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Prof. Me. Rene Ignácio UNIDADE III Gestão Financeira de TI Decisões de aplicações em projetos de investimento que prometem retornos por vários períodos consecutivos: análise financeira de longo prazo. Decisões de investimentos de capital: são decisões estratégicas e demandam boa parte do tempo dos executivos de finanças. Projeto de Investimento: proposta de utilização de recursos para obtenção de lucro. Apresenta o montante de recursos a aplicar (custos), o cálculo dos benefícios futuros esperados ao longo do tempo (lucros), as condições de financiamento do investimento e as condições técnicas para atingir os objetivos do investimento. Orçamento de capital: processo de análise de investimentos de longo prazo: fases: geração de propostas, determinação das alternativas viáveis, tomada de decisão, implantação e avaliação de desempenho. Análise de Retorno de Investimentos O impacto da decisão é de longo prazo: previsões devem abranger todo período de vida útil: nova fábrica: vendas, matéria-prima, energia, pessoal especializado/treinado, assistência técnica, atualização tecnológica. O risco envolvido é alto: há fatores que podem causar grandes prejuízos: mau dimensionamento de mercado/tecnologia, financiamento impróprio, depender de poucos fornecedores/clientes, má localização, mudanças nas políticas públicas, concorrentes. O momento adequado do investimento: difícil de se conhecer. Racionalidade na decisão de investimento: pode-se gerar alternativas não analisadas: troca de fornecedor, novos equipamentos, alianças estratégicas. Decisão de financiamento: menor custo de capital, prazos compatíveis e estrutura de capital adequada: viabilidade de lançar ações, captar recursos no exterior, buscar novos sócios, financiamentos junto a fornecedores. Orçamento de capital: fatores Geração de propostas: ideias de investimento: novos produtos/tecnologias/sistemas, visitas a feiras de negócios. Determinação das alternativas viáveis: escolha considerando aspectos econômicos, tecnológicos, ambientais, éticos. Tomada de decisão: comprometimento de recursos, previsões podem não se confirmar, analisar riscos em cenários diferentes. Implantação: pode ser complexa, gestão de projetos. Avaliação de desempenho: garantir que objetivos sejam alcançados e até ultrapassados, avaliação um ano após a implantação. Fases do processo de orçamento de capital Informações fundamentais: Estimativa dos fluxos de caixa de cada projeto: recebimentos/pagamentos: valor futuro. Custo de capital para descontar fluxos: determinar o valor presente. Quanto maior o risco do projeto, maior deverá ser o custo de capital. Custo de capital é afetado pelo risco do negócio e pelo risco financeiro de cada projeto. Orçamento de capital: auxilia no alcance dos objetivos estratégicos. Maximizar a riqueza, substituir ativos obsoletos, reduzir custos, criar sinergia entre projetos, proteger mercado, dominar novos mercados, inibir concorrentes, aproveitar recursos existentes. Sucesso/fracasso. Indicadores para a análise de retorno de investimentos. Orçamento de capital Relação entre o valor ganho/perdido e o valor investido. Antes de investir: prever o retorno de um investimento. Após o investimento: calcular a lucratividade real do investimento realizado. Aplicação: ganho de R$ 200.000 e investimento inicial de R$ 40.000: ROI: positivo retornos superam custos, investimento é lucrativo, negativo: custos superam retornos, investimento não lucrativo. Comparando investimentos: maior ROI é o melhor investimento: riscos e fatores envolvidos devem ser semelhantes, valores de ROI precisam estar na mesma base temporal e monetária. Retorno Sobre o Investimento ROI Payback: tempo necessário para recuperar o investimento inicial. Dois tipos de payback: simples e descontado. Em ambos: o tempo para recuperar o investimento ocorre quando a soma dos fluxos de caixa for igual ao investimento. Payback Simples: não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. Payback Descontado: leva em consideração o valor do dinheiro no tempo, trazer o valor futuro para o presente usando uma taxa de juros: Taxa Mínima de Atratividade: mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, composição: Custo de oportunidade: mínimo obtido investindo sem risco, poupança, renda fixa. Risco do negócio: depende do segmento. Liquidez: facilidade de transformar/obter o dinheiro. Payback Projeto: investimento inicial R$ 100.000, fluxo de caixa anual R$ 50.000,00. 