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Professora: Gabrielle Miranda Aparelho Genital Feminino O sistema reprodutor feminino é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, um útero, uma vagina e uma vulva. Eles se encontram no interior da cavidade pélvica. A pelve compõe um marco ósseo forte que tem função de proteção. Professora: Gabrielle Miranda Aparelho Genital Feminino Função: A função do aparelho reprodutor feminino é receber os gametas masculinos durante o ato sexual, propiciando condições favoráveis à fecundação, e possibilitar durante meses, o desenvolvimento do embrião até que esteja em condições de viver fora do corpo da mãe. Útero O útero localiza-se na cavidade pélvica, atrás da bexiga urinária e anteriormente ao reto. A porção superior lateral liga-se com as tubas uterinas, uma em cada lado. A porção inferior liga-se com a vagina. O útero de uma mulher que nunca engravidou tem cerca de 7,5 cm de comprimentos e 5 cm de largura, mas o arranjo muscular de sua parede interina permite grande expansão desse órgão durante a gravidez, podendo o bebê atingir mais de 4 kg. Definições ❖NASCIMENTO: processo pelo qual o concepto vivo ou morto, é expulso ou extraído da mãe, independente da idade gestacional. ❖RN: recém-nascido, neonato ou recém-nato, é a criança do nascimento até o 28° dia. ❖NEONATOLOGIA: ramo da pediatria que se especializou no RN: Neo+novo Nato+nascido Logia:estudo. Etapas do Diagnóstico Hormônios Que Atuam No Sistema Reprodutor Feminino ➢Hormônio Folículoso-Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer. ➢Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a ovulação. Hormônios Sexuais Femininos Os hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormonios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Gravidez ou Gestação Fecundação: é o processo pelo qual duas células sexuais (gametas), fundem para criar um novo indivíduo. A união dos espermatozóides e os ovócitos ocorre no interior da tuba uterina entre 12 a 24 h após a ovulação. A partir da fecundação o óvulo passara a chamar Zigoto. Gravidez ou Gestação O zigoto sofre divisões celulares da seguinte forma: Mórula é a divisão do Zigoto em Blastômeros, ou seja, células e tecidos para desenvolvimento dos sistemas que compõe o organismo humano. A gastrulação é o processo de divisão e migração celular que termina com formação da gástrula – estrutura que apresenta os folhetos germinativos. Organogenese Organogenese é o processo de desenvolvimento do embrião. De cada um dos três folhetos germinativos (ectoderma; mesoderma e endoderma) originam-se as estruturas dos indivíduos. 1. Ectoderma: Epiderme e anexos cutâneos. Todas as estruturas do sistema nervoso. Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal. 2. Mesoderma: Forma a camada interna da pele. Músculos lisos e esqueléticos. Sistema circulatório. Sistema esquelético. Sistema excretor e reprodutor. 3. Endoderma: Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal. Sistema respiratório. Fígado e pâncreas. Organogenese Anexos Embrionários São estruturas derivadas de partes na utilizadas dos folhetos germinativos. Servem para nutrição, proteção, respiração e excreção do embrião. Compreendem em : saco vitelino, o âmnio, o alantoide, o corion e a placenta. Servem para proteção, alimentação, respiração e excreção. Anexos Embrionários Amnion: é uma membrana que envolve o embrião formando uma espécie de bolsa. É preenchida pelo liquido amniótico que serve para evitar a dessecação do embrião. Alantoide: atua na formação dos vasos sanguíneos da placenta, que realiza a eliminação dos excrementos. Realiza a troca gasosa com o meio ambiente. O córion ou serosa é o anexo embrionário mais externo, envolvendo todos os outros e o embrião. A placenta é uma estrutura densa e vascularizada, com vasos sanguíneos, materno no endométrio e fetais nas vilosidades coriônicas. Entre o embrião e a placenta aparece o