Buscar

Diarreia: Definição, Classificação e Etiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Isabela Santos – Med Resumos 
 
Mucosa intestinal 
➔ Sua finalidade funcional exige grande permeabilidade ativa e passiva, propiciando o trânsito bidirecional 
de nutrientes, água e eletrólitos 
➔ É revestida na sua face intraluminal por microrganismos patogênicos ou não que exigem um equilíbrio 
para impedir o supercrescimento ou penetração na mucosa. 
 
Definição e classificação das diarreias 
➔ É um sintoma/sinal caracterizado por mais de 3 evacuações ao dia e diminuição da consistência das fezes 
➔ O peso (mais de 200g/dia) é considerado, mas é de difícil avaliação na clínica diária 
➔ Podem ser agudas ou crônicas, infecciosas ou não infecciosas 
➔ Diarreia aguda: duração de até 15 dias 
➔ Diarreia crônica: mais de 30 dias 
➔ Diarreia persistente: entre 15 e 30 dias 
➔ Importante destacar que toda diarreia crônica começa com um quadro de diarreia aguda insidiosa ou 
exuberante 
➔ Quanto ao mecanismo fisiopatológico: osmótica, secretora, inflamatória, motora e disabsortiva 
Etiologia 
➔ Vírus: transmitidos por água contaminada ou de pessoa para pessoa, os vírus mais prevalentes são o 
rotavírus e norovírus, possui efeito através de enterotoxina. 
➔ As diarreias virais se manifestam em um contexto de gastroenterite aguda, com fezes aquosas, com 
vômitos e habitualmente curta (máximo de 72 horas) 
➔ Outro agente viral é o citomegalovírus que se manifesta de forma persistente e disentérica 
 
➔ Bactérias: é a segunda causa mais frequente 
➔ Campylobacter: bactéria gram-negativa, tem como fator de risco a ingestão de água e alimentos 
contaminados (em especial aves domésticas), manifesta-se por febre, dor abdominal em cólica e diarreia 
com duração de 2 a 3 dias. 
➔ A enterite secundária a infecção pelo Campylobacter tem período de incubação de 2 a 5 dias, quase 
sempre autolimitada, raramente exige abordagem terapêutica. 
➔ O aspecto das fezes varia de aquoso a sanguinolento, dependendo da intensidade da infecção e tempo 
de enfermidade. 
➔ Infecção por campylobacter pode desencadear síndrome de guillain-barré 
➔ Clostridium difficile: gram-positiva, responsável pela diarreia secundária ao uso de antibióticos e de 
colite pseudomembranosa, habitualmente está presente no intestino de indivíduos saudáveis, ela produz 
toxinas que provocam aumento da permeabilidade e destruição das células colônicas, manifesta-se por 
diarreia aquosa em indivíduos com história de uso recente de antibióticos (3 ou mais dias). 
 
Diarreia Aguda 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
Escherichia Coli 
➔ É um bastonete gram-negativo 
➔ A E. Coli diarreiogênica possui cinco sorotipos diferentes com características individuais: enteroinvasiva 
(EIEC), enterotoxigênica (ETEC), enteroagregante (EAEC), enteropatogênica (EPEC) e entero-hemorrágica 
(EHEC) 
➔ Transmitida por alimentos e água contaminados com fezes humanas ou de animais 
➔ Raramente ocorre transmissão pessoa a pessoa 
➔ Produzem enterotoxinas que agridem o epitélio intestinal e altera sua estrutura. 
➔ Diarreia aquosa: EPEC, ETEC e EAEC 
➔ Disenteria: EIEC e EHEC 
➔ EHEC: causa disenteria e produz a toxina Shiga que pode causar complicações sistêmicas graves 
Salmonella 
➔ Bastonete gram-negativo, transmitido por ovos, aves domésticas, leites e outros alimentos contaminados. 
➔ S. Typhimurium tem relação com gastroenterites 
➔ S. Typhi tem relação com efeitos sistêmicos tóxicos como a febre tifoide 
➔ Manifesta-se inicialmente por diarreia aquosa, seguida de diarreia sanguinolenta. 
Shigella 
➔ Transmitido por via fecal-oral e por alimentos e água contaminados 
➔ Os sintomas surgem após incubação de 01 a 02 dias 
➔ A fase inicial de enterite se manifesta por diarreia aquosa → seguida de colite com diarreia 
mucossanguinolenta 
Giardia Lamblia 
➔ Sua transmissão ocorre a partir da ingestão de cistos em água contaminada, podendo ser transmitida de 
uma pessoa para outra em lugares com más condições de higiene. 
➔ Provoca destruição da borda em escova das células epiteliais e induz resposta imune do hospedeiro. 
➔ A apresentação clínica varia de ausência de sintomas a diarreia aquosa 
➔ Pode se tornar crônica causando má absorção e perda de peso 
 