1º ano retorno de R$ 50.000, 2º ano retorno R$ 100.000 (50.000 1º ano + 50.000 2º ano)... Após 2 anos todo o dinheiro investido no projeto terá retornado ao caixa. Payback Simples: 2 anos. Payback Simples R$ 50.000,00 R$ 100.000,00 0 1 2 3 4 5 Anos Investimento -100.000 Payback 1° ano 50.000 50.000 2° ano 50.000 100.000 Total 0 Investimento R$ 200.000. Fluxo de caixa anual variável. Payback Simples: 5 anos. Payback Simples Investimento -200.000 Payback 1° ano 50.000 50.000 2° ano 25.000 75.000 3° ano 25.000 100.000 4° ano 50.000 150.000 5° ano 50.000 200.000 Total 0 50.000 25.000 25.000 50.000 50.000 50.000 Anos (200.000) 0 1 2 3 4 5 Recebimentos: não ocorrem uma única vez ao ano, são contabilizados mensalmente. Entrada no 5º ano: total R$ 250.000, mas R$ 200.000 entraram em setembro: Payback: 4 anos e 9 meses. Coluna Saldo: Investimento – Entrada anual. Payback Simples Investimento -200.000 Payback Saldo 1° ano 50.000 50.000 -150.000 2° ano 25.000 75.000 -125.000 3° ano 25.000 100.000 -100.000 4° ano 50.000 150.000 -50.000 5° ano 250.000 400.000 200.000 Total 0 Projetos 1 e 2: payback de 3 anos. Projeto 2: maior retorno no 3º ano. Projeto 1: retorna mais após 3º ano, mais vantajoso pelo fluxo de caixa. Payback simples considera apenas a quantidade de períodos necessários para o retorno do investimento. Payback simples: útil, tem aplicação prática, simples e fácil de calcular. Deve ser utilizado em conjunto com outras ferramentas de análise. Payback Simples: limitações Fluxos de caixa Investimento inicial Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Projeto 1 -200.000 50.000 70.000 80.000 80.000 80.000 Resultado -150.000 -80.000 0 80.000 100.000 Projeto 2 -200.000 50.000 50.000 100.000 50.000 50.000 Resultado -150.000 -100.000 0 50.000 100.000 Está incorreto o que se afirma em: a) Se o ROI for positivo, então os retornos superam custos. b) Se o ROI for negativo, então os custos superam retornos. c) O Payback é definido pela empresa. d) O Payback Simples não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. e) Valores de ROI devem estar em base temporal diferente para serem comparados. Interatividade Está incorreto o que se afirma em: a) Se o ROI for positivo, então os retornos superam custos. b) Se o ROI for negativo, então os custos superam retornos. c) O Payback é definido pela empresa. d) O Payback Simples não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. e) Valores de ROI devem estar em base temporal diferente para serem comparados. Resposta Calculado a partir do fluxo de caixa, com uma taxa de desconto para a correção dos valores no período: Taxa Mínima de Atratividade (TMA): taxa de juros mínima que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento é uma composição envolvendo: Custo de oportunidade: mínimo obtido investindo sem risco, poupança, renda fixa. Risco do negócio: depende do segmento. Liquidez: facilidade de transformar/obter o dinheiro: mais fácil obter dinheiro retirando-o de uma aplicação do que vender ativos ou a empresa. Considerar o valor do dinheiro no tempo (falha do payback simples). Não leva em consideração os fluxos de caixa após o payback. Payback descontado Investimento R$ 200.000, fluxo de caixa anual variável,taxa de 15% (TMA)? Payback descontado 50.000 25.000 25.000 50.000 50.000 50.000 Anos (200.000) 0 1 2 3 4 5 Investimento -200.000 Payback 1° ano 50.000 50.000 2° ano 25.000 75.000 3° ano 25.000 100.000 4° ano 50.000 150.000 5° ano 50.000 200.000 Total 0 Investimento R$ 200.000, fluxo de caixa anual variável, taxa de 15% (TMA)? Não recupera investimento até 5º ano! Vemos como os juros afetam o tempo de retorno. Continuar o cálculo até encontrar o período no qual acontecerá o retorno do investimento. Payback descontado Investimento -200.000 Payback Simples VP Payback Descontado Saldo 1° ano 50.000 50.000 43.478 43.478 -156.522 2° ano 25.000 75.000 18.904 62.382 -137.618 3° ano 25.000 100.000 16.438 78.820 -121.180 4° ano 