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ESTÁGIO SUPERVISIONADO I EM EDUCAÇÃO INFANTIL

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FACULDADE JARDINS
	
VALDIRENE JESUS DOS SANTOS
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I EM EDUCAÇÃO INFANTIL
	
GANDU
2021
VALDIRENE JESUS DOS SANTOS
 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I EM EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho do Estágio Supervisionado I em Educação Infantil apresentado à Faculdade JARDINS como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia sob a orientação da Professora Amanda Oliveira.
GANDU
2021
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O lúdico e as brincadeiras são uma metodologia de suma importância para assessorar o processo de ensino-aprendizagem das crianças na educação infantil, visto que, ao brincar a criança desenvolve uma relação afetiva com o mundo, com os objetos, e em especial com as pessoas. Ademais as brincadeiras e lúdico facilitam não só a aprendizagem das crianças, mas o trabalho do educador, logo ensinar se torna mais fácil e prazeroso, além disso, ajuda no relacionamento entre professores e alunos.
A conceituação do lúdico refere-se ao jogo. Entretanto, esse termo foi modificando e ganhando um novo sentido ao longo da história, que vai além dessa atividade. Atualmente, pode-se definir o lúdico como uma forma de expressar liberdade e espontaneidade, utilizando além dos jogos e brincadeiras, exercício que trabalhe o corpo e a mente das crianças.
Segundo Almeida (2008),
[...] se o termo tivesse ligado a sua origem, o lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser conhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo, na mente, no comportamento humano. As implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O lúdico faz parte das atividades essências da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2008 apud SILVA, 2011, p. 12). 
O nome lúdico tem origem do latim ludos, que tem o significado de brincar. O lúdico, é brincar, é diversão, é também o jogo, está ligado às atividades de distração e diversão (ALMEIDA, 2008, apud SILVA, 2011, p. 11).
Sendo assim, os jogos e as brincadeiras são de suma importância para o desenvolvimento da criança na educação infantil, pois através da mesma a criança aprende a respeitar as regras e favorece a autonomia das mesmas. O lúdico é um instrumento indispensável nos anos iniciais das crianças na escola, dado que a interação entre a ludicidade, jogos e brincadeiras faz com que a criança aprenda se divertindo. Assim, o lúdico é o que permite que os educandos desenvolvam a criatividade, o raciocínio e a imaginação, o que permite uma melhor compreensão de mundo. 
O brincar desempenha um papel extremamente importante na constituição do pensamento infantil. Por meio dele é que se inicia uma relação cognitiva do ser humano de eventos, coisas, símbolos e pessoas que o rodeia. É por meio do lúdico que as crianças constroem o seu próprio pensamento. 
Neste sentido SEBASTIANI (2003) afirma:
A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma da criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que permite as crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem (SEBASTIANI, 2003, p. 98).
Assim, através da brincadeira a criança irá refletir, organizar, desorganizar, construir, destruir e reconstruir o seu mundo expressando de modo simbólico, as suas fantasias, desejos, medos, sentimentos e conhecimentos que irá construir através de suas experiências diárias (SEBASTIANI, 2003).
As ludicidades dispõem de um respaldo, na construção das habilidades psicomotoras das crianças. Visto que, o correr, pular, dançar, escalar e conhecer o mundo através dos instintos e dos sentidos fazem com que a criança explore melhor seu próprio corpo. Isso, auxiliado à ludicidade, oferece habilidades como autoconfiança, autoestima e superação, eliminando inseguranças em relação ao mundo externo e às limitações internas. 
A psicomotricidade para Le Boulch (2001):
Se dá através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a formação de sua personalidade. É uma prática pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional e sócio-cultural, buscando estar sempre condizente com a realidade dos educandos. 
Assim, a brincadeira e o lúdico colabora para o processo formativo corporal, afetivo e cognitivo das crianças. Os quais são importantes para o aprimoramento da personalidade da criança diante de seu pleno desenvolvimento. A ludicidade como metodologia significa respeitar a interpretação da criança sobre o mundo e o lugar que ela ocupa nele. Mediante as atividades lúdicas, a criatividade, curiosidade e o desejo por saber acontecem de maneira natural, ampla e fluida, fazendo com o que a educação aconteça de forma emancipadora, afetiva e plural.
A escola deve priorizar, em seu projeto político pedagógico, o desenvolvimento de atividades que privilegiem o lúdico. Considerando que o brincar é um elemento muito importante na educação infantil, tornando-se um direito legal garantido pela Constituição de 1988, imprescindível para assegurar os direitos da criança e do adolescente. Diante disso é descrito no artigo que:
É dever da família, da sociedade e do estado, assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de todo forma de negligência, discriminação, a exploração, violência, crueldade e opressão (CF/88, art. 227). 
