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Aulas Resumo CGU - Direito Administrativo

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AULA RESUMO - CGU
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROFESSOR GUSTAVO BRÍGIDO
01. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Técnico Policial
de Necropsia
José, técnico policial de necropsia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro,
praticou o chamado abandono de cargo, na medida em que se ausentou do serviço,
sem justa causa, por trinta dias consecutivos. Após regular processo administrativo
disciplinar, lhe foi aplicada a sanção da demissão.
No caso em tela, as razões de fato e de direito (e não a exposição dessas razões) que
deram ensejo à prática do ato de demissão representam o elemento ou requisito do
ato administrativo denominado:
A motivação;
B fundamentação;
C forma;
D objeto;
E motivo.
GABARITO LETRA E
* vícios de motivo;
* o vício de motivo ocorre quando a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato
é materialmente inexistente. Diz-se, então, que o motivo é inexistente. Além da hipótese de
inexistência, o vício também pode ocorrer pela falsidade do motivo, ou pela incongruência entre o
fato e a norma, ou seja, o motivo é ilegítimo ou juridicamente inadequado ou resultado obtido.
*vícios de motivo;
-- >Motivo inexistente.
-- > Motivo falso.
-- > Motivo ilegítimo ou juridicamente inadequado.
-- > Leva à anulação do ato.
*em qualquer hipótese, o vício de motivo acarreta a invalidade do ato, sendo obrigatória a
sua anulação.
02. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Técnico Policial de Necropsia
Maria acaba de ser aprovada em concurso público para o cargo efetivo de técnico policial de
necropsia da Polícia Civil do Estado Alfa, inclusive obtendo excelente aproveitamento no curso de
formação ministrado pela Acadepol. Em sua primeira lotação que acaba de ser publicada no Diário
Oficial, Maria pretendia ser lotada no Instituto Médico Legal sediado na capital do Estado Alfa, mas
foi lotada em determinado Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC), no interior do
Estado.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, em matéria de classificação do ato
administrativo quanto ao grau de liberdade do agente, o ato praticado pelo secretário de Polícia Civil
de lotação inicial de Maria no citado PRPTC é um ato:
A vinculado, pois a lei regulamenta a edição do ato de lotação, não conferindo ao agente público
qualquer margem de escolha;
B composto, pois é formado pela soma de vontades de órgãos públicos, quais sejam, setor de
pessoal e chefia de Polícia Civil;
C discricionário, pois o agente público busca, dentro dos limites da lei, razões de oportunidade e
conveniência para praticar o ato;
D de gestão, que é praticado pelo agente público com a prévia e não vinculante oitiva do servidor
interessado, devendo prevalecer o interesse público;
E de polícia, que restringe direitos individuais do servidor público de escolher sua lotação, em prol do
interesse público, devendo o ato ser revisto anualmente.
GABARITO C
A nomeação é ato vinculado. Já a lotação do(a) servidor(a) é ato discricionário.
Pode o Secretário da pasta lotá-lo(a) onde entender mais oportuno e
conveniente para a Administração Pública, observando-se o princípio do
interesse público (que na prática quase nunca é observado).
03. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: DPE-MS Prova: FGV - 2022 - DPE-MS - Defensor Público Substituto
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bem público com o Estado Alfa,
para instalação e funcionamento de um restaurante em hospital estadual, pelo prazo de 24 meses. Passados
seis meses, o Estado alegou que iria instalar uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está localizado,
razão pela qual revogou unilateralmente a permissão de uso. Três meses depois, João logrou obter provas
irrefutáveis no sentido de que o Estado não instalou nem irá instalar a UTI no local. Inconformado, João buscou
assistência jurídica na Defensoria Pública, pretendendo reassumir o restaurante.
Ao elaborar a petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicialmente a invalidação da
revogação do ato de permissão é:
A inviável, por se tratar de ato precário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção da
permissão antes do prazo previsto;
B inviável, por se tratar de ato discricionário, mas cabe o ajuizamento de ação indenizatória diante da extinção
da permissão antes do prazo previsto;
C viável, eis que, com base no princípio da continuidade dos serviços públicos, João tem direito de explorar o
restaurante no prazo acordado, ainda que, de fato, o Estado Alfa fosse instalar a UTI no local;
D viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de maneira
que o Estado está vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para a revogação.
✅ Letra D.
É exatamente o que diz a teoria dos MOTIVOS DETERMINANTES. Os motivos
apresentados devem ser verdadeiros.
1° Obs: No caso da questão, ele alegou que iria instalar a UTI, mas na verdade não foi
feito nada, ou seja, o motivo apresentado a João foi FALSO e ele é amparado pela
teoria.
Teoria dos motivos determinantes = Quando a administração indica os motivos que
a levaram a praticar o ato, este somente será VÁLIDO se os motivos
apresentados forem verdadeiros.
2° Obs: Quando a administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija motivação,
a validade do depende da verdade dos motivos apresentados, se forem falsos,
acarretará a NULIDADE do ato.