50.000 150.000 28.588 107.407 -92.593 5° ano 50.000 200.000 24.859 132.266 -67.734 Fluxo de caixa de R$ 85.000,00 no 6º e 7º ano. Conclusão: retorno ocorre no 7º ano. Visão mais realista. Cálculo pode ser mais complexo. Payback descontado 50.000 25.000 25.000 50.000 50.000 50.000 Anos (200.000) 0 1 2 3 4 5 ANO VF VP Payback Descontado Saldo 1° 50.000 43.478 43.478 -156.522 2° 25.000 18.904 62.382 -137.618 3° 25.000 16.438 78.820 -121.180 4° 50.000 57.175 107.407 -92.593 5° 50.000 24.859 132.266 -67.734 6° 85.000 36.748 169.014 -30.986 7° 85.000 31.955 200.969 969 Calcular o valor presente de cada movimentação do fluxo de caixa do projeto, somar todos os valores calculados e subtrair desse total o valor do investimento inicial: Somatório desde o tempo 𝑡 = 1 até o tempo 𝑛 𝑉𝑃𝐿 = Valor Presente Líquido = fluxo de caixa de cada período 𝑛 = número de períodos do projeto ; 𝑖 = taxa de juros ; 𝐼0 = investimento inicial do projeto Considerar que todo o investimento equivale ao investimento inicial. Se houver investimentos intermediários, também será necessário calcular o VP desses fluxos. VPL positivo: rentabilidade maior do que a taxa mínima aceitável para a empresa (TMA). Valor Presente Líquido (VPL) Investimento R$ 1.500.000, 3 anos, entradas: R$ 500.000, R$ 300.000 e R$ 700.000, taxa de juros mínima 2% a.a. A análise da viabilidade é feita considerando se o valor presente no momento zero, o início: Investimento: não é preciso descontá-lo (início). Fórmula para o cálculo do valor presente: Cálculo de Valor Presente Líquido (VPL) 0 1 2 3 500.000 300.000 700.000 t (anos) (1.500.000) Cálculo de Valor Presente Líquido (VPL) 500.000 300.000 700.000 t (anos) 0 1 2 3 (1.500.000) Usando uma planilha eletrônica: Cálculo de Valor Presente Líquido (VPL) 500.000 300.000 700.000 t (anos) 0 1 2 3 (1.500.000) Critério: VPL maior ou igual a zero: são atrativos. VPL menor que zero: são considerados não atrativos. Conclusão: Investimento apresenta rentabilidade menor do que a taxa mínima aceitável (TMA)! Os recebimentos que ocorrerão NÃO compensarão o investimento inicial! Cálculo de Valor Presente Líquido (VPL) 500.000 300.000 700.000 t (anos) 0 1 2 3 (1.500.000) Quanto maior for a taxa utilizada para o cálculo do VPL, isto é, quanto maior for a taxa mínima aceita pela empresa para seus investimentos, menor será o valor final do VPL! Cálculo de Valor Presente Líquido (VPL) Quanto maior for a taxa utilizada para o cálculo do VPL, isto é, quanto maior for a taxa mínima aceita pela empresa para seus investimentos, menor será o valor final do VPL! Estrutura de capital correta: diminuir custo de capital, essencial para viabilizar os projetos. Custo de capital alto: Serão usadas altas taxas para o cálculo do VPL. Taxas de juros altas no país: altos custos de capital, inviabiliza muitos projetos de investimentos das empresas. Cálculo de Valor Presente Líquido (VPL) VPL > 0 VPL Taxa de desconto VPL < 0 Está incorreto o que se afirma em: a) Altas taxas de juros viabilizam muitos projetos de investimentos das empresas. b) Quando o VPL é maior ou igual a zero, os investimentos são atrativos. c) O Payback Descontado usa uma taxa de desconto para obter valores presentes. d) O Payback Descontado leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. e) Quanto maior for a taxa utilizada, menor será o valor final do VPL. Interatividade Está incorreto o que se afirma em: a) Altas taxas de juros viabilizam muitos projetos de investimentos das empresas. b) Quando o VPL é maior ou igual a zero, os investimentos são atrativos. c) O Payback Descontado usa uma taxa de desconto para obter valores presentes. d) O Payback Descontado leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. e) Quanto maior for a taxa utilizada, menor será o valor final do VPL. Resposta O VPL de um projeto diminui à medida que aumenta o valor da taxa de desconto. TIR: taxa de desconto que faz com que o VPL de um de investimento seja igual a 0: o valor presente das entradas de caixa iguala-se ao investimento. É a taxa de retorno anual que a empresa obterá se investir no projeto e receber as entradas de caixa previstas. Avaliação do investimento: comparar a TIR com a taxa mínima de retorno (TMA): TIR menor que a