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FISIOTERAPIA AMBULATORIAL (PIFA) N2 Queimaduras Agentes Agentes físicos Os agentes físicos são elementos não químicos que podem causar queimaduras devido a exposição a diferentes formas de energia. Ex: Calor, Eletricidade, Radiação Agentes químicos Os agentes químicos são substâncias químicas que podem causar queimaduras quando entram em contato com a pele ou tecidos. Ex: Ácidos, agentes cáusticos, Substâncias industriais. Agentes biológicos Os agentes biológicos são organismos vivos que podem causar lesões semelhantes a queimaduras ou danos aos tecidos. Ex: Animais venenosos, Microrganismos patogênicos. Grau de queimadura 1° grau Atinge apenas a epiderme, não causa bolhas, hiperemia, cicatrização de 2 á 5 dias. Tratamento: O tratamento nesse caso geralmente se concentra no alívio da dor, redução da inflamação e promoção da cicatrização. Pode incluir técnicas como crioterapia 2° grau Atinge derme e epiderme, forma bolhas, úmida e dolorosa, cicatrização de 2 a 3 semanas, pode deixar cicatriz. Tratamento: O tratamento nesse caso pode envolver controle da dor e inflamação, alongamentos e mobilizações para prevenção de aderências e contraturas e prevenção de cicatrizes hipertróficas. 3° grau Atinge hipoderme, derme e epiderme, necessita de enxerto, não cicatriza espontaneamente, é seca e esbranquiçada, dor em áreas queimadas adjacentes. Tratamento: O objetivo principal é a reabilitação e restauração da função, após a cicatrização e requer uma abordagem multidisciplinar. A fisioterapia pode incluir técnicas como mobilização precoce, exercícios de fortalecimento e alongamento, terapia ocupacional para ajudar na recuperação funcional, uso de órteses ou dispositivos de proteção, e tratamento para prevenir ou reduzir contraturas e cicatrizes. 4° grau atinge todas as camadas da pele, músculos, tendões e órgãos internos, indolor, aspecto espesso, seco, carbonizado ou esbranquiçado. (não há tratamento fisioterapêutico). Regra dos nove A regra dos nove é uma técnica usada para estimar a extensão da queimadura com o objetivo de determinar a gravidade da lesão. Essa regra divide o corpo humano em várias áreas, cada uma correspondendo a uma porcentagem específica da superfície corporal total. ➢ Cabeça - 9% ➢ Tronco frente - 18% ➢ Tronco costas - 18% ➢ MMSS - 9% (cada lado) ➢ MMII - 18% (cada lado) ➢ Genitais - 1% Traumatismo Raquimedular (TRM) Patologia causada por agressão a medula espinhal podendo ocasionar danos neurológicos como alterações das funções motoras, sensitivas e autônomas. Tipos de trauma Aberto O trauma aberto ocorre quando há uma ruptura da pele ou mucosas, resultando em uma ferida visível. Ex: facadas, cortes, disparos de arma de fogo Fechado O trauma fechado ocorre quando não há ruptura da pele, mas há danos internos nos tecidos e órgãos. Ex: concussões, distensão, compressão Tipos de lesão medular Lesãomedular completa Nesse tipo de lesão, ocorre uma interrupção completa da função nervosa abaixo do nível da lesão. Isso significa que não há movimento voluntário nem sensação abaixo do nível da lesão. Sequelas: ➔ Paralisia completa ou quase completa abaixo do nível da lesão. ➔ Perda total ou quase total da sensibilidade abaixo do nível da lesão. ➔ Perda da função dos sistemas autônomos, como controle da bexiga e do intestino. ➔ Dificuldades respiratórias, dependendo do nível da lesão. Lesãomedular incompleta Nesse tipo de lesão, parte da função nervosa abaixo do nível da lesão é preservada, resultando em algum grau de movimento voluntário e/ou sensibilidade. Sequelas: ➔ Graus variados de paralisia e perda de sensibilidade ➔ Possibilidade de algum movimento voluntário e/ou sensibilidade abaixo do nível da lesão. ➔ Dificuldades funcionais e de mobilidade ➔ Possíveis complicações e sequelas semelhantes às da lesão medular completa, (embora geralmente menos graves). Níveis da lesão e efeitos Cervical ● C1-C5 Paralisia e perda de sensibilidade de MMSS, MMII e MM da respiração. ● C5-C6 perda parcial do movimento e sensibilidade dos MMII e controle limitado de MMSS. MMII sem FM. ● C6-C7 perda parcial do movimento e sensibilidade dos MMII e controle limitado de MMSS. dificuldades em realizar tarefas