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Direito do Trabalho e Previdenciário

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Direito do Trabalho e Previdenciário
Jornada de trabalho
Intervalos da jornada de trabalho
· Intrajornada
Pausa concedida dentro da jornada para repouso e alimentação.
Art. 71 da CLT:
· Normas de higiene e segurança do trabalho. É o momento para a recuperação das energias do empregado.
· Jornada que excede a 6 horas, mínimo de 1 hora de intervalo, sem exceder a 2 horas.
· Se o empregador não conceder intervalo mínimo para o almoço ou concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo.
· Jornada não excedente a 6 horas e mais de 4 horas, o intervalo mínimo é de 15 minutos.
· Os intervalos de descansos não são computados na jornada de trabalho.
· Interjornada
Pausa concedida entre duas jornadas diárias de trabalho.
Art. 66 da CLT:
· Deverá haver um intervalo de 11 horas entre uma jornada e outra de trabalho.
· Esse período de intervalo não é remunerado.
Exercícios
1) A respeito dos intervalos intrajornada e interjornada, nos termos previstos na CLT e pelas orientações jurisprudenciais e súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (TST), assinale a alternativa correta.
R: Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada.
(Entre duas jornadas de trabalho, haverá um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso. Não excedendo 6 horas de trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapassar 4 horas. Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho representam tempo à disposição da empresa. Quando o intervalo intrajornada não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.)
2) Tendo cumprido sua jornada de trabalho de oito horas diárias, o empregado somente poderá iniciar a próxima jornada de trabalho após o intervalo mínimo de:
R: onze horas.
(De acordo com o art. 66 da CLT – Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.)
3) Conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, para o trabalhador urbano, considera-se noturno o trabalho executado entre: 
R: as 22h (vinte e duas horas) de um dia e as 5h (cinco horas) do dia seguinte.
(Conforme art. 73, § 2.º da CLT, considera-se noturno o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.) 
4) Isabel labora na empresa Y, fazendo a jornada diária de trabalho de 4 horas. Neste caso, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, Isabel:
R: não terá direito ao intervalo intrajornada,
(Quando a jornada diária exceder 4 horas, mas não ultrapassar 6 horas, o intervalo intrajornada será de 15 minutos (CLT, art. 71, § 1.º), não sendo computado o intervalo na duração da jornada.)
5) A respeito da jornada de trabalho e dos períodos de descanso, assinale a alternativa correta:
R: Não excedendo 6 (
seis) horas de trabalho, será obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
(Entre 2 (duas) jornadas de trabalho, haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. Não excedendo 6 (seis) horas de trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho; a duração normal do trabalho não deve ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.)
Convenção Coletiva
· Acordo coletivo: A negociação coletiva é feita entre o sindicato dos empregados e a empresa, sem a presença do sindicato patronal, e, quando entram em comum acordo, são redigidas as regras acordadas em um documento normativo. Esse documento é chamado de acordo coletivo.
· Convenção coletiva: Inicialmente é pautada nas reivindicações aprovadas mediante uma assembleia geral da categoria profissional de acordo com a sua data base. Depois de aprovada em assembleia, as reivindicações são apresentadas aos representantes das entidades patronais. Após as negociações, são firmadas as bases para a convenção coletiva entre o sindicato dos empregados e os sindicatos patronais.
· Dissídio coletivo: Quando as negociações entre os sindicatos dos empregados e os sindicatos patronais não chegam a nenhum acordo a fim de firmar a convenção coletiva, os sindicatos dos empregados ingressam com um dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Cabe então ao tribunal estabelecer os reajustes e os benefícios por meio da sentença normativa. 
Teorias civis 
As teorias civis são as seguintes:
 
· Teoria do mandato — empregado e empregador possuem representação sindical. O convênio coletivo é ajustado por meio dos sindicatos, os quais agem como mandatários. Contudo, mesmo após ter concluído o mandato, os sindicatos seguem vinculados, visto que precisam cumprir o acordado. 
· Teoria da gestão de negócios ou quase contratos — em benefício do empregado e do empregador, os sindicatos agem como gestores de negócios. No entanto, essa gestão pressuporia silêncio do beneficiado, fato que não ocorre em tais negociações coletivas, visto a necessidade de quórum mínimo para aprovação nas assembleias sindicais. 
· Teoria da estipulação em favor de terceiro — serve para justificar a participação dos sindicatos, uma vez que os sindicatos, quando firmam os acordos e as convenções, fazem em favor dos empregados (terceiros). Contudo, essa teoria, ao disciplinar sobre favor de terceiros, cria direitos individuais, cujo beneficiário será determinado, contrariando a abstração das cláusulas coletivas, que são em favor de uma categoria indeterminada, mas determinável. 
