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PROTEÍNAS E HIPERTROFIA MUSCULAR · · Hipertrofia muscular aumento do tamanho e volume dos músculos em resposta a uma maior exigência de trabalho. · Resulta do aumento de organelas e proteínas musculares · A hipertrofia muscular ótima depende do treinamento de força e do adequado suprimento proteico. · O aumento expressivo do volume muscular ocorre em torno de 8 a 24 semanas de exercício de força. · No exercício de força ocorrem microlesões nos grupamentos musculares - proteínas musculares são degradadas – acompanhadas de inflamação e reparo do tecido muscular. · Após o treino, a síntese proteica elevada por 24 a 36 horas (em indivíduos treinados) e 48 horas em indivíduos não treinados). · A hipertrofia - taxa de síntese proteica muscular excede a taxa de degradação proteica - balanço proteico positivo. · SÍNTESE DE PROTEÍNA MUSCULAR > DEGRADAÇÃO DA PROTEINA MUSCULAR · O exercício de força intenso - estímulo à síntese proteica, mas sem a ingestão adequada de nutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios), o balanço proteico permanece negativo. · Maximizar o ganho de massa muscular? · Estimular fatores que promovem o anabolismo (síntese) proteico. Amenizar o catabolismo (degradação) proteico. Fornecer proteína de alto valor biológico (aminoácidos essenciais). · Amenizar a secreção de hormônios catabólicos - Glucagon, cortisol, adrenalina e noradrenalina. · 1. Fase energética: ocorre no período pré-treino imediato (0,5h a 1h antes do treino). Nesta fase a ingestão de nutrientes tem como objetivo: · Poupar glicogênio e proteína musculares, aprimorar a resistência muscular, reduzir o dano muscular, facilitar a recuperação no período pós exercício. · 2. Fase anabólica: é a janela anabólica que ocorre de 4h a 6h pós-treino. célula muscular fica com sensibilidade · aumentada à insulina. · 3. Fase de crescimento: período entre o final da fase anabólica até o início da próxima sessão de treino. importante para acentuar os ganhos de massa e força muscular. · A ingestão de proteína gera maior saciedade do que a ingestão de carboidratos ou lipídios. · A elevação na concentração de aminoácidos na corrente sanguínea promove a liberação de insulina e de hormônios anorexígenos (inibidores do apetite). · PARA QUÊ SERVE A PROTEÍNA DA DIETA EM INDIVÍDUOS ADULTOS SEDENTÁRIOS? Serve para repor as proteínas perdidas diariamente no processo de turnover proteico. · Turnover proteico: é a renovação das proteínas corporais, que ocorre a partir da degradação e síntese contínua no organismo. · Exercícios de Resistência/Endurance: Durante exercícios de longa duração, ocorre a degradação (oxidação) da proteína muscular, liberando leucina que é transformada em alanina. A alanina vai para o fígado e é utilizada para a síntese de glicose (a partir da neoglicogênese), no ciclo alanina-glicose. A glicose produzida no fígado é enviada para a corrente sanguínea para manter a glicemia. · Exercício de Força/hipertrofia: O reparo do tecido muscular após o exercício requer elevada taxa de síntese proteica. A taxa de síntese proteica em atletas de força é mais elevada do que não atletas e do que em atletas de resistência. · Quando se ingere proteína (ou aminoácidos) no pré-treino - Não é necessário consumir proteínas (aminoácidos) imediatamente após o treino. · Durante exercício de resistência há maior utilização · de carboidrato como substrato energético do que durante exercício de força. Assim, atletas de resistência precisam ingerir maior quantidade de carboidratos do que os atletas de força. · Teor de pureza das proteínas: · Proteínas concentradas: teor de proteína ~80% (pode conter lipídio, lactose etc.) · Proteínas isoladas: tem pureza superior, com teor de proteína ~90% · Grau de hidrólise das proteínas: · Proteína hidrolisada: proteína pré-digerida