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Concepção e Formação do Ser Humano - Problema 3 - Fisiologia dos ovários, ovogênese e ciclo menstrual

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1. Discutir a histologia e fisiologia dos ovários
2. Debater a ovogênese
3. Compartilhar acerca do ciclo menstrual
a) Ovário útero
b) Hormônios sexuais
c) Mamas
d) Menarca
4. Relacionar ciclo menstrual x ciclo sexualidade
a) controle (método e acompanhamento)
5. Elucidar o período fértil
6. Debater a importância da ida regular ao ginecologista
1 e 2
OVÁRIOS
O epitélio superficial que os recobre, denominado epitélio germinativo, é uma modificação do
mesotélio do peritônio. Este epitélio cuboide simples era considerado como a origem das células
germinativas; embora hoje em dia se saiba que isso não é verdade, o nome persiste. Entre o córtex
e o epitélio se encontra a túnica albugínea, uma cápsula de tecido conjuntivo denso não
modelado, pouco vascularizada. Cada ovário é subdividido em um córtex, altamente celularizado,
e uma medula, constituída principalmente por tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado.
Córtex Ovariano
O córtex ovariano é constituído por um estroma de tecido conjuntivo que contém os folículos
ovarianos em vários estágios de desenvolvimento. As células germinativas primordiais migram
para as cristas gonadais para povoar o córtex dos ovários em desenvolvimento. Nas cristas, elas
continuam a sofrer divisões mitóticas até próximo ao final do 5º mês fetal. Neste período, cada
ovário contém cerca de 5 milhões a 7 milhões de ovogonias. Cerca de 1 milhão de ovogonias
tornam-se envolvidas por células foliculares e sobrevivem até a época do nascimento. As
ovogonias restantes não formam folículos. Em vez disso, elas sofrem atresia.
Início da Puberdade
Antes do início da puberdade, todos os folículos do córtex ovariano estão no estágio de folículo
primordial. O hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) desempenha a função principal no
processo que dá início à puberdade. A liberação pulsátil de GnRH resulta em uma liberação pulsátil
similar de gonadotrofinas (FSH e LH).
Folículos Ovarianos
Os folículos ovarianos estão envolvidos pelo estroma e são constituídos por um ovócito primário e
por células foliculares associadas a ele. As células foliculares, semelhantes ao epitélio germinativo,
são derivadas do epitélio mesotelial. Existem dois estágios para o desenvolvimento dos folículos:
Folículos primordiais e folículos em crescimento, que se dividem em primários(unilaminares e
multilaminares), secundários(antrais) e de Graaf(maduros). 
O desenvolvimento dos folículos primários é independente do FSH. A diferenciação e a
proliferação das células foliculares são induzidas por fatores locais ainda não caracterizados,
provavelmente secretados pelas células foliculares do ovário. Entretanto, os folículos secundários
e os subsequentes estão sob a influência do FSH.
Folículos Primordiais
Os folículos primordiais, constituídos por uma única camada de células foliculares pavimentosas
que envolvem o ovócito primário, estão separados do estroma ovariano por uma membrana basal.
São abundantes antes do nascimento, após o qual eles se tornam menos numerosos. O folículo
primordial é constituído por um ovócito primário, circundado por uma única camada de células
foliculares pavimentosas. O ovócito primário está parado na fase de prófase da meiose I(sob
influência da substância inibidora de meiose produzido pelas células foliculares).
Folículos Primários
O ovócito primário cresce, as células foliculares tornam-se cuboides. Enquanto uma única camada
de células foliculares cúbicas circunda o ovócito, o folículo é denominado folículo primário
unilaminar. Quando as células foliculares proliferam e se estratificam o folículo passa a ser
denominado folículo primário multilaminar. Essa camada estratificada é a camada da granulosa.
Durante este estágio, aparece uma camada acelular, composta por uma substância amorfa (a zona
pelúcida), que separa o ovócito das células foliculares que o envolvem. Os prolongamentos das
células foliculares invadem a zona pelúcida, entram em contato com a membrana plasmática do
ovócito e formam junções comunicantes.
As células do estroma começam a se organizar ao redor do folículo primário multilaminar
formando a teca interna, ricamente vascularizada, e a teca externa (células do estroma sem
maiores modificações). A teca interna produz o hormônio sexual masculino androstenidiona, que
penetra na camada granulosa, onde é convertido pela enzima aromatase no estrógeno estradiol. A
granulosa está separadas da teca interna por uma lâmina basal.
Folículos Secundários (ou Antrais)
O folículo primário multilaminar continua a desenvolver-se e a aumentar de tamanho. Espaços
intercelulares formam-se dentro da camada granulosa, que se tornam preenchidos com o líquido
folicular. Quando há líquido folicular, ele passa a ser denominado folículo secundário ou antral. A
continuação da proliferação das células da camada granulosa do folículo secundário depende do
FSH. Sob a influência do FSH, o número de camadas de células da camada granulosa aumenta,
assim como o número de espaços intercelulares contendo fluido folicular. Este fluido contém os
hormônios progesterona, estradiol, inibina, foliostatina (foliculostatina) e ativina, os quais regulam
a liberação de LH e FSH. Por sua vez, o FSH estimula as células da camada granulosa a produzirem
receptores para LH.
