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ED PROVA - Nutri e envelhecimento

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Estudo Dirigido - PROVA
Nutrição e Saúde no Envelhecimento
1) Explique a diferença entre idade cronológica e biológica.
Idade Cronológica: Idade numérica de um determinado indivíduo
Idade Biológica: Indica as condições de saúde física e mental da pessoa, que é
influenciada por herança genética, condições socioeconômicas e acesso a serviços
de saúde.
2) Explique porque a população brasileira está envelhecendo.
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial com grande impacto social
e econômico. Está ocorrendo pela mudança dos indicadores de saúde, por exemplo,
queda da natalidade, redução da mortalidade e aumento da expectativa de vida.
3) Fale sobre o envelhecimento.
É o processo em que ocorre declínio progressivo das funções fisiológicas em
decorrência do acúmulo de alterações provocadas pela idade.
Características:
● Deterioração histopatológica progressiva, que leva ao prejuízo da
homeostase, refletindo na redução da capacidade fisiológica e de adaptação
aos diferentes estímulos do ambiente.
● Aumento da susceptibilidade e da vulnerabilidade a doenças.
● Elevação do risco de mortalidade.
3) Defina o que é homeostenose, e onde ocorrem seus principais impactos.
Homeostenose é a diminuição da capacidade de um organismo ao desempenho das
funções biológicas essenciais. Os principais impactos ocorrem: V. de condução
nervosa, Gasto metabólico basal, Índice cardíaco, Função renal, Fluxo plasmático
renal, Capacidade vital pulmonar.
4) Explique a diferença entre Senescência e Senilidade.
Senescência: É considerada parte do processo normal de envelhecimento, é
definida pelo declínio progressivo das funções fisiológicas em decorrência do
acúmulo de alterações provocadas pela idade, tornando os idosos mais vulneráveis
(envelhecimento normal).
Senilidade: É caracterizada pela presença de doenças associadas ao envelhecer
(envelhecimento patológico).
5) Descreva os principais fatores psicológicos, sociais e fisiológicos que
acometem as pessoas idosas, e de que forma esses fatores impactam na sua
alimentação e estado nutricional.
Os fatores psicológicos e sociais, como depressão, apatia, distúrbios do humor e
a pobreza; podem influenciar nos hábitos alimentares muitas vezes não saudáveis;
Mudanças relacionadas à aposentadoria, isolamento e solidão; Falta de cuidado
com a própria saúde e alimentação.
Já os fatores fisiológicos estão relacionados às limitações físicas, Inatividade
física, Diminuição do funcionamento dos órgãos dos sentidos (visão, olfato, paladar,
audição e tato), Alterações no TGI e metabolismo, Alterações musculares e
articulares, Redução de massa magra.
6) De que forma alterações na cavidade oral, esôfago e estômago podem
impactar negativamente na alimentação e estado nutricional da pessoa idosa?
O aparelho digestivo sofre mudanças estruturais, funcionais e de motilidade
decorrentes do envelhecimento.
Essas alterações tornam o indivíduo idoso mais vulnerável aos distúrbios
nutricionais, pois afetam a ingestão alimentar, o processo digestivo, a
biodisponibilidade de nutrientes e causam alterações farmacocinéticas.
7) No envelhecimento são comuns alterações no apetite e na ingestão
alimentar. Parte disso decorre de mudanças na sensibilidade gustativa e
olfativa. Descreva os principais pontos dessas mudanças.
A ausência de dentes ou o uso de próteses mal adaptadas prejudicam a mastigação
e trituração dos alimentos (modificação da consistência); Diminuição da secreção
salivar (xerostomia) ou aumento (sialorreia);
Alteração dos gostos primários (aumento no limiar de sabor); Aumento na
quantidade de sal e açúcar nas refeições; A redução da sensibilidade olfativa altera
a percepção dos sabores; Uso de medicamentos, tabaco, determinadas doenças,
xerostomia etc; Alterações na percepção visual.
7) Comente sobre a xerostomia nos idosos.
Causas da xerostomia:
● No idoso, o número de células das glândulas salivares é reduzido;
● Diabetes e uso de medicamentos;
● Má-nutrição pode comprometer a função da glândula salivar, isso afeta a
composição da saliva e a quantidade produzida.