cordão umbilical. Cordão Umbilical: é um anexo exclusivo dos mamíferos que permite a comunicação entre embrião e a placenta. Anexos Embrionários Classificação Do Período Gestacional Gravidez pré-termo: gravidez com menos de 37 semanas de idade gestacional. Neste caso o feto é considerado prematuro. Gravidez a termo: tem em média 40 semanas, embora sejam considerados normais a idade gestacional de 37 semanas ou mais 41 semanas e 6 dias, ou seja, menor de 42 semanas. Gravidez pós-termo: quando ocorre com mais de 42 semanas. Período perinatal: decorre entre as 22 semanas de gestação, em que o peso do feto é de cerca de 500 gramas, até aos 7 dias após o nascimento. Data estimada do parto: desde que a mulher se recorde com precisão da data de início da ultima menstruação, esta pode ser calculada com uma exatidão de +/-4/5 dias. Classificação Do Período Gestacional Como Calcular a Data Provável do Parto e a Idade Gestacional Como é um cálculo aproximado, não tem em conta as mulheres com um ciclo superior ou inferior a 28 dias. Assim sendo, a data do parto pode sofrer variações consoante a duração de cada ciclo. Apenas 5% das crianças nascem exatamente na data provável do parto. De acordo com estatísticas, na maior parte dos casos registra-se um adiantamento ou atraso de essa data prevista. Normalmente, 97% das mulheres dão à luz entre as 38 e as 42 semanas da gravidez. No primeiro caso seus bebês são conhecidos como prematuros e no segundo por pós maduros. Lóquios Consiste de um sangramento sanguinolento liberado pelo útero após o parto. Classificação dos lóquios: 1. Vermelho ou sanguinolento; 2°-4° dias com evolução decrescente, constituído-se de sangue, resto de células epiteliais. 2. Serosanguinolento: presente mo 3°-4/ dia até 10° dia. Suas coloração passa a ser rósea acastanhada resultante de alterações de homoglobina redução do numero de hemácias e aumento de leucócitos. 3. Serosos: observados após o 10° dia purulento/seroso/branco. 5°-6° confunde-se com secreção cervicovaginal normal. Lóquios Hormônios E Suas Funções Estrogênio: induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número’ Progesterona: tem pouca a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Hormônios Que Atuam Na Gravidez Gonadotrofina coriônica humana (HCG): é um hormônio glicoproteíco. Secretado desde o início da formação da placenta pelas células trofoblásticas, após nidação do blastocisto. Sua função é manter o corpo lúteo, de modo que as taxas de progesterona e estrogênio não diminuam, garantindo, assim, a manutenção da gravidez e a ausência de nova ovulação Hormônios Que Atam Na Gravidez Hormônio lactogênio placentário humano: é um hormônio protéico, de estrutura química semelhante à da prolactina e da somatotrofina hipofisária. Hormônio melanotrófico: atua nos melanócitos para liberação de melanina, aumentando a pigmentação da aréola, abdômen e face. Aldosterona: mantém o equilíbrio de sódio, pois a progesterona estimula a eliminação do mesmo, e a aldosterona promove sua reabsorção. Hormônios Que Atuam Na Gravidez Progesterona: Relaxa a musculatura lisa, o que diminui a contração uterina, para não ter a expulsão do feto. Aumenta o endométrio, poisse o endométrio não estiver bem desenvolvido, poderá ocorrer um aborto natural ou o blastocisto se implantar além do endométrio. Estrogênio: Promove rápida proliferação da musculatura uterina; grande desenvolvimento do sistema vascular do útero; aumento dos órgãos sexuais externos e da abertura vaginal, proporcionando uma via mais ampla para o parto; rápido aumento das mamas; contribui ainda para a manutenção hídrica e aumenta a circulação. Hormônios Do Parto A ocitocina é um hormônio que potencializa as contrações uterinas tornando-as fortes e coordenadas, até completar o parto. A progesterona mantém seus níveis elevados durante toda a gravidez, inibindo o músculo liso uterino e bloqueando sua resposta a ocitocina e as prostaglandinas. O