Ex: Cargos em comissão.
04. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-AP Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista
processual do Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso
ofereceu apenas quatro vagas, não obstante houvesse dez cargos efetivos
vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado e, durante
o seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o
Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros classificados. Maria
logrou obter informações e documentos que comprovam, de forma cabal, que
o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para
cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas
funções afetas ao cargo de analista processual, de necessidade permanente
para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma função, há ainda
servidores temporários com prorrogações sucessivas de seus contratos de
trabalho. Assim, Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua
convocação, nomeação e posse.
Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser:
A denegada, pois apenas convertem a mera expectativa de direito em direito
subjetivo à nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas
oferecidas no edital do concurso público;
B denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os candidatos
aprovados dentro do número de vagas e os que forem preteridos pela administração
pública por burla à ordem de classificação;
C denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os candidatos
aprovados dentro do número de vagas e aqueles que forem preteridos na ordem de
classificação, bem como se houver abertura de novo concurso para o mesmo cargo,
durante o prazo de validade do certame anterior;
D concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em
que surgiram novas vagas durante o prazo de validade do certame, o que gera
automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas
previstas no edital do concurso anterior;
E concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em
que foi preterida de forma arbitrária e imotivada por parte da administração pública,
em comportamento expresso que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação.
RESPOSTA: E
Segundo o STF (RE 837.311/PI, repercussão geral):
O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo,
durante o prazo de validade do certame anterior,não gera automaticamente o
direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital.
Ficam ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da
Administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado
durante o período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo
candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato aprovado em
concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: a) quando a aprovação ocorrer
dentro do número de vagas dentro do edital; b) quando houver preterição na
nomeação por não observância da ordem de classificação; e c) quando surgirem
novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da
Administração nos termos acima.
05. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Prova: FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor de Justiça
Substituto
Débora foi aprovada em concurso público de provas e títulos, mas não logrou êxito, ao ver da
Administração Pública, em comprovar o período de exercício da atividade profissional exigido na lei e
no edital. A decisão administrativa, apesar de estar bem fundamentada e de apresentar total
coerência interna, veio a ser desconstituída em sede judicial, sendo determinada a posse de Débora
no respectivo cargo de provimento efetivo. A posse ocorreu três anos após a de cinco candidatos
com colocação imediatamente posterior à de Débora, os quais já tinham ascendido à classe
imediatamente superior da respectiva carreira.
À luz dessa narrativa, Débora:
A terá direito à indenização e às promoções ou progressões que a alcançariam caso tivesse sido
nomeada em momento anterior, antes dos cinco candidatos referidos;
B fará jus apenas à indenização, ainda que não tenha sido reconhecida qualquer arbitrariedade da
Administração Pública, por não ter sido investida em momento anterior;
C não fará jus à indenização e não terá direito às promoções ou progressões que a alcançariam caso
tivesse sido nomeada em momento anterior, antes dos cinco candidatos referidos;
D terá direito apenas às promoções ou progressões que a alcançariam caso tivesse sido nomeada no
momento devido, o que deveria ter ocorrido antes dos cinco candidatos referidos;
E deve ser indenizada, beneficiada pelas promoções ou progressões que a alcançariam caso tivesse
sido nomeada em momento anterior, além de ocupar a classificação original.
Gabarito C
A nomeação tardia a cargo público em decorrência de decisão judicial não
gera direito à promoção retroativa
A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de
ato judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções
ou progressões funcionais que alcançariam se houvesse ocorrido, a tempo e
modo, a nomeação.
STF. Plenário. RE 629392 RG/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/6/2017
(repercussão geral) (Info 868)
06. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Técnico
Judiciário
João, servidor público estável, foi demitido do serviço público após regular
processo administrativo. Em razão da vacância, Maria foi nomeada para ocupar
o respectivo cargo de provimento efetivo. Quatro anos depois, a demissão de
João foi invalidada por sentença judicial, sendo determinada a sua reintegração
no antigo cargo, que fora ocupado por Maria.
À luz da sistemática constitucional, Maria:
A pode permanecer no cargo, desde que João seja indenizado;
B deve ser afastada do cargo, com direito a indenização;
C deve ser demitida, sem direito a indenização;
D pode ser posta em disponibilidade;
E deve ser exonerada.
A presente questão exige do candidato, conhecimentos sobre a estabilidade do
servidor público.
Para responder ao questionamento apresentado pela banca, importante conhecer o
art. 41, §2° da CF/88, confira-se:
“Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço."
Gabarito: letra D.
07. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: IBGE Provas: FGV - 2020 - IBGE -
Coordenador Censitário Subárea - Reaplicação
Mariana, ocupante do cargo de Coordenador Censitário Subárea do IBGE, que
nunca sofreu qualquer sanção disciplinar, no exercício das funções, opôs
resistência injustificada ao andamento de documento e processo.