Consequências da xerostomia:
● Dificulta a formação do bolo alimentar, causando desconforto na deglutição;
● Altera a capacidade de percepção do sabor dos alimentos, afetando o
consumo alimentar;
● Aumenta a predisposição a infecções e cáries, o que também pode causar
impacto na ingestão de alimentos.
7) Quais são as alterações vistas no estômago do idoso?
Estômago:
● Esvaziamento gástrico após as refeições é mais lento (até 3x mais que
adultos jovens) – redução no peristaltismo e força contrátil.
● Saciedade entre as refeições tende a ser maior.
● Menor produção de suco gástrico (20%) e secreção do fator intrínseco (B12) -
deficiência de ferro e B12.
● Menor capacidade de reparação tecidual após exposição a um fator agressor.
● Gastrite atrófica (inflamação e destruição dos tecidos).
Pâncreas:
● Atrofia do pâncreas, fibrose e degeneração gordurosa associadas ao
envelhecimento.
● Alterações funcionais, tais como a menor secreção de bicarbonato e
enzimas.
● Alterações na homeostase da glicose: possivelmente mais relacionadas a
fatores ambientais / comportamentais.
Fígado:
● Diminuição do volume do órgão;
● Redução da capacidade regenerativa;
● Declínio na metabolização de drogas;
● Alterações na expressão de várias proteínas;
● Diminuição das funções hepatobiliares;
● Declínio da secreção de sais biliares.
Intestino:
● Certo grau de atrofia na mucosa: afeta a absorção.
● Intestino grosso: menor motilidade = constipação (causa multifatorial).
Causas da constipação: Baixo consumo de líquidos e de alimentos ricos em
fibras; Menor número de refeições/dia; Inatividade física.
8) Quais são os fatores que influenciam positiva ou negativamente no
processo de envelhecimento?
Herança genética; Condições Econômicas; Enfermidades; Cuidados com a saúde;
Estilo de vida (alimentação, estresse, atividade física, integração social).
9) Liste as avaliações que compõem a avaliação completa da pessoa idosa.
Antropometria; Avaliação dietética; Avaliação bioquímica; Avaliação clínico
nutricional; Avaliação subjetiva; Exame físico.
9) Avaliação Subjetiva x Avaliação Objetiva:
Avaliação Subjetiva: Possibilita a triagem dos pacientes em maior risco nutricional;
Avaliação consiste em anamnese: identificação, história familiar, social, alimentar,
história clínica pregressa, história da moléstia atual. Exame físico: análise de
cabelos, unhas e pele, da coloração das mucosas, tônus muscular/flacidez,
distribuição de gordura corporal etc); Avaliação do consumo alimentar e de padrões
alimentares; Investigação de fatores que influenciam nas escolhas alimentares;
Análise de fatores associados aos hábitos de vida do indivíduo.
Avaliação Objetiva: Permite traçar o diagnóstico nutricional e auxilia no
planejamento, implementação e acompanhamento de intervenções nutricionais. Ex:
peso, altura, circunferências (cintura, quadril, etc), composição corporal (% de
gordura, de massa magra e de água), exames bioquímicos.
10) Como deve ser aferido o peso da pessoa idosa? Em caso de
impossibilidade, como pode ser estimada?
O idoso deve se posicionar na balança, o mais ereto possível, com os braços ao
longo do corpo e com olhar fixo em um ponto, descalço e utilizando roupas leves.
Na impossibilidade de medir o peso da forma descrita por incapacidade do
indivíduo: Equipamentos como: cama/maca-balança ou estimativa por meio de
equações. Além disso, deve-se considerar edema; Ascite; Desidratação severa;
Amputação de membros; Tumor maciço ou organomegalia.
10) Como deve ser aferida a estatura da pessoa idosa? Em caso de
impossibilidade, como pode ser estimada?
Aferida usando o estadiômetro; o idoso deve ficar de costas para o estadiômetro,
descalço, com os pés juntos, em posição ereta, braços ao longo do corpo e olhando
para o horizonte.
