratoriais
Infecções bacterianas e 
quadros inflamatórios
Causas mais comuns de neutrofilia, podendo estar 
associadas a desvio à esquerda
Medicamentos Corticosteróides, Vitamina A e carbonato de lítio
Síndrome de Down
Lactentes com essa síndrome frequentemente apresentam 
neutrofilia, desvio a esquerda e blastos no sangue (distúrbio 
mieloproliferativo)
Redução do pool marginal
Migração do tecido para os vasos devido a exercício físico, 
esteroides, epinefrina e dor intensa
43
Leucograma
▪ Linfócitos: Células do sistema imune adaptativo relacionado a processos
infecciosos virais, bacterianos intracelulares e autoimunes;
▪ Avaliação de linfócitos deve considerar a idade do paciente, história clínica,
contagem total de linfócitos e achados morfológicos;
▪ Por exemplo, do nascimento até a puberdade, linfócitos podem se apresentar
como leucócitos predominantes no sangue, não representando alterações
clínicas importantes.
44
Leucograma
▪ Identificada leucocitose no hemograma, devem ser avaliadas condições
infecciosas virais, doenças autoimunes, estresse transitório e tabagismo;
▪ Causas malignas estão associadas a desordens linfoproliferativas;
▪ Para correta abordagem, é necessário avaliar o esfregaço de sangue periférico,
classificando a linfocitose em pleomórfica ou monomórfica.
45
Leucograma
46
Leucograma
▪ Linfopenia pode ter causas primárias e secundárias. As primárias possuem
maior relação com imunodeficiências;
▪ Causas secundárias tendem a ser agudas e reversíveis, decorrentes de
infecções, medicamentos, doenças sistêmicas ou ainda neoplasias;
▪ Em linfopenia persistentes, o paciente deve ser investigado para deficiências
imunológicas.
47
Leucograma
▪ Eosinófilos: Células do sistema imune inato relacionado a processos alérgicos e
infecções parasitárias;
▪ Eosinofilia pode ocorrer devido parasitose (limitada) e doenças alérgicas (maior
alteração);
▪ Quadros helmínticos são os principais causadores de eosinofilia, sendo mais
pronunciado no início da infecção.
48
Leucograma
▪ Eosinofilia associado a medicamentos pode varia de leve a grave;
▪ Quadros leves são geralmente assintomáticos, tendo relação com ATBs
(penicilina, cefalosporinas), AINES, anticonvulsivantes (fenitoina, valproato),
antihipertensivos (IECA e BB), dentre outros;
▪ Quadros graves são associados a DRESS (Drug reaction with eosinophilia and
systemic symptoms), possuindo mortalidade de 20%.
49
Leucograma
▪ Síndrome DRESS
50
Leucograma
▪ Eosinofilia leve: 500-1.500/mm3;
▪ Eosinofilia moderada: 1.500-5.000/mm3;
▪ Eosinofilia grave: >5.000/mm3.
51
Leucograma
▪ Eosinopenia é caracterizada por valores <40/mm3, podendo ser causada por
doenças da medula óssea, quimioterapia, estresse, infecções agudas,
corticoterapia...;
▪ Drogas podem causar eosinopenia transitória, como corticoides, epinefrina e
histamina;
▪ Anaesinofilia pode ocorrer associado a doença calazar.
52
Leucograma
▪ Monócitos: Células do sistema imune inato relacionado a processos crônicos;
▪ Monocitose pode ocorrer em infecções bacterianas crônicas (tuberculose),
doenças inflamatórias intestinais, doenças reumatológicas...;
▪ Monocitopenia possui associação com doenças da medula óssea,
quimioterapia, estresse, infecções agudas, corticoterapia...
53
Leucograma
▪ Basófilos são granulócitos circulantes em menor quantidade na corrente
sanguínea, apresentando poucas funções conhecidas;
▪ Basofilia é um achado incomum, possuindo diferentes etiologias. Portanto,
deve ser investigado clinica e laboratorialmente;
▪ Basopenia ocorre principalmente pela redução de produção de leucócitos pela
medula óssea. Encontrado em condições não patológicas (gravidez) e/ou
patológicas (síndrome de cushing).
