_E-book Neuronutrição ciclos

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A L I N E S A L A M I 
P A T R I C I A A C I O L Y
R O B E R T A C A E T A N O 
R O B E R T A J U L I A N O 
 
NEURONUTRIÇÃO
UNINDO TEORIA À PRÁTICA
 
 
Este E-book está protegido por leis de direitos
autorais e desta edição são reservados à Editora
Ciclos.
 Qualquer tipo de violação dos direitos autorais
estará sujeita a ações legais.
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Desenvolvimento do e-book - Aline Salami, Patricia
Acioly, Roberta Caetano, Roberta Ramos 
Organização , revisão, capa e editorial 
Caroline Bandeira 
Edição : Editora Ciclos 
Nutrição. 2. Neurotransmissores 3. Dietoterapia 3. Nutrição Funcional 4. Saúde Mental I . Título 1.
Salami, Aline. Acioly, Patricia .Caetano, Roberta. Ramos, Roberta. 
Neuronutrição: Unindo a teoria à prática. - Florianópolis : Editora Ciclos, 2023. 
AUTORAS 
ALINE M. SALAMI
Nutricionista, Mestre em Agroecossistemas, possui experiência
acadêmica e profissional em Gastronomia, Nutrição e Docência. É
membro do Grupo Ilha Meiembipe de Agroecologia e mora no Sítio
Orgânicos Km Zero. Acredita que uma alimentação saudável e
sustentável paixonada pela Nutrição, acredita que o desenvolvimento de
melhores hábitos alimentares, em busca de qualidade de vida, passa pelo
ritual da cozinha, de escolher, preparar, degustar, sentir os aromas,
texturas, sabores e desfrutar de todo o prazer que os alimentos podem
proporcionar. 
AUTORAS 
PATRICIA ACIOLY
Nutricionista há 25 anos, mestrado em saúde pública e especialização
em estética; atividade física e saúde. Me dedico ao Atendimento
Clínico Nutricional desde 2000 e à docência desde 2004 tendo
gerenciado escolas técnicas de ensino médio, criado e coordenado
cursos de graduação e pós-graduação em instituições privadas.
Acredito que a escolha por uma alimentação adequada ao seu ritmo
de vida pode te ajudar a reprogramar seu metabolismo prevenindo
doenças e proporcionando mais energia, saúde e beleza. Além, é
claro, de prazer sensorial através de preparações nutritivas,
saborosas e fáceis de fazer.
AUTORAS 
ROBERTA CAETANO
Nutricionista, Doutora em Nutrição, com 20 anos de experiência
em Atendimento Clínico Nutricional e Docência em nível de
Graduação e Pós-graduação. Apaixonada pela Nutrição, acredita
que o desenvolvimento de melhores hábitos alimentares, em busca
de qualidade de vida, passa pelo ritual da cozinha, de escolher,
preparar, degustar, sentir os aromas, texturas, sabores e desfrutar
de todo o prazer que os alimentos podem proporcionar. 
AUTORAS 
ROBERTA J RAMOS
Nutricionista, Doutora em Ciência dos alimentos, com 20 anos de
experiência em Controle de qualidade, composição de alimentos e
Administração de Serviço de alimentação. Além de ampla experiência em
docência em nível de Graduação e Pós-graduação.
Acredito que quando ampliamos nosso olhar sobre a diversidade e
possibilidade de uso dos alimentos, através da aplicação de técnicas de
preparo adequadas, aliadas ao uso de ingredientes diversificados,
valorizando os aspectos de composição, cor, aroma, sabor e textura dos
alimentos, possibilitamos um avanço na busca por hábitos alimentares mais
saudáveis.
 Nutrição e Cérebro
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
Além disso, o estudo do microbioma
intestinal e suas relações com a
absorção de nutrientes e a modulação
de inúmeras substâncias com efeito
sobre o funcionamento cerebral têm
sido amplamente investigados.
Fazem parte desses estudos a
investigação sobre tipos de dietas,
alimentos, ingredientes, nutrientes e
compostos bioativos que possam ter
efeitos sobre a saúde cerebral.
As pesquisas têm mostrado que a
intervenção nutricional representa uma
importante e complexa ferramenta para
contribuir com a saúde e função
cerebral, prevenção e tratamento de
doenças neurológicas e/ou
neurodegenerativas. 
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
Neste material te convidamos a conhecer um pouco mais do impacto da nutrição na saúde do
cérebro e como podemos aplicar o conhecimento teórico na construção do cardápio de nossos
pacientes.
 Para o cérebro funcionar eficientemente na vida adulta, é importante que tenha se
desenvolvido de forma adequada desde o início da vida, período de maior
vulnerabilidade às agressões do ambiente, inclusive nutricionais.
Hiperplasia e hipertrofia das células nervosas;
Adequada mielinização (formação da mielina - envoltório lipídico nas fibras
nervosas), sendo a mielina fundamental para transmissão eficiente dos impulsos
elétricos neuronais;
Organização das sinapses (pontos de comunicação entre neurônios);
Oferta adequada de nutrientes: a deficiência de um ou mais nutrientes pode
perturbar a organização estrutural e bioquímica dos processos descritos acima,
com menor ou maior impacto, dependendo da intensidade e duração dessas
deficiências.
 Para o desenvolvimento cerebral, é necessária a ocorrência de alguns processos,
como: 
 As repercussões sobre as funções cerebrais envolvem funções neurais básicas como
processamento de informações sensoriais, percepção de sensações e execução de
tarefas motoras e funções neurais mais elaboradas como cognição, consciência,
emoção, aprendizado e memória.
Alimentação equilibrada x Saúde cerebral
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
 O envelhecimento populacional e o estilo de vida atual tem sido associados ao
aumento da prevalência de doenças neurodegenerativas e distúrbios relacionados à
função cerebral. 
 O envelhecimento consiste em um processo natural caracterizado por diversas
mudanças que ocorrem em todo o organismo, sendo o principal fator de risco para as
doenças crônicas, o que culmina por gerar então uma estreita relação entre o avanço
da idade e o surgimento de tais patologia (Love el al, 2004)
 As doenças neurodegenerativas apresentam altas taxas de morbidade e podem
causar grandes perturbações corporais. Tais perturbações englobam tanto
comprometimentos físicos quanto cognitivos, que posteriormente levam à morte do
indivíduo. Em comum, tais doenças compartilham a perda de neurônios e a presença
de proteínas mal enoveladas em áreas cerebrais (Hou et al, 2019). 
 As células da microglia são células imunológicas residentes do sistema nervoso
central (SNC) e constituem sua primeira linha de defesa, pela capacidade de
alterar a sua morfologia, fenótipo e função. Em condições fisiológicas, as células
da microglia encontram-se num estado de repouso e morfologicamente apresentam
muitos prolongamentos finos e curtos permitindo uma elevada área de contato com