· Teoria da personalidade moral fictícia — por essa teoria, o sindicato assume a personalidade jurídica fictícia de seus associados. Assim, o sindicato estaria agindo em nome próprio, defendendo seus interesses. Seria como se os próprios trabalhadores e empregadores celebrassem o convênio. Entretanto, o sindicato é uma pessoa jurídica de direito privado, logo, não se trata de pessoa fictícia e nem seus interesses se confundem com os de seus associados. 
· Teoria da representação legal — por determinação de lei, o sindicato representa a categoria, assim, os ajustes feitos por ele afetam todos os componentes do grupo. A função do sindicato é representar a pluralidade de indivíduos, não se restringindo a uma categoria. 
Teorias mistas 
As teorias mistas são as seguintes: 
· Teoria do pacto social — quando ingressa no sindicato, o empregado celebra o pacto social, aceitando a decisão da maioria. A crítica reside no fato de que o ingresso no sindicato não pode representar renúncia à autonomia da vontade. 
· Teoria da solidariedade necessária — tanto empregado quanto empregador, analisados de forma isolada, estão subordinados à vontade da maioria. Entretanto, a subordinação se dá em prol do bem da coletividade, não da maioria. 
· Teoria do uso e costume industrial — os usos e costumes fundamentam as convenções coletivas, fazendo esses costumes se materializarem na forma de cláusulas. No entanto, o costume pode ser contrariado pela norma coletiva, contanto que não contrarie a lei. 
Teorias jurídico-social, normativa ou regulamentar 
As teorias jurídico-social, normativa ou regulamentar são as seguintes:
· Teoria da instituição corporativa — independentemente de homologação, requisitos ou ratificações impostas pelo Estado, a norma coletiva expressa a vontade do grupo produtivo. Contudo, não há amparo legislativo para essa teoria. 
· Teoria regulamentar — a norma contida no instrumento coletivo representa a lei interna da categoria que anegociou. No acordo, o ajuste não existiria. Assim, falta razoabilidade, uma vez que não se pode negar a existência da autonomia da vontade, do negócio jurídico e do ajuste. 
· Teoria da lei delegada — o sindicato recebe poder do Estado para promulgar leis profissionais que regulamentem as condições trabalhistas. Além de a norma coletiva não poder revogar leis trabalhistas, nem lei anterior que a contrarie, ainda não possui competência para tal, visto que a lei delegada compete ao presidente da República. 
· Ato ou contrato-regra (teoria de Duguit) — essa teoria é a mais aceita na doutrina trabalhista, visto que consegue a melhor explicação para a natureza jurídica dos convênios. Dispõe que o instrumento coletivo é aplicado como lei profissional, atuando como uma lei secundária, a qual se posiciona entre a categoria e a lei do Estado. Consiste em contrato, pois são os sindicatos convenentes e acordantes que formulam as relações. Possui ajuste normativo, uma vez que cria normas e condições de trabalho passíveis de solucionar conflitos e pacificar as relações trabalhistas.
Exercícios 
1) As negociações coletivas do trabalho configuram-se em um instrumento de resolução de conflitos por autocomposição que tem, como partes interessadas, de um lado os sindicatos representantes dos trabalhadores e os sindicatos representantes dos empregadores de outro. As negociações devem obedecer a alguns princípios previstos nos dispositivos legais que os regem. Assinale a alternativa correta que se refere ao princípio relacionado ao “Art. 616. Os Sindicatos representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive as que não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recusar-se à negociação coletiva.” (Decreto-Lei nº 5.452/43). 
R: Princípio da inescusibilidade negocial.
(De acordo com o princípio da inescusibilidade negocial, as partes não podem se negar à tentativa de negociação, mesmo que não se obtenha um resultado que resolva a demanda.)
2) São muitas as formas de negociação e mediação de conflitos propostas pela legislação federal que têm como objetivo dirimir conflitos entre a classe dos trabalhadores e a dos empregadores. Assinale a alternativa correta que se relaciona com a característica em que dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações.
R: Convenção coletiva de trabalho.
(De acordo com o Art. Art. 611 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), "Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais do trabalho." (Decreto-Lei nº 5.452/43))
3) A negociação coletiva de trabalho tem características importantes que se relacionam com suas finalidades. Assinale a alternativa correta que se refere à característica relacionada à função compositiva, na medida em que se configura em uma forma de resolução de conflitos. 
R: Caráter jurídico. 
(O caráter jurídico é relacionado à função compositiva, na medida em que se constitui em uma forma de resolução de conflitos que tem por finalidade a paz social.)
4) Os conflitos entre trabalhadores e empregadores podem ser originados por divergências econômicas ou jurídicas. Os conflitos podem ter três formas diferentes de resolução. Assinale a alternativa correta que se refere ao tipo de resolução de conflito em que as próprias partes interagem sem a necessidade de intervenção judicial.
R: Resolução por autocomposição.