De acordo com a Lei nº 8.112/90, observadas as formalidades legais, Mariana
será sancionada com a penalidade disciplinar da:
A repreensão, que será aplicada verbalmente;
B advertência, que será aplicada por escrito;
C censura, que será aplicada verbalmente;
D demissão, que será aplicada mediante publicação no diário oficial;
E suspensão, que será aplicada mediante publicação no diário oficial.
Art. 117. Ao servidor é proibido:
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou
execução de serviço;"
"Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de
dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não
justifique imposição de penalidade mais grave."
Gabarito: B
Das Penalidades
Art. 127. São penalidades disciplinares:
I - advertência;
II - suspensão;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada.
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto
em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais
grave.
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:
I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Art. 137. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal
o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por
infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.
Proibição de volta ao serviço público por tempo
indeterminado é inconstitucional 16 12 2020
Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou
inconstitucional dispositivo do Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União (Lei
8.112/1990) que proibiao retorno ao serviço público federal do servidor demitido ou
destituído de cargo em comissão por prática de crime contra a administração pública,
improbidade administrativa, aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos cofres
públicos, dilapidação do patrimônio nacional e corrupção. Também por maioria, foi
determinada a comunicação da decisão ao Congresso Nacional para que, caso
considere pertinente, delibere sobre o prazo de proibição de retorno ao serviço
público. A decisão foi tomada do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade
(ADI) 2975, na sessão virtual concluída em 4/12.
08. Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: IBGE Provas: FGV - 2020 - IBGE - Coordenador
Censitário Subárea - Reaplicação
Renato, Agente Censitário Operacional do IBGE, no exercício de suas funções, valeu-
se do cargo para lograr proveito pessoal, em detrimento da dignidade da função
pública. Após regular processo administrativo disciplinar, Renato sofreu a pena
disciplinar de demissão.
Consoante dispõe a Lei nº 8.112/90, tal demissão do agora ex servidor o
incompatibiliza para:
A filiação partidária, pelo prazo de 3 (três) anos;
B exercício de seus direitos políticos, pelo prazo de 2 (dois) anos;
C contratar com a administração pública, pelo prazo de 1 (um) ano;
D participar de gerência ou administração de sociedade privada, pelo prazo de 4
(quatro) anos;
E nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
"Art. 117. Ao servidor é proibido:
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública;"
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo
quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
"Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do
art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em
cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos."
Gabarito: E
09. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Técnico do
Ministério Público - Administrativa
João, servidor público estadual estável ocupante de cargo efetivo, foi demitido após
processo administrativo disciplinar. Quatro anos depois, sua demissão foi invalidada por
sentença judicial transitada em julgado. De acordo com a Constituição da República de 1988,
João será reintegrado e José, servidor estadual estável que estava ocupando a vaga de João
no momento de sua reintegração, será:
A colocado em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de contribuição,
até seu adequado aproveitamento em outro cargo;
B exonerado, em razão de extinção superveniente do cargo público então provido pelo
servidor, com direito a indenização;
C reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço;
D readaptado em outro cargo similar, com redução ou cometimento de encargos diversos
daqueles que o funcionário estava exercendo;
E aproveitado em cargo de natureza e vencimento hierarquicamente superiores ao
anteriormente ocupado, com direito a indenização.
A questão exige conhecimento do teor do art. 41, § 2º, da Constituição Federal.
Vejamos:
Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Gabarito: C
10. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-AP Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu formalmente, por
meio de lei específica, delegação do poder de polícia do Município para prestar
serviço de policiamento do trânsito na cidade, inclusive para aplicar multa aos
infratores. Sabe-se que a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de
capital majoritariamente público, que presta exclusivamente serviço público de
atuação própria do poder público e em regime não concorrencial. Por entender
que o Município X não poderia delegar o poder de polícia a pessoa jurídica de
direito privado, o Ministério Público ajuizou ação civil pública pleiteando a
declaração de nulidade da delegação e das multas aplicadas, assim como a
assunção imediata do serviço pelo Município.
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
em tema de repercussão geral, a pretensão ministerial:
A não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia na
forma realizada, inclusive no que concerne à sanção de polícia;
B não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia a
qualquer pessoa jurídica de direito privado, desde que cumprido o único requisito
que é a prévia autorização legal;
C deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, em
qualquer das fases de seu ciclo, a pessoa jurídica de direito privado integrante da
administração indireta;
D deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação do poder de
polícia, nas fases de seu ciclo de ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa
jurídica de direito privado integrante da administração indireta;
E deve ser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional a delegação do
poder de polícia para o serviço público de fiscalização de trânsito, é inconstitucional
tal delegação no que concerne à aplicação de multa, que deve ser feita por pessoa
jurídica de direito público.
GABARITO: LETRA "A"
É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei a pessoas
jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública
indireta de capital social majoritariamente público que prestem
exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime
não concorrencial. STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
23/10/2020 (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996).