o meio circundante.
Neuroinflamação
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
 Quando em situação de desequilíbrio, a microglia passa para um estado ativado,
apresentando uma morfologia semelhante aos macrófagos, podendo apresentar dois
fenótipos distintos – pro-inflamatório (M1) e anti-inflamatório (M2) e, dessa forma,
migra para locais específicos de forma a eliminar agentes patogênicos ou realizar
fagocitose de células mortas ou agregados proteicos. Estas células possuem também a
capacidade de sintetizar uma série de citocinas pro-inflamatórias como TNF-α, IL-6,
IL- 1β e anti-inflamatórias como a IL-4 além de mediadores moleculares, o que
caracteriza boa parte das doenças neurológicas como doenças inflamatórias de baixo
grau que, por se referir ao SNC, denomina-se neuroinflamação.
 Vários estudos tem demostrado que os fitoquímicos, compostos bioativos presentes
nos hortifrutis, particularmente os polifenóis, têm um potencial anti-inflamatório e
neuroprotetor. Assim uma dieta colorida e variada pode contribuir muito para
prevenção de neuroinflamação.
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 Nesse contexto de neuroinflamação, as propriedades anti-inflamatórias têm sido
um dos principais focos das dietas em busca de benefícios à função cerebral. 
 Por sua vez, a dieta mediterrânea destaca-se por suas características anti-
inflamatórias, pois favorece o consumo de frutas, hortaliças, verduras, leguminosas e
oleaginosas, com alto teor de vitaminas, sais minerais e fitoquímicos, que atuam
como poderosos antioxidantes e desviam as vias metabólicas para vias menos
inflamatórias. 
 Além disso, o baixo consumo de carne bovina e o consumo frequente de peixes e
frutos do mar, bem como de azeite extravirgem, sementes oleaginosas e frutas como o
abacate conferem à dieta mediterrânea a presença de grande quantidade de ácidos
graxos mono e poli-insaturados como o ômega-9 e ômega-3 que contribuem para a
redução de parâmetros inflamatórios. 
Dieta mediterrânea x saúde cerebral
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Alimentação natural: reduzindo os aditivos
alimentares
Os aditivos químicos interferem na saúde do
tratogastrointestinal, com efeito negativo na
absorção de nutrientes, por exemplo,
vitaminas do complexo B, gerando
desequilíbrio na síntese de
neurotransmissores fundamentais para a
saúde cerebral e mental.
Os alimentos industrializados apresentam
alto teor de aditivos alimentares, tais como
adoçantes, aromatizantes, corantes,
espessantes, flavorizantes, conservantes,
entre outros.
Independente do tipo de dieta ou estratégia
nutricional a ser escolhida, um aspecto
fundamental é que ela seja o mais natural
possível: com alta oferta de alimentos in
natura e minimamente processados e baixa
oferta de processados e ultraprocessados. 
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Fadiga
Irritabilidade
Sonolência
Dificuldades de concentração 
Redução da capacidade de memória
Redução da atenção 
Falta de coordenação motora 
Envelhecimento 
A desidratação resulta em uma série de
problemas associados à saúde cerebral, entre
eles destacam-se:
 USO: Caso seu paciente tenha dificuldades
para ingerir quantidades suficientes de água
(35mL/kg peso) utilize diferentes
estratégias, tais como: água saborizada, água
com gás, gotas de limão, entre outros.
O primeiro aspecto relevante em relação à água é que já sabe-se que o cérebro é
formado por, aproximadamente, 77% de água, o que faz da água um dos componentes
mais importantes para a manutenção do seu adequado funcionamento.
A importância da hidratação adequada
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LEGENDA:
1 - Neurônio
2 - Sinapse
3 - Neurotransmissor 
4 - Neurotransmissão
A neurotransmissão, portanto, constitui a base para a maior parte dos eventos de
transferência de informação no sistema nervoso e formam o substrato para atividades
como aprendizado, memória, percepção e cognição. 
Para que os neurônios enviem mensagens
por todo o corpo, eles precisam se
comunicar uns com os outros,
transmitindo seus sinais. No final de
cada neurônio há um pequeno espaço
chamado SINAPSE. Para se comunicar
com a próxima célula, o sinal precisa ser
capaz de atravessar esse espaço, tal
processo é chamado
NEUROTRANSMISSÃO. Já os
NEUROTRANSMISSORES são definidos
como mensageiros químicos que
transportam, estimulam e equilibram os
sinais entre os neurônios ou células
nervosas e outras células do corpo.
Os neurônios e seus neurotransmissores
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Neuronutrição: Unindo teoria e prática
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Alguns exemplos de neurotransmissores e funções biológicas desempenhadas por eles:
SEROTONINA: Atua na regulação do humor e sensação de bem estar. Há evidências de
que ela atue na regulação do ritmo circadiano, sono e apetite.
ACETILCOLINA: Desempenha papel central na modulação de determinados processos
cognitivos, especialmente aprendizagem e memória. 
Bilhões de neurotransmissores trabalham constantemente para manter o
funcionamento do cérebro e podem afetar uma ampla variedade de funções físicas e
psicológicas, incluindo frequência cardíaca, sono, apetite, humor e medo. A
quantidade de neurotransmissores liberada entre dois neurônios ou na rede neural
pode aumentar ou diminuir para responder a mudanças fisiológicas. Muitos
transtornos neuropsiquiátricos ocorrem por conta desse desequilíbrio.
DOPAMINA: É o neurotransmissor da motivação. Além de regular o chamado
sistema de recompensa cerebral, regula o sono, humor, atenção, aprendizagem,
controle do vômito, dor e amamentação.
NORADRENALINA: Mantem os estados de atenção e alerta, influencia o humor,
ansiedade, sono e alimentação junto com a serotonina, dopamina e adrenalina.
Neurotransmissores e suas funções biológicas
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MELATONINA: melhora a qualidade do sono e atua na regeneração celular.
ENDORFINA: gera a sensação de bem estar e felicidade, reduz a depressão.
OCITOCINA: está envolvida na promoção de sentimentos como confiança, segurança,
gerando bem estar físico e emocional.
GABA: desempenha um papel importante na regulação da excitabil idade
neuronal. É o principal neurotransmissor inibitório, envolvido nos processos de
controle da ansiedade. É responsável pela sintonia f ina e coordenação dos
movimentos, e há relatos de que ele desempenhe importante papel na regulação
do tônus muscular. 
GLUTAMATO: Importante para o desenvolvimento neural, plasticidade sináptica,
