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BOLETIM 2018-16 APURACAO ANUAL SUPENSAO E REDUCAO

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Boletim Imposto de Renda n° 16 - Agosto/2018 - 2ª Quinzena
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
IRPJ
APURAÇÃO ANUAL
Apuração na Estimativa, Balancete de Redução/Suspensão
ROTEIRO
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITOS
3. OBRIGATORIEDADE
4. CONCEITO DE RECEITA BRUTA
5. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
6. PERÍODO DE APURAÇÃO
7. ANTECIPAÇÕES MENSAIS
 7.1. Base de cálculo
 7.2. Alíquota do IRPJ
 7.2.1. Adicional de IRPJ
 7.3. Alíquota da CSLL
 7.4. Deduções do Imposto de renda apurado
 7.5. Compensação da IRPJ e CSLL a pagar por estimativa
 7.6. Prazo para recolhimento e código do darf
 7.7. Compensação de prejuízo fiscal
 7.8. Falta do pagamento mensal da estimativa
 7.9. Exemplo de apuração 
8. APURAÇÃO POR BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO
 8.1. Base de cálculo
 8.2. Período de apuração
 8.3. Alíquotas
 8.4. Deduções do imposto apurado
 8.5. Compensações de IRPJ e CSLL a pagar
 8.6. Compensação de prejuízo fiscal
 8.7. Pagamento e código de recolhimento
 8.8. Adicional do imposto de renda
 8.9. Exemplo de apuração por balanço de redução
 8.10. Exemplo de suspensão
9. AJUSTE ANUAL
10. CONTABILIZAÇÕES
11. LALUR e E-LACS
1. INTRODUÇÃO
No Lucro Real, o contribuinte tem a opção de tributar no lucro real trimestral e lucro real estimativa anual. Neste material vamos tratar exclusivamente da tributação pelo regime do lucro real estimativa anual. Instrução Normativa RFB n°
1.700/2017, art. 31
No regime de estimativa a apuração definitiva deve ser efetuada anualmente, contudo a pessoa jurídica deverá efetuar o pagamento mensalmente pela receita bruta ou optar por demonstrar através de balanço de suspensão ou redução que
a mesma apresentou prejuízo no período ou que já pagou valores suficientes para cobrir o valor dos impostos apurados. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 47
2. CONCEITOS
Estimativa mensal: Sobre a receita bruta na estimativa mensal deverá aplicar os percentuais de presunção do IRPJ, de acordo com o tipo de atividade desenvolvida pela empresa, assim como também as alíquotas aplicáveis ao lucro
presumido.
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Suspensão: No regime de suspensão, o contribuinte levanta o balanço de suspensão do referido período, e considerando que apure um prejuízo fiscal, inexistirá imposto a ser pago; ou, demonstre que o valor devido é igual ou inferior ao
devido por estimativa.
Redução: A redução ocorre quando o contribuinte, demonstre que o valor apurado do imposto menos o valor já pago durante o período acumulado é inferior ao cálculo pela estimativa como base na receita.
3. OBRIGATORIEDADE
São obrigadas ao regime de tributação do IRPJ com base no lucro real as pessoas jurídicas: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 59
a) cuja receita total no ano-calendário anterior tenha excedido o limite de R$ 78.000.000,00 ou de R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade no período, quando inferior a 12 meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruem de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa previsto nos artigos 33 e 34 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017;
f) que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); ou
g) que exploram as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.
4. CONCEITO DE RECEITA BRUTA
Considera-se receita bruta total o somatório: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 26
a) o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
b) o preço da prestação de serviços em geral;
c) o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
d) as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nas citadas nas letras “a” a “c”.
5. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
A receita líquida será a receita bruta diminuída de: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 26, § 1°
a) devoluções e vendas canceladas;
b) descontos concedidos incondicionalmente;
c) tributos sobre ela incidentes; e
d) valores decorrentes do ajuste a valor presente de elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo (inciso VIII do artigo 183 da Lei n° 6.404/1976), das operações vinculadas à receita bruta.