Na impossibilidade de ser aferida deve ser estimada: Extensão dos braços ou
envergadura; Estatura recumbente; Altura do joelho (fácilobtenção e praticamente
não se altera com o tempo); Envergadura dos braços.
11) Quais os fatores que contribuem para a diminuição dessa estatura ao
longo do envelhecimento?
Com o avançar da idade há uma redução na estatura, sendo que a taxa de declínio
está em torno de 1-2 cm/década. Isso pode ser explicado por fatores como:
osteoporose, achatamento do arco plantar, escoliose, achatamento dos espaços
intervertebrais, cifose, problemas osteoarticulares, mudanças posturais.
12) Quais os pontos de corte para o IMC da pessoa idosa, segundo Lipschitz
(1994) e OPAS?
Lipschitz (1994): IMC < 22 (baixo peso), IMC 22-27 (eutrofia), IMC > 27 (excesso
de peso).
OPAS: IMC < 23 (baixo peso), IMC 23-28 (eutrofia), IMC 28-30 (sobrepeso), IMC >
30 (obesidade).
13) Quais são as alterações que ocorrem na composição corporal durante o
envelhecimento?
Redistribuição da gordura corporal nos idosos; Redução de massa magra e
aumento da gordura intra-abdominal; Redução do tecido ósseo (osteoporose);
Redução de água corporal.
14) Cite os exames bioquímicos mais comumente solicitados no
acompanhamento nutricional do idoso.
Confirmam deficiências observadas nos outros parâmetros; Permite a detecção de
alterações das funções metabólicas e do EN; Fundamental para se acompanhar os
efeitos da intervenção dietoterápica.
Principais exames: Albumina (diminuida), Pré-albumina, Hemograma completo,
Ferro, Ferritina sérica, Contagem total de linfócitos, Creatinina urinária, Creatinina
altura, colesterol total e frações, triglicerídeos, glicemia de jejum
15) Quais métodos de avaliação do consumo alimentar podem ser realizados
no acompanhamento nutricional do idoso? Cite uma vantagem e uma
desvantagem para cada um deles.
Métodos quantitativos:
Recordatório 24h:
● Método retrospectivo; Informações completas sobre alimentos consumidos
em 24h; Definir e quantificar os alimentos consumidos no dia anterior, através
de entrevista; Recomenda-se o uso de álbum: evita a subestimação.
● Vantagens (baixo custo, rápido, não altera o hábito alimentar, pode ser
aplicado à distância); Desvantagens (depende da memória, não estima a
ingestão habitual, subestimar porções).
Registro ou diário alimentar:
● Anota-se todos os alimentos e bebidas consumidos por um período de tempo
(3-7dias);
● Vantagens (não precisa de memória, mede consumo atual); Desvantagens
(Exige que o entrevistado ou acompanhante seja alfabetizado e esteja
motivado, alteração do consumo, resta ingesta, subestimação comum).
Métodos qualitativos:
Questionário de frequência alimentar:
● Avalia o consumo usual de macro e micronutrientes; Usa-se uma lista
predefinida de alimentos; Fundamental em estudos epidemiológicos.
● Vantagens (baixo custo, rápido, ingestão habitual); Desvantagens (depende
da memória, quantificação pouco exata).
16) No tratamento nutricional do idoso, pode ser necessária em alguns casos
a suplementação energética. De que forma ela poderia ser realizada?
A necessidade energética para indivíduos idosos deve ser de 30 a 35 Kcal por kg de
peso corporal ao dia; Ou pelo cálculo de EER.
A suplementação pode ser necessária, sendo realizada por incremento de alimentos
ou produtos específicos para esse fim. Exemplos de Alimentos/Suplementos que
aumentam a densidade energética: Farinhas, açúcar e derivados, óleos/azeite, leite
em pó / Nutren active, Sustagen.
17) Quais as recomendações de macronutrientes para idosos?