aprendizado e memória, quando em quantidades adequadas, pois seu excesso pode ser
deletério, caracterizando um quadro denominado de excitotoxicidade glutamatérgica.
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
Cada neurotransmissor possui precursores e cofatores envolvidos em sua síntese. A
colina é precursora para a formação de acetilcolina e suas principais fontes
alimentares são ovos, fígado e soja (NutritionData, 2020). 
O ácido glutâmico é precursor do glutamato e as batatas são excelentes fontes
alimentares. A fenilalanina, precursora da dopamina, é encontrada na beterraba, soja,
ovos, amêndoas e cereais. O triptofano é precursor de serotonina e pode ser
encontrado em abundância nos ovos, carnes, laticínios e banana. Por fim, a tirosina,
necessária para a formação de noradrenalina, tem como principais fontes alimentares
o leite, carnes, peixes e hortaliças.
Nutrientes e formação de neurotransmissores
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A serotonina (5-HT) é um neurotransmissor com importante papel no sistema nervoso,
atuando na liberação de hormônios, regulação do sono, temperatura corporal, apetite,
humor, atividade motora e funções cognitivas. Alterações nas concentrações de 5-HT
ou problemas na sinalização com o receptor de serotonina têm sido relacionados a
distúrbios em quaisquer dessas funções.
Seu precursor é o aminoácido triptofano e a conversão do triptofano em serotonina
ocorre em duas etapas e depende de uma série de enzimas e cofatores enzimáticos. A
enzima triptofano hidroxilase (THP) é a principal enzima envolvida na primeira etapa,
sendo a responsável pela conversão do triptofano ingerido nos alimentos em 5-
hidróxi-L-triptofano (5HTP). Esta reação é dependente de um cofator chamado de
tetrabiopterina (BH4), a qual é um fator limitante para a produção de 5HTP e,
consequentemente, de serotonina. 
Você vai encontrar o triptofano: bananas, semente de abóbora, soja, grão-de-bico,
tâmaras secas, amendoins, leite, carne, peixe, peru e alimentos ricos em proteínas.
Além disso, a taxa de síntese de serotonina depende da disponibilidade do precursor
triptofano. Uma consideração importante para o entendimento dos efeitos da
administração do triptofano é que apenas cerca de 5% da serotonina endógena é
encontrada no cérebro; o restante está nointestino (cerca de 90%), liberado
principalmente pelas células enterocromafins, e no tecido periférico ou no sangue,
onde é absorvido pelas plaquetas sanguíneas (Abreu, 2021)
Serotonina
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Lindseth et al., (2015) indicaram que o aumento de triptofano na ingestão dietética
(10 mg/kg), resultou em menos depressão, ansiedade e melhora no humor quando
comparado a um baixo consumo na dieta (5 mg/kg). Sugerindo que os níveis de
neurotransmissores de serotonina no cérebro podem estar relacionados à quantidade
de triptofano ofertada na alimentação. 
Segundo Andrade et al., (2018) um estudo clínico randomizado, constatou que a
administração via oral da associação do L-triptofano, ômega 3, magnésio e vitaminas
do complexo B se mostrou tão eficiente quanto a administração do ômega 3 na
redução dos sintomas da ansiedade na amostra estudada.
Fica evidente a relação favorável que alimentos ricos em triptofano na liberação da
serotonina trazem benefícios para o transtorno de ansiedade, ressaltando assim, a
necessidade da inclusão de alimentos ricos em triptofano para prevenção e/ou
recuperação de diversas doenças físicas e mentais.
A segunda etapa da produção de serotonina depende da triptofano descarboxilase,
enzima também conhecida como dopa-descarboxilase, usada na síntese de dopamina e
noradrenalina. Esta enzima é dependente de vitamina B6, sendo a sua deficiência, um
fator limitante para a produção de serotonina.
Além das vitaminas do complexo B, o magnésio (Mg) está entre os minerais mais
importantes para o funcionamento cerebral, controlando os níveis de
neurotransmissores, como a serotonina.
Evidências científicas sugerem que o Mg pode melhorar a capacidade cognitiva,
reforçando o aprendizado e a memória. São boas fontes alimentares de Mg as
leguminosas como feijões, lentilha e grão de bico e os vegetais verdes escuros, como
brócolis e couve.
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Importante destacar também que a síntese de 5-MTHF pode ser comprometida pela
deficiência das vitaminas B6 e B2.
O ácido fól ico, uma vitamina do complexo B (vitamina B9), é essencial na dieta.
Sua absorção depende do zinco e da vitamina B12, e é inibida pelo álcool, sendo
este um dos fatores que explicam porque o álcool pode piorar a depressão. Após
sua absorção, o ácido fól ico é convertido em dihidrofolato (DHF),
tetrahidrofolato (THF) e, por f im, em 5-metil- tetrahidrofolato (5-MTHF),
forma na qual ultrapassa a barreira hematoencefál ica e, dessa forma, é capaz de
aumentar os níveis de BH4.
O BH4 não está envolvido apenas na produção de serotonina, ele é um fator chave para
a redução de outros neurotransmissores como dopamina e noradrenalina, todos
importantes para o equilíbrio do humor
Potencializar a produção de BH4 pode ser uma boa estratégia para o tratamento de
qualquer transtorno depressivo. Nesse contexto, um nutriente fundamental é o ácido
fólico, encontrado em abundância em vegetais verde escuros, como couve, brócolis e
espinafre. Quando a dieta não suprir tais necessidades, estudos tem mostrado que
umaexcelente forma de potencializar a produção da BH4 é através da suplementação de
5-metil-tetra-hidrofolato (5-MTHF), considerado a forma ativa do ácido fólico.
BH4 x Humor
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A DOPAMINA é um neurotransmissor envolvido
no controle motor, funções endócrinas,
cognição, compensação e emoção e desta forma
intimamente relacionado com o prazer. O
sistema dopaminérgico está relacionado com o
prazer oferecido por recompensas naturais
(alimentos) e artificiais (drogas). (Oak JN,
Oldenhof J, Van-Tol H. 2000)
A dopamina faz parte da família das catecolaminas de neurotransmissores,
juntamente com a norepinefrina e epinefrina. Neurônios dopaminérgicos que se
projetam da área tegmentar ventral para o Núcleo Accumbens (NAcc) são essenciais
na via de recompensa encefálica. (Standaert DG, Galanter JM., 2008)
O aminoácido fenilalanina é seu precursor e converte-se em tirosina que converte-se
em dopamina. As principais fontes alimentares de fenilalanina são beterraba, soja,
ovos, amêndoas e cereais.
Dopamina
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GABA - Ácido Gama-aminobutírico
O GABA é considerado um dos mais