6. PERÍODO DE APURAÇÃO
As pessoas jurídicas que optarem pelo pagamento do IRPJ e da CSLL por estimativa deverão apurar o lucro real e o resultado ajustado em 31 de dezembro de cada ano, exceto nas hipóteses nos casos de incorporação, fusão, cisão ou
extinção. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 31, § 4°
Nas hipóteses da apuração do lucro real e do resultado ajustado este abrangerá todo o período de 1° de janeiro do ano-calendário, ou da data de início de atividades, até 31 de dezembro
7. ANTECIPAÇÕES MENSAIS
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art34
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art26
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art26
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art26_p1
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6404_1976.asp#art183_viii
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei6404_1976.asp#art183
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Conforme colocado no item anterior a apuração neste regime é de ajuste anual. Contudo deverá a pessoa jurídica efetuar mensalmente o recolhimento do IRPJ e da CSLL, que serão consideradas como antecipações e ficarão sujeitos ao
ajuste anual.
As antecipações mensais ficam sujeitas a tributação com base na receita bruta mensal auferida.
Apenas ficarão dispensadas de efetuar o recolhimento das antecipações se demonstrarem através de balanço de suspensão ou redução que não possuem tributos a serem recolhidos.
7.1. Base de cálculo
A base de cálculo do IRPJ e CSLL é determinada segundo a legislação vigente na data da ocorrência do respectivo fato gerador, é o lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado, correspondente ao período de apuração. Instrução Normativa
RFB n° 1.700/2017, art. 27
A base de cálculo das antecipações mensais será a receita bruta auferida, podendo ser deduzidos os valores previstos na legislação, conforme dispõe o item 4 e 5 deste material.
Sobre a base de cálculoserão aplicadas as alíquotas de presunção aplicadas ao regime do lucro presumido, de acordo com a atividade da pessoa jurídica. Lei n° 9.249/1995, art. 15, § 1°
A presunção do IRPJ será de 8% sobre a receita bruta, exceto para as atividades abaixo, as quais terão presunções diferenciadas: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 33
a) 1,6% sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
b) 8% sobre a receita bruta auferida:
b.1) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e
patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária
e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
b.2) na prestação de serviços de transporte de carga;
b.3) nas atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda e a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda; e
b.4) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;
c) 16% sobre a receita bruta auferida:
c.1) na prestação de serviços de transporte, exceto o transporte de carga; e
c.2) nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e
entidades de previdência privada aberta; e
d) 32% sobre a receita bruta auferida com as atividades de:
d.1) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada;
d.2) intermediação de negócios;
d.3) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
d.4) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais;
d.5) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego parcial ou total de materiais;
d.6) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring);
d.7) coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte;
d.8) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada nas letras “a” a “d”.
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A base de cálculo da CSLL, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do percentual de 12% sobre a receita bruta, auferida na atividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais
concedidos.
O percentual será de 32% para as atividades de:
a) prestação de serviços em geral, exceto serviços de transporte, inclusive de carga;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring); e
e) prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço público.
7.2. Alíquota do IRPJ
A alíquota do IRPJ é de 15%, que será aplicada sobre a base presumida de acordo com a atividade desenvolvida. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 29
7.2.1. Adicional de IRPJ
A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de adicional do imposto sobre a renda à
alíquota de 10%. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 29, § 1°
Portanto, em se tratando da apuração da antecipação mensal com base na receita bruta, o adicional a ser considerado será de R$ 20.000,00, visto que o período de apuração estará sendo o mês.
O valor do adicional será recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções.
7.3. Alíquota da CSLL
A alíquota da CSLL é de: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 30
a) 15%, exceto no período compreendido entre 01.09.2015 e 31.12.2018, no qual vigorará a alíquota de 20%, nos casos de:
a.1) pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização;
a.2) bancos de qualquer espécie e agências de fomento
a.3) distribuidoras de valores mobiliários;
a.4) corretoras de câmbio e de valores mobiliários;
a.5) sociedades de crédito, financiamento e investimentos;
a.6) sociedades de crédito imobiliário;
a.7) administradoras de cartões de crédito;
a.8) sociedades de arrendamento mercantil; e
a.9) associações de poupança e empréstimo;
b) 15%, exceto no período compreendido entre 01.10.2015 e 31.12.2018, no qual vigorará a alíquota de 17%, no caso de cooperativas de crédito; e
c) 9% (nove por cento), no caso de:
c.1) administradoras de mercado de balcão organizado;
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c.2) bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
c.3) entidades de liquidação e compensação;
d.4) empresas de fomento comercial ou factoring; e
c.5) demais pessoas jurídicas.
