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SISTEMA URINÁRIO COMPOSIÇÃO • Rim • Ureter • Bexiga • Uretra ANATOMIA • Rim direito mais cranial do que esquerdo • Artéria e veia renal – irrigam e fazem o retorno venoso • Ureter corre mais medial, não é tão lateral, corre mais medial ao abdômen, se insere na bexiga e logo depois temos a uretra DIFERENÇA ENTRE ESPÉCIES E RAÇAS CÃES Em cães temos uma parte da uretra que passa por DENTRO da prostrada, chamada de uretra prostática. Uretra prostática: Diâmetro menor e mais longa + presença do osso peniano = maior indecência de cálculos. GATOS MACHOS A uretra é mais curta comparada a do cão. O pênis sai perto dos testículos e a uretra faz uma curvatura, importante ser lembrada no momento da sondagem (pode ocorrer ruptura). CADELAS E GATAS Em cadelas a uretra é mais espessa e curta, sendo assim os cálculos saem com mais facilidade devido ao seu calibre. RIM AFECÇÕES RENAIS • Cálculos renais • Obstruções = hidronefrose • Neoplasias • Parasitas renais = dioctophyma renale Dependendo do problema usamos uma técnica mais adequada. TÉCNICAS • Nefrotomias = abrir o rim e fechar • Nefrectomias = retirar um dos rins • Pielolitotomia = incisão em cima da pelve renal • Nefrolitotomia = abertura do rim para retirar cálculo NOMENCLATURAS • Nefrólito = Cálculo no rim • Nefrolitiase = Paciente que apresenta cálculo renal (diagnóstico) CÁLCULOS RENAIS • <5% da casuística de urolitíase (cálculo em sistema urinário) • É uma doença clinicamente silenciosa ou com sintomas inespecíficos: hematúria • Pode causar infecção secundária (pielonefrite) causando do • Causa dano ao parênquima renal dependendo do tamanho do cálculo TÉCNINCA USADAS Não é comum a retirada de nefrolitíase, é feito apenas em casos em que o cálculo causa um prejuízo importante no parênquima renal. NEFROTOMIA 1. Necessário clampear a artéria renal e veia renal 2. Cortar o polo concavo do rim, retirar o cálculo 3. Suturar = sutura continua com fio absorvível A nefrotomia causa lesão ao órgão devido a isquemia (clampear artéria e veia, lesão do corte e lesão para retirar o urólito). Devido a isso não é feita rotineiramente, apenas em casos específicos. PIELOTOMIA 1. Incisão em pelve renal 2. Retirado do cálculo 3. Sutura Para que a cirurgia seja feita a pelve renal DEVE estar dilatada (vistas pelo ultrassom), caso não esteja podemos atingir artéria e veia renal. A dilatação de pelve renal pode evoluir para pielonefrite, uma vez que o acúmulo de urina serve de meio de cultura. POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES • Insuficiência renal causa pela lesão renal cirúrgica e pela isquemia (oclusão vascular) – mais comum na nefrotomia do que na pieolotomia • Hemorragia – devido artéria e veia renal (vascularização) • Uroperitonio • Estenoses de pelve renal • Obstruções secundárias a estenose e consequentemente hidronefrose NEFRECTOMIA • Retirar total de um dos rins • Feita em casos de: o Neoplasias renais o Hidronefrose – descobrir a causa o Destruição parasitária – verme renal TÉCNICA 1. Ligar vaso = artéria e vela renal 2. Divulsionar o rim que está localizado na espaço retroperitoneal 3. Ligadura em ureter – perto da inserção da bexiga 4. Retirar o rim e ureter DICTOPHYMA RENALE • Presente em peixes • Cães com hábitos de comer alimentos crus (peixes) e habito de comer coisas “estranhas”- sapos, minhocas • Pode acometer gatos, mas é muito mais comum em cães • Viram hospedeiros definitivos • Liberam ovos pela urina • O verme se instala preferencialmente no rim direito dos cães • Anelódeos são os hospedeiros intermediários necessários para maturação do verme • O verme causa lesão grave no parênquima renal a medida que cresce (pode chegar a 1 cm). • O rim fica oco, perde o parênquima renal • Há casos que o verme destrói o rim e fica solto no abdômen • Diagnóstico: USG e urinálise • Tratamento: nefrectomia URETER AFECÇÕES MAIS COMUNS • Cálculos ureterais – comum em gatos • Traumas – comum em animais atropelados • Neoplasias – não é tão comum, mas acontece • Ectopia – Ureter ectópico congênito TÉCNICAS UTILIZADAS • Ureterotomias = incisão do ureter • Ureterorrafias = sutura do ureter • Reimplantação = em casos de ureter ectópico • Ureterolitotomia = Retirada de cálculo do ureter TRATAMENTO DE URETEROLITIASE EM GATOS (UROLITÍASE EM URETER) TRAMAMENTO CLÍNICO 1. Prasozina: Dilata a musculatura do ureter 2. Fluidoterapia: Estimular a diurese 3. Rawatinez: Fitoterápico que atua como lubrificante 4. Manitol: Estimula diurese – paciente precisa de internação O tratamento clínico é feito com o objetivo de que o urólito presente no ureter se desloque para bexiga. O paciente deve ser acompanhado durante todo tratamento clínico para ver se ele está respondendo ao tratamento ou piorando o quadro a fim de indicar procedimento cirúrgico se necessário. O cálculo em ureter pode causar obstrução, sendo assim precisamos acompanhar. ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO CLÍNICO 1. Quando há obstrução parcial e temos controle da dilatação de pelve e da função renal – tudo bem 2. Quando função renal começa a ficar deficiente e temos dilatação de pelve cada vez maior – indica que tratamento clínico não está dando resultado e portanto, o tratamento deverá ser cirúrgico, 3. Quando houver obstrução total do ureter – tratamento deverá ser cirúrgico 4. Devemos fazer ultrassons diários durante o tratamento clínico TRATAMENTO CIRURGICO Indicado nos seguintes casos: • Obstrução total do ureter • Aumento da dilatação de pelve • Piora da função renal BY-PASS (SUB) – Gatos Dispositivo composto de: • 1 cateter renal que ficara no rim + • 1 cateter que ficara na bexiga + • 1 dispositivo de titânio que fica no subcutâneo – podemos retirar urina por ele e fazer a lavagem do dispositivo • O dispositivo fica durante a vida todo na gato Basicamente fazemos um novo caminho para urina que está nos rins chegar na bexiga por meio do by-pass. Em casos de dilatação importante de ureter, podemos fazer ureterotomia + by-pass. O dispositivo deve ser lavado a cada 3 a 6 meses para evitar obstrução do dispositivo. Para fazer a lavagem devemos furar o dispositivo que está localizado no subcutâneo com um agulha especial e nele ejetar fluido, sempre acompanhado de USG durante todo procedimento. COMPLICAÇÕES BY-PASS (SUB) • Vazamentos • Infecções do implante • Obstrução • Disúria • Migração do implante DUPLO J (estente ureteral) – Cães • Procedimento comumente feito em cães. É um cateter fenestrado que é colocado dentro do ureter do cão, uma extremidade fica na pelve renal e outra extremidade na bexiga. • Para retirar o duplo J podemos fazer por cistoscopia ou cistotomia. • O duplo J é passado em cães com auxilio de um guia mais firme, já que o duplo j é mais maleável. Devemos tomar cuidado pois esse guia pode romper o ureter e o parênquima renal. • O duplo J deve ser retirado em cerca de 20 a 30 dias após sua inserção, uma vez que é um corpo estranho dentro do ureter. Basicamente fazemos a ureterotomia para retirada de cálculo e logo após colocamos o DUPLO J com objetivo de evitar a estenose do ureter (problema comum) e após 20 a 30 dias esse duplo j é retirado através ada cistotomia ou cistoscopia. COMPLICAÇÕES DUPLP J • Vazamentos • Infecções do implante • Obstrução do cateter • Migração do implante URETEROTOMIA 1. Estrutura pequena que fica dilatada com há obstrução 2. O corte é feito longitudinal 3. Retirada de cálculo 4. Fechamento pode ser feito como na foto: Caso A ou B 5. Sutura simples separada com fio absorvível 6. Deve sempre deve ser colocado duplo J após ureterotomia em cães URETER ECTÓPICO • Congênito • Pode ter outras anomalias associadas com incompetênciado esfíncter uretral e consequentemente