TMA: projeto não é considerado atrativo (VPL negativo). TIR for maior que a TMA: projeto é considerado rentável (VPL positivo). TIR for igual à TMA: projeto ainda viável, gera o mínimo desejável (TMA), decisão superior prosseguir ou não, ou aprofundar a análise. Projeto mais atrativo: o de maior valor de TIR. Taxa Interna de Retorno (TIR) Expressa em percentual: boa aceitação entre executivos financeiros. Fácil comparar investimentos: se trata de um valor relativo e não absoluto. Fácil compreensão. Considera a evolução do dinheiro no tempo: converte para o valor equivalente ao do presente momento. Extremamente difundida em todo o mundo. Pode ser calculada em planilhas eletrônicas ou calculadoras financeiras. TIR é preferível ao VPL: Valor Presente Líquido é um valor monetário. TMA: estimativa aproximada da taxa de retorno exigida, pode ser um valor subjetivo e aproximado. TIR não se baseia na taxa de retorno exigida. Vantagens da TIR Não mostra risco que a empresa corre para obter o retorno: Projetos diferentes com mesmo fluxo de caixa e mesmos prazos: se houver com problemas, as perdas são diferentes em cada projeto. Fluxo de caixa não uniforme: dificulta o processo de análise, projeto poderá apresentar taxas múltiplas. Não apresenta valores monetários efetivos. Não considera o valor que o projeto pode agregar à empresa como um todo. Cuidado ao comparar: não é recomendada a comparação entre projetos de curto prazo com projetos de longo prazo: Projeto A 1 ano TIR de 28% X Projeto B 10 anos TIR de 17%. TIR favorece projeto A: pode ser um erro: TIR de 17% por 10 anos é melhor do que 28% por um ano. Desvantagens da TIR Efetuado a partir da fórmula para o cálculo do VPL, que deverá resultar em um VPL igual a zero: TIR é obtida da seguinte expressão: O cálculo não é simples: a TIR fica difícil de ser calculada quando o número de períodos (n) do projeto começa a aumentar: resolver equações polinomiais. Para n = 2: equação de segundo grau. Fazer tentativas sucessivas usando diversos valores de TIR, até que VPL se aproxime ou seja igual a zero 0. Cálculo de Taxa Interna de Retorno (TIR) Investimento R$ 100.000, 2 anos, entradas: R$ 60.000 no 1º e 2º ano. 1º TIR de 10%: 2º TIR de 15%: TIR está entre 10% e 15%. 3º TIR de 13,5%: VPL = −561 4º TIR de 13%:VPL = 86 Com novas tentativas: TIR 13,07%. TIR for maior que a TMA: projeto rentável. Cálculo de Taxa Interna de Retorno (TIR) Investimento R$ 1.500.000, 3 anos, entradas anuais: R$ 500.000, R$ 300.000, R$ 800.000. Planilha Excel: Função: TIR(valores, [suposição]) valores: células com o valor do investimento(negativo) e os fluxos de caixa ordenados. suposição: não é obrigatório. Cálculo de Taxa Interna de Retorno (TIR) Relacionadas com a definição das fontes de financiamentos a serem utilizadas nas atividades da empresa e nos projetos de investimento. Envolvem: estrutura de capital: composição capital próprio/terceiros. determinação do custo de capital; captação de recursos. As atividades podem ser financiadas externamente ou pelas operações da própria empresa. Tipos de financiamento: empréstimos bancários; financiamentos e leasing; recursos próprios; dividendos pagos. Decisões de financiamento Brasil: financiamentos são oferecidos por instituições financeiras. Agentes governamentais que têm por objetivo principal o desenvolvimento do país: BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Finame: Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais: linha de financiamento do BNDS destinada à compra de equipamentos de fabricação nacional novos. As opções de financiamento podem ser: Capital próprio: capital líquido da empresa, patrimônio da empresa e os dividendos que os sócios-proprietários e acionistas recebem. Capital de terceiros: recursos de instituições financeiras. Importante no estudo da estrutura de capital e das fontes e tipos de financiamento: Custo de capital. Opções de financiamento Ao solicitar empréstimo ao banco, se paga uma taxa de juros: juros são o custo de capital. Empresa deve gerar receita suficiente para cobrir o custo do capital que financia as operações, antes de pensar em ter lucro. Custo de capital pode ser entendido como: 1- Taxa de retorno que os fornecedores de capital exigem para atrair fundos para a empresa. 