7.4. Deduções do Imposto de renda apurado
Do IRPJ apurado mensalmente, através da estimativa poderá a pessoa jurídica efetuar a dedução do imposto de renda apurado através da estimativa dos meses anteriores. Lei n° 9.430/1996, art. 2°, § 4°
Também poderá deduzir o Imposto de renda retido na fonte sobre as receitas que integraram a respectiva base de cálculo.
Contudo em relação aos rendimentos de aplicações financeiras, estes não entram na base de cálculo do IRPJ quando a apuração for de antecipação sobre a receita bruta. Desta forma, considerando que estes rendimentos não farão parte da
base de cálculo também não poderão ser deduzidos do imposto de renda apurado (IRPJ) o valor do IRRF retido sobre esses rendimentos. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 44
Em relação aos incentivos fiscais, do imposto de renda apurado a pessoa jurídica poderá, observados os limites e prazos previstos na legislação, deduzir os valores dos benefícios fiscais de dedução do imposto, excluído o adicional, em
relação a: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 43
a) às despesas de custeio do Programade Alimentação do Trabalhador (PAT);
b) às doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente;
c) às doações aos fundos nacional, estaduais ou municipais do idoso;
d) às doações e patrocínios a título de apoio a ações de prevenção e de combate ao câncer no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon);
e) às doações e patrocínios a título de apoio a ações e serviços de reabilitação da pessoa com deficiência promovidas no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD);
f) às doações e patrocínios realizados a título de apoio a atividades culturais ou artísticas;
g) ao valor despendido na aquisição de vale-cultura distribuído no âmbito do Programa de Cultura do Trabalhador;
h) aos investimentos, aos patrocínios e à aquisição de quotas de Fundos de Financiamento da Indústria Cinematográfica Nacional (Funcines), realizados a título de apoio a atividades audiovisuais;
i) às doações e patrocínios realizados a título de apoio a atividades desportivas e paradesportivas; e
j) à remuneração da empregada paga no período de prorrogação da licença-maternidade
7.5. Compensação da IRPJ e CSLL a pagar por estimativa
Ao optar pelo Lucro Real Anual, a empresa deve recolher obrigatoriamente o IRPJ e CSLL sobre a base de cálculo estimada, conforme é disposto no artigo 6° da Lei n° 9.430/1996, exceto se levantar balanço de suspensão ou redução.
Até a publicação da Lei n° 13.670/2018, não havia impedimento para que o contribuinte efetuasse a compensação dos débitos apurados na estimativa através de declaração de compensação, contudo no artigo 6° efetuou alteração do § 3° do
artigo 74 da Lei n° 9.430/1996 ficando expressamente proibido que o contribuinte efetue a compensação do imposto a pagar que for apurado por estimativa mensal através de declaração de compensação (Per/dcomp), ou seja, o contribuinte
terá obrigatoriamente que efetuar o recolhimento do IRPJ e CSLL apurado sobre a receita, exceto se comprovar que não possui tributos a recolher através do balanço de suspensão ou redução.
7.6. Prazo para recolhimento e código do darf
O imposto apurado através das antecipações mensais sobre a receita bruta, deverão ser recolhidas até o último dia útil do mês subseqüente àquele a que se referir nos seguintes códigos: Lei n° 9.430/1996, art. 6°
a) IRPJ: 5993-Estimativa Mensal (se optante ao lucro real);
b) IRPJ: 2362-Estimativa Mensal (se obrigada ao lucro real);
c) CSLL: 2484-Estimativa Mensal
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art2
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art2_p4
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art44
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art43
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art6
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/18/lei_13670_2018.php
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/18/lei_13670_2018.php#art6
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art74_p3
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art74
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art6
7.7. Compensação de prejuízo fiscal
Em relação a compensação do prejuízo fiscal na estimativa, não será possível, visto que não há levantamento de balanço e, portanto, não há apuração de lucro ou prejuízo fiscal, nem a apuração do Lalur (parte A), para que se possa falar
em compensação de prejuízos fiscais.