estrogênio aumenta o grau de contratilidade uterina. A relaxina aumenta o número de receptores para a ocitocina, além de produzir um ligeiro amolecimento das articulações pélvicas e das suas cápsulas articulares, dando-lhes a flexibilidade necessária para o parto. Hormônios E Os Mecanismos Da Lactação O início da lactação se dá com a produção de leite, que ocorre nos alvéolos das glândulas mamárias. O leite sai dos alvéolos e caminha até o mamilo através dos seios lactíferos. O estrogênio associado aos hormônios da tireóide, aos corticosteróides adrenais e a insulina, faz com que haja o desenvolvimento das mamas. Este desenvolvimento vai ser acentuado através da ação da progesterona, que também produz a proliferação dos dutos. Durante a gravidez, há a necessidade de uma proliferação dos alvéolos e dos dutos para a lactação. Isto ocorre devido a ação dos hormônios progesterona e estrogênio. O lactogênio placentário e a prolactina também são muito importantes na preparação das mamas. Hormônios E Os Mecanismos Da Lactação Estes dois hormônios estão presentes durante toda a gravidez, porém suas quantidades não são aumentadas, devido a inibição causada pelos altos níveis de progesterona e estrogênio. Ao final do trabalho de parto, há uma queda nos níveis destes dois últimos hormônios, ocasionando um aumento nas quantidades de prolactina e lactogênio placentário, possibilitando, assim, o início da produção de leite. Enquanto houver a sucção do mamilo pelo bebê, a prolactina continuará produzindo leite. Isto acontece porque quando o bebê faz esta sucção nos mamilos, estimula o hipotálamo a secretar o fator liberador da prolactina, mantendo seus níveis e, consequentemente, a produção de leite. SINAIS VITAIS DO RN Temperatura: 36 a 36.5ºc Frequência respiratória: 30 a 40 rpm. Frequência cardíaca: 80 a 170 (normal 140) bpm Pressão arterial: 75 /50 mmHg EQUIPAMENTOS E MATERIAIS São necessários para a realização segura e eficiente do exame físico do RN equipamentos e materiais individuais (termômetro, estetoscópio) e coletivos (Monitor cardiorrespiratório, monitor de P.A, oxímetro de pulso, fita métrica ou régua antropométrica, balança neonatal). CUIDADOS MEDIATOS AO RN Higiene: O banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o nascimento. Administração de Vitamina K: 1mg por via IM. Vacina contra Hepatite B em vasto lateral Direito via IM Curativo do Coito Umbilical: solução antisséptica (álcool 70%). Medidas Antropométricas: Peso X Altura. Imunização BCG: Realizar antes da alta hospitalar se RN apresentar peso igual ou superior a 2 Kg. A vitamina K é necessária para a normal coagulação do sangue. Nos recém- nascidos, a sua carência manifesta-se mediante a doença hemorrágica do recém-nascido normalmente, entre o primeiro e o sétimo dia após o nascimento. ANOTAÇÕES DE ENERMAGEM Registrar, na ficha do recém-nascido, sua impressão plantar e digital do polegar direito da mãe. Em partos múltiplos a ordem de nascimento deverá ser especificada nas pulseiras através de números (1,2,3,4 etc.) após o nome da mãe. Preencher a ficha do recém-nascido com os dados referentes ás condições de nascimento, hora e data do parto. Fatores absolutos para um parto cesariano Sofrimento Fetal Agudo: neste tipo de situação, o bebê corre enorme risco de vida, devendo ser retirado do útero o mais rápido possível. Ou seja, se a cabecinha do bebê não estiver apontando na vulva ou se a realização de um fórcipe não for possível, corra pra cesárea. Existem inúmeras situações na obstetrícia que podem desencadear com sofrimento fetal agudo. Descolamento Prematuro de Placenta: neste tipo de situação a placenta se descola do útero, causando uma interrupção de fluxo de sangue para o bebe e causando um sofrimento fetal agudo. Neste tipo de situação temos poucos minutos para salvar a vida do bebê. Fatores absolutos para um parto cesariano Apresentação anômala: muitos bebês insistem em não ficar