com frações proteicas menores. · Proteína intacta: proteína não submetida à pré-digestão. CARBOIDRATOS E EXERCÍCIO · · O índice glicêmico refere-se à elevação na glicose sérica após a ingestão de 50 gramas de carboidrato de um alimento comparado à elevação causada pela ingestão de 50 gramas de carboidrato de um alimento padrão (pão branco ou glicose). · Hipoglicemia de rebote: consumir alimentos com alto índice glicêmico causa grande liberação de insulina, podendo levar a queda brusca na glicemia. · O que é a fadiga muscular? Redução na capacidade de realizar trabalho muscular (trabalho muscular = contração muscular). · Diminuição da habilidade e concentração - Aumento da percepção de esforço. · O CARBOIDRATO É UM DOS NUTRIENTES MAIS IMPORTANTES PARA O DESEMPENHO E ADAPTAÇÃO AO TREINAMENTO. · Motivos para atenção dada aos carboidratos: · Pequenas reservas de carboidratos do corpo. · A reserva de carboidrato pode ser manipulada por ingestão dietética diária ou por sessão única de exercício. · É combustível chave para o cérebro e sistema nervoso central. · É utilizado como substrato energético em exercícios aeróbios e anaeróbios de diferentes intensidades. · Em exercícios de alta intensidade que utilizam fosforilação oxidativa, o carboidrato oferece vantagens sobre a gordura como substrato. · RECOMENDAÇÃO DE CARBOIDRATOS PARA O EXERCÍCIO · Recomendações de ingestão diária de carboidratos devem ser feitas individualizadas. · Deve ser considerado: · Se atleta ou praticante de exercício. · Programa de treinamento/competição. · O objetivo/estratégia adotada: se o objetivo é elevado ou baixo estoque de carboidrato. · Se é melhorar o desempenho durante o exercício - Alto estoque de carboidrato. · Se é aumentar o estímulo para adaptação ao treinamento - Baixo estoque de carboidrato. · DIRETRIZES PARA A INGESTÃO DE CARBOIDRATOS PARA O EXERCÍCIO · Quando a qualidade ou intensidade do exercício for menos importante - organizar a ingestão de carboidratos ao longo do dia para otimizar a disponibilidade para sessões específicas e para atender as metas de energia, preferências alimentares ou disponibilidade de alimentos. · Quando o foco é aumentar o estímulo do treinamento ou a resposta adaptativa a baixa disponibilidade de carboidratos pode ser alcançada pela redução total de ingestão de carboidratos (dieta low carb) · Manipulação da ingestão de carboidratos associada às sessões de treinamento (por exemplo, treinar em jejum, realizar uma segunda sessão de exercício sem oportunidade adequada para reabastecimento após a primeira sessão. · Por que consumir carboidrato antes do treino? · Evita a sensação de fome durante o treino. · 3 a 6 horas antes do exercício mostra efeito favorável no rendimento físico, pois: · Permite adequada digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes, com esvaziamento completo do estômago. · Permite reposição do glicogênio hepático e muscular e da glicose sanguínea. · Favorece que os hormônios, especialmente a insulina, retorne às concentrações fisiológicas basais. · Por que consumir carboidrato antes do treino? · Para repor o glicogênio hepático e muscular e a glicemia · Proporciona melhor rendimento durante a atividade, retardando a fadiga e diminuindo o risco de lesões. · Por que consumir carboidrato no treino? · Para manter a glicemia, prevenindo dores de cabeça, náuseas e outros sintomas de hipoglicemia. · Para poupar os estoques de glicogênio hepático e muscular - Para atenuar a elevação dos hormônios estressores (cortisol). · Como deve ser o consumo de carboidrato durante o treino? · O consumo deve ser a cada 20 minutos, aproximadamente, para manter fluxo constante desses nutrientes do intestino para a corrente sanguínea. · Havendo algum desconforto intestinal, deve-se avaliar a frequência ou diluição de administração dos carboidratos. · É