Portanto apenas será possível efetuar a compensação de prejuízos fiscais quando da apuração anual ou através do balanço de suspensão ou redução, conforme será visto mais a frente.
7.8. Falta do pagamento mensal da estimativa
A pessoa jurídica que optar pelo lucro real anual terá que pagar, mensalmente, o IRPJ e a CSLL calculados pela forma estimada ou com base no balancete, de que tratam os artigos 222 e 230 do RIR/99.
Se a empresa não demonstrar, através de balanço ou balancete mensal, a apuração de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL, a falta de pagamento mensal sujeitará à multa isolada lançada de ofício, ainda que tenha apurado prejuízo fiscal
ou base negativa da CSLL ao final do ano-calendário (artigo 44, § 1°, IV, da Lei n° 9.430/1996).
7.9. Exemplo de apuração
Considerando uma pessoa jurídica prestadora de serviços que tributa com base no lucro real estimativa anual, que apresentou um prejuízo fiscal no ano X1 de R$ 300.000,00. No ano X2, efetuou os seguintes pagamentos:
MESES IRPJ CSLL
Janeiro de X2 R$ 10.000,00 R$ 5.000,00
Fevereiro de X2 R$ 5.000,00 R$ 2.000,00
Março de X2 R$ 13.000,00 R$ 6.000,00
No mês de abril, possui uma receita operacional bruta de R$ 750.000,00 e pretende novamente efetuar o pagamento por estimativa. Vamos considerar também os seguintes dados:
- IRRF retido sobre serviços prestados: R$ 25.000,00
- Rendimento de Aplicações Financeiras: R$ 44.000,00
- Ganho na venda de um bem do ativo imobilizado: R$ 30.000,00
Desta forma a apuração ficaria:
 IRPJ CSLL
Faturamento de Abril R$ 750.000,00 R$ 750.000,00
(=) Base de cálculo presumida R$ 240.000,00 (R$ 750.000,00 x 32%) R$ 240.000,00 (R$ 750.000,00 x 32%)
(+) Ganho de capital na venda de ativo R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
(+) Rendimentos de aplicações financeiras (não entra na base de cálculo do imposto de renda) R$ 44.000,00
(=) Base de cálculo R$ 270.000,00 R$ 314.000,00
IRPJ/CSLL apurado R$ 40.500,00 (R$ 270.000,00 x 15%) R$ 28.260,00 (R$ 314.000,00 x 9%)
Cálculo do Adicional do IRPJ -
Base de Cálculo do IRPJ: R$ 270.000,00 -
(-) Limite de não incidência R$ 20.000,00 -
Base de cálculo do adicional R$ 250.000,00 -
Adicional de 10% R$ 25.000,00 -
Imposto de Renda a recolher
Somatório do IRPJ + Adicional R$ 65.500,00 (R$ 40.500,00 + R$ 25.000,00) -
(-) Imposto de renda retido na fonte (R$ 25.000,00) -
(=) Valor a pagar do IRPJ/CSLL de Abril X2 R$ 40.500,00 R$ 28.260,00
O rendimento de aplicação financeira não entrou para cálculo do IRPJ e também não foi efetuada a dedução do Imposto de renda retido.
8. APURAÇÃO POR BALANÇO DE SUSPENSÃO/REDUÇÃO
http://www.econeteditora.com.br/rir/art.146_239.asp#222
http://www.econeteditora.com.br/rir/art.146_239.asp#230
http://www.econeteditora.com.br/rir/indice_geral_rir.php
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art44
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art44_p1
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp#art44_p1_iv
http://www.econeteditora.com.br/bdi/lei/ant/lei9430_1996.asp
O sistema de suspensão ou redução do imposto (IRPJ/CSLL) é próprio do regime da estimativa.
Portanto não se fala em suspensão/redução em outro regime de tributação.
Será possível suspender ou reduzir o IRPJ e a CSLL de cada mês desde que se demonstre através de balanço ou balancete do período a inexistência de lucro tributável, ou que o valor pago excede o valor do imposto devido. Instrução
Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 47
Note-se que a opção pelo sistema de tributação deve ser o mesmo para IRPJ e para CSLL.