na posição de cabeça para baixo (a ideal para o parto). Embora o parto pélvico seja mais difícil e mais arriscado, ele não é uma indicação absoluta de cesárea e sim relativa. Porém se o bebê estiver numa posição transversa, ou seja, atravessado no útero, não tem como o nascimento ocorrer por via vaginal, sendo necessário uma cesareana. Existem manobras que podem ajudar o bebê a virar, como a versão externa, mas com altos índices de falha. Cesárea Prévia: é consenso mundial que, após 3 cesareanas prévias a quarta gestação deve evoluir obrigatoriamente para cesárea agendada. Porém sabe-se que o risco de uma rotura uterina após 2 cesareanas prévias é muito alto e a decisão de agendar uma cesárea ou aguardar pelo parto espontâneo deve ser consenso entre médico e paciente. Uma gestante com apenas uma cesareana anterior pode partir para o parto normal, sem problemas! Fatores absolutos para um parto cesariano Iminência de Rotura Uterina: o útero pode romper em qualquer período do trabalho de parto devido as contrações uterinas, e se isso ocorrer temos ELEVADO índice de morte do bebê e da mãe. Alguns sinais aparecem durante o trabalho de parto, antes que a rotura aconteça, caso algum sinal apareça seu médico(a) irá indicar cesárea imediatamente. Placenta Prévia: neste tipo de situação a placenta insere- se na parte mais baixa do útero, cobrindo o orifício cervical, impedindo e obstruindo a saída do bebê. Mal-formações fetais: algumas malformações fetais podem indicar a realização de uma cesárea, como alterações cerebrais onde a cabeça fetal pode crescer muito desproporcionalmente, ou nos casos de gêmeos xifópagos (unidos). Fatores absolutos para um parto cesariano Desproporção Céfalo-Pélvica: a última das indicações. Neste tipo de situação a cabeça do bebê é desproporcional a pelve materna. Só podemos diagnosticar este tipo de situação ao longo do trabalho de parto, quando existe dilatação e contrações adequadas porém não ocorre “descida” do bebê. Devemos sempre lembrar que a cesareana deve ser agendada apenas após 39 semanas de gestação, salvo em situações de emergência obstétrica. Apresentações de partos Apresentação refere-se à parte do corpo do feto que sai primeiro pelo canal de parto (chamada de parte de apresentação). Em geral, a cabeça fica na frente, mas às vezes às nádegas ou os ombros estão na frente. A combinação mais comum e segura é a seguinte: Cabeça primeiro (chamada de apresentação de vértice ou cefálica) Virado para trás Rosto e corpo angulados em direção à direita ou à esquerda Pescoço curvado para frente Queixo recolhido para dentro Posições anormais Posições anormais Manobra de Leopold Manobra de Leopold Na obstetrícia, as manobras de Leopold são um método comum e sistemático de se determinar a posição de um feto dentro do útero de uma mulher. Elas recebem este nome em homenagem ao ginecologista Christian Gerhard Leopold. As manobras consistem em quatro ações distintas, cada uma ajudando a determinar a posição do feto. As manobras são importantes porque ajudam a determinar a posição e apresentação do feto, que, em conjunto com a avaliação correta da forma da pelve materna, podem indicarse o parto será complicado ou se uma cesareana será necessária. SONA FETAL AMINIÓTOPO Violência Obstétrica Recusa de atendimento, intervenções e procedimentos médicos não necessários, agressões verbais. Sofrer algum tipo de violência obstétrica é realidade para 1 em cada 4 mulheres no Brasil, segundo o estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, feito pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o SESC, em 2010. O termo violência obstétrica se refere aos diversos tipos de agressão a mulheres gestantes, seja no pré-natal, no parto ou pós- parto, e no atendimentode casos de abortamento. Tipos de violências obstétricas VIOLÊNCIA POR NEGLIGÊNCIA: Negar atendimento ou impor dificuldades para que a gestante receba os serviços que são seus por