2- Taxa de retorno que uma empresa precisa obter nos projetos em que investe, de forma a manter o valor de mercado de sua ação: Número mágico usado para decidir investir ou não em um projeto. Investimentos recomendados: VPL > 0 ou TIR > custo de capital. Taxa de retorno maior que custo de capital eleva o valor da empresa. Custo de capital Está relacionado com a composição da estrutura de capital: equilibrar capital próprio/terceiros, para minimizar o custo do capital global e maximizar o valor da empresa e riqueza dos acionistas. Sofre influências de fatores: Externos: taxas de juros de mercado e impostos. Internos: políticas de financiamento/investimento da empresa. Custo de capital Conceito dinâmico: modifica-se com tempo e situação. Estrutura do custo de capital é baseada em algumas premissas: Presumir que o risco econômico seja constante: aceitar um projeto não afeta a capacidade da empresa de arcar com o custo operacional. Presumir que o risco financeiro seja constante: mesmo financiando seus projetos, empresa tem capacidade de honrar seus custos de financiamento (juros, aluguéis, dividendos preferenciais). Apurar custos relevantes após imposto de renda: medir custo de capital após imposto. Custos relevantes: afetam os fluxos de caixa futuros, ajudam a eliminar informações desnecessárias que dificultam o processo de tomada de decisão. Acionista: retorno deve estar relacionado com os fluxos de caixa pós-imposto. Custo de capital Está correto o que se afirma em: a) A TIR se baseia na taxa de retorno exigida. b) A TIR resulta em valores monetários efetivos. c) A TIR é taxa de desconto quando o VPL é igual a 0. d) O custo do capital não é afetado pelos juros de mercado e impostos. e) O custo de capital é sempre constante e independente da situação do mercado. Interatividade Está correto o que se afirma em: a) A TIR se baseia na taxa de retorno exigida. b) A TIR resulta em valores monetários efetivos. c) A TIR é taxa de desconto quando o VPL é igual a 0. d) O custo do capital não é afetado pelos juros de mercado e impostos. e) O custo de capital é sempre constante e independente da situação do mercado. Resposta Considera dois componentes de financiamento: Custo do Capital de Terceiros: juros que fornecedores cobram quando emprestam recursos. Recursos devem promover um retorno superior ao custo da dívida, há vantagens tributárias. Custo do Capital próprio: calculado sobre os recursos que pertencem à empresa. É um custo de oportunidade: benefício perdido devido a uma escolha realizada: taxa mínima de retorno para manter constante o preço de mercado da ação. A taxa mínima de retorno está relacionada com o custo da melhor oportunidade: acionista não aplica no mercado financeiro e quer ter esse retorno nas ações da empresa. Custo de capital e seus tipos Cálculo do custo de capital próprio é complexo: dificuldade na previsão dos lucros futuros, que se convertem em dividendos, e a dificuldade de previsão dos preços das ações. Financiamento usando recursos próprios: retenção de lucros, emissão de ações no mercado. O capital de terceiros, de forma geral, é mais barato que o capital próprio: quem empresta não corre risco operacional. Sócios e acionistas, capital próprio, correm risco operacional junto com a empresa. Melhor combinação de financiamento: avaliação relação risco-retorno. Lembrando: estrutura ótima de capital: minimizar o custo de capital e maximizar a riqueza dos sócios. Custo de capital e seus tipos Projeto 1: 1 milhão, TIR 15 %, custo do capital de terceiros de 12 % a.a., vida útil 15 anos. Projeto 2: 1 milhão, TIR 20 %, custo do capital próprio de 22 %, vida útil 15 anos. Decisão: projeto 1, retorno é maior do que o custo do capital. Decisão acertada? Atendeu aos interesses dos sócios? Tem solução melhor? Solução: usar um custo de capital combinado: Obtém-se taxas mais atraentes e tomar decisões melhores no longo prazo. Ideia: ponderar o custo de cada fonte de financiamento por sua proporção de utilização ideal na estrutura de capital da empresa. Análise de investimento baseada no custo de financiamento Mix de 50% de capital de terceiros e 50% de capital próprio, CMPC = (0,50 × 0,12) + (0,50 × 0,22) = 0,17 𝑜𝑢 17% Custo 1 milhão, 15 anos de vida útil: Projeto 1: TIR 15 %, CMPC 17 % a.a. Projeto 2: TIR 20 %, CMPC 17 % a.a. Nova análise: projeto 1 rejeitado, 15%<17% projeto 2 aprovado, 20%>17%, opta por um projeto mais lucrativo. Pesos (mix): valores contábeis ou valores de mercado, históricos ou ideais. Pesos ideais: base na estrutura de capital ótima que a empresa deseja atingir. Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC) Capital Mix % Custo Próprio 50% 22% Terceiros 50% 12% Tipos de recursos utilizados pela empresa: financiamento de longo prazo, capital próprio ou de terceiros. Estrutura de capital: mix de recursos que mais favorece os objetivos organizacionais. levando em conta a economia (juros alto/baixo) e planos internos (expansões, fusões). Estrutura de capital ótima é aquela que minimiza CMPC: permite realizar maior número de projetos lucrativos, maximizando o valor da empresa. Não há metodologia para determinar a estrutura ótima, dinâmica, fatores: Economia: PIB, política fiscal/cambial, desemprego, inflação. Mercado: emissão de ações, controle acionário. Riscos: do negócio, tributação, vontade do acionista controlador. Estrutura de Capital Mostra dependência de fontes externas (capital de terceiros) e internas (capital próprio) e o grau de risco financeiro. Financiadores: empresa que depende muito de capital de terceiros apresenta um maior risco. Índice de Endividamento Geral: quanto do ativo total está comprometido com terceiros. EG = 0,74 74% do ativo total usado para custear dívidas. EG alto: ruim, mas pode estar investindo. Indicadores de estrutura de capital Endividamento com Terceiros: Dívidas com terceiros por valor de recursos próprios. Quanto maior, pior está a condição financeira. ET alto: atrapalha levantamentode financiamentos futuros. ET = 0,80: para cada R$ 1 dos sócios R$ 0,80 foram obtidos junto a terceiros. Indicadores de estrutura de capital Composição do Endividamento: relação dívida de curto prazo e dívida total. Gestores: usam para definição de estratégias de gerenciamento da dívida. Investidores: usam para tomada de decisão de investimento em determinada companhia. Quanto menor, melhor: CE baixo: desembolsa menos no curto prazo para dívidas. CE alto: demanda muito capital a curto prazo. Indicadores de estrutura de capital Empresa necessita de financiamento em diversos momentos e finalidades: reformas, expansão. Se financiar só com recursos de terceiros: quebrará em tempos de crise: redução de vendas. Tipos de financiamento para ampliar as opções: Financiamentos com Capital Próprio. Financiamento com Capital de Terceiros. Fontes e Tipos de Financiamentos Capital próprio: contas do Patrimônio Líquido, lado direito do Balanço Patrimonial. Recursos próprios que permanecerão indefinidamente na empresa. Integralização: sócio entrega capital prometido. Reserva de Capital: negociação com ações e debêntures. Lucros: gerados pela empresa que não foram distribuídos. Vendas de ativos: reduções dos níveis de estoques, contas a receber. Tipos de Financiamentos com Capital Próprio Comuns: financiamentos contratados com instituições financeiras. Outros: crédito de fornecedores, adiantamento de clientes. Investidor anjo: investe e ajuda com seu conhecimento. Sócio investidor: investe alto, quer retorno rápido. Sócio capitalista: investe menos, retorno no logo prazo. Crowdfunding: financiamento coletivo on-line. Tipos de Financiamento com Capital de Terceiros Em relação ao Custo Médio Ponderado de Capital, podemos afirmar: a) Deve ser o maior valor possível. b) Um projeto deve ser aprovado se a TIR for menor que o CMPC. c) Um projeto deve ser reprovado se a TIR for maior que o CMPC. d) Um projeto deve ser aprovado se a TIR for maior que o CMPC. e) Não influi na análise de investimentos. Interatividade Em relação ao Custo Médio Ponderado de Capital, podemos afirmar: a) Deve ser o maior valor possível. b) Um projeto deve ser aprovado se a TIR for menor que o CMPC. c) Um projeto deve ser reprovado se a TIR for maior que o CMPC. d) Um projeto deve ser aprovado se a TIR for maior que o CMPC. e) Não influi na análise de investimentos. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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