As células cuboides baixas da camada granulosa afastam-se levemente do ovócito, mas seus
prolongamentos permanecem dentro da zona pelúcida. Esta camada simples de células granulosas
envolvendo o ovócito primário é denominada coroa radiada (corona radiata).
A maioria dos folículos que alcança este estágio de desenvolvimento sofre atresia, poucos folículos
secundários continuam seu desenvolvimento, transformando-se em folículos maduros.
Folículos De Graaf (Maduros)
A continuação da proliferação das células da camada granulosa e da formação do líquido folicular
resulta na formação de um folículo De Graaf (maduro). A continuação da formação do líquido
folicular leva o ovócito primário, a coroa radiada e as células foliculares associadas a se separarem
da sua base, passando a flutuar livremente no líquido folicular.
Ovulação
Por volta do 14º dia do ciclo menstrual, os estrógenos produzidos principalmente pelo folículo de
Graaf em desenvolvimento, mas também pelos folículos secundários, provocam elevação dos
estrógenos sanguíneos a níveis suficientemente altos para causar os seguintes efeitos:
Uma inibição por feedback negativo interrompe a liberação de FSH.
Uma quantidade elevada de LH é liberada repentinamente.
Esse pico de LH é responsável por liberar a substância indutora de meiose, o ovócito primário do
folículo De Graaf retoma e completa sua primeira divisão meiótica, levando à formação de duas
células-filha, o ovócito secundário e o primeiro corpúsculo polar. Esse primeiro corpúsculo polar é
constituído por um núcleo envolvido por uma pequena faixa de citoplasma devido à distribuição
irregular do citoplasma. O ovócito secundário recém-formado entra na segunda divisão meiótica,
que é interrompida na metáfase.
Pouco antes da ovulação, a superfície do ovário próxima ao folículo de Graaf perde seu
suprimento sanguíneo. Essa região é denominada de estigma. O tecido conjuntivo do estigma
degenera, bem como a parede do folículo de Graaf em contato com o estigma, formando uma
abertura entre a cavidade peritoneal e o antro do folículo de Graaf. 
O ovócito secundário, as células foliculares que o acompanham, e um pouco de líquido folicular
são suavemente liberados do ovário, resultando na ovulação. Apesar de o ciclo menstrual médio
durar 28 dias, alguns ciclos são mais longos e outros mais curtos; entretanto, a ovulação sempre
ocorre no 14º dia antes do início da menstruação. Os resquícios do folículo de Graaf são
convertidos em um corpo hemorrágico e, em seguida, no corpo lúteo. Se o ovócito secundário não
for fertilizado dentro de aproximadamente 24 horas, ele degenera e éfagocitado.
Corpo Lúteo
O corpo lúteo, formado pelos restos do folículo de Graaf, é uma glândula endócrina temporária
que produz e secreta hormônios que sustentam o endométrio uterino. 
Células Granuloso-luteínicas
As células da camada granulosa correspondem a cerca de 80% da população de células do corpo
lúteo. Elas se modificam tornando-se grandes células, denominadas células granuloso-luteínicas.
As células granuloso-luteínicas produzem progesterona e convertem andrógenos produzidos pelas
células teco-luteínicas em estrógenos. 
Células Teco-luteínicas
As células da teca interna situadas na periferia do corpo lúteo correspondem a cerca de 20% da
população de células do corpo lúteo e permanecem pequenas. Elas se especializam na produção
de progesterona e alguns estrógenos e andrógenos.
Degeneração do Corpo Lúteo
A progesterona e os estrógenos secretados pelas células granuloso-luteínicas e teco-luteínicas
inibem a secreção de LH e FSH. A ausência de FSH impede o desenvolvimento de novos folículos e,
desta maneira, impede uma segunda ovulação. Caso a gravidez não ocorra, a ausência de LH
desencadeia a degeneração do corpo lúteo, formando o corpo lúteo de menstruação. Se a
gravidez ocorre, o hCG mantém o corpo lúteo por 3 meses, que continua a secretar os hormônios
necessários para a manutenção da gravidez.
Corpo Albicans
O corpo lúteo é invadido por fibroblastos, torna-se fibrótico, e deixa de funcionar. O tecido
conjuntivo fibroso que se forma em seu lugar é denominado corpo albicans e persiste por algum
tempo até ser reabsorvido. Os resquícios do corpo albicans persistem como uma cicatriz na
superfície do ovário.
O período de tempo entre o estágio de folículo primário multilaminar e a ovulação é de
aproximadamente 100 dias. 
3
Ciclo Menstrual
Fase Menstrual (Dias 1 a 4)
O corpo lúteo perde sua funcionalidade cerca de 14 dias após a ovulação, reduzindo os níveis de
progesterona e estrógenos. As artérias espiraladas apresentam constrições reduzindo o oxigênio
da camada funcional, o que leva a necrose. Logo em seguida, as artérias espiraladas se dilatam
novamente e se rompem. O sangue liberado remove pedaços da camada funcional que são
expelidos como uma descarga hemorrágica (menstruação). 