Carboidratos: 45-65% (AMDR);
Fibras: AI: 30g/dia (homens); AI: 21g/dia (mulheres); FAO: 25g/dia (média) Fontes
de fibras solúveis (Frutas, aveia, cevada e leguminosas); Fontes de fibras insolúveis
(Trigo, grãos e hortaliças, leguminosas);
Lipídeos: 25-35% (AMDR);
Proteínas: AMDR = 10-35%; RDA = 0,8g/kg
17) Em relação às necessidades de proteínas em idosos, responda:
a) Quais as recomendações segundo a BRASPEN (2019), para indivíduos
sadios e enfermos?
Idosos saudáveis: 1,0g a 1,2g/kg/dia
Idosos enfermos: 1,2 a 1,5g/kg/dia, podendo chegar a 2,0g/kg/dia
b) O que deve ser observado em condições clínicas específicas, tais como
doenças catabólicas e nefropatias?
Certas condições clínicas podem: Aumentar o catabolismo proteico e excreção
urinária de nitrogênio ou diminuir a absorção de proteínas.
Por isso, é importante avaliar presença de doenças, tais como, Doenças catabólicas
(aumenta necessidade de proteínas), Nefropatias (diminui necessidade de
proteínas).
18) Segundo a BRASPEN (2019), há indicações específicas de micronutrientes
para idosos?
● Cálcio: 1.200mg/dia;
● Ferro: 8mg/dia;
● Zinco: RDA homens (11mg/dia), RDA mulheres (8mg/dia);
● Selênio: 55μg/dia;
● Vitamina B2: RDA homens (1,3mg/dia), RDA mulheres (1,1mg/dia);
● Vitamina B6: RDA homens (1,7mg/dia); RDA mulheres (1,5mg/dia);
● Vitamina B9: 400μg/dia;
● Vitamina B12: 2,4μg/dia;
● Vitamina A: RDA homens (900μg/dia); RDA (700μg/dia);
● Vitaminas C, E;
19) Qual a recomendação de ingestão hídrica para idosos? Além da ingestão
de água, como essa oferta poderia ser aumentada?
A desidratação torna-se frequente em idosos, visto a menor sensação de sede pela
disfunção cerebral. A recomendação de água é de 1 a 1,5ml/kcal. Para incentivar a
ingestão de água podemos orientar: Ter sempre uma garrafinha de água
acompanhando; Chás calmantes, Sucos naturais, Água de coco, Frutas;
20) Comente sobre a osteoporose.
Condição multifatorial, é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição
da densidade mineral óssea (DMO).
Tratamento nutricional: Prevenir o desenvolvimento ou agravamento da
osteoporose; Adequar ou manter o estado nutricional; Nutrientes importantes:
Proteína, Lipídios, Cálcio, Vitamina D, Magnésio, Fósforo, Vitamina K.
20) Sobre a sarcopenia, responda:
a) Quais são os três estágios da sarcopenia, e quais as características de cada
estágio?
● 1 - Pré-sarcopenia: perda de massa muscular;
● 2 - Sarcopenia: Perda de massa muscular e de força ou performance;
● 3 - Sarcopenia severa: Perda de massa muscular, de força e de performance.
b) Descreva as causas da sarcopenia.
Redução involuntária da massa muscular, verificada com o envelhecimento; Ocorre
diminuição da força muscular, comprometendo a capacidade funcional
(independência e autonomia), aumento da probabilidade de quedas.
Causas: envelhecimento, inatividade física, alimentação, doenças, uso de
medicamentos.
c) Quais as principais consequências (agravos no organismo) da sarcopenia?
Apresenta relação com a incapacidade funcional, fragilidade e mortalidade,
resultante da redução da força ou da função muscular.
d) Como é caracterizada a obesidade sarcopênica?
É descrita como excesso de peso e gordura corporal, combinado com redução de
massa e força musculares. Fortemente associada à resistência à insulina, síndrome
metabólica e outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
e) Quais as recomendações de proteínas para a sarcopenia? Como essas
proteínas devem ser fracionadas ao longo do dia?
● 1,0 a 1,2 g/kg/dia para idosos saudáveis
● 1,2 a 1,5 g/kg/dia para idosos com doença aguda ou crônica, desnutrição e
fisicamente ativos.
● Ingestão adequada: 1,0 a 1,5 g/kg/dia de acordo com as necessidades
individuais.
● Ser porcionada 3x/dia, isso estimula a síntese em idosos
f) Comente sobre a suplementação de creatina.