8.1. Base de cálculo
Conforme já disposto, a base de cálculo do IRPJ e CSLL é determinada segundo a legislação vigente na data da ocorrência do respectivo fato gerador, é o lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado, correspondente ao período de
apuração. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 27
Portanto, devemos levar em consideração que agora estará sendo levantado o balanço a fim de verificar se a pessoa jurídica apurou lucro ou prejuízo neste período ou se os pagamentos efetuados até o momento já excedem ou não o valor
devido do IRPJ e da CSLL.
Desta forma, deverá a pessoa jurídica além da apuração contábil daqueleperíodo deverá efetuar também a parte A do Lalur.
Ao levantar o balanço teremos o lucro contábil apurado na Demonstração do Resultado o qual será acrescido das adições (despesas que não podem ser consideradas como dedutiveis, de acordo com a legislação do imposto de renda e da
CSLL) e deduzido das exclusões (receitas que por previsão legal podem ser excluidas do Imposto de renda e da CSLL), utilizando-se também da compensação de prejuízos fiscais, se for o caso, chegando-se assim ao lucro ou prejuízo fiscal
apurado que servirá de base para o cálculo dos referidos tributos.
8.2. Período de apuração
O período de apuração no caso de a pessoa jurídica levantar balanço de suspensão ou redução, considera-se período em curso aquele compreendido entre 1° de janeiro ou o dia de início de atividade e o último dia do mês a que se referir o
balanço ou balancete. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 49
Exemplo: Considerando que a pessoa jurídica quer levantar um balanço no mês de abril do X2 para apuração do resultado, ela irá pegar todas as informações (receitas e despesas) de janeiro de X2 até abril de X2;
Considerando que no mês seguinte maio de X2, ela deseje novamente levantar outro balanço de suspensão ou redução, ela deverá ignorar o balanço levantado no mês anterior e levantar um novo balanço de janeiro a maio de X2 e assim
por diante.
8.3. Alíquotas
As alíquotas não são alteradas, sendo as mesmas já informadas anteriormente.
8.4. Deduções do imposto apurado
Para chegar-se ao valor do IRPJ a pagar no mês a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido no período em curso: Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 47, § 5°
a) o valor do IRPJ devido por estimativa em meses anteriores do ano-calendário, seja com base na receita bruta e acréscimos ou em balanço ou balancete de redução;
b) o IRPJ pago ou retido na fonte sobre as receitas auferidas no mês, que integraram a respectiva base de cálculo; e
c) o IRPJ pago ou retido na fonte sobre as receitas auferidas nos meses anteriores do período em curso, inclusive o pago separadamente sobre ganhos líquidos de renda variável, que não tenham sido deduzidos no pagamento por estimativa
daqueles meses.
d) Incentivos Fiscais, informados nesta matéria.
8.5. Compensações de IRPJ e CSLL a pagar
Os débitos apurados a pagar através do balanço de redução, assim como os débitos apurados na estimativa, não poderão ser objetos de compensação através da perdcomp.
Portanto, considerando que o contribuinte levante o balanço de redução e possua valor a pagar do IRPJ e CSLL, estes devem ser recolhidos dentro do prazo disponibilizado pela legislação.
8.6. Compensação de prejuízo fiscal
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art47
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art27
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art49
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art47
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art47_p5
Em relação a compensação do prejuízo fiscal, quando a pessoa jurídica levantar balanço de suspensão/redução ela poderá compensar o prejuízo levantado no ano anterior. O prejuízo apurado através dos balanços de suspensão/redução
nos períodos anteriores dentro do próprio ano calendáro não podem ser objetos de compensação. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 203.
8.7. Pagamento e código de recolhimento
Os códigos de recolhimento do IRPJ e CSLL levantados na apuração do balanço de redução, serão os mesmos indicados para o recolhimento do IRPJ e CSLL sobre a receita bruta:
a) IRPJ: 5993-Estimativa Mensal (se optante ao lucro real);
b) IRPJ: 2362-Estimativa Mensal (se obrigada ao lucro real);
c) CSLL: 2484-Estimativa Mensal.