A camada basal do endométrio continua vascularizada pelas suas próprias artérias retas. As células
basais das glândulas da camada basal começam a proliferar, e as células neoformadas migram
para a superfície, dando início a reepitelialização do tecido do lúmen uterino.
Fase Proliferativa (Estrogênica) (Dias 4 a 14)
A fase proliferativa é caracterizada pela reepitelialização do revestimento do endométrio;
reconstrução das glândulas, do tecido conjuntivo e das artérias espiraladas da lâmina própria; e
renovação da camada funcional. Durante esta fase, a camada funcional torna-se muito mais
espessa (3mm). 
Por volta do 14º dia do ciclo menstrual, a camada funcional do endométrio já foi totalmente
restaurada, voltando ao seu estado anterior com todos os seus elementos constituintes, epitélio,
glândulas, estroma e artérias espiraladas. 
Fase Secretora (Progestacional) (Dias 15 a 28)
Durante esta fase, o endométrio continua a espessar-se como resultado do edema e das secreções
ricas em glicogênio acumuladas pelas glândulas endometriais, os grânulos de secreção se
deslocam para a região apical e são liberados no lúmen da glândula. Este material rico em
glicogênio será responsável pela nutrição do concepto antes da formação da placenta.
Eventos do Ciclo Menstrual
A variabilidade da duração do ciclo (21 a 35) é atribuída à variabilidade de duração da fase
folicular, enquanto a da fase lútea é constante. 
1. Fase folicular ou proliferativa:
Os altos níveis de estradiol
causam a proliferação do epitélio
endometrial do útero e inibem a
secreção de FSH e LH por
retroalimentação negativa.
2. Ovulação: A ovulação segue o
surto de estradiol, ao final da
fase folicular: esse surto exerce
efeito de retroalimentação
positiva sobre a secreção de FSH
e LH na hipófise. Na ovulação, o
muco cervical aumenta em
quantidade e fica mais aquoso,
facilitando a penetração do
espermatozoide. Os níveis de
estradiol diminuem, após a
ovulação; porém, eles vão se
elevar durante a fase lútea.
3. Fase lútea ou secretora: Os
níveis elevados de progesterona,
durante essa fase, estimulam a
atividade secretória do
endométrio e aumentam sua
vascularização. Então, na fase
folicular, o estradiol causa a
proliferação do epitélio
endometrial; na fase lútea, a
progesterona está preparando o
endométrio para receber o óvulo
fertilizado. A temperatura
corporal basal também aumenta devido a progesterona e o muco cervical fica mais espesso.
4. Menstruação: A regressão do corpo lúteo e a perda abrupta de estradiol e progesterona
causam a descamação do endométrio e o sangramento menstrual.
4
Contraceptivo oral: Contém hormônios que inibem a ovulação. Pode haver associação de
estrogênios e progestinas ou apenas progestinas. Deve ser tomado no mesmo horário todo dia.
Eficácia de 99,7%.
Anel vaginal: Libera estrogênios e progesterona que são absorvidos pela mucosa da vagina e
impedem a ovulação. Deve ser usado por 21 dias.
Adesivo: Colocado na pele onde não pega sol. Libera E + P. Trocado a cada semana
Injeção, DIU, Implante subdérmico.
Tabelinha: A tabelinha, também conhecida por método rítmico, é baseada no calendário mensal,
para calcular o início e o fim do período fértil. Desse modo, a mulher tentará evitar relações
sexuais nos períodos em que há maior chance de gravidez. Esse método contraceptivo tem maior
chance de funcionar para mulheres com ciclos regulares, mas, ainda assim, é pouco eficaz para
prevenir a gravidez.
Método do muco cervical: O método do muco cervical baseia-se na observação da secreção do
muco secretado pela vagina. Ao perceber a presença do muco cervical, que pode indicar
fertilidade, a mulher deve evitar relações. A mulher pode observar o aumento progressivo de
muco, que atinge o seu pico durante a ovulação, quando fica grudento. Após a parada da secreção
desse muco, a mulher deve permanecer em abstinência por três dias.
Apps: Problema com o compartilhamento de dados. Dados como a dificuldade de atingir um
orgasmo, medicamentos que usam regularmente, hábitos de masturbação, frequência de relações
sexuais e até mesmo sobre a satisfação com a aparência são compartilhados com empresas como
Amazon e Google, que irão utilizá-los para criar publicidade focada. As empresas quando
solicitadas por uma ong, recusaram o acesso aos dados pessoais coletados por elas.
5
O corpo dá uma série de indícios que está no período fértil, por exemplo:
A famosa secreção vaginal com consistência de clara de ovo. Aumento na temperatura basal por
causa da progesterona. Aumento da libido. Pontadas que podem sinalizar que a ovulação está
ocorrendo.
6
O acompanhamento ginecológico é muito importante para prevenir doenças, tirar dúvidas sobre a
vida sexual e sobre o planejamento familiar. 
Os exames ginecológicos de rotina são o papanicolau, a ultrassonografia e a mamografia, a
depender da idade.

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