finas com as mãos. ● C8-T1 Paralisia de MMII e tronco, bom controle de MMSS, A pessoa pode ter dificuldades em realizar tarefas que exijam destreza manual. Torácica ● T2-T4 Perda de sensibilidade abaixo da linha mamilar. ● T5-T8 Perda de sensibilidade abaixo da caixa torácica, podem afetar os músculos e a sensibilidade do tronco, abdômen e parte superior das pernas. geralmente resulta em paraplegia. ● T9-T11 Perda de sensibilidade abaixo da cicatriz umbilical, A pessoa pode ter algum grau de função nos músculos dos quadris e das coxas. ● T12-L1 Paralisia e perda de sensibilidade abaixo da virilha. Lombar ● L2-L5 Os efeitos podem afetar a função dos músculos das pernas e dos pés. A pessoa geralmente pode ter algum grau de movimento e controle muscular nas pernas, permitindo a locomoção com dispositivos de assistência, além de diferentes padrões de fraqueza e entorpecimento de MMII. Sacral ● S1-S2 FM alternada, sensibilidade alternada, sem ADM. ● S3-S5 Continência ou incontinência urinária e fecal. Fases do trauma Imediata (2h) choque medular. Tratamento: nessa fase o tratamento concentra-se em medidas de emergência, como a imobilização da coluna, garantir uma boa ventilação e circulação, além do transporte adequado do paciente para um centro especializado. Aguda (2-48h) Áreas hemorrágicas, isquemia, apoptose. Tratamento: Durante essa fase, o paciente está sob cuidados intensivos e recebe tratamento médico para estabilização e manejo da lesão. a fisioterapia age com a mobilização precoce para evitar contraturas musculares, atrofia e problemas respiratórios técnicas de terapia respiratória, treinamento de transferência, fortalecimento muscular leve e prevenção de complicações relacionadas à imobilidade. tudo dependendo do nível e grau da lesão. Intermediária (2 semanas a 6meses) Formação de cicatriz e células de GLIA. Tratamento: O objetivo é maximizar a recuperação funcional, promover a independência e melhorar a qualidade de vida, nessa fase o tratamento é mais intensivo e personalizado. As intervenções podem incluir exercícios de fortalecimento, equilíbrio, propriocepção, marcha, uso de órteses e etc Crônica (+ 6meses) Sequela estabelecida. Tratamento: Nessa fase, o tratamento fisioterapêutico visa manter a funcionalidade alcançada e prevenir complicações secundárias. O foco pode estar na manutenção do condicionamento físico, na prevenção de contraturas musculares e deformidades posturais, e melhorar a independência funcional. Fases do tratamento ➔ Fase aguda ➔ Reabilitação intensiva ➔ Relaxamento muscular ➔ Fortalecimento muscular ➔ Exercícios de educação neuromuscular Trauma Crânio Encefálico (TCE) É uma lesão cerebral causada por agressão de forças externas contra a cabeça, podendo causar alteração no nível de consciência ou comprometer habilidades cognitivas físicas e comportamentais do indivíduo. Tipos de TCE TCE aberto Ocorre quando há uma lesão no couro cabeludo e no crânio, permitindo que objetos ou fragmentos ósseos penetrem no cérebro. Ex: Ferimentos causados por projéteis de armas de fogo, objetos pontiagudos ou fraturas expostas do crânio. TCE fechado Ocorre quando não há uma lesão visível no couro cabeludo ou no crânio. Ex: Nesse caso, a lesão é causada por uma força externa, como uma queda, colisão ou impacto, que afeta o cérebro dentro do crânio. Sintomas Físicos ➔ Paralisia ➔ Alteração de tônus muscular ➔ Contraturas ➔ Deformidades ➔ Ataxia ➔ Perda de consciência (casos mais graves). ➔ Convulsões ou tremores. Cognitivos ➔ Amnesia ➔ Déficit de linguagem ➔ Déficit em relação ao espaço ➔ Confusão mental ➔ Confusão mental ➔ Dificuldade de concentração. ➔ Lentidão na compreensão e na resposta a estímulos. Comportamentais➔ Mudança de humor ou estado de ânimo rápida e imotivada. ➔ Agressividade física ou verbal ➔ Desorientação ➔ Impulsividade ➔ Irritabilidade ➔ Isolamento social Sensoriais ➔ Visão turva ou embaçada. ➔ Zumbido nos ouvidos. ➔ Perda ou diminuição da audição. ➔ Alterações no paladar ou no olfato. ➔ Hipersensibilidade tátil Tratamento, abordagem e avaliação fisioterapêutica de TRM e TCE Fisioterapia no TCE e TRM Principais objetivos: ➔ Ganho de amplitude de movimento ➔ Propriocepção ➔ Transferência de peso ➔ Transferência entre