importantes neurotransmissores indutores do
sono.
É um neurotransmissor inibidor do SNC, com
efeito calmante por sua atuação na regulação da
excitabilidade neuronal (Gou, Wang & Wang,
2012). Atua como estabilizador de ondas
cerebrais, através do aumento da produção de
ondas alfa, responsáveis por um estado mental
de tranquilidade, melhora do humor e redução de
irritabilidade.
Como consequência da promoção do sono de boa qualidade destacam-se o efeito
antioxidante, a homeostasia sináptica e o fluxo glinfático retardando a neurodegeneração,
comumente associada à privação e má qualidade do sono. Dessa forma, apresenta efeito
redutor de ansiedade e estresse. O estresse por sua vez, leva à redução das concentrações
de serotonina e aumento de adrenalina, noradrenalina e cortisol que, de forma crônica,
leva a uma série de consequências à saúde, dentre elas a má qualidade do sono, problemas
de memória e aprendizagem.
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CONTEÚDO DE FOLATO EM ALIMENTOS
Dentre as principais fontes de ácido fólico destacam-se o fígado, levedo de cerveja,
leguminosas e os vegetais verde-escuros, no entanto, o processo de conservação leva a
perda significativa dessa vitamina, cerca de 95%. Outras causas de deficiência de folato
são o uso de anticoncepcionais orais, metrotexate usado no tratamento da artrite
reumatoide, e a oxidação do folato por deficiência de vitamina C. 
Precursores e suas fontes alimentares
(Cozzolino, 2013)
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Precursores e suas fontes alimentares
CONTEÚDO DE PIRIDOXINA (B6) EM ALIMENTOS
(Cozzolino, 2013)
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CONTEÚDO DE RIBOFLAVINA (B2) EM ALIMENTOS (100G DE ALIMENTO)
Precursores e suas fontes alimentares
(Cozzolino, 2013)
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O chamado Sistema Nervoso Entérico (SNE), representa uma rede de neurônios
presentes desde o esôfago, passando pelo estômago e intestinos. Tais neurônios já
nascem com o indivíduo, o que fica evidenciado em recém-nascidos, porém evoluem
com o passar do tempo.
Dentre alguns dos efeitos dos neurônios presentes no TGI destacam-se o estímulo à
liberação de enzimas digestivas e suco gástrico, estímulo à passagem do alimento já
digerido para o intestino, detecção da presença de micro-organismos que tornaram o
alimento deteriorado e/ou contaminado e estímulo à expulsão do mesmo através do
vômito. 
No sistema digestivo humano existe cerca
de meio bilhão de neurônios e mais de 30
neurotransmissores (incluindo 50% de toda
a dopamina e 90% da serotonina presentes
no organismo), com o objetivo de controlar a
extração de energia dos alimentos. Porém,
estudos mais recentes têm demonstrado que
seu papel vai bem além, afetando direta e
indiretamente o comportamento e as
emoções. 
Intestino:
O segundo cérebro
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Também é função desses neurônios, o
controle da liberação de hormônios
responsáveis pelo controle da ingestão
alimentar, aumentando o apetite ou
estimulando a saciedade, bem como a
excreção dos resíduos, através das fezes.
Os estudos têm demonstrado que a microbiota intestinal é capaz de modificar
regiões do cérebro responsáveis pelo processamento das sensações, emoções e das
funções cognitivas. Reduçãoda atividade de regiões como a ínsula (estímulo da
fome) e do córtex somatossensorial (dos sentidos) e aumento das conexões
responsáveis pelo controle da dor e até mesmo do raciocínio (córtex pré-frontal).
Já a maior concentração em bactérias nocivas deixam subprodutos tóxicos
chamados lipopolisacarídeos que promovem redução na síntese e liberação de
dopamina, por exemplo.
A microbiota intestinal humana, composta por trilhões de micro-organismos,
especialmente bactérias (cerca de 300 diferentes espécies), atua na função
digestiva dos alimentos, mas apresenta papel profundo nessa relação intestino x
cérebro, através da modulação de neurotransmissores como o ácido gama-
aminobutírico (GABA) e a dopamina associados à ansiedade e depressão e
substâncias como a corticosterona, l igada ao estresse. 
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"Tanto o humor pode afetar o
sistema digestivo, quanto o
sistema digestivo pode afetar o
humor", é uma expressão usada
corriqueiramente por estudiosos
em neurogastroenterologia.
Estudos em animais, já demonstraram que o "transplante" de bactérias do intestino de
ratos que sofrem de ansiedade em ratos calmos, promoveram morte de bactérias
benéficas e os levaram a apresentar comportamento ansioso. Em humanos, o estímulo
da microbiota saudável a partir do uso de prebióticos, tiveram redução das
concentrações de cortisol e redução de sinais de ansiedade.
Os lactobacillus têm sido muito associados à saúde mental. Por serem
responsáveis pela manutenção da camada mucosa, em sua ausência, essa barreira
protetora que mantém as chamadas Tight junctions (junções intercelulares) se
enfraquece e aumenta a sua permeabilidade e consequentemente as respostas
inflamatórias, com consequências locais e para o Sistema Nervoso Central (SNC).
Intestino e Emoções
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A extensão energética e de nutr ientes pode afetar a função cerebral e é
diretamente proporcional à intensidade e à duração das deficiências nutr icionais e
pode levar a consequências futuras. Deficiências energéticas (gl icose) e de
proteínas, com destaque aos aminoácidos essenciais e micronutrientes, são
necessários para a formação das estruturas cerebrais, bem como para a manutenção
da saúde cerebral e mental.
No entanto, novos estudos têm mostrado que a ingestão excessiva pode também interferir
nas funções cerebrais e que a menor ingestão alimentar pode ser benéfica, bem como
momentos de restrição alimentar a exemplo do que ocorre no jejum intermitente (Time
restricted feeding).
Escassez de nutrientes x Excessos alimentares
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✔ O ácido graxo da família ômega-3 DHA (docosahexaenóico) é componente vital
das membranas celulares cerebrais. CAMILOet al 2022. 
✔ Evidências científicas têm demonstrado que é necessário adequar a oferta de
ácidos graxos na dieta. Aumentar a ingestão de ácidos monoinsaturados e poli-
insaturados do tipo ômega 3, diminuindo a razão de ingestão ômega 3:ômega 6 para
em torno de 1:4 e reduzir a ingestão alimentar de ácidos graxos trans e saturados
estão entre as recomendações mais importantes para que se possa obter melhores
resultados na função cerebral e também na prevenção de doenças
neurodegenerativas.
 
