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DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM-NASCIDO ● Durante o parto, um pouco de sangue do feto pode passar para a circulação da mãe à hemácias de Rh + do feto à produção de anticorpos na mãe que é Rh – ● A maior parte dos casos é causada pelo antígeno D, mas os outros do sistema Rh também podem causar, como o sistema Kell. ● Antígenos do sistema ABO raramente causam reação. ● Mae O tem anticorpo natural IgM contra A, mas esse anticorpo não atravessa a barreira placentária. Se no parto o sangue do bebe entra em contato com o da mãe, o IgM serve como uma berreira para evitar que as células da mãe sejam expostas a esse antígeno. ● Outras causas de aloimunizacao materna: abortos, múltiplas gestações, hemorragias placentárias, transfusões, aminiocenteses e traumas abdominais ● Importância de saber a tipagem do pai: saber o tipo do bebe, pq o gene D é dominante, então se o pai for D+, o neném será também O que acontece com bebe quando a mãe é aloimunizada? ● Hemólise no feto à aparecimento de eritroblastos no sangue do RN à eritroblastose fetal O que contribui para a icterícia fisiológica do neném? ● O RN nasce com um número maior de hemácias, então se inicia um quadro de hemocaterese à conversão do grupo heme das hemácias em biliverdina e depois em bilirrubina não conjugada ● Para ser transportada no fígado, a bilirrubina não conjugada precisa estar ligada à albumina, mas o bebe tem pouca albumina contribuindo para o excesso de bilirrubina não conjugada no sangue ou depositada no tecido. ● Quando vai para o fígado, será convertida em conjugada e pela bili, será levada ao duodeno e será convertida em urobilinogênio ● A enzima hepática que converte bilirrubina indireta em direta não esta em grandes quantidades no bebe ● Para que haja a conversão de bilirrubina direta em urubilinogenio precisa da microbiota intestinal, mas o bebe não a tem completamente formada. Então se não é transformada em urobili, ela pode sofrer desconjugação e voltar a ser indireta. ● Então o problema é que além de haver uma imaturidade do fígado e de enzimas e de albumina, há um excesso de hemácias Características clínicas ● Hepatoesplenomegalia devido a obstrução do SRE e sequestro esplênico, devido a quantidade exagerada de hemácias ● Ascite com hipertensão do sistema porta ● Edema devido a redução na produção de albumina à redução da pressão coloidosmótica ● Icterícia: hiperbilirrubinemia indireta devido à hemólise e a imaturidade hepática Doença fatal:morte intrauterina e hidropsia fetal Doença moderada a grave: anemia grave e icterícia; risco de Kernicterus (deposição de bilirrubina no SNC) Doença leve: anemia leve com ou sem icterícia Prevenção: Coombs indireto = durante o pré-natal se a mãe for Rh negativa à para avaliar se a mãe é sensibilizada ● Soro da mãe + hemácia Rh positiva + soro de coombs (imunoglobulina anti IgG) à se a reação der positiva é pq ela tinha anticorpos contra o antígeno D, ou seja, ela já é sensibilizada ● Coombs negativo = à prevenção com a vacina ● Coombs positivo = à acompanhar o titulo de anticorpos ao longo da gravidez, a cada2 ou 3 semanas, com maior frequência ao final da gravidez pq nesse momento há contato das hemácias do bebe com as da mãe. Acompanhar também a hemoglobina fetal no sangue materno. Determinação de HbF no sangue materno: ● Serve para confirmar a gravidade da hemorragia materna devido ao trauma, descolamento de placenta, placenta previa, óbito fetal e etc ● Quando acontece a hemólise no feto, a hemoglobina fetal que foi liberada pode atravessar a barreira placentária levando a um aumento de HbF no sangue materno. ● Método ideal: Citometria de fluxoà HbF é marcada por um anticorpo fluorescente que é detectada no aparelho (exame mais preciso) ● Teste de Kleinhauer-Betke: Sangue da mãe + solução ácida à HbF corada (exame suscetível a erros e trabalhoso) ● HbF à profilaxia Imunoglobulina anti-D (Vacina) ● IM ou EV na mãe Rh negativa ● Objetivo: acelerar a depuração de hemácias Rh+, antes que ocorra a produção de anticorpos pela mãe ● Toma entre a 28a e 34a semana à TCI negativo ou parceiros Rh+ ● 72h após o parto ou então em aborto, gravidez molar, gravidez ectópica ● Tem que tomar em todas as gravidezes (“pq na verdade é um soro”) ● A dose deve ser determinada de acordo com o nível de exposição a hemácias Rh+ (quantidade de HbF) ● Mulheres D-, mas que tem coombs positivo (devido a transfusão ou gravidez que não foi feito cuidado, abortos, etc) não adianta fazer a imunização, pois não impede o aumento no título materno Diagnóstico: Testes realizados no RN ● Hemograma: anemia, hematoscopia (numerosos eritroblastos, anisopoiquilocitose) ● Reticulocitose ● Dosagem da bilirrubina indireta (feito por aminiocentese, quando TCI +) ● Aminiocentese ● Teste de Coombs direto: o Anticorpo da mãe já esta na superfície da hemácia, então deve-se adicionar o soro de coombs à aglutinação o Teste positivo à algutinação à significa que o anticorpo da mãe já esta na hemácia o Quando maior a aglutinação, pior é o Pode dar positivo se a mãe tiver tomado a vacina, porém não haverá hemólise Tratamento: ● Transfusão intrauterina entre a 18-35 semana ● Parto a partir de 35 semanas Tratamento pós parto: ● Fototerapia ● Transfusão sanguínea: recebe hemácias O- à remove bilirrubina sérica e diminui hemólise ● Tratamento do quadro de anemia forte: eritropoietina ● A escolha do tratamento que será feito depende da idade pós natal e a quantificação da bilirrubina total fetal
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