CICLOS DE POLÍCIA DELEGABILIDADE
1º - ORDEM DE POLÍCIA NÃO
2º - CONSENTIMENTO DE
POLÍCIA
SIM
3º - FISCLAIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
SIM
4º - SANÇÃO DE POLÍCIA NÃO
11. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021 - Prefeitura de
Paulínia - SP - Auditor Fiscal Tributário
A Vigilância Sanitária do Município Alfa recebeu denúncia de que o Supermercado Beta estaria
expondo à venda produtos alimentícios impróprios para consumo. Por determinação da autoridade
competente, servidores públicos municipais da vigilância sanitária realizaram fiscalização no
mencionado supermercado e constataram que, de fato, estavam sendo vendidos produtos
alimentícios com validade vencida e visivelmente estragados. Com base em lei municipal, os
produtos foram imediatamente apreendidos para fins de perícia e, findo o processo administrativo,
foram aplicadas as sanções administrativas previstas em lei ao supermercado. Na situação narrada, o
Município Alfa agiu:
A no regular uso do poder regulamentar, sendo desnecessária prévia intervenção judicial para
apreensão do produto, em razão do atributo da imperatividade do ato administrativo
B com abuso de poder, eis que a aplicação de sanções administrativas apenas poderia ocorrer após
processo judicial, assegurados o contraditório e a ampla defesa.
C no regular uso do poder hierárquico, sendo desnecessária prévia intervenção judicial para
apreensão do produto, em razão do atributo da imperatividade do ato administrativo.
D com abuso de poder, eis que a diligência de fiscalização apenas poderia ocorrer mediante a
exibição ao mercado de mandado judicial de busca e apreensão;
E no regular uso do poder de polícia, sendo desnecessária prévia intervenção judicial para apreensão
do produto, em razão do atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo.
Exigibilidade → meio indireto de cumprimento do ato
Executoriedade → meio direto de cumprir o ato,esse atributo confere à Adm.
Pública a desnecessidade de anuência do judiciário
Imperatividade → desnecessidade de anuência do particular
Gabarito: Letra E
Atributos dos Atos Administrativos Atributos do Poder de Polícia
Presunção de Legitimidade Discricionariedade
Auto-executoriedade Auto-executoriedade
Tipicidade Coercibilidade
Imperatividade
12. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico
Judiciário - Área Judiciária
O Supremo Tribunal Federal inibe a aplicação de severas sanções a entidades
federativas por ato de gestão anterior à assunção dos deveres públicos do novo
gestor, a fim de não dificultar sua governabilidade, caso esteja tomando as
providências necessárias para sanar o prejuízo causado pela gestão anterior.
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, trata-se da aplicação do
princípio da administração pública da:
A impessoalidade diferida das sanções;
B continuidade mitigada do gestor;
C responsabilidade subsidiária do gestor;
D intranscendência subjetiva das sanções;
E segurança jurídica objetiva.
O enunciado da questão faz referência ao princípio da intranscendência subjetiva das
sanções. Tal princípio, consagrado pelo Supremo Tribunal Federal, inibe a aplicação de
severas sanções às administrações por ato de gestão anterior à assunção dos deveres
públicos.
Por oportuno, cabe destacar o teor do Súmula 615 do Superior Tribunal de Justiça, que
aborda o princípio da intranscendência subjetiva das sanções. Vejamos:
"Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada
em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as
providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos."
Gabarito: D
13. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Prova: FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto
O Estado Beta editou legislação que (i) define a saúde pública como área de atuação passível de exercício por
fundação pública de direito privado; (ii) autoriza a instituição de fundações públicas de direito privado
destinadas à prestação de serviços de saúde (hospitais e institutos de saúde); e (iii) atribui a essas entidades
autonomia gerencial, orçamentária e financeira, além de estabelecer o regime celetista para contratação de
seus funcionários.
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada legislação
estadual é:
A inconstitucional, haja vista que essas fundações públicas de direito privado não podem prestar serviços de
saúde, sendo certo que tais fundações são veladas pelo Ministério Público Estadual;
B constitucional, e essas fundações públicas de direito privado fazem jus à isenção das custas processuais e
integram a Administração Pública indireta, mas não estão sujeitas ao controle finalístico pela Secretaria
Estadual de Saúde;
C inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por se
tratar de fundações públicas, gozando essas entidades das prerrogativas processuais, como isenção de custas;
D constitucional, e essas fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas processuais,
mas integram a Administração Pública indireta e estão sujeitas ao controle financeiro e orçamentário realizado
pelo Tribunal de Contas;
E inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por se
tratar de fundações públicas, mas suas contratações prescindem de prévia licitação.
Art. 37. XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e
de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas
de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
Gabarito: D
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
14. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de Polícia Civil
No Estado Delta, a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis e de Cargas (DRFAC) tinha atribuição
para investigar os crimes que a denominavam. Diante do aumento nas estatísticas de crimes
patrimoniais de automóveis e cargas na área circunscricional daquela Unidade de Polícia Judiciária, a
autoridade competente desmembrou regularmente as atividades da então DRFAC, de maneira que
atualmente existem duas delegacias distintas especializadas: a Delegacia de Roubos e Furtos de
Automóveis (DRFA) e a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC).