✔ Vale destacar que o consumo de ácidos graxos saturados e trans está ligado à
perda de memória de curto prazo e queda na disposição e bem estar geral. 
GORDURAS 
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
✔ Evite prescrever bebidas adoçadas com açúcares ou adoçantes artificiais que têm
efeito tóxico ao fígado e cérebro. Tais toxinas são capazes de danificar neurônios trazendo
prejuízos às funções cognitivas e promover alterações de humor.
✔ Estimulante psicoativo mais conhecido, resultando em maior alerta, excitação e
melhora do desempenho cognitivo. Age bloqueando a ação da adenosina, molécula
inibitória que atua nas vias relacionadas à promoção do sono.
✔ A cafeína pode ser protetora contra declínio cognitivo e demência, com efeito
mais forte identificado entre mulheres do que homens.
✔ Estudo de caso-controle e longitudinal de base populacional com períodos mais curtos
mostram efeitos favoráveis do consumo de café, chá e cafeína contra Doença de
Alzheimer. 
CAFÉ
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
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✔ Os vegetais crucíferos ou brássicas, como também são chamadas, são fontes de
vitamina K e magnésio, nutrientes fundamentais à saúde cerebral. 
✔ Destacam-se seu papel antioxidante, anti-inflamatório e antitumoral. Apresentam
efeito protetor contra doenças do SNC e melhora da função cognitiva e capacidade
cerebral.
✔ Além disso, são ricas em sulforafano, Dentre os efeitos protetores do
sulforafano, destacam-se seu efeito contra lesões cerebrais agudas e doenças
neurodegenerativas por meio da ativação de vias do Nrf2 (fator nuclear eritroide 2
relacionado ao fator 2), via de sinalização fundamental na defesa antioxidante, e
pela capacidade de regular a expressão de uma série de enzimas citoprotetoras.
CRUCÍFERAS
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
✔ Possuem alto teor de vitamina C e polifenóis (kaempferol, ácido gálico, ácido elágico,
ácido clorigênico, quercetina, catequinas, proantocianidinas, entre outros). As frutas
vermelhas vêm sendo consideradas alimentos ricos em fitoquímicos neuroativos, que atuam
como antioxidantes e como agentes anti-inflamatórios, condições presentes em inúmeros
distúrbios neurológicos e neurodegenerativos.
✔ O consumo regular de frutas vermelhas favorece a circulação e contribui para a fluidez
das membranas celulares. Além disso, melhoram as atividades cerebrais, conduzindo a
respostas mais rápidas.
✔ Dentre seus efeitos à saúde cerebral, destacam-se a proteção às células neuronais,
com efeitos benéficos na aprendizagem e memória. Algumas frutas vermelhas, como
mirtilo, açaí, fruto juçara, cereja e amora, são ricas em uma subclasse de flavonóides
conhecida como antocianidinas, que podem cruzar a barreira hematoencefálica e se
concentrar nas regiões de aprendizagem e memória como o hipocampo.
FRUTAS VERMELHAS
 A L I M E N T A N D O E X P E R I Ê N C I A S
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
✔ O consumo de suco de mirtilo durante 3 meses, por adultos com leve perda
cognitiva promoveu efeitos positivos na memória de trabalho e reduziu sintomas
depressivos. Os mecanismos de ação do extrato de mirtilo contra danos causados pela
inflamação, envolve a diminuição de mediadores inflamatórios através da modulação da
via de inflamação das células da micróglia.
✔ No entanto, poucos trabalhos demonstraram efeitos de curto prazo sobre a
melhora cognitiva, a partir do consumo de suco de frutas vermelhas com alto teor de
flavonóis, incluindo o mirtilo. Demonstrando que o consumo deve ser regular e
superior a 3 meses, para a obtenção de resultados mais efetivos.
FRUTAS VERMELHAS
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
✔ O tomate é uma das principais fontes alimentares de licopeno, um carotenóide natural
com poderoso efeito antioxidante.
✔ Além do seu forte poder antioxidante, o licopeno tem sido estudado por seu efeito
neuroprotetor ao prevenir proteinopatias, neuroinflamação, apoptose, edema cerebral e
disfunção sináptica.
✔ O licopeno também tem sido utilizado para atenuar os impactos prejudiciais de
neurotoxinas ambientais no cérebro e as consequências neuropatológicas do consumo de dieta
rica em lipídios, com destaque para os ácidos graxos oxidados.
✔ Devido à sua natureza lipofílica, o licopeno pode atingir o cérebro atravessando a
barreira hematoencefálica, estendendo assim seus promissores benefícios terapêuticos em
distúrbios neurológicos.O licopeno tem se destacado na restauração de alterações
comportamentais e fisiopatológicas associadas a distúrbios neurodegenerativos, condições
de epilepsia, envelhecimento e neuropatia.
TOMATE
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
✔ Fontes de proteína de alto valor biológico, inúmeras vitaminas como as do complexo
B, fundamentais para a saúde cerebral.
 