superfícies ➔ Treinamento muscular respiratório ➔ Condicionamento cardiorrespiratório Avaliação inicial O atendimento inicial ao paciente politraumatizado deve seguir as orientações preconizadas pela ATLS (Advanced Trauma Life Support). Assegurando primeiramente: ➔ Imobilização e estabilização da coluna ➔ Garantir a ventilação adequada ➔ Integridade dos sistemas ventilatório e cardiovascular ➔ Avaliação neurológica (anamnese) Exames complementares O uso de radiografia simples para identificar a presença de fraturas cranianas, as quais estão relacionadas o aumento significativo de lesões intracranianas, passou a ser secundária em centros onde a tomografia computadorizada (TC) está disponível sendo, entretanto, fundamental na triagem inicial de traumatismos leves em centros onde a TC não é disponível. Suporte ao idoso Nível e reserva funcional Nível funcional O nível funcional refere-se à capacidade de um idoso em desempenhar atividades diárias e funcionais, como banhar-se, vestir-se, alimentar-se, locomover-se, realizar tarefas domésticas e cuidar da higiene pessoal. ➔ Indivíduo Hígido Grande reserva funcional. ➔ Baixa reserva funcional ➔ Ausência de reserva funcional Incapacidade progressiva, dependência de terceiros. ➔ Dependência severa ➔ Morte Reserva funcional A reserva funcional refere-se à capacidade do idoso em lidar com demandas funcionais adicionais ou situações de estresse, além das atividades diárias habituais.A avaliação da reserva funcional envolve a avaliação da capacidade cardiovascular, respiratória, muscular, cognitiva e emocional do idoso por meio de testes de resistência física, testes cognitivos, avaliação da função pulmonar, entre outros. Síndromes geriátricas ➔ Incontinencia esfincteriana ➔ Incapacidade cognitiva (contrair/relaxar) ➔ Insuficiência familiar (maus tratos) ➔ Iatrogenia (dependência de medicamentos) ➔ Incapacidade comunicativa ➔ Instabilidade postural Domínios de saúde do idoso Autonomia Autonomia refere-se à capacidade do idoso de tomar decisões informadas e ter controle sobre sua própria vida. Cognição O domínio da cognição refere-se à função cognitiva, que envolve processos mentais como memória, atenção, linguagem, raciocínio e habilidades de resolução de problemas. Humor O domínio do humor refere-se ao bem-estar emocional e à saúde mental do idoso. Transtornos do humor, como depressão e ansiedade, são comuns entre os idosos e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida. Independência A independência refere-se à capacidade do idoso de realizar atividades diárias e tarefas sem a necessidade de ajuda ou supervisão constante. Mobilidade O domínio da mobilidade refere-se à capacidade do idoso em se mover e realizar atividades físicas. Com o envelhecimento, é comum ocorrer uma diminuição da força muscular, flexibilidade, equilíbrio e coordenação. Comunicação O domínio da comunicação refere-se à capacidade do idoso em se comunicar de maneira efetiva. Com o envelhecimento, podem ocorrer alterações na comunicação, como dificuldade de expressar pensamentos, compreender informações verbais ou escritas, e alterações na audição e fala. Demência A demência é uma condição progressiva e crônica que afeta a função cerebral, resultando em comprometimento cognitivo e prejuízo nas atividades diárias. É importante ressaltar que a demência não é uma doença específica, mas sim um termo geral que engloba várias doenças neurodegenerativas. Sintomas ➔ Piora progressivamente ➔ Impossibilita realizar atividades cotidianas ➔ Afeta 2 ou mais domínios cognitivos ➔ Problemas com o pensamento abstrato e raciocínio. ➔ Alterações na personalidade e no humor. ➔ Desorientação em relação a tempo e lugar. ➔ Dificuldade em seguir instruções e manter a atenção. ➔ Problemas de julgamento e tomada de decisões. Causas ➔ Doenças neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson). ➔ Lesões vasculares (Demência vascular). ➔ Doenças metabólicas (Demência de corpos de Lewy). ➔ Deficiência nutricional. ➔ Causa mista. Tipos Doença de Alzheimer: A forma mais comum de demência, caracterizada pela perda progressiva de células cerebrais e acúmulo de placas beta-amiloide e emaranhados de proteína tau. Demência vascular: Resulta de danos nos vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro, levando à interrupção do fluxo sanguíneo e danos cerebrais. Demência de corpos de Lewy: Caracterizada pela presença de corpos de Lewy no cérebro, que afetam a função cognitiva e motora. Demência frontotemporal: Envolve a degeneração dos lobos frontal e temporal do cérebro, afetando a personalidade, o comportamento e a linguagem. Demência associada à doença de Parkinson: Pessoas com doença de Parkinson podem desenvolver sintomas cognitivos e demência ao longo do tempo. Diagnóstico O diagnóstico de demência envolve uma avaliação abrangente, incluindo: ➔ histórico médico ➔ exame físico ➔ avaliação cognitiva ➔ exames laboratoriais e de imagem ➔ exclusão de outras causas de declínio cognitivo. Timed up & go test para Instabilidade postural O teste "Timed Up & Go" é um teste simples usado para avaliar a mobilidade e o equilíbrio de uma pessoa. Ele mede o tempo que uma pessoa leva para se levantar de uma cadeira, caminhar uma certa distância, voltar e sentar-se novamente na cadeira. 1. Uma cadeira é colocada em um local seguro e aberto. 2. A pessoa senta-se na cadeira com as costas apoiadas. 3. Quando o teste começa, a pessoa é instruída a levantar-se da cadeira, andar em uma linha reta por uma certa distância (geralmente cerca de 3 metros), virar-se, voltar e sentar-se novamente na cadeira. 4. O tempo que leva para a pessoa realizar todas essas etapas é medido com um cronômetro. O tempo total do teste é usado como uma medida da mobilidade e da capacidade de se mover com segurança. Um tempo mais longo pode indicar problemas de equilíbrio, força muscular reduzida ou dificuldades de locomoção. Em caso demarcha anormal Dependendo do nível sensoriomotor afetado, a marcha anormal pode ter complicações diferentes. Inferior Responsável pelo controle aferente e eferente da marcha. Médio Responsável pelo controle da execução das respostas posturais e motoras da marcha. Superior Responsável pela programação da marcha. Treinamento para idosos O treinamento com exercícios é uma abordagem amplamente utilizada para melhorar a capacidade física, a funcionalidade e a qualidade de vida dos idosos. ajudando os idosos a Esses exercícios são projetados para replicar os movimentos e as demandas do dia a dia,realizar suas atividades diárias com mais facilidade e segurança. Ex: ➔ Agachamentos ➔ Pegar objetos no chão unilateralmente ➔ Simulação de subida de escada ➔ Deslocamento lateral ➔ Exercícios de equilíbrio Treinamentomulticompetente cardiovascular para idosos em âmbito hospitalar O treinamento multicompetente cardiovascular em um ambiente ambulatorial é um programa de exercícios que combina diferentes modalidades de treinamento cardiovascular para melhorar a aptidão cardiorrespiratória dos idosos. Esses exercícios visam fortalecer o coração, melhorar a capacidade pulmonar e aumentar a resistência. Ex; ➔ Caminhada ou corrida leve na esteira ➔ Ciclismo estacionário ➔ Exercícios em máquinas elípticas ➔ Exercícios aeróbicos resistidos ➔ Exercícios de coordenação motora ➔ Exercícios de equilíbrio Fisioterapia no tratamento oncológico de mama Estádios ESTÁDIODESCRIÇÃO Estádio I Tumores < 2cm com linfonodos negativos. Estádio II Tumores <2cm com linfonodos comprometidos. Tumores entre 2 e 5cm com tumores negativos ou comprometidos. Tumores > 5cm com linfonodos negativos. Estádio III Tumores com > 5cm com linfonodos extremamente comprometidos Estádio IV Metástase em algum orgão a distancia Estágio 1 O estágio 1 é considerado um estágio inicial do câncer, em que o tumor está limitado ao seu local de origem e não se espalhou para os tecidos vizinhos ou linfonodos próximos. No estágio 1, em geral, a fisioterapia é voltada para o suporte ao paciente. ➔ Prevenção ou redução do impacto ou severidade das desabilidades relacionadas ao câncer. ➔ Reabilitação preventiva. Estágio 2 No estágio 2, o câncer é mais avançado, mas ainda está localizado na área de origem. O tamanho do tumor pode variar e pode ou não ter se espalhado para os linfonodos próximos, a fisioterapia pode ser necessária como parte do tratamento multidisciplinar no tratamento de sintomas relacionados ao câncer de mama. ➔ Retorno do paciente ao estado de saúde