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Transtornos alimentares

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TRANSTORNOS ALIMENTARES 
→ A alimentação é uma necessidade fisiológica 
o Pode ser influenciada por prazer, cultura, 
religião e política 
→ Transtornos alimentares: perturbação 
persistente na alimentação ou no 
comportamento relacionado à alimentação 
que resulta no consumo ou na absorção 
alterada de alimentos e que compromete 
significativamente a saúde física ou o 
funcionamento psicossocial - DSM V. 
o PICA: ingestão de substâncias que não são 
alimentos. 
o TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO / 
EVITATIVO (TARE): o indivíduo come 
muito pouco e/ou evita comer 
determinados alimentos (aversão) - pode 
haver uma perda significativa de peso. 
 
ANOREXIA NERVOSA (AN) 
→ Tríade: 
o Busca do corpo magro 
o Privação alimentar 
o Comportamento obsessivo 
→ Epidemiologia: mais comum em mulheres 
adolescentes/jovens adultas. 
FISIOPATOLOGIA 
→ Fator genético associado: gêmeos 
→ Neurológico: há uma baixa de serotonina 
→ Psicológico: personalidade; associado a 
ansiedade e depressão 
→ Influenciado pelo ambiente e questões 
socioculturais. 
QUADRO CLÍNICO 
→ Baixo peso: IMC < 18,5 kg/m2 - adultos e 
abaixo do quinto percentil em crianças e 
adolescentes. 
→ Medo de ganhar peso 
→ Transtorno dismórfico corporal: apesar de 
muito emagrecida, a paciente percebe-se 
gorda. 
→ Restrição alimentar grave 
→ Comportamentos compulsivos 
→ Perda de peso autoinduzida (sem outra causa 
- doença) - corpo magro 
ACHADOS FÍSICOS 
→ Gerais: perda de peso e gordura, atrofia 
muscular, hipotermia 
→ Metabólico: hipocalemia, hiponatremia, 
alcalose metabólica, hipoglicemia 
→ Pele: cabelos finos, perda de cabelo, pele 
hipocrômica. 
→ Cardiovascular: arritmias, hipotensão, edema 
periférico. 
→ Endócrino: redução de hormônios sexuais, 
baixa de T4, amenorreia hipotalâmica 
(suspensão da menstruação), osteopenia 
(queda da densidade óssea), podendo 
ocorrer fraturas e mudanças na 
microarquitetura dos ossos. 
SUBTIPOS (DSM V) 
→ RESTRITIVO: paciente se torna e permanece 
anorética pela restrição de alimentos, 
podendo apresentar ou não sintomas 
obsessivo-compulsivos. 
→ COMPULSÃO ALIMENTAR PURGATIVA: além 
de evitar ingerir alimentos calóricos, a pessoa 
tem comportamentos ativos de perda de 
calorias, como vômitos autoinduzidos, 
exercícios excessivos e uso de laxantes, 
diuréticos e enemas. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (DSM V) 
A. Restrição da ingesta calórica, levando a um 
peso significamente baixo. 
 
B. Medo intenso de ganhar peso ou engordar, 
ou comportamento persistente que interfere 
no ganho de peso. 
C. Perturbação no modo como o próprio peso 
ou a forma corporal são vivenciados, 
influência indevida do peso ou da forma 
corporal na autoavaliação. 
TRATAMENTO 
→ Equipe multidisciplinar: nutricionista, 
psicólogo e médico. 
→ Recuperação física: reabilitação nutricional e 
ganho ponderal 
→ Comportamento alimentar: psicoterapia 
→ Cognição e distorções: antidepressivos IRRS -
inibidores da recaptação de serotonina 
(fluoxetina causa baixo apetite, logo, não é 
recomendado). 
BULIMIA NERVOSA (BN) 
→ Preocupação persistente com o comer e 
desejo irresistível de se alimentar, com o 
paciente sucumbindo a repetidos episódios 
de hiperfagia, ou binge eating (“ataques” à 
geladeira, à despensa, com sensação de 
perda do controle no comer). Além da 
preocupação excessiva com o controle do 
peso corporal. 
→ Episódios de compulsão alimentar (indivíduo 
não consegue parar de comer), em 
consonância há comportamentos 
compensatórios (malhar horas para 
compensar o “ganho de peso” da refeição 
anterior) ou purgatórios (indução de vômito). 
→ Os indivíduos com BN tipicamente se 
envergonham de seus problemas alimentares 
e procuram ocultar seus sintomas. Há um 
sentimento importante de falta de controle. 
→ Epidemiologia: atinge mais mulheres 
adolescentes/adultas jovens. 
o Mais tarde que na anorexia nervosa. 
FISIOPATOLOGIA 
→ Fator genético associado: gêmeos e história 
familiar. 
→ Biológico: esvaziamento gástrico, CCK 
(sensação de saciedade). 
→ Psicológico: impulsividade, autoagressão. 
→ Influenciado pelo ambiente e questões 
socioculturais. 
QUADRO CLÍNICO 
→ Episódios de compulsão alimentar seguido de 
comportamentos compensatórios (exercício 
físico intenso, vômitos induzidos, enema - 
lavagem intestinal, uso de laxantes diuréticos, 
jejum, termogênicos). 
o Perda de controle 
ACHADOS FÍSICOS 
→ Metabólico: alterações hidroeletrolíticos 
devido comportamento purgatório - 
hipocalemia, hiponatremia, hipocloremia; 
alcalose metabólica (por perda de ácido 
gástrico); acidose metabólica (indução da 
diarreia por uso de laxantes); hipoglicemia. 
→ Manifestações orais: erosão dental (contato 
com pH ácido devido aos vômitos induzidos), 
redução salivar, aumento das parótidas, 
cáries. 
NÍVEIS DE GRAVIDADE (DSM-V) 
→ LEVE: 1 a 3 episódios de bulimia e 
comportamentos compensatórios 
inapropriados (vômitos autoinduzidos, uso 
de laxantes, diuréticos, entre outros) por 
semana; 
→ MODERADA: 4 a 7 episódios semanais; 
→ GRAVE: 8 a 13 episódios por semana; 
→ EXTREMA: mais de 14 episódios semanais. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (DSM V) 
A. Episódios recorrentes de compulsão 
alimentar 
1. Ingestão exagerada de alimentos (em um 
período) 
2. Sensação de falta de controle sobre a 
ingestão 
B. Comportamentos compensatórios 
inapropriados recorrentes, para impedir 
ganho de peso. 
C. Compulsão alimentar e comportamentos 
compensatórios ocorrem ao menos 
1x/semana por ao menos 3 meses. 
D. A autoavaliação é indevidamente 
influenciada pela forma e peso corporais.

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