✔ Os ovos são uma excelente fonte de colina, precursor da acetilcolina, com papel
fundamental para o aprendizado e memória, atuando na etapa inicial chamada aquisição,
anterior à consolidação, etapa que ocorre durante o estágio 4 do sono (sono REM). A
acetilcolina é também um neurotransmissor que participa das vias relacionadas à promoção
da vigília e da formação e reparo de células cerebrais. 
OVOS
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
USO:
✔ A dose recomendada é de
3 xícaras de chá verde ao dia.
Atenção pois o chá verde
pode interferir na qualidade
do sono, de forma negativa.
Por isso, atenção para o
horário de ingestão na
prescrição do chá verde.
✔ Além dos efeitos sobre a memória e aprendizagem, o chá verde promove aumento
dos níveis de dopamina, juntamente com serotonina e GABA, com efeitos positivos
sobre o humor.
✔ Vários estudos têm sugerido que o chá verde melhora o funcionamento cognitivo.
No entanto, até agora, os mecanismos neurais subjacentes a estes benefícios ainda
não eram claros. O aumento da conectividade funcional do cérebro melhora o
desempenho da memória, em particular, sobre o trabalho de processamento da memória
no nível do sistema neural, sugerindo mudanças na plasticidade de curto prazo das
conexões cerebrais parieto-frontais.
L-TEANINA
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
As receitas apresentadas a seguir, são desenvolvidas a partir dos principais
nutrientes associados ao cérebro, destacando-se a presença de nutrientes com
potencial antioxidante e o teor de micronutrientes precursores de neurotransmissores.
Elaboramos um cardápio prático, nutritivo e fácil de ser aplicado no seu dia a dia
com sugestões associadas ao Cérebro util izando grande parte das receitas que
compõem esse l ivro.
A Alimentando Experiências desenvolveu uma legenda para identificar as receitas dos 6
sistemas corporais trabalhados em cada uma das Experiências Culinárias. Além disso,
utilizamos símbolos indicativos dos ingredientes que são utilizados. 
Venha conhecer e fazer parte dessa Experiência!
RECEITAS CÉREBRO
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
SUGESTÃO CARDÁPIO CÉREBRO
DESJEJUM
Café aromatizado
Crepioca com sementes
COLAÇÃO
Suco energizante
 