importante testar e ajustar a ingestão do carboidrato fora do período de competição. · Por que consumir carboidrato no pós-treino? · Para garantir a reposição do glicogênio muscular (e hepático). · Glicogênio muscular é fonte de energia para músculo. · Durante 24 horas após o treino, a taxa de recuperação de glicogênio é de 5-7% por hora. · Pode treinar em jejum? Pode, mas deve ser garantido que o indivíduo tenha ingestãoadequada no período que antecede a atividade física e uma ingestão contendo quantidade adequada de carboidrato antes de dormir. · Isso vale para atividades físicas que não sejam prolongadas. Não vale para atividades de Endurance- necessária a ingestão de carboidratos durante o treino. POR QUE PRECISAMOS INGERIR ÁGUA? · · Perdemos água diariamente: · Ventilação pulmonar (respiração) - Perdas cutâneas (suor) – Fezes - Urina · A manutenção da quantidade de líquidos no organismo é essencial para o adequado funcionamento das células e dos sistemas orgânicos. · PERDA DA HOMEOSTASIA HÍDRICA · Causas: · Presença de doenças - Temperatura ambiente elevada - Pratica de exercícios físicos · Sintomas agudos de desidratação: · Boca seca – Náuseas- Letargia - Baixa capacidade de concentração - Cansaço anormal · Sinais crônicos de desidratação: · Perda de apetite - Urina escurecida - Pouca ou nenhuma frequência urinária - Câimbras musculares frequentes · VALIAÇÃO DO GRAU DE HIDRATAÇÃO: · Sinal fisiológico da sede · Em praticantes de exercício e em atletas: · Água corporal total - Osmolaridade plasmática - Concentração urinária – Bioimpedância - Saliva · Sudorese - varia de acordo com fatores biológicos e ambientais (temperatura). · A perda de água pelo suor não é significativa no dia a dia, mas durante o exercício intenso e prolongado a perda de água pelo suor pode chegar a ser 10 x maior do que a perda pela urina de um dia todo. · O equilíbrio hídrico entre esportistas e atletas deve ser preocupação constante. · CÁLCULO DA TAXA DE SUDORESE DURANTE O EXERCÍCIO · Exemplo: · indivíduo de 80 kg, que praticou um exercício físico intenso durante 60 minutos. Durante esse tempo, ele consumiu 500 mL de água e, após o término, pesou-se e constatou que estava com 78,9 kg. · Para calcular a taxa de sudorese, basta aplicar a fórmula: · (80 – 78,9 + 500 – 0) / 60 = O indivíduo perdeu 8,35 mL de liquido/min · Em dias quentes a preocupação deve ser maior. Músculos ativos produzem até 100 vezes mais calos do que músculos inativos. · Se o calor não é dissipado de forma correta a temperatura corporal pode se elevar 1ºC a cada 5-8 minutos de atividade. · Dissipação do calor - ocorre pela termorregulação - eliminação de água pelo suor. · COMPOSIÇÃO DO SUOR E FLUIDOS CORPORAIS · os fluidos corporais contêm eletrólitos: sódio (Na+), Potássio (K+), cloreto (Cl-), bicarbonato (HCO3-) e fosfato (PO43-). · A sudorese intensa durante o exercício físico, especialmente em dias quentes, muitas vezes, leva a um desbalanço na concentração desses eletrólitos nos fluidos corporais e no sangue. · DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLITICO - o eletrólito mais afetado é o sódio. · HIPONATREMIA POR EXCESSO DE HIDRATAÇÃO · Em casos de hiperidratação pode ocorrer hiponatremia: diluição das concentrações de sódio nos fluidos corporais. · Causas mais comuns em praticantes de exercícios físicos: · Exercícios de alta intensidade, por tempo prolongado e em altas temperaturas. · Maior perda de sódio pela sudorese, frequentemente em indivíduos mal condicionados. · Dieta hipossódica ou uso de medicação diurética associada à prática de exercícios físicos intensos. · Ingestão de grandes volumes de água hipotônica (sem sódio) durante a prática do exercício prolongado. · COMO PREVENIR A HIPONATREMIA? · ingestão de líquidos seja feita de maneira adequada, considerando os melhores momentos, volumes e composições