8.8. Adicional do imposto de renda
Conforme já colocado no item 7.2.1 a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de
adicional do imposto sobre a renda à alíquota de 10%. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 29
Contudo observe se que a redação da referida legislação nos traz que o valor de R$ 20.000,00 será pelo número de meses do período de apuração. Desta forma, deve se observar que o período de apuração será sempre do mês de janeiro
do ano calendário ou do mês e inicio de atividade até o mês que está sendo efetuado o cálculo.
Desta forma, se por exemplo o contribuinte deseje levantar o balanço de suspensão ou redução do mês de junho do ano calendário, deverá multiplicar o valor de R$ 20.000,00 por seis (n° de meses de janeiro a junho), pois este é o período
que estará sendo apurado.
8.9. Exemplo de apuração por balanço de redução
Vamos considerar os dados abaixo, para fins de cálculo do IRPJ e CSLL, através do balanço de redução:
IRRF retido sobre serviços prestados: R$ 25.000,00
Lucro Contábil do período: R$ 770.000,00
Despesas não dedutiveis (adições): R$ 50.000,00
Prejuízo fiscal no ano X1 de R$ 300.000,00
Pagamentos efetuados por estimativa no ano calendário
IRPJ CSLL
Janeiro de X2 R$ 10.000,00 R$ 5.000,00
Fevereiro de X2 R$ 5.000,00 R$ 2.000,00
Março de X2 R$ 13.000,00 R$ 6.000,00
Cálculo do Mês de abril de X2
IRPJ CSLL
Lucro antes do IRPJ/CSLL R$ 770.000,00 R$ 770.000,00
(+) Adições R$ 50.000,00 R$ 50.000,00
(-) Exclusões R$ 0,00 R$ 0,00
Lucro Real antes da Compensação de Prejuízos fiscais R$ 820.000,00
(-) Compensação de Prejuízos fiscais (R$ 246.000,00)
(=) Lucro Fiscal R$ 574.000,00 R$ 820.000,00
IRPJ (15%) R$ 86.100,00 R$ 73.800,00
Cálculo do Adicional
Lucro Real após a Compensação de Prejuízos Fiscais R$ 574.000,00
(-) Limite de Isenção (R$ 80.000,00)
Base do Adicional R$ 494.000,00
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art203
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Adicional de IRPJ (10%) R$ 49.400,00
Imposto de Renda a Recolher:Somatório do IRPJ (15%) e do Adicional de IRPJ (10%) 
IRPJ Normal 15% R$ 86.100,00
Adicional de IRPJ10% R$ 49.400,00
Imposto de Renda a Recolher R$ 135.500,00
IRRF Retido na fonte (R$ 25.000,00)
IRPJ/CSLL recolhido por estimativa (meses anteriores) (R$ 28.000,00) (R$ 13.000,00)
IRPJ/CSLL a recolher no período R$ 82.500,00 R$ 60.800,00
8.10. Exemplo de suspensão
Consideremos os seguintes dados para este exemplo:
Prejuízo Contábil do período: R$ 770.000,00
Despesas não dedutíveis: R$ 70.000,00
IRPJ
Prejuízo Contábil (R$ 770.000,00)
(+) Adições R$ 70.000,00
(-) Exclusões R$ 0,00
Prejuízo apurado (R$ 700.000,00)
Imposto de Renda a Recolher 0,00
9. AJUSTE ANUAL
Verificamos até agora que no regime de estimativa, o IRPJ e a CSLL devem ser apurados mensalmente através da receita bruta ou pelo balanço de suspensão ou redução. Contudo estes recolhimentos mensais, serão considerados como
antecipações e ficarão sujeitos ao ajuste no final do ano calendário. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 57
No final do ano, a pessoa jurídica levantará um balanço único de janeiro a dezembro do ano calendário e apurará o lucro ou prejuízo do ano.
Considerando que apresente prejuízo, todo o valor que por acaso, já tenha efetuado durante o ano calendário como antecipação tornar-se-a saldo negativo de imposto de renda e contribuição social.
Considerando que apresente lucro, contudo os valores já pagos de IRPJ e CSLL excedam os valores apurados no balanço anual, os valores já pagos também irão se transformar em saldo negativo do IRPJ e CSLL.
Neste caso o saldo negativo, poderá ser compensado apenas a partir de janeiro do próximo ano calendário, com débitos administradospela Receita Federal, exceto os previdenciários. Contudo, ressaltamos que não poderá ser compensado
no ano seguinte com os débitos a serem pagos por estimativa ou balanço de redução.