A grande maioria das diarreias agudas são autolimitadas com tendência a regressão espontânea, exigindo 
apenas tratamento sintomático. 
Tempo de evolução 
➔ Diarreia tóxica: surge entre 4 e 24 horas após a ingestão do alimento contaminado, tende a regredir logo 
após a eliminação da toxina, entre 1 e 2 dias após seu início 
➔ Diarreia infecciosa: ocorre, 48 horas ou mais após a contaminação, são normalmente secundárias a 
infecções virais, mas podem ser causadas por bactérias ou protozoários. → As diarreias virais não 
costumam ser maior que 3 a 4 dias, as bacterianas podem durar até 7 dias e mais de 7 dias se suspeita 
de protozoário 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
➔ Diarreia funcional: duração maior que 03 meses com ausência de sintomas ou sinais de alarme (perda de 
peso), são intermitentes e não acontecem durante a noite 
Característica física das evacuações 
➔ Diarreias secundárias a doenças do delgado costumam ser aquosas e volumosas, apresentando risco de 
maior desidratação 
➔ Diarreias secundárias a colite, as fezes são de pequeno volume e podem apresentar muco ou sangue, o 
que será sugestivo de infecção. 
Observação: febre é sugestiva de doença infecciosa viral, bem como a presença de vômitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
 
 
➔ Consiste em um quadro diarreico com duração igual ou superior a 4 semanas 
Diarreia crônica sanguinolenta 
➔ Pode ser secundária a infecções bacterianas por Shigella, Salmonella, C. difficile e E. coli 
➔ Tem mais relação com doença intestinal inflamatória 
Diarreia crônica não sanguinolenta 
➔ Existe pequena probabilidade de infecções bacterianas 
➔ A investigação deve ser direcionada para G. Lamblia e C. difficile 
Investigação básica 
➔ Hemograma, enzimas hepáticas, Ca, B12, folato, Fe sérico, função tireoidiana e sorologia para doença de 
chagas 
Exames complementares 
➔ São divididos em inespecíficos e específicos 
➔ Os inespecíficos têm como finalidade avaliar alterações gerais decorrentes da diarreia e sugerir a 
possibilidade de ser infecciosa, orgânica ou funcional 
➔ Inespecíficos: hemograma, ureia e creatinina, sódio e potássio sérico, albumina sérica 
➔ Hemograma: quando possuir desvio a esquerda sugere infecção bacteriana; infecção crônica cursa com 
neutrofilia; neutropenia sugere Salmonelose, E. coli e outros 
➔ Ureia e creatinina: avaliação da função renal, visto que a desidratação pode causar insuficiência renal 
de intensidade variável 
➔ Sódio e potássio: avaliar desequilíbrios hidroeletrolíticos 
➔ Albumina sérica: diarreia crônica associada a má absorção pode provocar queda da proteína 
calprotectina fecal. 
 
 
Diarreia Crônica

Outros materiais