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, a providência adotada pelo Estado Delta
denomina-se:
A descentralização funcional, consistente na repartição externa de competência entre órgãos
distintos do Estado Delta;
B delegação funcional, mediante divisão externa de competência entre órgãos distintos do Estado
Delta;
C outorga administrativa, mediante escalonamento especializado de competência entre delegacias
distintas;
D desconcentração administrativa, consistente em distribuição interna de competências;
E descentralização administrativa, mediante especialização interna no âmbito de uma mesma pessoa
jurídica.
GAB: D
Descentralização administrativa
Ocorre por meio da criação de um novo ente ou entidade (uma nova pessoa jurídica).
Não há hierarquia
Desconcentração administrativa
É uma especialização interna, dentro de uma entidade dotada de personalidade própria.
Mesma PJ
Hierarquia
Descentralização por ourtoga
Estado cria uma nova pessoa juridica, existe um controle do estado sobre entidade, mas não com
base na hierarquia
15. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021
- Prefeitura de Paulínia - SP - Agente de Apoio Administrtivo
O processo de desconcentração na Administração Pública é entendido como
um procedimento de repartição de competências dentro de uma mesma
pessoa jurídica.
Acerca do processo de desconcentração, assinale a afirmativa correta.
A Ocorre quando uma ONG presta serviço para um Tribunal.
B Ocorre quando um estado cria empresas públicas.
C Ocorre quando a União cria uma sociedade de economia mista.
D Ocorre quando um município cria novas secretarias.
E Ocorre quando o governo delega atividades para uma concessionária.
GABARITO: D.
Desconcentração:
Distribuição interna de competências dentro da mesma pessoa jurídica. As
tarefas ou atividades são distribuídas de um centro para setores periféricos ou
de escalões superiores para escalões inferiores. É uma técnica administrativa.
16. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021 - Prefeitura
de Paulínia - SP - Auditor Fiscal Tributário
José, Auditor Fiscal Tributário do Município Alfa, por entender ter preenchido todos os
requisitos legais, deu entrada em seu pedido de aposentadoria e o órgão competente do
Município, após a devida análise, encaminhou ao Tribunal de Contas, para apreciar, para fins
de registro, a legalidade do ato da concessão inicial de aposentadoria. Ocorre que o Tribunal
de Contas já está analisando o caso há seis anos e até agora não proferiu sua decisão quanto
ao registro da aposentadoria de José. No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal,
A o controle externo exercido pelo Tribunal de Contas, caracterizado pela atividade de
auditoria entre a Corte de Contas e a Administração Pública, está sujeito aos princípios da
boa-fé objetiva, da proteção da confiança e da segurança jurídica, que se afirmam em favor
do administrado, devendo ser observado o prazo decadencial de um ano para o Tribunal de
Contas apreciar o registro da aposentadoria.
B o controle de legalidade exercido pelo Tribunal de Contas sobre os atos de concessão
inicial de aposentadoria, para fins de registro, se dá sobre o ato já praticado pela autoridade
administrativa competente, razão pela qual a aposentadoria se qualifica como ato
administrativo composto e não complexo, não havendo que se falar em qualquer prazo para
oTribunal de Contas apreciar o registro da aposentadoria.
C o controle de legalidade exercido pelo Tribunal de Contas sobre os atos de
concessão inicial de aposentadoria, para fins de registro, se dá sobre o ato
inicialmente praticado pela autoridade administrativa competente, razão pela qual a
aposentadoria se qualifica como ato administrativo complexo, não havendo que se
falar em qualquer prazo para o Tribunal de Contas apreciar o registro da
aposentadoria.
D em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, o Tribunal
de Contas está sujeito ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, a contar da chegada do processo à Corte de
Contas, após o qual se considerará definitivamente registrado.
E em atenção aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, o Tribunal de
Contas está sujeito ao prazo de três anos para o julgamento da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, a contar da chegada do processo à Corte de
Contas, após o qual se considerará definitivamente registrado.
Resposta: D
CF art. 71. (...) Tribunal de Contas, ao qual compete: III - apreciar, para fins de
registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;
STF: a aposentadoria é ato complexo, que depende da aprovação do órgão
em que o servidor atua e do Tribunal de Contas. Se o TC não aprova, não se
trata de novo ato, mas de impedimento da perfeição.
STF (Info 967/20): Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da
confiança legítima, os TC têm prazo de 5 anos para o julgamento da legalidade
do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da
chegada do processo à respectiva Corte de Contas.
STF Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da
União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o
interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial
de aposentadoria, reforma e pensão.
17. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Câmara de Aracaju - SE Prova: FGV - 2021 -
Câmara de Aracaju - SE - Procurador Judicial
Em matéria de controle da Administração Pública, de acordo com o texto
constitucional, é hipótese de controle parlamentar direto quando o:
A Poder Legislativo julga recursos administrativos hierárquicos de decisões tomadas
pelo Poder Executivo;
B Tribunal de Contas condena o gestor público pela prática de ato de improbidade
administrativa;
C Poder Legislativo susta os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar, invadindo seara de lei;
D Tribunal de Contas autoriza abertura de processo por crime de responsabilidade
em matéria orçamentária ou financeira, praticado pelo chefe do Poder Executivo;
E Poder Legislativo concede indulto e comuta penas a pessoas condenadas, com
audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
Gab. C.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
18. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Paulínia - SP Prova: FGV - 2021 - Prefeitura de
Paulínia - SP - Auditor Fiscal Tributário
A Ouvidoria do Município Alfa recebeu uma representação anônima dando conta de que Joana,
ocupante do cargo efetivo de Auditor Fiscal Tributário do Município, estaria, no exercício da função,
recebendo propina para favorecer determinado contribuinte. Para apurar indícios preliminares de
veracidade do noticiado, o órgão competente municipal deu início à sindicância que, após os
trâmites regulares, ensejou a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD) em face de
Joana. Com intuito de anular judicialmente o PAD, Joana contratou advogado que lhe informou que,
de acordo com jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a instauração de processo
administrativo disciplinar com base em denúncia anônima é
A permitida, desde que, no curso da apuração, haja identificação superveniente do noticiante, para
sanar o vício inicial do anonimato do noticiante.
B permitida, desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, diante
do poder-dever de autotutela imposto à Administração.
C vedada, diante da expressa proibição, no texto constitucional, do anonimato para dar início à
aplicação do direito administrativo sancionador.
D vedada, diante de expressa proibição no texto constitucional, sob pena de violação aos princípios
constitucionais da impessoalidade e isonomia.
E vedada, seja diante de expressa proibição no texto constitucional, seja para viabilizar a
identificação de eventual autor do ilícito de denunciação caluniosa.
GABARITO B
STJ Súmula 611:
“Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar
com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela
imposto à administração.”
19. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: TJ-AP Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de Direito
Substituto
O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de Licitação (Lei nº 14.133/2021),
procedimento de credenciamento, na medida em que realizou um processo
administrativo de chamamento público, convocando interessados em prestar
determinados serviços para que, preenchidos os requisitos necessários, se
credenciassem no órgão para executar o objeto quando convocados.
Cumpridas todas as formalidades legais, na presente hipótese, de acordo com o
citado diploma legal, em se tratando de caso de objeto que deva ser contratado por
meio de credenciamento, a licitação é:
A inexigível, por expressa previsão legal;
B dispensável, por expressa previsão legal;
C obrigatória, na modalidade diálogo competitivo;
D obrigatória, na modalidade pregão;
E obrigatória, na modalidade leilão.
GABARITO: LETRA "A"
Lei nº 14.133/2021, Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a
competição, em especial nos casos de:
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio
de credenciamento.
8.666/1993 14.133/2021
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver
inviabilidade de competição, em especial:
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a
competição, em especial nos casos de:
I - para aquisição de materiais, equipamentos,
ou gêneros que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca,
devendo a comprovação de exclusividade ser feita
através de atestado fornecido pelo órgão de
registro do comércio do local em que se realizaria
a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato,
Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda,
pelas entidades equivalentes;
I - aquisição de materiais, de
equipamentos ou de gêneros ou contratação de
serviços que só possam ser fornecidos por
produtor, empresa ou representante comercial
exclusivos;
II - para a contratação de serviços técnicos
enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,
com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação;
III - contratação dos seguintes serviços técnicos
especializados de natureza predominantemente
intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços
de publicidade e divulgação:
III - para contratação de profissional de qualquer
setor artístico, diretamente ou através de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
II - contratação de profissional do setor artístico,
diretamente ou por meio deempresário exclusivo,
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
opinião pública;
IV - objetos que devam ou possam ser
contratados por meio de credenciamento;
V - aquisição ou locação de imóvel cujas
características de instalações e de localização tornem
necessária sua escolha. (24,X, 8666)
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 24. É dispensável a licitação:
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, 
quando caracterizada urgência de atendimento de situação 
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de 
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, 
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários 
ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para 
as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no 
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e 
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou 
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
Art. 75. É dispensável a licitação:
VII - nos casos de guerra, estado de defesa, estado de
sítio, intervenção federal ou de grave perturbação da ordem;
VIII - nos casos de emergência ou de calamidade
pública, quando caracterizada urgência de atendimento de
situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a
continuidade dos serviços públicos ou a segurança de
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens
necessários ao atendimento da situação emergencial ou
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam
ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da
data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas
a prorrogação dos respectivos contratos e a recontratação de
empresa já contratada com base no disposto neste inciso;
20. Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Prova: FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor de Justiça
Substituto
Em dezembro de 2021, o Ministério Público do Estado Ômega está realizando licitação para aquisição
de determinados bens. Ocorre que, durante o processo licitatório, houve empate entre duas
propostas. Utilizando sucessivamente os critérios previstos na nova Lei de Licitações, o Ministério
Público tentou o desempate por meio da disputa final, mas os licitantes empatados não
apresentaram nova proposta em ato contínuo à classificação. Em seguida, tentou-se a avaliação do
desempenho contratual prévio dos licitantes, porém manteve-se o empate.