(Na resolução por autocomposição, as próprias partes interagem e realizam um acordo mediante ajustes de vontades, sem a necessidade de intervenção de uma terceira parte.)
5) A convenção coletiva de trabalho oferece vantagens para os trabalhadores, para os empregadores e para o Estado. Assinale a alternativa correta que se refere a uma vantagem que a convenção coletiva de trabalho pode proporcionar ao Estado. 
R: Promoção da paz social. 
(A convenção coletiva de trabalho evita a intervenção do Estado na resolução do conflito, promovendo, ainda, a paz social. Dessa forma, mostra-se vantajosa ao Estado.)
Os benefícios da Previdência Social
· Aposentadoria especial: segundo o INSS, tem direito à aposentadora especial o trabalhador que exerceu atividades em exposição a agentes nocivos que podem causar prejuízos à saúde. A definição depende da exposição desses agentes ao trabalhador, porém pode-se imaginar um funcionário que opera as máquinas para a execução de um exame de raio X, o qual está em constante risco de radiação. 
· Aposentadoria por idade: essa modalidade garante a proteção previdenciária durante a velhice: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com tempo mínimo de 180 meses contribuindo ao sistema. Ou seja, é exigida a contribuição mínima de 15 anos para a previdência social. No momento do pedido de aposentadoria, serão realizadas as contas contributivas por médias salariais do trabalhador para se chegar ao valor a ser recebido. 
· Aposentadoria por invalidez: esse benefício engloba os segurados enquadrados no tempo de carência estipulado pela previdência social. No momento, o tempo é de 1 ano. Os aposentados por invalidez são aqueles trabalhadores que, após a perícia médica mediada pelo INSS, são afastados do trabalho por não terem condições laborais permanentes.
· Aposentadoria por tempo de contribuição: esse benefício é para todos os segurados da previdência, à exceção dos aposentados especiais. Os requisitos são: homens com idade mínima de 65 anos e 35 anos de contribuição; mulheres com idade mínima de 62 anos e 30 anos de contribuição.
Na categoria dos auxílios, ressalta-se a necessidade de cumprimento de um determinado número de contribuições para que o segurado seja considerado apto ao recebimento. O INSS apresenta as seguintes categorias de auxílio:
· Auxílio-doença: de acordo com o site da previdência social, o auxílio- -doença é um benefício por incapacidade, necessitando de perícia médica para a constatação. Auxílio-acidente ou acidente de trabalho: esse benefício tem como objetivo a indenização paga ao segurado quando este sofre um acidente que reduz a sua capacidade para o trabalho. 
· Auxílio-reclusão: benefício pago aos dependentes do segurado que está em reclusão (preso). Esse pagamento é suspenso caso o preso entre para o regime de semiliberdade. Como expressam Kertzman e Martinez (2014, p. 116), o auxílio-doença é um benefício dado a todos os segurados que “[...] ficarem incapacitados para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos [...]”. 
· Benefício de prestação continuada (BPC): a condição para receber esse benefício assistencial é ter 65 anos ou mais ou ser pessoa com deficiência. O BPC teve origem na Constituição de 1988, com regulamentação pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). O BPC garante um salário mínimo para pessoas com mais de 65 anos sem renda e para pessoas com deficiência que não tenham condições para o trabalho. Um dos requisitos apontados na lei é que cada membro familiar receba menos de ¼ do salário mínimo. Mas como requerer? De acordo com Kertzman Os benefícios da previdência social brasileira 7 e Martinez (2014), o benefício de prestação continuada deverá ser requerido pessoalmente, no caso de idosos, ou por procurador, tutor ou curador, junto aos postos de benefício do INSS. 
· Pensão por morte: benefício destinado aos dependentes do segurado, aposentado ou trabalhador que exercia a sua atividade no perímetro urbano. Existem outras modalidades de pensão por morte apresentadas no site do INSS. Com as regras atuais da reforma da previdência, essa modalidade aponta que a pensão devida aos dependentes será de 50% do valor da aposentadoria mais 10% para cada dependente, limitada a 100%. Uma viúva ou um viúvo sem outros dependentes, por exemplo, receberá 60% da pensão por morte. ParaKertzman e Martinez (2014), a pensão por morte se trata de um benefício devido ao conjunto de dependentes do segurado falecido, sendo este aposentado ou não. 
· Salário maternidade: benefício assegurado à pessoa que se afasta de sua atividade por motivo de nascimento de filho, aborto (estando este previsto nos termos da legislação brasileira), adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
Exercícios
1) O segurado Joaquim morreu em março de 2020, deixando três filhos: Samuel, 14 anos, Sandro, 13 anos e Marcos, 18 anos, além de sua esposa Tereza, com quem ficou casado por 25 anos. A companheira deu entrada na pensão por morte em abril de 2020. De acordo com a nova regra da previdência, como ficará o valor por dependente? 
