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FIBROMIALGIA E SÍNDROME MIOFASCIAL

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TUTORIA 05 - M1 - P5 @gabrielholandac
FIBROMIALGIA
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Objetivos:
● Compreender a fibromialgia
● Entender a síndrome miofascial
Fibromialgia
Definição
● Caracteriza-se por dor e sensibilidade
musculoesqueléticas generalizadas e crônicas
● Sintomas neuropsicológicos associados de fadiga, sono
não restaurador, disf cognitiva, ansiedade e depressão
● Prevalência aumentada de outras síndromes
○ Fadiga crônica
○ Distúrbio da temporomandibular
○ Cefaleias crônicas
○ SRII
○ Cistite intersticial/bexiga dolorosa
● Associada a prejuízos para o funcionamento físico e
social
● 2% da população acometida, mais comum em mulheres
9:1
Genética e fisiologia
● Contribuição genética para o desenvolvimento da FM
○ Vias de controle da dor e estresse
○ Alterações no metabolismo
○ Transporte e receptores de serotonina e outras
monoaminas
● Ocorre alteração no processamento aferente da dor e
comprometimento do controle inibitório descendente
○ Hiperalgesia e alodinia
● Ativação de regiões cerebrais envolvidas na dor por
estímulos que em pessoas normais não causam nada
● Neuropatia de pequenas fibras
Quadro clínico
● Dor em todo o corpo
● Acima e abaixo da cintura, em ambos os lados, no
esqueleto axial
● Pouco localizada, difícil de ignorar e intensa
● Associada à perda funcional
● Associada ao aumento da dor evocada
● Geralmente possuem geradores de dor periférica
○ Gatilhos para a dor disseminada junto com fatores do
SNC
○ Artrite, bursite, tendinite, neuropatias…
● Pode haver mialgias crônicas desencadeadas por
condições infecciosas, metabólicas ou psiquiátricas
○ Diferenciar o processo de uma condição
desencadeante e a FM que ocorra em consequência
de uma comorbidade
Sintomas neuropsicológicos
● Fadiga, rigidez, transtorno do sono, disf cognitiva,
ansiedade e depressão
○ Graus variáveis
○ Não presentes em todos os pacientes e nem em todos
os momentos
● Dor rigidez e fadiga podem ser agravadas por exercício
ou atividade não habitual
● Sono: dificuldade em adormecer, dificuldade em manter o
sono e acordar antes do normal
○ Pode haver síndrome das pernas inquietas ou
distúrbios respiratórios do sono
● Cognição: dificuldade de concentração, problemas de
memória e perda de memória
● Prevalência vitalícia de transtornos de humor em 80% dos
pacientes
Síndromes de sobreposição
● Outras condições de dor crônica
● Cefaleias, dor facial/mandibular, dor miofascial regional
em pescoço e costas e artrite
● Dor visceral no TGI, bexiga e região pélvica ou perineal
Diagnóstico
● Dor presente na maior parte dos dias, na maioria dos dias
e > 3 meses
● Dor induzida por compressão por um manguito de
esfigmo ou teste de skin roll
● Exame de pontos sensíveis com o polegar em pontos
específicos
● Critérios mais recentes concentram-se nos sintomas
clínicos da dor disseminada ou em múltiplos locais
somado os sintomas neuropsicológicos
Exames
● Radiografias devem ser usadas para diagnóstico de artrite
inflamatória
● Sem necessidade de repetição de exames, exceto em
mudanças sintomáticas
● RNM só em sugestões de doença inflamatória ou
sintomas neurológicos
Tratamento
Não farmacológico
● Orientação aos pacientes sobre as expectativas do
tratamento
● Melhora da função e qualidade de vida, não a eliminação
da dor
● Condicionamento físico
○ Exercícios aeróbicos de baixo nível e prosseguir
lentamente
● Musculação em pacientes previamente condicionados
● Terapias de movimento meditativo
● Acupuntura e hidroterapia
● Estratégias cognitivo-comportamentais para melhorar a
higiene do sono e reduzir comportamentos patológicos
Farmacológico
● Tratar qualquer comorbidade desencadeante
● Tratamento sobre as vias aferentes e descendentes da
dor