Este saldo negativo a ser restituído ou compensado, será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais, calculados a partir de 1° de fevereiro até o mês anterior ao da compensação ou restituição e de 1%
referente ao mês em que a compensação ou restituição for efetuada.
Porém caso na apuração do balanço anual, apure-se valores complementares a serem recolhidos a título de IRPJ e CSLL, estes valores deverão ser pagos em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subsequente. Instrução
Normativa RFB n° 1.700/2017, artigos 56 e 57
Estes valores serão acrescidos de juros calculados à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1° de fevereiro até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do
pagamento.
10. CONTABILIZAÇÕES
Na contabilização, conforme mencionado, considerando que esses recolhimentos efetuados são tidos como antecipações, serão registrados em contas patrimoniais até que seja realizado o ajuste anual.
a) na apuração mensal do valor apurado como estimativa mensal (com base na receita ou balanço de redução):
D- Imposto de Renda Por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante)
C- Imposto de Renda Por Estimativa a Pagar (Passivo Circulante)
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http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art57
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art56
http://www.econeteditora.com.br/bdi/in/17/in_rfb_1700_2017.php#art57
b) no pagamento da estimativa mensal:
D- Imposto de Renda Por Estimativa a Pagar (Passivo Circulante)
C- Caixa/Banco (Ativo Circulante)
c) quando a pessoa jurídica, apurar o balanço anual, considerando que através deste balanço apure valores complementares a serem recolhidos a contabilização será:
D- Provisão do IRPJ (Conta de Resultado)
C- IRPJ a Recolher (Passivo Circulante)
d) no ajuste do imposto de renda recolhido pela estimativa mensal com valor devido pelo balanço anual:
D- IRPJ a Recolher (Passivo Circulante)
C- Imposto de Renda Por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante) (valor do saldo da conta do Imposto de Renda Por Estimativa a Recuperar do Ativo Circulante)
e) sendo o valor imposto de renda recolhido pela estimativa mensal inferior ao valor apurado pelo balanço anual, após o ajuste, na data do pagamento do saldo anual, temos:
D- IRPJ a Recolher (Passivo Circulante)
C- Caixa/Banco (Ativo Circulante)
f) porém sendo o valor imposto de renda recolhido pela estimativa mensal superior ao valor apurado pelo balanço anual, após o ajuste, temos a constituição do saldo negativos do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), a partir do
mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao do encerramento do período de apuração:
D- IRPJ a Recolher (Passivo Circulante)
C- Imposto de Renda Por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante) (valor do saldo da conta do IRPJ a Recolher do Passivo Circulante)
O saldo da conta “Imposto de Renda Por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante)” deve ser transferida para outra conta do mesmo grupo com referência ao ano anterior:
D- Saldo Credor do IRPJ de Ano Anterior (Ativo Circulante)
C- Imposto de Renda Por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante)
11. LALUR e E-LACS
O Lalur e o E-Lacs, considerando que a pessoa jurídica efetue os recolhimentos com base na receita bruta, não será necessário fazer o preenchimento do Lalur. Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, art. 310
Caso a pessoa jurídica levante balanço de suspensão ou redução mensalmente, será obrigatório o preenchimento da parte A do Lalur.
No Ajuste Anual a pessoa jurídica fica obrigada a preecher o Lalur Parte A e parte B.
Na parte A do Lalur serão informados as adições e exclusões e a parte B serve de controle de créditos fiscais e de valores que podem vir a influenciar os resultados seguintes.
Observem que conforme colocado anteriormente quando se levanta o balanço de suspensão ou redução no mês não pode compensar prejuízos fiscais dos meses anteriores, somente o prejuízo fiscal do ano anterior registrado na Parte B do
Lalur daquele ano.
Por este motivo não é necessário levantar a parte B do Lalur quando do levantamento mensal do balanço de suspensão ou redução, já que se for apurado um prejuízo no mês ele não poderá ser utilizado para compensação nos próximos
meses, pois apenas no ajuste anual é que ficará definido se a pessoa jurídica possui prejuízo ou lucro.
ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDA
Autora: Marineusa Andreico Rodrigues
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