Creatina: Contribuir para reabilitação da atrofia (desuso); Aumento de massa
muscular; Recomendação 0,03g a 5g/kg/dia; 20g/dia
Ômega 3: Aumento da síntese muscular; Suplementação de 4g;
Outros: Vitamina D e Cromo;
g) Como identificar a sarcopenia?
SARC-Calf; CP, TC e dobras na avaliação da MM; Velocidade da marcha habitual;
performance; Teste Timed Up and Go; IMME (Índice de Massa Muscular
Esquelética).
21) Quais sinais e sintomas comuns nos idosos?
Sinais: Se refere às manifestações clínicas que são vistas por meio da observação
direta do paciente; Ex: Palidez; Apatia, fraqueza; Unha quebradiça; Depleção;
Xerose cutânea; Perda da bola de Bichat;
Sintomas: São percebidos pelo paciente e relatados por ele.
21) Sobre a disfagia responda:
a)Quais são as principais causas da disfagia.
● Disfunção esofágica (alterações na musculatura, deficiência no início do
relaxamento do EES e peristalse primária etc);
● Câncer ou seu tratamento;
● Uso de medicamentos específicos;
● Demências.
b) Quais são os sinais e sintomas?
● Anorexia e perda de peso
● Acúmulo de alimento na garganta
● Engasgo com comida, bebida e saliva
● Desconforto ao deglutir
● Ardor no estômago ou refluxo acido
● Dificuldade em deglutir líquidos ou sólidos, ou ambos
● Sintomas de aspiração, como infecções pulmonares regulares
c) Qual deve ser a terapia nutricional em cada uma das fases (I, II, III e IV)?
Fase 1: Paciente em fase de realimentação oral ou incapacitados de engolir líquidos
(ralos).
● Evitar água e alimentos que esfarelam ou grudam na boca;
● Priorizar textura macia, com líquidos engrossados com espessantes
comerciais ou outros alimentos com o mesmo objetivo;
● Preferir: gelatinas, purês de frutas e vegetais, fécula de milho, flocos de
cereais, papinhas infantis, sorvetes, pudins, cremes, iogurtes, papa de aveia
ou arroz, ovo pochê, alimentos em temperatura fria.
Fase 2: Melhora do paciente no processo de deglutição, porém ainda com
restrições de líquidos.
● Ainda não se recomenda a oferta de água;
● Adicionar aos alimentos da fase 1: queijos cremosos, ovos mexidos, frutas
macias amassadas se casca e/ou caroço, manteiga, panquecas, sopas
liquidificadas e peneiradas, carnes em forma de purês e bebidas quentes ou
frias engrossadas;
Fase 3:
Geralmente utiliza-se alimentos macios e mecanicamente alterados;
Vegetais cozidos, frutas frescas (somente as de consistência macia e sem casca ou
semente);
Pães macios, massas, sopas, carnes em pedaços pequenos e bem cozidas,mel,
sucos e produtos lácteos de acordo com a tolerância;
Normalmente não se usa mais os espessantes.
Fase 4:
Dieta branda com textura macia;
Todos os líquidos podem ser oferecidos de acordo com a aceitação e
individualidade de cada paciente.
d) Cite quatro exemplos de alimentos de alto risco para disfagia.
● Cereais matinais secos e duros (granola, aveia em grãos);
● Alimentos crocantes (torradas, biscoitos secos, salgadinhos, frituras);
● Hortaliças fibrosas e duras (vagem, ervilha, brócolis, quiabo);
● Frutas muito fibrosas (abacaxi, manga, tangerina);
● Casca de frutas e hortaliças;
● Hortaliças folhosas (exceto e pequenas quantidades nas preparações
liquidificadas); Queijos amarelos que derretem facilmente na boca;
● Alimentos muito duros (balas, frutas secas e cristalizadas, oleaginosas).
22) Quais as principais condutas na terapia nutricional na Doença do Refluxo
Gastroesofágico?