● Evitar opioides fortes - nenhuma eficácia justificável, além
dos efeitos colaterais associados
Síndrome de dor miofascial
● Dor regional originada de pontos hiper-irritativos,
chamados de pontos de gatilho (PGMs) em partes tensas
do músculos
● Diagnóstico depende exclusivamente da história clínica e
dos achados do exame físico
● Maior ocorrência entre 31-50 anos
Etiologia
● Fatores predisponentes
○ Assimetria dos MMII, malformações da pelve, posturas
inadequadas, imobilismo prolongado, anormalidades
nutricionais, infecções…
● Traumatismos, macro ou micro, sobrecarga e movimentos
repetitivos podem desencadear
● Acidentes, síndrome do chicote e exposição prolongada
ao frio sensibilizam as terminações nervosas
Fisiopatologia
● Excesso de sinalização por espécies reativas de O2 na
contração pode resultar em disfunção contrátil e
instalação de miopatias
● PGMs são nódulos rígidos e dolorosos à palpação
decorrentes da hipercontração localizada
○ Redução do sarcômero, presença de proteínas de
degradação e edema das miofibrilas e mitocôndrias
pela hiperconcentração de Ca2+ pela intensa ativação
do motoneurônio
● A contração sustentada e não controlada causa
estresse metabólico e colapsa a microcirculação
● Ocorre inflamação neurogênica no músculo
● PRGC inibe a AChE, aumentando seus receptores,
associado à redução do pH e estresse psicológico,
liberação elevada da ACh pelos neurônios contribuem
para a instauração da dor e manutenção dos PGMs
● PGMs podem ser ativos ou latentes
○ Ativos - dor localizada espontânea com focos de
hiperirritabilidade dolorosa
○ Latentes - assintomáticos, não causam dor durante
atividades físicas normais, mas podem se tornar ativos
diante de estresses endógenos e exógenos
Quadro clínico e diagnóstico
● Baseado nas queixas e no exame físico
● Dor muscular em queimação, peso ou pontada
espontâneas e mal-localizadas e referidas à distância
● Pode ser contínua ou esporádica e manifesta-se durante
a movimentação
● Sintomas associados
○ Parestesia, fadiga, fraqueza, enrijecimento e tensão
muscular, limitação das ADMs, alterações tróficas e da
destreza
● Padrão da dor localizada e referida é constante e similar
para cada músculo e não segue os dermátomos
● Avaliar sobre o sono, alimentação, uso de drogas,
deficiência de vitamina B
● Exame físico deve dar atenção a inspeção das atitudes,
posturas, conformação, padrão de movimentos e
pesquisa dos PGMs
● PGMs ativos são mais localizados na região cervical,
cintura escapular e pélvica, trapézio superior, escaleno,
esternocleidomastóideo, elevador da escápula, quadrado
lombar e mastigatórios
● Presença de reflexos localizados contráteis quando se
palpa ou punciona os PGMs
● Pode haver comprometimento de músculos ipsilaterais
distais aos onde a dor inicial
Diagnóstico diferencial
● Afecções funcionais, inflamatórias, infecciosas,
degenerativas ou metabólicas podem simular a SDM
● Hipertonia muscular, hiperreflexia e espasticidade vinda
de lesões do SNC podem causar mialgia
● Comprometimento da função muscular devido a
neuropatias periféricas
● Fibromialgia
● Dor oriunda de tendões, ligamentos, ossos e articulações
Exames
● ENMG mostra ruído espontâneo em espículas que pode
identificar o PGM
● USG de alta resolução mostra bandas de tensão
● Termografia com infravermelho mostra hipertermia da pele
que cobre os PGMs
Tratamento
● Tratamento multiprofissional
● OHD
● Terapias alternativas - uso de compressas quentes,
massagem, liberação miofascial, acupuntura…
● AINES
● Relaxantes musculares
○ Ciclobenzaprina tem ação central
○ Tizanidina, agonista adrenérgico a-2 da medula e
encéfalo, primeira linha no tratamento
● ADTs e ISRS
● Sumatriptano - agonista do receptor de 5-HT
● Benzodiazepínicos
● Gabapentina e pregabalina
● Opioides fracos
● Emplastro de lidocaína
● Toxina botulínca

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