ALMOÇO
Salada verde com molho de abacate
Peixe dourado
Cuscuz de brócolis com tomates
confitados 
Sobremesa: sorvete nutritivo
 
LANCHE
Cookies de chocolate
Suco de chá verde com laranja
JANTAR
Tábua de torradas com patês coloridos
Frango com beldroega
Acompanhado de vinho
 
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
MERCEARIA
 
Café em pó – 250g
Sementes de cardamomo – 1 emb.
Tapioca (goma) ou far. grão de bico – 200g
Linhaça dourada – 150g
Farinha de linhaça – 300g (se preferir
comprar a linhaça e triturar)
Chá verde – 1 cx
Semente de girassol ou semente de abóbora
– 1 emb.
Mix de pimentas – 1 emb.
Pimenta do reino – 1 emb.
Azeite extra virgem – 500 ml
Mostarda Dijon – 1 vidro pequeno
Nozes picadas ou amêndoas tostadas – 60g
Aveia em flocos finos ou quinoa em flocos –
600g.
 
Experiência Culinária Cérebro
Curry ou cúrcuma em pó – 1 und
Papel alumínio – 1 rolo
Suco de uva integral – 1 garrafa 500ml
Chá preto – 1 cx
Farinha de trigo integral – 1 kg
Castanha de caju triturada – 150g
Açúcar mascavo – 200g
Fermento em pó – 1 pote peq.
Essência de baunilha - 1 frasco
Nibs de cacau – 150g
Feijão branco – 200g
Orégano – 1 emb.
Páprica doce – 1 emb.
Lata de sardinha em óleo (125 g) - 1 und 
Sal 
LISTA DE COMPRAS COM AS
RECEITAS DO E-BOOK
CÉREBRO
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
Experiência Culinária Cérebro
LISTA DE COMPRAS COM AS
RECEITAS DO E-BOOK
CÉREBRO
HORTIFRUTI
 
Ovos (3 und)
Abacaxi – 1 und
Alface – 1 und
Abacate – 1 und
Limão – 4 und
Alho – 1 cabeça 
Brócolis ninja grande – 1 und 
Tomate cereja – 4 caixas 
Alecrim – 2 ramos
Banana madura – 2 und
Laranja – 1 und
Tomate – 2 und
Beterraba – 1 und
 
REFRIGERADOS
 
Iogurte desnatado - 1 pote
Manteiga - 1 und
 
CONGELADOS
 
Filés de pescada ou tilápia (4 filés) – 500g
Filés de peito de frango (4 filés) – 600g
 
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BENEFÍCIO
CÉREBRO
BENEFÍCIO SAÚDE 
DA MULHER
BENEFÍCIO
ESTÉTICO
BENEFÍCIO
CARDÍACO
SEM 
AÇÚCAR
SEM
OLEAGIINOSAS
BENEFÍCIO SAÚDE 
DO HOMEM
SEM
SOJA
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTEOS
BENEFÍCIO SAÚDE 
INTESTINAL
SEM
 LACTOSE
LIVRE DE 
GORDURA TRANS
FIQUE ATENTO AS INDICAÇÕES EM NOSSAS RECEITAS
CO
NTÉMPANC
INGREDIENTES:
2 colheres (sopa) de pó de café;
Sementes de cardamomo (a quantidade dependerá do seu gosto).
MODO DE PREPARO:
Adicione as sementes de cardamomo ao pó de café e prepare como de costume.
BENEFÍCIO
CÉREBRO
CAFÉ AROMATIZADO
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
INGREDIENTES:
2 ovos batidos;
2 colher de sopa de tapioca ou 2 colheres de sopa
de farinha de grão de bico; 
sal a gosto;
 1 colher de sobremesa de linhaça;
1 colher de sobremesa de semente de girassol ou
abóbora (ou a mistura das duas);
MODO DE PREPARO:
Misture em um bowl (vasilha) os ovos, a goma
de tapioca (ou farinha de grão de bico) e o sal. 
Coloque a mistura em uma frigideira
antiaderente. Após espalhar a massa, adicione
as sementes de linhaça e girassol (ou
abóbora) sobre a mesma e espere até
cozinhar.
CREPIOCA COM SEMENTES
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM
 LACTEOS
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
MODO DE PREPARO:
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Dica: Utilize o abacaxi congelado.
INGREDIENTES:
200ml de chá verde (temperatura ambiente ou frio) 
1 fatia grande de abacaxi
Mix de pimentas moída na hora
SUCO ENERGIZANTE
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM
SOJA
SEM 
GLÚTEM
SEM
SOJA
SEM
 LACTEOS
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM 
OLEAGIINOSAS
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
1 maço de alface
½ abacate
4 colheres de sopa de azeite extra virgem
2 colheres sobremesa mostarda Dijon
Suco de 1 limão
1 dente de alho
1 colher de chá de sal marinho
½ copo de nozes picadas ou amêndoas tostadas
INGREDIENTES:
 