● Refeições pequenas e fracionadas sem estimulantes da secreção gástrica e
que retardem o esvaziamento gástrico;
● Restrição de líquidos durante as refeições para evitar distensão gástrica;
● Restrição de preparações gordurosas;
● Utilizar espessantes ricos em amilopectina, como o amido de arroz, sem
excesso, aumentando assim a viscosidade do leite e/ou preparações.
● OBS: alimentos que devem ser evitados - frutas ácidas, café, achocolatados,
refrigerantes, chás mate ou preto, iogurte, alimentos condimentados,
açúcares e doces concentrados.
23) Quais as principais condutas na terapia nutricional na diarreia?
● Objetivo do tratamento: evitar a desidratação e favorecer a integridade do
TGI;
● CHO: normoglicídica (evitar mono e dissacarídeos);
● PTN: normo a hiperproteica;
● LIP: normo a hipo (evitar saturadas e avaliar uso de TCM);
● Vitaminas: complexo B;
● Minerais: reposição de Na e K.
● Consistência branda ou ajustada (3/3hs);
● Líquidos: hiper hídrica (1,2 ml/kcal);
● Evitar a lactose;
● Pobre em fibras insolúveis e ricas em solúveis: pectina (casca de frutas),
gomas (aveia, cevada, lentilha), mucilagens (sementes e algas marinhas)
24) Quais as principais condutas na terapia nutricional na constipação
intestinal?
● Dieta rica em fibras (principalmente insolúveis);
● Alimentos laxativos (ameixa, mamão, alimentos integrais, sucos naturais não
coados);
● Evitar alimentos constipantes (banana prata, caju, goiaba, suco de limão);
● Dieta hiper hídrica (1,2 ml/kcal - 1,5, 2L/dia);
● Sucos gelados no verão e chás no inverno.
25) Sobre a Demência de Alzheimer, responda:
a) Quais os principais pontos na conduta nutricional para pacientes com
Alzheimer?
● Manutenção do estado nutricional ou redução das perdas;
● Prevenir ou tratar a desidratação;
● Atentar quanto ao preparo e apresentação da refeição (preferências
alimentares);
● Facilitar as refeições: desossar, descascar, observar temperatura, adaptar a
consistência;
● Estabelecer horários, rotina alimentar;
● Evitar caroços, ossos ou embalagens;
● Evitar carnes com pequenos ossos;
● Observar talheres: facas sem corte e ponta, copos plásticos e com bordas
grossas;
● Optar por alimentos que facilitem a mastigação completa e a deglutição sem
risco de engasgos;
● Preferir consistência pastosa;
● Evitar alimentos secos e crus;
● Controlar barulho e distrações durante as refeições (priorizar se alimentar em
mesa e com companhia);
● Preparo dos alimentos de maneira familiar e inserir os alimentos de maior
preferência para o idoso;
● Pratos de material inquebrável e firme;
● Reduzir a quantidade de talheres para o mínimo necessário;
● Fracionamento: pequenas porções ao longo do dia, intervalo de 2-3h;
● Oferecer líquidos a cada 2h, uso de canudos para ingestão mais segura;
● Se alimentar sentado;
● Temperatura não deve ser nem quente nem fria, testar antes de servir;
b) Quais padrões alimentares estão associados à prevenção desse agravo?
● Dieta mediterrânea: Rica em frutas, hortaliças e cereais integrais, com
quantidades generosas de azeite de oliva (monoinsaturadas) e inclui o
consumo de peixes e oleaginosas.
● DASH: Enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de
gordura; Inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e oleaginosas;
Preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com
açúcar; é Rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades
reduzidas de colesterol, gordura total e saturada.
● Além disso, são nutrientes promissores na prevenção e redução da DA:
vitaminas C, E, B9, B12 e selênio.
26) Sobre o Diabetes Mellitus (DM) nos idosos, responda:
a) Como é realizado o diagnóstico? Há diferença do método utilizado para a
população adulta?
O diagnóstico é realizado por meio dos exames: glicemia de jejum; teste de
tolerância oral à glicose; hemoglobina glicada. Não há diferença nos métodos para
população adulta.
● Hemoglobina glicada (HbA1c): Um valor igual ou superior a 6,5% é
considerado indicativo de diabetes.