54
Leucograma
55
Leucograma
▪ Considerações adicionais relacionadas ao estado global do paciente;
▪ Fumantes e obesos possuem quadros inflamatórios crônicos possuem padrão
de leucocitose, podendo ser relacionado com neutrófilos ou monócitos, a
depender do quadro;
▪ Pacientes que consomem café regularmente (>200mL/dia) podem apresentar
leucocitose leve basal.
56
Leucograma
▪ Considerações adicionais relacionadas ao estado global do paciente;
▪ Durante atividade física valores de leucócitos podem estar aumentados (2-3x),
apresentando queda 1-2h depois;
▪ Leucocitose as custas de neutrófilos, em especial durante exercícios com tempo
superior a 2h. Exercícios muito prolongados podem promover monocitose;
▪ Alterações permanecem por até 6 horas. 57
Plaquetograma
▪ Contagem de plaquetas.
58
Contagem de plaquetas
▪ Indicação: Avaliação de distúrbios da coagulação;
▪ Valores normais: 140.000-360.000;
▪ Valores podem estar elevados em doenças mieloproliferativas, pós-operatório,
recuperação de infecção aguda, anemia hemolítica, uso de drogas (epinefrina e
vincristina), dentre outras situações;
▪ Valores podem estar reduzidos, estando relacionado a 4 principais
mecanismos. 59
Contagem de plaquetas
▪ Diminuição da produção de plaquetas: Produção afetada de forma isolada ou
conjunta;
▪ Aumento da destruição de plaquetas: Superando a capacidade produtiva da
medula óssea, por mecanismos imunomediados (PTI) e não imunomediados);
▪ Sequestro: Por aumento esplênico, não tendo correlação clínica com
sangramentos.
▪ Hemodiluição: Grande infusão de fluidos. 60
Contagem de plaquetas
▪ Reduções podem permitir a predição de outras condições, tais como:
▪ Valoresabaixo de 90.000 cursam com aumento do tempo de sangramento;
▪ Valores abaixo de 20.000 promovem risco de sangramento espontâneo.
61
Caso clínico 01
▪ Paciente de 7 anos é levado para atendimento de urgência, o mesmo
apresenta-se pálido, ictérico e prostrado. Responsável relata que o paciente
apresenta quadro anêmico desde o nascimento, com histórico de internação
a três dias por queixa similar, acompanhada de febre, dores no corpo e
manchas vermelhas na pele.
62
Caso clínico 01
▪ Exames laboratoriais
Parâmetro Valor Valor de referência
Hemácias 1.600.000/mm³ 4.500.000 a 5.900.000/mm³
Hemoglobina 3,9 g/dL 12 a 17,5 g/dL
Hematócrito 12,8% 40 a 52%
VCM 112 fl 80 a 100 fl
CHCM 40 g/dL 31 a 36 g/dL
HCM 36 pg 26 a 34 pg
Leucócitos totais 6.000/mm³ 4.500 a 11.000/mm³
Plaquetas 212.000/mm³ 150.000 a 400.000/mm³
63
Caso clínico 01
▪ Quais informações os exames laboratoriais nos fornecem?
64
Caso clínico 02
▪ Paciente de 77 anos é levado para atendimento de urgência, a mesma
apresenta-se com febre, astenia e odinofagia. Profissional procede
atendimento solicitando exames laboratoriais.
65
Caso clínico 02
Parâmetro Valor Valor de referência
Hemoglobina 13 g/dL 12 a 17,5 g/dL
Hematócrito 41% 40 a 52%
Leucócitos totais 13.600/mm³ 4.500 a 11.000/mm³
Neutrófilos
Metamielócitos 0% 0 a 1%
Bastões 2% 0 a 4%
Segmentados 29% 36 a 66%
Eosinófilos 2% 0 a 4%
Basófilos 1% 0 a 1%
Linfócitos 61% 20 a 40%
Monócitos 5% 2 a 8%
Plaquetas 160.000/mm³ 150.000 a 400.000/mm³
66
Caso clínico 02
▪ Quais informações os exames laboratoriais nos fornecem?
67
Caso clínico 03
▪ Paciente de 5 anos é levado para atendimento de urgência, a mesma
apresenta-se com sangramento gengival e manchas vermelhas no corpo.