A Constituição brasileira e o ECA (Estatuto da criança e do adolescente), asseguram à criança o direto de brincar em espaços lúdicos. O Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257/2016), a nova legislação, prioriza a criança desde o nascimento até os 6 anos, na formação de programas e de Políticos públicos. 
Os documentos têm dado grande respaldo à importância do brincar na educação infantil, o qual, em concordância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um direito que é garantido às crianças da educação infantil, em razão de requerer a experiência no ambiente escolar. Conforme com a BNCC:
A educação infantil precisa promover experiência nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses é consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim a instituição escolar está criando oportunidade para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano (BRASIL, 2017, p. 41). 
Em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), a criança da educação infantil precisa se desenvolver de forma integral, onde necessita englobar aspectos físicos, intelectuais e psicológicos. Portanto, vale ressaltar que os documentos asseguram o direito a aprendizagem e têm como garantia uma educação de qualidade, onde a criança tenha um pleno desenvolvimento, onde as mesmas possam explorar, criar e interagir, proporcionando as crianças uma compressão de mundo. 
Consequentemente o ato de brincar influência diretamente na construção do pensamento infantil por ser um ato intencional e consciente. Desse modo, é de grande relevância que o educador leve para sua sala de aula, brincadeiras que desenvolvam suas capacidades, estimulando a memória, desenvolver a linguagem, atenção e até mesmo a criatividade das mesmas. O ato de brincar acaba por estabelecer as relações fundamentais para que as crianças adquiram conhecimento.
Segundo Marinho (2007):
A escola devepriorizar, em seu projeto político pedagógico, o desenvolvimento de atividades que privilegiam o lúdico. Os educadores, por sua vez, no espaço da sala de aula, devem fazer da ludicidade um dos principais eixos norteadores de sua prática pedagógica (MARINHO, 2007, p. 91). 
O educador deve despertar a curiosidade da criança, promovendo questionamento. Além disso, devem possibilitar o trabalho em grupo, colocando-as em situações desafiadoras, onde as mesmas precisam aprender a perder e a ganhar, a criar regras a conviver com limites, a lidar com as frustrações e aprender com alegria. 
Sendo assim, percebe-se que o lúdico facilita a aprendizagem infantil e que a ludicidade está presente em jogos e brincadeiras por mais simples que sejam e sempre brincando a criança está aprendendo algo. Diante do brincar a professora proporciona o processo da aprendizagem, onde as crianças adquirem experiências diante da troca de informações despertando o senso crítico e aprimorando seu pleno desenvolvimento.
Portanto, é dever das escolas promoverem mais momentos de brincadeiras e uso dos brinquedos como metodologia de ensino. Além disso, ao professor compete aprimorar seus conhecimentos didáticos de modo a elaborar e aplicar brincadeiras adequadas para as crianças de acordo com cada faixa etária, tornando a aprendizagem mais prazerosa, eficiente e significativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Versão Final. Brasília, DF, 2017.
BRASIL. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 01 de ago. 2021.
BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 01 de ago. 2021.
LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: a psicocinética na idade pré-escolar. Porto Alegre: Artmed, 2001.
MARINHO, Herminia Regina Bugeste. Pedagogia do desenvolvimento universo lúdico e psicomotricidade. 2. Ed. Curitiba: IBPEX, 2007.
SEBASTIANI, Márcia Teixeira. Fundamentos Teóricos e metodológicos da educação infantil. Curitiba: IESDE, Brasil, 2003.
SILVA, A. G. Da. Concepção do lúdico dos professores de Educação Infantil. Universidade Estadual de Londrina: SC, 2011.
ANEXO
ESCOLA: Centro Educacional Talentos Brilhantes
PROFESSORA: Valdirene Jesus dos Santos TURMA: Infantil II
COORDENADOR (A): Adailza Nunes da Silva HORA/AULA: 2 horas
 
	
CAMPO DE EXPERIÊNCIA
	
Escuta, fala, pensamento e imaginação.
	OBJETIVO DE CONHECIMENTO
	
· Conhecer as rimas;
· Criar rimas cantadas a partir de modelos;
· Desperta a consciência fonológica e o interesse pela leitura e escrita.
	HABILIDADES 
	
(EI03EF02) Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, alterações e ritmos. 
	DESENVOLVIMENTO
(AÇÕES DO PROFESSOR)
	
· Inicie com uma roda de conversa com as crianças levantando conhecimento prévios sobre rimas. Brinque com as crianças fazendo diversas rimas. Por exemplo (o que rima com sabão?), (o que rima com uva?).
· Após essa brincadeira de forma oral você pode oferecer atividade impressa, mas antes de realizar solicite que a criança fale o nome das figuras, trabalhe muito a fala e escuta.
	AVALIAÇÃO
	
A avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do desenvolvimento dos processos de aprendizagem das crianças; para refletirmos sobre a qualidade das interações estabelecidas com outras crianças, funcionários e com o professor, auxiliando no planejamento educativo, sem o objetivo de promoção.

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