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, o próximo critério que deverá ser utilizado pelo Ministério
Público para o desempate é:
A o desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos órgãos de
controle;
B a priorização de sociedade empresária que invista em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no país;
C o desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no ambiente de
trabalho, conforme regulamento;
D a priorização de sociedade empresária estabelecida no território do Estado Ômega e, frustrada tal
tentativa, em Estado da mesma região do país;
E a priorização de sociedade empresária que comprove a prática de mitigação, conforme a Política
Nacional sobre Mudança do Clima.
GABARITO: C
CRITÉRIOS DE DESEMPATE:
Art. 60. Em caso de empate entre duas ou mais propostas, serão utilizados os seguintes
critérios de desempate, nesta ordem:
I - disputa final, hipótese em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta
em ato contínuo à classificação;
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, para a qual deverão
preferencialmente ser utilizados registros cadastrais para efeito de atesto de cumprimento
de obrigações previstos nesta Lei;
III - desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no
ambiente de trabalho, conforme regulamento;
IV - desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos
órgãos de controle.
§ 1º Em igualdade de condições, se não houver desempate, será assegurada
preferência, sucessivamente, aos bens e serviços produzidos ou prestados por:
I - empresas estabelecidas no território do Estado ou do Distrito Federal do
órgão ou entidade da Administração Pública estadual ou distrital licitante ou,
no caso de licitação realizada por órgão ou entidade de Município, no território
do Estado em que este se localize;
II - empresas brasileiras;
III - empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia
no País;
IV - empresas que comprovem a prática de mitigação
21. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor
de Polícia Civil
A Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sepol) deseja realizar a
contratação de sociedade empresária para a aquisição de computadores para
propósitos específicos com sistema de segurança de dados, a fim de serem
utilizados em atividades de planejamento e inteligência policial. O objeto
contratual envolve inovação tecnológica ou técnica; impossibilidade de a Sepol
ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no
mercado; e impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com
precisão suficiente pela Sepol. Ademais, a Polícia Civil verificou a necessidade
de definir e identificar os meios e as alternativas que possam satisfazer suas
necessidades, com destaque para a solução técnica mais adequada, os
requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida e a estrutura
jurídica ou financeira do contrato.
Diante das especificidades narradas, consoante dispõe a Lei nº 14.133/2021, a
contratação pretendida ocorrerá mediante:
A inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal, e o contratado deverá
comprovar previamente que os preços estão em conformidade com os praticados em
contratações semelhantes de objetos de mesma natureza;
B dispensa de licitação, por expressa previsão legal, e o contratado deverá comprovar
previamente que os preços estão em conformidade com os praticados em
contratações semelhantes de objetos de mesma natureza;
C prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, com o intuito de desenvolver
uma ou mais alternativas capazes de atender às necessidades da Sepol, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos;
D prévia licitação, na modalidade pregão, pois o objeto do contrato possui padrões
de desempenho e qualidade que podem e devem ser objetivamente definidos pelo
edital, por meio de especificações usuais de mercado;
E prévia licitação, na modalidade leilão, que exigirá registro cadastral prévio, não terá
fase de habilitação e deverá ser homologada assim que concluída a fase de lances,
superada a fase recursal.
De acordo com a lei 14.133/21
diálogo competitivo: modalidade de licitação para contratação de obras,
serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com
licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito
de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas
necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o
encerramento dos diálogos;
Gab: C
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 22. São modalidades de licitação:
I - concorrência;
II - tomada de preços;
III - convite;
IV - concurso;
V - leilão.
Art. 28. São modalidades de licitação:
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
§ 1º Além das modalidades referidas
no caputdeste artigo, a Administração pode
servir-se dos procedimentos auxiliares
previstos no art. 78 desta Lei.
LEI Nº 8.666/1993 LEI Nº 14.133/2021
Art. 45. § 1o Para os efeitos deste artigo, 
constituem tipos de licitação, exceto na 
modalidade concurso:
I - a de menor preço - quando o critério de 
seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração determinar que será vencedor 
o licitante que apresentar a proposta de 
acordo com as especificações do edital ou 
convite e ofertar o menor preço;
II- a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos 
de alienação de bens ou concessão de direito 
real de uso.
Art. 33. O julgamento das propostas
será realizado de acordo com os seguintes
critérios:
I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor técnica ou conteúdo
artístico;
IV - técnica e preço;
V - maior lance, no caso de leilão;
VI - maior retorno econômico.
Art. 39. O julgamento por maior retorno econômico, utilizado exclusivamente
para a celebração de contrato de eficiência, considerará a maior economia para
a Administração, e a remuneração deverá ser fixada em percentual que incidirá
de forma proporcional à economia efetivamente obtida na execução do
contrato.
22. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Técnico
Judiciário
O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, em outubro de 2021, com vistas a
fomentar a capacitação e a qualificação de seus servidores, pretende contratar
determinada sociedade empresária de notória especialização para prestação de
serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual de
treinamento e aperfeiçoamento de pessoal. O valor estimado da contratação é de
quinhentos mil reais e atende ao princípio da economicidade.
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, a contratação almejada deve ocorrer mediante:
A dispensa de licitação, por expressa previsão legal;
B inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal;
C processo licitatório obrigatório, na modalidade pregão, pela natureza do serviço a
ser contratado;
D processo licitatório obrigatório, na modalidade leilão, pelo valor do contrato a ser
firmado;
E processo licitatório obrigatório, na modalidade concorrência, pelo valor do contrato
a ser firmado.
“Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos
casos de: (...)
III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação:"
Dessa forma, contratar determinada sociedade empresária de notória
especialização para prestação de serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual de treinamento e aperfeiçoamento de pessoal
deve ocorrer mediante inexigibilidade de licitação, por expressa previsão legal;
Gabarito: letra B.
23. Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Analista
Judiciário - Administrador
A aprovação e a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação constitui um
marco para difusão da cultura da transparência na administração pública.
O direito fundamental de acesso à informação deve ser garantido em
conformidade com alguns princípios básicos, entre eles:
A divulgação de informações de interesse público, mediante solicitação;
B liberação de informação sigilosa, observada a restrição de acesso;
C observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
D regulamentação do controle social da administração pública;
E utilização de meios de comunicação com eventual restrição de acesso.
Lei 12.527/2011. Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o
direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade
com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;
V - desenvolvimento do controle social da administração pública."
"Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações
sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção.
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa
ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam
devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições
dos agentes públicos autorizados por lei.
§ 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele
que a obteve de resguardar o sigilo.“
24. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018),
conhecida como LGPD, dispõe sobre o tratamento de dados pessoais e
contém normas que devem ser seguidas pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios. Em relação à LGPD, é INCORRETO afirmar que:
A Possui um capítulo específico para o tratamento de dados pelo Setor Público.
B Estabelece que as atividades de tratamento de dados pessoais deverão
observar princípios de: finalidade; adequação; necessidade; livre acesso;
qualidade dos dados; transparência; segurança; prevenção; não discriminação;
responsabilização e prestação de contas.
C Tem entre seus fundamentos o respeito à privacidade.
D As sanções administrativas previstas entraram em vigor na publicação da Lei.
E O tratamento de dados pessoais poderá ser realizado pela administração
pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à
execução de políticas públicas previstas em leis.
a) Certo:
CAPÍTULO IV
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO
Seção I
Das Regras
Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de direito público
referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011
(Lei de Acesso à Informação) , deverá ser realizado para o atendimento de sua
finalidade pública, na persecução do interesse público, com o objetivo de executar as
competências legais ou cumprir as atribuições legais do serviço público, desde que:"
b) Certo:
A presente opção também se mostra escorreita, uma vez que em perfeita
conformidade com o disposto no art. 6º da LGPD, que abaixo colaciono:
"Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e
os seguintes princípios:
I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos,
explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de
forma incompatível com essas finalidades;
II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao
titular, de acordo com o contexto do tratamento;
III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas
finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em
relação às finalidades do tratamento de dados;
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a
duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais;
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e
atualização dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de
seu tratamento;
VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente
acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento,
observados os segredos comercial e industrial;
VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados
pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição,
perda, alteração, comunicação ou difusão;
VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em
virtude do tratamento de dados pessoais;
IX - não discriminação: impossibilidade de realização do tratamento para fins
discriminatórios ilícitos ou abusivos;
X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo agente, da
adoção de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância e o
cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da
eficácia dessas medidas
c) Certo:
"
Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoaistem como fundamentos:
I - o respeito à privacidade;"
d) Errado:
As sanções administrativas, previstas na LGPD, encontram-se disciplinadas em
seu art. 52, cujo caput assim estabelece:
"Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações
cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções
administrativas aplicáveis pela autoridade nacional: "
"Art. 65. Esta Lei entra em vigor:
I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts. 55-A, 55-B, 55-C, 55-D, 55-E,
55-F, 55-G, 55-H, 55-I, 55-J, 55-K, 55-L, 58-A e 58-B; e
I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos arts. 52, 53 e 54;
II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua publicação, quanto aos demais
artigos. "
Logo, diferentemente do que foi sustentado pela Banca, no caso das sanções
administrativas, sua entrada em vigor somente se operou em 1º de agosto de
2021, ao passo que a LGPD foi publicada em agosto de 2018.
e) Certo:
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas
seguintes hipóteses:
(...)
III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de
dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e
regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos
congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;"
Gabarito : D
Telegram: Gustavo Brigido
https://t.me/gustavobrigido
Instagram: Gustavo Brígido
https://www.instagram.com/gustavobrigido
Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos.
" Caiam mil homens à tua esquerda e dez mil à tua direita: tu não serás
atingido.
Salmos, 90/91

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