Profissional procede atendimento solicitando exames laboratoriais.
68
Caso clínico 03
▪ Exames laboratoriais
▪ Paciente apresenta complementarmente provas de avaliação de tempo de
sangramento aumentadas.
Parâmetro Valor Valor de referência
Hemácias 5.100.000/mm³ 4.500.000 a 5.900.000/mm³
Hemoglobina 14,8 g/dL 12 a 17,5 g/dL
Hematócrito 44% 40 a 52%
Leucócitos totais 6.500/mm³ 4.500 a 11.000/mm³
Plaquetas 18.000/mm³ 150.000 a 400.000/mm³
69
Caso clínico 03
▪ Quais informações os exames laboratoriais nos fornecem?
70
Caso clínico 04
▪ Paciente de 55 anos é levado para atendimento de urgência, o mesmo
apresenta-se com plenitude gástrica a 3 meses e perda ponderal de 3kg nas
últimas duas semanas, sem relato de dieta e/ou exercício físico. Progressão
do quadro é acompanhado por febre vespertina diária e turvação da visão.
Profissional procede solicitando exames laboratoriais.
71
Caso clínico 04
Parâmetro Valor Valor de referência
Hemoglobina 7,5 g/dL 12 a 17,5 g/dL
Leucócitos totais 1.500/mm³ 4.500 a 11.000/mm³
Neutrófilos
Metamielócitos 11% 0 a 1%
Bastões 14% 0 a 4%
Segmentados 50% 36 a 66%
Eosinófilos 5% 0 a 4%
Basófilos 5% 0 a 1%
Linfócitos 4% 20 a 40%
Monócitos 4% 2 a 8%
Plaquetas 78.000/mm³ 150.000 a 400.000/mm³
72
Caso clínico 04
▪ Quais informações os exames laboratoriais nos fornecem?
73
Caso clínico 05
▪ Paciente do sexo masculino, 24 anos, procurou atendimento médico com queixa
de não conseguir estudar a noite por dificuldade de concentração e, as vezes,
sonolência. Ha cinco anos, alterou dieta por opção familiar, não fazendo ingestão
de carne vermelha. Antecedentes: sem história prévia de sangramento evidente,
negou tabagismo, etilismo, uso de medicamentos e de drogas ilícitas. O
estudante não referia alterações do habito intestinal e do apetite. Ao exame
físico, apresentava apenas discreta palidez
74
1) Quais as principais alterações
encontradas no hemograma?
75
Caso clínico 06
▪ Mulher, 24 anos, ha quatro dias referia cefaleia holocraniana de moderada
intensidade, associada a nauseas, vomitos persistentes e febre (38,5°C), sem
calafrios. Fez o uso de analgesicos, antitermicos e antiemeticos, mas sem
melhora. Ao exame fisico, apresenta-se orientada, com semblante de dor,
taquipneica, afebril, anicterica e pálida (+1/+4). Neurologico: paciente orientada
no tempo e no espaco e com sinais de irritação meníngea.
76
1) Quais as principais alterações
encontradas no hemograma?
77
Caso clínico 07
▪ Homem, 90 anos, comerciante aposentado, branco, ha dois meses com adinamia
progressiva, parestesia de membros inferiores e perda de peso de 2,0 kg nesse
mesmo periodo, motivos pelos quais procurou a UPA. Realizou hemograma que
revelou alterações, sendo encaminhado a um centro de referencia em
Hematologia. Negou tabagismo e etilismo. Ao exame fisico, apresentava palidez
(+2/+4) e ictericia (+1/+4). Exames complementares: Bilirrubina total: 3,2mg/dl
(BD=1,1 e BI=2,1). T4 livre e TSH normais.
78
1) Quais as principais alterações
encontradas no hemograma?
79
Caso clínico 08
▪ Homem, 43 anos, procurou a Emergencia por apresentar dor abdominal difusa,
sem náuseas e vômitos, há aproximadamente 12 horas. Ao exame fisico,
apresentava sinais de irritação peritoneal.
80
1) Quais as principais alterações
encontradas no hemograma?
81
Obrigado
82