pré-doença. ➔ Reabilitação restauradora. Estágio 3 No estágio 3, o câncer geralmente é considerado localmente avançado. O tumor pode ter crescido significativamente em tamanho e pode ter se espalhado para os tecidos próximos e/ou linfonodos, que geralmente é considerado um estágio avançado do câncer de mama, a fisioterapia pode ser parte integrante do tratamento. ➔ Tratamento para redução de linfedema ➔ Redução das desabilidades relacionadas ao câncer naqueles pacientes onde a doença ainda persiste, mas que tenha sido controlada pelo tratamento. ➔ Reabilitação de suporte. Estágio 4 O estágio 4 é considerado um estágio avançado e terminal do câncer, indicando que o câncer se espalhou para outras partes do corpo além do local de origem. Nesse estágio, o câncer pode ter se disseminado para órgãos distantes. a fisioterapia se concentra principalmente na melhoria da qualidade de vida e no alívio dos sintomas. ➔ Tratamento para controle da dor e gerenciamento de sintomas, como fadiga, fraqueza e falta de ar. ➔ Tratamento para redução de linfedema ➔ Orientação sobre posicionamento e técnicas de conforto para melhorar a qualidade do sono e o alívio de desconfortos. ➔ Objetivos de tratamento restritos ao conforto e qualidade de vida ➔ Reabilitação paliativa Funções da fisioterapia oncológica ● Prevenir Identificar fatores e complicações associadas e conhecer patologias associadas. ● Diagnosticar precocemente Orientar os pacientes quanto aos sintomas iniciais ● Reabilitar/Paliar Oque a fisioterapia pode realizar durante a evolução do câncer? ➔ Adaptar a conduta a expectativa do paciente ➔ Aliviar a dor ➔ Prevenir déficit motor ➔ Restaurar função sempre que possível Pré-tratamento: ➔ Avaliação e orientação sobre exercícios físicos e condicionamento pré-tratamento, com o objetivo de melhorar a capacidade funcional do paciente e minimizar possíveis efeitos colaterais. ➔ Ensino de técnicas de respiração e exercícios de fortalecimento muscular para preparar o corpo para o tratamento e reduzir complicações respiratórias. Durante o tratamento: ➔ Alívio da dor e controle dos sintomas decorrentes do tratamento, como fadiga, náuseas, fraqueza muscular e limitações de movimento. ➔ Prescrição de exercícios adaptados às capacidades do paciente para manter a força muscular, a flexibilidade e o equilíbrio. ➔ Orientação sobre estratégias de gerenciamento de linfedema, que é uma possível complicação em pacientes com câncer de mama, por meio de técnicas de drenagem linfática e uso de dispositivos compressivos. ➔ Reabilitação respiratória para pacientes que apresentam comprometimento pulmonar, como resultado de cirurgias torácicas ou radioterapia. Pós-tratamento: ➔ Reabilitação física para recuperar a função e a mobilidade após cirurgias, radioterapia ou quimioterapia. ➔ Tratamento de sequelas físicas, como dor crônica, aderências cicatriciais e restrições de movimento. ➔ Programas de exercícios específicos para melhorar a força muscular, a capacidade cardiovascular e a qualidade de vida. Desafios no tratamento oncológico demama Neuropatia periférica pós quimioterapia: A neuropatia periférica pós quimioterapia é uma condição que ocorre como efeito colateral do tratamento quimioterápico, que pode causar danos nos nervos periféricos. A fisioterapia oferece benefícios através de técnicas que aliviam os sintomas tais como: ➔ Exercícios de alongamento neural ➔ Dessensibilização com diferentes texturas Dor nas axilas devido retirada de linfonodos: É muito comum a paciente relatar dor na região axilar devido a retirada de linfonodos, oque causa dor e desconforto. Em alguns casos onde a dor é exacerbada e persistente a causa pode estar relacionada não aos linfonodos mas sim a lesão no nervo intercostobraquial (um nervo sensitivo que quando lesionado causa dor, desconforto e alterações de sensibilidade), ou no nervo torácico longo (um nervo motor que quando lesionado que causa alterações motoras). É função da fisioterapia oncológica avaliar a paciente com queixa de dores se há ou não lesão em algum nervo. Orientações pósmastectomia ➔ Dê dicas de como aplicar uma “auto drenagem” para evitar a formação de linfedemas ➔ Pratique exercícios de respiração profunda para promover a expansão