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P5 1. Discutir acerca do desenvolvimento gestacional e embrionário até a terceira semana a) Formação do coração 2. Elucidar os sinais e sintomas da gravidez a) Exames físicos para diagnóstico 3. Compartilhar acerca do cálculo da idade gestacional e embrionária a) Exames quantitativos 4. Debater acerca dos impactos psicológicos do desejo de ser mãe 1 Segunda semana O hipoblasto é formado por células cúbicas e o epiblasto por células cilíndricas. Saco vitelino primitivo (ou vesícula umbilical primitiva): Células do hipoblasto vão se proliferar e revestir a cavidade blastocística. A nutrição do embrião na segunda semana é feita através da circulação uteroplacentária. Lacunas surgem no sinciciotrofoblasto e vão alcançar os vasos sanguíneos maternos. Outra estrutura que se forma é o mesoderma extraembrionário, localizado entre o citotrofoblasto e o saco vitelino. A porção que está em contato com o citotrofoblasto é o mesoderma extraembrionário somático e o que está em contato com o saco vitelino é o esplâncnico. Também surgem cavidades nesse mesoderma que crescem e formam a cavidade coriônica, que ocupa quase todo o espaço do anterior mesoderma extraembrionário, exceto pelo pendículo do embrião (dá origem ao cordão umbilical). Com a formação da cavidade coriônica, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho, vira o saco vitelino secundário e um pequeno pedaço sai como cisto exocelômico. No final da segunda semana, as células cúbicas de uma determinada região do hipoblasto começam a igualar o tamanho das células do epiblasto, formando a placa pré cordal (membrana orofaríngea), que indica o futuro local da boca. A placa pré cordal indica a região cefálica. Na região oposta surge a membrana cloacal, indicando a região caudal. Terceira semana Gastrulação A gastrulação é o processo que vai formar as três camadas germinativas e inicia com o surgimento da Linha Primitiva na superfície do Epiblasto. Células do Epiblasto proliferam e migram em direção ao plano mediano, formando a linha primitiva que cresce em direção à região encefálica. Onde ela para se forma o nó primitivo. As células invaginam pela linha primitiva e descem em direção ao hipoblasto. Algumas substituem o hipoblasto, que agora será chamado de Endoderma. Outras se concentram entre o antigo hipoblasto e o epiblasto, formando o mesoderma. O que restou do epiblasto se converterá em Ectoderma. Formação da Notocorda A formação da notocorda inicia com o surgimento do processo notocordal no mesoderma, logo abaixo do nó primitivo. Esse processo cresce em direção à placa precordal. À medida que cresce, surge também o canal notocordal (um lumem dentro do processo) que o acompanha. As células da porção que está em contato com o endoderma sofrem apoptose, restando apenas a chamada placa notocordal que, em seguida, irá se dobrar para dar origem à notocorda. A notocorda é a estrutura que vai influenciar a formação do esqueleto axial, definir o eixo do embrião e indicar o local das vértebras. Neurulação A neurulação é o processo de formação do tubo neural, estrutura que dá origem ao sistema nervoso central do embrião. A notocorda induz o ectoderma a se espessar e formar a placa neural. A placa neural se invagina e forma uma depressão chamada sulco neural, as elevações ao lado do sulco são chamadas de pregas neurais. As pregas irão se fundir e dar origem ao tubo neural. Uma região ao lado das pregas neurais, chamada de crista neural, também se desprende do ectoderma e vai dar origem a diversas estruturas do sistema nervosos (células, gânglios). Somitos O mesoderma se diferencia em três estruturas: mesoderma paraxial, intermediário e lateral. No mesoderma paraxial surgem estruturas esféricas, os somitos, que vão dar origem aos muculos, às vértebras e às costelas. Alantoide É uma invaginação no pendículo embrionário, próximo a região caudal. Nos seres humanos têm função de formar o ligamento umbilical, que dá origem ao cordão umbilical, e está relacionado com a formação das artérias e veias umbilicais. Alguns autores dizem que ele armazena escretas do embrião. Sistema cardiovascular primitivo Vasculogênese: Células mesenquimais, derivadas do mesoderma, se transformam em angioblastos, que formam grupos de células (ilhotas sanguíneas), no meio desses grupos surgem as cavidades, alguns angioblastos se transformam em células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos, outras se transformam em células-tronco hematopoieticas, que dão origem às células sanguíneas. Angiogênese: Brotos surgem no vaso sanguíneo e dão origem a ramificações. No mesoderma extraembrionário existe uma área chamada de área cardiogênica, onde surgem dois tubos endocardícos que se fundem e formam o tubo cardíaco primitivo, o coração primitivo do embrião. A partir desse tubo vão surgir ventrículos, valvas, átrios. Os batimentos cardíacos são audíveis a partir da quarta semana com o auxilio de ultrassom. 2 A gravidez deve ser suspeitada sempre que uma mulher em idade reprodutiva apresentar atraso menstrual, principalmente quando maior que uma semana. Sinais de presunção: Náuseas e vômitos; Polaciúria; Atraso menstrual até 14 dias; Montgomery. Sinais de probabilidade: Atraso menstrual maior que 14 dias; Amolecimento do colo uterino; Sinal de Piskacek: assimetria uterina à palpação. Sinais de certeza: Ausculta dos batimentos cardiofetais com o estetoscópio de Pinard (a partir de 20 semanas) ou o sonar (a partir de 10 a 12 semanas); Percepção de partes e movimentos fetais pelo examinador. Exame físico até ajudam na suspeita, mas sozinhos não são suficiente para estabelecer o diagnóstico. 3 Idade gestacional é definida como o número de semanas entre o primeiro dia do último período menstrual normal da mãe e o dia do parto. A idade gestacional não é a idade embriológica real do feto, mas é o padrão universal entre obstetras e neonatologistas para discutir a maturação fetal. Idade embriológica é o tempo decorrido desde a data da concepção até a data do parto e é 2 semanas menor que a idade gestacional. As mulheres podem estimar a data da concepção. Contudo, a data da concepção só é conhecida de modo definitivo quando a fertilização in vitro ou outras técnicas de reprodução assistida são usadas. 4 Para a psicóloga e coordenadora do setor de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Denise Pará Diniz, a carga de cobrança é alta, tanto pela mulher quanto pela sociedade. “Ela se questiona onde foi que errou, joga a culpa em si mesma pela responsabilidade de não gerar uma criança”, afirma a professora-doutora. O limiar entre um desejo normal e algo fora de controle está na intensidade e frequência, segundo a psicóloga. A partir do momento em que a mulher só pensa nisso, quando mais nada dá prazer em sua vida, é hora de buscar ajuda. Se houver crises de ansiedade com sintomas de tristeza, depressão, muito choro, falta de vontade de transar (o sexo vira uma obrigação), é sinal de que algo está errado. “É preocupante quando ela abandona atividades que antes lhe davam prazer, como estar com as amigas, com a família, ir ao trabalho e tudo na vida passa a girar em torno da maternidade”, afirma a psicóloga.