causando hipoplasia vesical • Os animais podem ser incontinente urinário dependendo da inserção do ureter ectópico • Locais de inserção: o INTRAMURAL: Está dentro da parede da bexiga e se insere em local que não o trígono vesical, podendo ser: vagina, uretra e útero o EXTRAMURAL: Está fora da parede da bexiga e se insere em local que não o trígono vesical no a uretra • Pode ser uni ou bilateral • O diagnóstico é feito pela cistoscopia ou tomografia • Animal jovem com incontinência urinária devemos pensar em ureter ectópico, cistite • O tratamento é cirúrgico apenas BEXIGA PATOLOGIAS FREQUENTES • Persistência do úraco • Rupturas • Cálculos vesicais • Pólipos • Neoplasias ANATOMIA • A parte “nobre” da bexiga fica na região dorsal: inserção de ureter, nervos e vascularização (trígono vesical) • Lesões ou neoformações na região dorsal são mais graves e trazem maiores complicações ao paciente pois causam lesão nas estruturas importante da bexiga PERSISTENCIA DO ÚRACO • Uraco é uma estrutura embrionária que comunica a vesícula urinária em desenvolvimento ao umbigo e saco alantoide • Regride á medida que se completa o desenvolvimento do feto • Ao nascimento ele perde a função e a urina passa a ser totalmente excretada pela uretra • No caso de persistência o uraco permanece após ao nascimento, mantendo a ligação da bexiga com o umbigo, o que causa secreção de urina pelo umbigo do animal • Forma saculação cranial da bexiga, fazendo com que a bexiga não se esvazie por completo, podendo predispor a cistites • A correção é cirúrgica com cistectomia fechando a comunicção CÁLCULOS • Maior incidência de afecção do sistema urinário • Apresentam números, tamanhos e formas diferentes • Os cálculos podem ser radiopacos ou radiotranspartente • Diagnóstico: Raio-x e ultrassom • Urólito na bexiga predispõem a infecções – necessário urinálise antes de fazer cistotomia para saber se tem infecção associada • Cálculos pequenos com risco de obstrução: Indicado cistotomia para retirada • Paciente assintático de apenas um cálculo grande que não obstrui: pode acompanhar e tratamento cirúrgico indicando apenas quando apresentar sintomatologia • Em pacientes com cistite necessário tratar a cistite primeiro, diminuir inflamação para só depois fazer a cistotomia CISTOTOMIA • Isolar a bexiga do abdômen: evitar extravasamento • Pontos de ancoragem: segurar a bexiga • Corte no sentido das fibras da bexiga – longitudinal • Retirar cálculos • Lavagem da bexiga: sondagem da uretra a lavagem com soro sob pressão para enviar possíveis cálculos para bexiga novamente (hidropropulsão retrograda) – extrema importância lavar diversas vezes para que não reste NENHUM cálculo, uma vez que é a complicação que mais ocorre. • Sutura dupla com uma delas invaginante com fio absorvível: cães maiores • Sutura em pontos simples interrompido em fio absorvível: gatos e cães pequenos CASO CLÍNICO Cão obstruído chega na clínica, qual procedimento deve ser feito? Sondagem uretral do paciente (hidropropulsão retrograda) empurrando calculo para bexiga, fixação da sonda para o paciente urinar e o cálculo não voltar a obstruir a uretra até o momento do procedimento cirúrgico. CAI NA PROVA COMPLICAÇÕES • Restar cálculos – 14% a 41% • Uroperitoneo • Novos cálculos • Aderencias • Redução do lúmen temporário – 14 a 21 dias para recuperação total RUPTURAS • Geralmente por trauma, mas pode ocorrer por cistocentese e necrose por tumor de bexiga • Caso tenha líquido livre em cavidade abdominal – coletar o liquido e enviar para análise. Coletar exame de sangue e pedir análise pareada de ureia a creatinina entre sangue e liquido livre. Se a ureia e creatinina do líquido for maior que o do sangue é uroperitoneo. • Diagnóstico: raio-x contrastando, dosagem comparada creatinina e ureia do sangue e liquido livre e histórico
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