MODO DE PREPARO:
Lave e rasgue a alface e coloque em uma tigela grande. Junte o abacate e o azeite no processador de alimentos
e misture até ficar homogêneo. Adicione os ingredientes restantes e processe novamente. Misture o molho com
a alface. Em uma frigideira, toste as nozes picadas por 3 minutos em fogo baixo ou até ficarem douradas. 
Sirva as nozes ou amêndoas em cima da salada.
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM
 LACTEOS
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
SALADA VERDE COM MOLHO DE ABACATE
PEIXE DOURADO
INGREDIENTES:
4 filés de pescada ou tilápia
Marinado de limão, sal e pimenta do reino moída na hora 
2 xícaras de linhaça dourada triturada (ou farinha de linhaça) 
2 xícaras de aveia em flocos finos ou quinoa em flocos 
Curry ou cúrcuma em pó 
1 pote de iogurte desnatado 
Azeite 
sal a gosto
Papel-alumínio 
MODO DE PREPARO:
Tempere os filés de pescada e deixe marinar por, no mínimo, 2 horas. Misture ao iogurte o curry ou
cúrcuma. 
Passe os filés na mistura de iogurte e depois na mistura da farinha de linhaça dourada com a aveia em
flocos ou quinoa. Unte um tabuleiro forrado com papel-alumínio, com azeite e asse em forno (180°C)
até dourar.
BENEFÍCIO
CÉREBRO
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM 
AÇÚCAR
SEM
SOJA
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
INGREDIENTES:
1 brócolis ninja grande
2 dentes de alho
2 colheres (sopa)de azeite
Sal a gosto
MODO DE PREPARO:
Descasque os dentes de alho. Descarte as folhas e a base grossa do talo do brócolis. Corte o brócolis em floretes
médios, de cerca de 3 cm – para ficar mais fácil, vire o brócolis de cabeça para baixo e vá cortando os floretes pela
base. Reserve os talos para outra preparação (você pode fazer uma sopa).
Lave os floretes em água corrente e seque bem com um pano de prato. Coloque metade dos floretes no processador,
junte um dente de alho e bata até ficar com a textura de cuscuz marroquino. Transfira para uma tigela e repita com o
restante do brócolis e alho.
Leve uma panela média ao fogo baixo. Quando aquecer, regue com o azeite, coloque o brócolis processado e tempere
com sal. Deixe cozinhar por 10 minutos, mexendo de vez em quando, até o cuscuz ficar macio e úmido.
CUSCUZ DE BRÓCOLIS
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM
 LACTEOS
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
SEM 
OLEAGIINOSAS
INGREDIENTES:
2 caixas de tomate cereja
2 dentes de alho
1 ramo de alecrim
200ml de azeite de oliva
Sal e pimenta do reino a gosto
Se preferir, pode levar ao forno, à temperatura de 150 a 160ºC, por 50 minutos.
MODO DE PREPARO:
Coloque todos os ingredientes numa frigideira e leve ao fogo baixo por 50 minutos. Mexa de
vez em quando. Importante: não deixar ferver! 
TOMATES CONFITADOS
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM
 LACTEOS
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
SEM 
OLEAGIINOSAS
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
INGREDIENTES:
2 bananas maduras congeladas; 
2 colheres de sopa de linhaça 
100ml de suco de uva; 
MODO DE PREPARO:
Deixe a linhaça de molho em 100ml do suco de uva por pelo menos 4 horas; e mantenha as bananas
congeladas. Após este tempo, bata tudo no liquidificador e está pronto para ser servido!
SORVETE DE LINHAÇA
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM
 LACTEOS
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
BENEFÍCIO
CÉREBRO
INGREDIENTES:
4 colheres de sopa de chá preto
1 litro de água
rodelas de laranja a gosto
MODO DE PREPARO:
Leve ao fogo uma chaleira com 1 litro de água para aquecer. Quando começar a ferver, desligue e acrescente as
colheres de chá preto. Deixe em infusão entre 8 a 10 minutos. 
Coe e deixe esfriar.
 Numa jarra, coloque as rodelas de laranja e o chá preto.
ÁGUA AROMATIZADA COM CHÁ PRETO E LARANJA
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM 
AÇÚCAR
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
INGREDIENTES:
100g de manteiga
1 xícara (chá) de farinha de trigo integral
1 xícara (chá) de aveia em flocos
 1 xícara (chá) de castanha de caju triturada
1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 ovo
Nibs de cacau
MODO DE PREPARO:
Retire a manteiga da geladeira ou a coloque no micro-ondas para amolecer. Pré aqueça o forno a 180ºC e unte
uma assadeira com óleo. Numa tigela, misture a farinha de trigo, a aveia, a castanha de caju triturada, o açúcar
mascavo e o fermento. Misture bem. Junte a manteiga e misture até obter uma farofa úmida. Por último,
acrescente o ovo e a essência de baunilha. Com as mãos, faça bolinhas e, com a palma das mãos, pressione
ligeiramente. Transfira para a assadeira, deixando espaço entre os cookies, e decore com os nibs de cacau (3 a 4
nibs por unidade). Leve a assadeira ao forno (que já está pré-aquecido) e deixe assar por 30 minutos.
COOKIES DE CHOCOLATE
BENEFÍCIO
CÉREBRO
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
MODO DE PREPARO:
Cozinhe e escorra o feijão branco;
Aqueça rapidamente o tomate picado com o azeite e 1 dente de alho picado Liquidifique esta mistura com o
feijão até formar uma pasta
Por último adicione o azeite e tempere a gosto
INGREDIENTES:
1 xícara de feijão branco cozido
2 tomates cortado em cubos grandes1 colher de sopa de azeite (para o preparo)
2 colheres de sopa de azeite extra virgem (para adicionar por cima)
1 dente de alho 
sal à gosto
pimenta do reino à gosto
Experiência Culinária Cérebro
PATÊ DE FEIJÃO BRANCO
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM
 LACTEOS
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM
SOJA
SEM 
OLEAGIINOSAS
4 filés de peito de frango
300g tomate cereja
200 g de beldroega 
½ colher de sopa de sal
2 colheres de manteiga
½ colher sopa de páprica doce
INGREDIENTES:
 MODO DE PREPARO:
Em um bowl misture a páprica, orégano, sal, alecrim, pimenta do reino e azeite de oliva.
Pegue os filés de peito de frango e disponha-os em uma tábua de corte e despeje o molho de condimentos sobre eles. Misture o
molho com as mãos para fixar bem. Se o tempero estiver muito seco, acrescente mais azeite de oliva. Caso não esteja
avermelhado, adicionar mais páprica. Após temperar os filés, pré-aqueça o forno (180°C).
Coloque uma frigideira (preferência antiaderente) no fogo alto e derreta a manteiga. Quando a manteiga derreter, coloque os
filés de frango e frite-os dos 2 lados até ficarem bem dourados. Após, em uma travessa, coloque os filés , o limão cortado em 4
partes, a beldroega e os tomates cereja. Acrescente um fio de azeite de oliva, uma pitada de sal, orégano e pimenta do reino
(opcional). Coloque a travessa no forno pré-aquecido por 15 minutos, ou até os tomates abrirem com o calor.
BENEFÍCIO
CÉREBRO
LIVRE DE
GORDURA TRANS
SEM 
AÇÚCAR
SEM 
GLÚTEM
SEM
SOJA
FRANGO COM BELDROEGA
CO
NTÉMPANC
1 limão
Azeite de oliva
1 colher de sopa de orégano
Alecrim fresco a gosto
Pimenta do reino (opcional)
INGREDIENTES:
1 beterraba média
1 lata de sardinha em óleo (125 g)
1 colher (sopa) de azeite
caldo de ½ limão
sal e pimenta-do-reino moída na hora
MODO DE PREPARO:
Lave, descasque e corte a beterraba em 4
pedaços. Transfira para uma panela pequena,
cubra com água e leve ao fogo alto. Quando
ferver, diminua o fogo e deixe cozinhar por
cerca de 20 minutos, até ficar macia.
Enquanto a beterraba cozinha, abra a lata de
sardinhas, escorra o óleo e transfira os filés
para a tábua. Abra cada um ao meio e descarte
as espinhas. Assim que estiver cozida, passe a
beterraba por uma peneira e deixe escorrer bem
a água. No processador junte a beterraba
cozida, as sardinhas, o azeite e o caldo de
limão. Bata bem por 2 minutos, até ficar liso.
Prove e tempere com sal e pimenta do reino a
gosto. 
Dica: Leve à geladeira para esfriar antes de
servir.
Experiência Culinária Cérebro
PATÊ DE BETERRABA COM SARDINHA
BENEFÍCIO
CÉREBRO
SEM
SOJA
SEM 
GLÚTEM
SEM
 LACTEOS
SEM
 LACTOSE
SEM 
AÇÚCAR
SEM 
OLEAGIINOSAS
I n s t i t u t o C i c l o s E n s i n o
Bibliografia
Aplicando a Neuronutrição: Unindo teoria e prática
Abreu, F. (2021). Detalhamento sobre o triptofano e sua importância no combate aos agentes que levam à depressão: Avaliação sobre
o produto Triptolife: Details about tryptophan and its importance in combating agents that lead to depression: Evaluation of the
triptolife product. CPAH Scientific Journal of Health, 1(3), 130-141.
Araújo, A. D. S. F., Vieira, I. N. U., Silva, J. N. F. D., Faria, S. P. D., Nunes, G. L., Khouri, A. G., & Silveira, A. A. D. (2020).
Avaliação do consumo alimentar em pacientes com diagnóstico de depressão e/ou ansiedade. Referências em Saúde da Faculdade
Estácio de Sá de Goiás-RRS-FESGO, 3(1).
Andrade, E. A. F., Sant'Anna, L. C., de Castro Almeida, N., Venturi, I., Brustulim, L. J. R., & D’Almeida, W. O. (2018). L-
Triptofano, ômega 3, magnésio e vitaminas do complexo B na diminuição dos sintomas de ansiedade. Id on Line Revista de Psicologia,
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Camilo H S, M.; RODRIGUES, L. C. .; ANTUNES R F, A. . The importance of acid docosahexaenoic (DHA) in pregnancy and child
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http://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/379. Acesso em: 23 jan. 2023.
Cozzolino, S M F. Biodisponibilidade de Nutrientes. Barueri: Manole. 2013.
Gou, Z., Wang, X., Wang, W., 2012. Evolution of neurotransmitter gammaaminobutyric acid, glutamate and their receptors.
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Love S. Post mortem sampling of the brain and other tissues in neurodegenerative disease. Histopathol 2004;44:304-17.
http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2559.2004.01794.x
Hou Y, Dan X, Babbar M, Wei Y, Hasselbalch SG, Croteau DL, et al. Ageing as a risk factor for neurodegenerative disease. Nat Rev
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NutritionData. Foods highest in choline. Disponível em: < https://nutritiondata.self.com/foods-000144000000000000000-
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Oak JN, Oldenhof J, Van-Tol H. The dopamine D4 receptor: one decade of research. Eur J Pharmacol 2000; 405: 303--307
Standaert DG, Galanter JM. Farmacologia da Neurotransmissão Dopami-nérgica. In: Golan DE, Tashjian-Jr AH, Armstrong EJ,
Armstrong AW. Princí-pios de Farmacologia - A base fisiopatológica da terapêutica, 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
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https://repositorio.usp.br/result.php?filter[]=author.person.name:%22Cozzolino,%20Silvia%20Maria%20Franciscato%22
https://nutritiondata.self.com/foods-000144000000000000000-1w.html
Queremos que este e-book seja fonte de informação e
conhecimentos técnico-científicos e práticos sobre Cérebro e
Nutrição e te inspire a diversificar seu cardápio do dia a dia
com preparações saborosas, práticas, nutritivas e bonitas.
Esperamos que possa desfrutar essa nova experiência!
Grande abraço.
Aline Salami, Patrícia Acioly, 
Roberta Caetano e Roberta Juliano
 
institutociclosoficial
www.insitutociclosensino.com.br