● Glicemia de jejum: Um nível de glicose no sangue em jejum igual ou
superior a 126 mg/dL (7,0 mmol/L) em duas ocasiões diferentes é diagnóstico
de diabetes.
● Teste de tolerância à glicose oral (TTGO): Um nível de glicose igual ou
superior a 200 mg/dL (11,1 mmol/L) duas horas após a ingestão de uma
solução de glicose é considerado diagnóstico de diabetes.
● Glicemia ao acaso: valor maior ou igual a 200.
b) Quais as recomendações dietéticas para idosos com diagnóstico de DM?
● Carboidratos: 45 a 60%;
● Sacarose: máximo 5 a 10% do VET;
● Frutose: não se recomenda adição aos alimentos;
● Fibra alimentar: mínimo 14 g/1000 kcal, 20 g/1000 kcal para DM2;
● Gordura total: 20 a 35% do VET, dar preferência para ácidos graxos
monoinsaturados e poli-insaturados, limitar saturados em até 10% e isenta de
trans;
● Proteína: 15 a 20% do VET;
● Vitaminas e minerais: seguem as recomendações da população sem
diabetes;
● VET: considerar as necessidades individuais, utilizando parâmetros
semelhantes aos da população sem diabetes, em todas as faixas etárias.
c) Quais aspectos devem ser considerados em seu tratamento nutricional?
● Expectativa de vida;
● Comorbidades associadas;
● Presença de sarcopenia e fragilidade;
● Alterações cognitivas;
● Polifarmácia/interação medicamentosa;● Capacidade de autocuidado (automonitoramento, uso de medicação -
principalmente insulina);
● Estrutura do apoio social e familiar;
● Custo das medicações antidiabéticas;
● Alterações próprias do envelhecimento: paladar, mastigação, digestão;
● Resposta hiperglicêmica e contrarregulatória menos efetiva.
d) Há diferenças nas metas terapêuticas (controle glicêmico)
comparativamente aos adultos? Explique
O tratamento segue os mesmo princípios utilizados em faixas etárias mais jovens,
porém nos idosos algumas particularidades são levadas em considerações nas
metas terapêuticas como a dificuldade na diferenciação entre tipo 1 e 2, diferenças
nas metas de controle glicêmico, restrição ao uso de vários antidiabéticos orais,
presença de outras doenças que limites qualidade ou expectativa de vida,
hiperglicemia na idade muito avançada não seria suficiente para desenvolver
complicações crônicas do diabetes, limitações econômicas, sociais e familiares.
27) Quais os principais pontos do tratamento dietoterápico da Hipertensão
Arterial Sistêmica em idosos? Quais padrões dietéticos podem estar
associados com a redução da pressão arterial?
● Dieta saudável e sustentável;
● Controle do peso;
● Redução da ingestão de sódio;
● Aumento da ingestão de potássio;
● Atentar ao consumo de álcool (redução);
● Prática de atividade física.
Padrões alimentares associados a redução da pressão arterial:
● Dieta mediterrânea: Rica em frutas, hortaliças e cereais integrais, com
quantidades generosas de azeite de oliva (monoinsaturadas) e inclui o
consumo de peixes e oleaginosas.
● DASH: Enfatiza o consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de
gordura; Inclui a ingestão de cereais integrais, frango, peixe e oleaginosas;
Preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com
açúcar; é Rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades
reduzidas de colesterol, gordura total e saturada.
● Vegetariana: consumo de alimentos de origem vegetal, frutas, hortaliças,
grãos e leguminosas, exclui carnes e inclui laticínio, ovos e peixes.
28) Quais as principais recomendações dietéticas para o tratamento da
Dislipidemia em idosos?
● Manutenção e controle de peso
● Redução de bebidas alcoólicas
● Redução de açúcares simples
● Redução de ingestão de carboidratos
● Redução da ingestão de gorduras saturadas
● Controle da ingestão de colesterol
● Aumento da ingestão de fibras solúveis -redução de LDL – aveia, cevada,
feijão, lentilha, grão de bico, maçã, laranja, pera, cenoura, brócolis
● Ingestão adequada de ômega 3
● Substituição (parcial) de ácidos graxos saturados por mono e poli
● Exclusão de ácidos graxos trans