direito. Essa violência ocasiona uma peregrinação por atendimento durante o pré- natal e por leito na hora do parto. Ambas são bastante perigosas e desgastantes para a futura mãe. Também diz respeito a privação do direito da mulher em ter um acompanhante, o que é protegido por lei desde de 2005. Tipos de violências obstétricas VIOLÊNCIA FÍSICA: Práticas e intervenções desnecessárias e violentas, sem o consentimento da mulher. Entre elas, estão a aplicação do soro com ocitocina, lavagem intestinal (além de dolorosa e constrangedora, aumenta o risco de infecções), privação da ingestão de líquidos e alimentos, exames de toque em excesso, ruptura artificial da bolsa, raspagem dos pelos pubianos, imposição de uma posição de parto que não é a escolhida pela mulher, não oferecer alívio para a dor, seja natural ou anestésico, episiotomia sem prescrição médica, “ponto do marido”, uso do fórceps sem indicação clínica, imobilização de braços ou pernas, manobra de Kristeller (o procedimento foi banido pela Organização Mundial de Saúde, em 2017). Tipos de violências obstétricas A questão da cesariana também pode ser considerada uma prática de violência obstétrica, quando utilizada sem prescrição médica e sem consentimento da mulher. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com maior percentual de partos realizados por cesárea no mundo: enquanto a OMS orienta uma taxa ideal entre 25 e 30%, a realidade brasileira aponta que 55,6% dos partos são realizados com essa prática. O percentual é ainda mais alto na medicina privada, na qual 85,5% dos partos são feitos a partir de cesariana, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Tipos de violências obstétricas VIOLÊNCIA VERBAL: Comentários constrangedores, ofensivos ou humilhantes à gestante. Seja inferiorizando a mulher por sua raça, idade, escolaridade, religião, crença, orientação sexual, condição socioeconômica, número de filhos ou estado civil, seja por ridicularizar as escolhas da paciente para seu parto, como a posição em que quer dar à luz. Tipos de violências obstétricas VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM CASOS DE ABORTAMENTO: Embora seja muito aliada ao parto em si, mulheres que sofreram um aborto também podem ser vítimas de violência obstétrica. Isso pode acontecer de diversas maneiras: negação ou demora no atendimento, questionamento e acusação da mulher sobre a causa do aborto, procedimentos invasivos sem explicação, consentimento ou anestesia, culpabilização e denúncia da mulher. Todos esses tipos de violência podem influenciar no desenvolvimento de uma depressão pós-parto, no não desejo de uma próxima gestação, no medo do próximo parto e, até mesmo, no exercício da vida sexual da mulher. Manobra de Kristeller Puerpério É o período que compreende a fase pós-parto, quando a mulher passa por alterações físicas e psíquicas até que retorne ao estado anterior à sua gravidez. Esse período se inicia no momento em que se dá o descolamento placentário, logo após o nascimento do bebê. Fases Do Puerpério Puerpério imediato: inicia logo após a saída da placenta e dura aproximadamente duas horas. Puerpério mediato: desde o puerpério imediato até 10º dia neste período ocorre a regressão do útero, a loquiação apresenta-se em quantidade moderada para escassa e amarelada. Puerpério tardio: do décimo ao quadragésimo quinto dia. Puerpério remoto: além do quadragésimo quinto dia até que a mulher retome sua função reprodutiva. Eclâmpsia e Pré-Eclâmpsia Considera-se pré-eclâmpsia o aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas, associado à proteinúria. A eclâmpsia surge como complicação da pré- eclâmpsia, manifestando-se pelo aparecimento de convulsões. Eclâmpsia e Pré-Eclâmpsia Os riscos de eclâmpsia é mais comum em mulheres: Primíparas. Obesas. Com hipertensão pré-existente. Com gravidez múltipla. Com algumas das seguintes situações: Diabetes, Mola Hidatiforme, Hidrâmnios. Presença de Hidrópsia Fetal. Eclâmpsia e Pré-Eclâmpsia Tratamento: As bases do tratamento são o repouso, a manutenção da função cardiorrespiratória, o controle das convulsões e a prevenção da sua recorrência, a correção da hipoxemia e da acidose materna, o controle da hipertensão arterial grave e o desencadear do trabalho de parto, uma vez que o tratamento definitivo da eclâmpsia é o nascimento do feto e a extração da placenta. Eclâmpsia e Pré-Eclâmpsia Fatores de risco na gravidez: 1. Características individuais e condições Socio- demográficas desfavoráveis. 