das bebidas escolhidas para a reposição hidroeletrolítica. · uso de bebidas isotônicas (bebidas esportivas) que contenham eletrólitos, normalmente sódio e potássio, para repor grandes perdas durante exercícios de longa duração, intensidades elevadas ou em dias quentes. ATENDIMENTO NUTRICIONAL · · ETAPAS DO ATENDIMENTO NUTRICIONAL · 1. Avaliação nutricional: Anamnese, avaliação da composição corporal, avaliação bioquímica (exames laboratoriais), registro da rotina de exercício físico. · 2. Cálculo das necessidades energéticas: Considerar se dia de treino ou não, considerar fase do treinamento ou competição, considerar objetivo (manutenção ou aumento de massa muscular; perda de gordura corporal). · 3. Cálculo das necessidades proteicas · 4. Cálculo da quantidade de carboidrato · 5. Cálculo da quantidade de lipídios · 6. Planejamento da distribuição das refeições ao longo do dia · 7. Análise de atendimento às recomendações nutricionais: Necessidades específicas de carboidrato antes, durante e após treino, distribuição da proteína nas refeições. · 8. Prescrição de suplementos e/ou recursos ergogênicos nutricionais, se necessário. · AVALIAÇÃO NUTRICIONAL · É a primeira etapa do atendimento nutricional · São métodos utilizados para determinar o estado nutricional de um indivíduo, ou seja, a condição nutricional em que ele se encontra. · A adequada avaliação nutricional é importante para: · Diagnóstico e conduta nutricional · Acompanhamento da evolução do desempenho esportivo e na composição corporal · A avaliação nutricional do esportista ou do atleta não é diferente da dos demais indivíduos, mas alguns aspectos devem ser levados em consideração. · ANAMNESE · É um questionário aplicado pelo nutricionista para coletar informações pessoais acerca do cliente/paciente e referentes ao seu histórico familiar. EX: Dados pessoais, Rotina diária (estudo, trabalho, horas de sono), Histórico clínico (doenças e medicação atuais e pregressas), histórico familiar... · DIFERENCIAIS DA ANAMNESE · Exercício: Tipo e intensidade do exercício, frequência (dias da semana), horário e duração do treino, há quanto tempo iniciou · Suplemento: Utilização e há quanto tempo iniciou, qual tipo, dose, horário e frequência, indicação/prescrição. · Os suplementos devem ser cuidadosamente avaliados. · O IMC não é a melhor forma de se classificar os indivíduos quanto a composição corporal. · AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL: · DEXA: método em que a densidade dos tecidos é aferida por raios x de baixa densidade, um dos métodos mais precisos. · Infravermelho (NIR): método em que a composição corporal é determinada pela absorção ou reflexão de luz pelo tecido, não é muito preciso. · Dobras cutâneas: um dos métodos mais utilizados e confiáveis, tem baixo custo, tem alta chance de erros - requer prática para que o resultado seja preciso. · Pesagem hidrostática: método que determina o volume do corpo através do seu deslocamento na água e utiliza equações de · predição. · Bioimpedância (impedância bioelétrica): método amplamente utilizado · Eletrodos são fixados aos pulsos e tornozelos e corrente elétrica muito leve e fraca percorre todo o corpo. · CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS · Variam de acordo com: · Peso corporal/Frequência do treino/ Objetivo · Manutenção da massa muscular: não se quer ganhar ou perder · Desenvolvimento da massa muscular · Perda de gordura + definição · Importante considerar se tem mais ou menos músculos · Mais músculos - mais energia é necessária · Mais massa gorda - menos energia deve ser oferecida · Indivíduos que treinam menos do que 3 vezes na semana não necessitam quantidade diferente de energia e de macronutrientes em relação aos indivíduos não ativos. Aluno: Jefte Natan Cardoso dos Reis.
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