pulmonar e evitar complicações respiratórias. ➔ Evite o uso de acessórios apertados ou restritivos no membro operado, como pulseiras ou anéis. ➔ Escolha roupas confortáveis que não restrinjam o movimento dos braços ou causem desconforto na área da cirurgia. ➔ Se necessário, utilize sutiãs especiais ou próteses mamárias para ajudar a manter a simetria e o equilíbrio no caso de mastectomia bilateral. Reabilitação pósmastectomia Avaliação inicial: ➔ Realização de uma avaliação completa para avaliar a função, mobilidade, força e amplitude de movimento dos membros superiores. ➔ Discussão sobre os objetivos e expectativas da reabilitação. Exercícios de amplitude de movimento: ➔ Exercícios suaves de alongamento e movimento para melhorar a mobilidade dos ombros, braços e tórax. ➔ Instruções sobre como realizar exercícios de amplitude de movimento em casa. Fortalecimento muscular: ➔ Exercícios progressivos de fortalecimento para os músculos dos membros superiores, incluindo ombros, braços, peitoral e costas. ➔ Uso de pesos livres, faixas elásticas ou equipamentos de resistência para fortalecer os músculos. Treinamento de equilíbrio e coordenação: ➔ Exercícios para melhorar o equilíbrio, a estabilidade e a coordenação, utilizando técnicas como exercícios de equilíbrio em pé, transferências de peso e treinamento proprioceptivo. Drenagem linfática manual: Se necessário, a fisioterapia pode incluir sessões de drenagem linfática manual para reduzir o inchaço e melhorar a circulação linfática na área operada. Obs: É levado em consideração o tipo de mastectomia feita e se bilateral ou unilateral para a definição dos exercícios. Exercícios são feitos visando a funcionalidade perdida e evitando a perda da funcionalidade ainda restante, a articulação que mais sofre nesses casos é o ombro por isso é importante visar todas as estruturas que envolvem a articulação (escápulas, músculos e estruturas que envolvem ombro, peitoral e pescoço) ao montar o tratamento para paciente Principais complicações pósmastectomia ➔ Escápulas aladas ➔ Paralisia do serrátil anterior ➔ Lesão do nervo torácico longo ➔ Lesão do nervo intercostobraquial ➔ Perda de mobilidade e amplitude do ombro ➔ Alteração postural Exercícios para reabilitação pós mastectomia elevação de ombro com bastão: levantando um bastão para frente e depois para trás até encostar na região posterior da cabeça Abdução de ombro com faixa elástica: segurando uma faixa elástica com as duas mãos. Afaste os braços para os lados, mantendo os cotovelos ligeiramente flexionados. Em seguida, retornelentamente à posição inicial. Rolamento de ombro: Sente-se em uma cadeira ou fique em pé com os braços ao lado do corpo.Mantenha os cotovelos levemente flexionados e as palmas das mãos voltadas para o corpo.Começando com o ombro afetado, role o ombro para trás em um movimento circular suave. Repita o movimento por 10 a 15 vezes e, em seguida, repita no sentido contrário. Circundução de ombro: Sente-se em uma cadeira ou fique em pé com os braços pendendo ao lado do corpo.Mantenha os cotovelos estendidos e as mãos soltas.Realize movimentos circulares suaves e controlados com os ombros, primeiro para frente e depois para trás. Tente desenhar círculos amplos e completos, sem forçar o movimento além do limite de conforto. Repita o movimento de 10 a 15 vezes em cada direção. Abdução de ombro: Fique em pé ou sentado com os braços ao lado do corpo. Eleve lentamente o braço afetado para o lado, mantendo-o estendido ou levemente flexionado. Continue elevando até onde for confortável, sem causar dor. Mantenha a posição por alguns segundos e, em seguida, abaixe o braço lentamente à posição inicial. Realize de 10 a 15 repetições Rotação externa de ombro: Sente-se em uma cadeira ou fique em pé com o braço afetado próximo ao corpo, dobrado a um ângulo de 90 graus.Mantenha o cotovelo junto ao corpo e o antebraço apontando para a frente.Gire o braço afetado para fora, mantendo o cotovelo próximo ao corpo. Movimente o antebraço para longe do corpo, de forma controlada, até sentir uma leve tensão ou alongamento na região do ombro. Retorne à posição inicial lentamente. Repita o movimento de 10 a 15 vezes.
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