2. História Reprodutiva Anterior. 3. Doença Obstétrica na Gravidez Atual. 4. Intercorrência Clínicas. Princípios Gerais E Diretrizes Para A Atenção Obstétrica E Neonatal 1. Garantia de atendimento das intercorrências obstétricas e neonatais. 2. Atenção à mulher no puerpério e ao recém- nascido. A Atenção Pré-Natal E Puerperal O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal é acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando, ao fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e neonatal. Uma atenção pré-natal e puerperal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias; do fácil acesso a serviços de saúde de qualidade, com ações que integrem todos os níveis da atenção; promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para alto risco. Classificação Do RN De Acordo Com A Idade Gestacional. Corresponde à idade do recém-nascido deduzida do número de semanas que decorreu entre o nascimento prematuro e o referencial de 40 semanas de gestação. Pré-termo (PT): são as crianças nascidas vivas antes de 38ª semana, ou seja, 265 dias, ou ainda são denominados prematuros nascidos com menos de 37 semanas; Termo (T): são as crianças nascidas vivas entre 37- 42 semanas; Pós-termo (Po): são aquelas nascidas vivas com 42 semanas ou mais de IG. Alojamento Conjunto ALOJAMENTO CONJUNTO é um sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Tal sistema possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde do binômio mãe e filho. A colocação do recém-nascido junto à mãe de forma descontínua não oferece as vantagens citadas e não é, por definição, considerada como "Alojamento Conjunto". Alojamento Conjunto Algumas vantagens: Estimular e motivar o aleitamento materno, de acordo com as necessidades da criança, tornando a amamentação mais fisiológica e natural. Favorecer a precocidade, intensidade, assiduidade do aleitamento materno, e sua manutenção por tempo mais prolongado; Fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho, através do relacionamento precoce; Permitir a observação constante do recém-nato pela mãe, o que a faz conhecer melhor seu filho e possibilitar a comunicação imediata de qualquer anormalidade; Oferecer condições à enfermagem de promovero treinamento materno, através de demonstrações práticas dos cuidados indispensáveis ao recém-nascido e à puérpera; Alojamento Conjunto População a ser atendida Mães - na ausência de patologia que impossibilite ou contra-indique o contato com o recém nascido. Recém-Nascidos - com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico, a critério de elemento da equipe de saúde. Considera-se com boa vitalidade os recém-nascidos com mais de 2 quilos, mais de 35 semanas de gestação e índice de APGAR maior que 6 no 5° minuto. Em caso de cesariana, o filho será levado para perto da puérpera entre 2 a 6 horas após o parto, respeitando as condições maternas. Alojamento Conjunto Puericultura É a ciência médica responsável pelo estudo dos cuidados com o desenvolvimento infantil. O Programa de Puericultura objetiva acompanhar o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo, sua cobertura vacinal, estimular a prática do aleitamento materno, orientar a implantação da alimentação complementar e prevenir as desordens que mais afetam as crianças durante os primeiros dezoito meses de vida. Puericultura Com o objetivo de garantir a qualidade deste