R: Filhos até 21 anos recebem 10% do valor da pensão e a viúva recebe 50%.
(A pensão por morte é destinada aos dependentes do segurado, aposentado ou trabalhador que exercia sua atividade e/ou estava na qualidade de segurado. Com as regras atuais da reforma da previdência, a pensão devida aos dependentes será de 50% do valor da aposentadoria mais 10% para cada dependente, até 21 anos de idade. Uma viúva ou um viúvo sem outros dependentes poderá receber 60% da pensão por morte, a título de ilustração.)
2) A propósito do regime de previdência complementar, pode-se afirmar que é um dos regimes que integram a previdência social cujo objetivo é adicionar ao contribuinte participante do regime a manutenção do padrão de vida deste antes da aposentadoria. A propósito dos regimes, têm-se as modalidades abertas e fechadas. As fechadas são:
R: operadas por entidades da própria previdência.
(O regime de previdência complementar fechado é operacionalizado por entidades fechadas de previdência administradas e formadas por organizações da sociedade civil sem fins lucrativos.
O regime de previdência complementar é gerido por organizações que administram os fundos de pensão exclusivamente para funcionários e/ou associados e não entram, portanto, na categoria de entidades filantrópicas, tendo regularização conforme artigo 35 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001. São empresas e associações mantidas por contribuições do empregador e do empregado, que vertidas aos respectivos planos de benefícios têm objetivo de retornar na forma de renda ao empregado no momento da aposentadoria.)
3) A precarização do trabalho e o desemprego atingem aos que necessitam da previdência social; isso ocorre pelas mudanças que o trabalho formal sofreu ao longo do tempo, alterações na sua estrutura, legislação e formas de contratação são exemplos. Nesse raciocínio, é correto afirmar que a mudança no trabalho se relaciona a:
R: evolução tecnológica. 
(A evolução tecnológica trouxe avanços para o país, entretanto seu contraponto está no desemprego estrutural gerado pelo próprio avanço tecnológico: as tecnologias substituem a mão de obra trabalhadora, ramos da atividade produtiva estão adaptados ao trabalho morto, trabalho executado exclusivamente pelas máquinas, que retira postos de trabalho gerando desemprego; esse cenário agravou a questão social brasileira existente. A educação para o trabalho por si só não é suficiente para estancar a lacuna existente; a desigualdade social é expressiva em termos do próprio acesso a tecnologias. A principal mudança no trabalho está atrelada à evolução tecnológica, que consolidou a desregulamentação do trabalho; a narrativa presente dá conta da necessidade de mudanças no trabalho, entretanto essas mudanças acabam dificultando e/ou retirando direitos sociais vinculados à previdência social. Não é a precarização dos meios de contratação, por conta da flexibilização das leis trabalhistas aprovadas recentemente; essas aprovações das regras trabalhistas não significam proteção integral ao trabalhador, sabe-se que existe a precarização do trabalho que, por conseguinte, afeta o operário.)
4) No que se refere ao regime próprio da previdência, este se insere no âmbito de cada esfera federal, estadual e municipal, onde os trabalhadores acessam o sistema mediante concurso público. Nesse sentido, é importante destacar que:
R: cada ente da federação pode ter seu regime próprio. 
(Cada ente da federação tem seu próprio regime, a entrada é mediante concurso público e essa é uma modalidade específica para os servidores públicos. Portanto, não é uma escolha do servidor ao entrar no trabalho em qualquer das esferas; os servidores públicos, de modo geral, entram no regime próprio. Assim, os concursados federais, estaduais e municipais têm em seu edital legislação específica para determinado concurso — um edital não se sobrepõe a outro, apontado que cada ente da federação tem regras específicas de entrada aos trabalhadores concursados.)
5) No que se refere ao benefício assistencial, conhecido como benefício de prestação continuada (BPC), este advém da Constituição de 1988 e está regulamentado pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). Para acessar esse benefício, é necessário cumprir alguns quesitos, como ser idoso e: 
R: ter mais de 65 anos e sem renda.
(O BPC — benefício de prestação continuada — tem sua origem na Constituição de 1988 e na regulamentação da LOAS; pessoas vulneráveis como idosos com 65 anos ou mais sem renda podem acessar o BPC. Esses idosos são considerados vulneráveis justamente por que não fazem parte da previdência social, portanto, não são aposentados, embora esse grupo seja considerado de idosos vulneráveis, sendo obrigatória a idade 65 anos; esse grupo não pode ter acesso a outros benefícios assistenciais, uma vez que o BPC é o benefício social e garante um salário mínimo mensal. A lei não especifica casos de enfermidade para ter acesso ao benefício assistencial, entretanto se o idoso estiver na faixa etária requerida e enfermo, esse é um condicionante que poderá justificar a necessidade do benefício.)

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