programa, o Ministério da Saúde sugere um calendário mínimo de consultas de puericultura, organizado da seguinte forma: uma consulta até os 15 dias de vida, seguida por uma consulta com um, dois, quatro, seis, doze e dezoito meses, fechando sete consultas dentro do primeiro um ano e meio de vida. Saúde E Crescimento Da Criança O crescimento e desenvolvimento da criança depende principalmente do atendimento de suas necessidades essenciais e da estimulação apropriada de suas potencialidades. A manutenção do estado de saúde será alcançada através de medidas de promoção de saúde e prevenção de doenças ou agravos contidas nas ações de vigilância à saúde que integram as consultas de puericultura programadas e realizadas nas unidades de saúde, além das visitas somiciliares. Saúde E Crescimento Da Criança Através do acompanhamento da criança saudável – puericultura – priorizando aquelas de maior risco de adoecer e morrer esperase reduzir a incidência de doenças aumentando suas chances de crescer e desenvolversea alcançar todo seu potencial. Tendo em vista a diversidade em termos de condições de vida, condições de trabalho e panorama epidemiológico encontrado sugerese aos profissionais adequarem as recomendações apresentadas, identificando prioridades e elaborando um plano de intervenção que alcance as especificidades de cada área Saúde E Crescimento Da Criança Objetivos: Atender a todas as crianças de 0 a 2 anos, desenvolvendo ações de promoção à saúde e prevenção de doenças ou agravos, prestando assistência de forma integrada, acompanhando o processo de crescimento e desenvolvimento, monitorando os fatores de risco ao nascer e evolutivo, garantindo um atendimento de qualidade. Diminuir o índice de morbimortalidade infantil. Prevenir doenças evitáveis na infância Aumentar cobertura vacinal Realizar calendário de atendimento da criança no município Proporcionar assistência diferenciada e vigilância sobre o recém nascido e outras Estimular o aleitamento materno Proprocionar um sistema de vigilância e combate à desnutrição infantil Encaminhar para consulta médica a qualquer agravo e/ou Curva de Crescimento FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Risco ambiental: ausência de saneamento básico, tipo de moradia, morador distante da UBS; perda materna. Risco socioeconômico: desemprego, ausência de escolaridade materna, área social de risco, idade materna, parto fora de ambiente hospitalar, nº. de filhos vivos e mortos > = 5 anos; mãe portadora de alguma patologia e/ou deficiência mental, renda familiar. Risco nutricional: desmame precoce, aleitamento misto, introdução precoce de alimentos inadequados para idade; desnutrição. Risco biológico: baixo peso ao nascer, prematuridade, patologia com internação após alta materna, malformação congênita, gemelaridade. ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA Á CRIANÇA A organização da assistência iniciasepela captação precoce da criança, ainda na vida uterina, devendo assim, contemplar uma série de atividades programadas, de atendimentos individuais e coletivos e atividades educativas e promocionais com as famílias. O eixo da assistência à criança é centrado em seu acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. O Cartão da Criança é o principal instrumento utilizado para esse acompanhamento e deve ser visto com um “cartão de identidade” da criança até cinco anos. O Calendário De Acompanhamento O acompanhamento da criança, inicia-se com a visita domiciliar durante a primeira semana após nascimento. Sugere o seguinte acompanhamento: ➢Mensal até 6 meses de idade. ➢Trimestral entre 6 meses à 2 anos de idade. ➢Semestral entre 2 a 5 anos de idade. Roteiro Para O Exame Físico E Particularidades Da Criança Os dados antropométricos devem ser realizados em todos os atendimentos e anotados no Cartão da Criança e analisados em curvas de crescimento adequado
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