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CLINICA B - Dermatite trofoalérgica e dermatites bacterianas 3

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- DERMATITE TROFOALÉRGICA: 
(HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR) 
 Enfermidade que desencadeia sensibilidade a 
qualquer componente da alimentação. 
 Fontes de proteínas – preferidas para alergia. 
 Reação de hipersensibilidade tipo 1, 3 e 4. 
 Doença alérgica mais comum em felinos do que 
cães. 
 NÃO RESPONDEM MUITO BEM AO CORTICÓIDE. 
 SEGUNDA DOENÇA ALÉRGICA MAIS COMUM NO 
GATO E TERCEIRA NO CÃO. 
 
PRINCIPAIS ALÉRGENOS: 
 CARNES 
 LEITE E DERIVADOS 
 OVOS, CONSERVANTES, BATATAS, BISCOITOS 
CANINOS, FEIJÃO, FARINHA, MILHO, TRIGO. 
 
CARACTERÍSTICAS CLINICAS: 
 PRURIDO PRIMÁRIO 
 SURGE EM QUALQUER IDADE 
 SEM PREDILEÇÃO RACIAL 
 NÃO É SAZONAL 
 RESPONDE MAL AOS CORTICOIDES. 
 
Ao longo dos anos vai se sensibilizando até chegar no ponto 
que tem otite, prurido, piodermite, etc. 
 
Áreas afetadas: Qualquer uma. 
Comum em períneo/orelhas/axilas e virilhas, boca. 
 
ASPECTO CLÍNICO: 
 APENAS PRURIDO OU PIGMENTAÇÃO SALIVAR 
 ERITEMA, PAPULAS, PUSTULAS 
 ESCORIAÇÕES, ALOPECIA/HIPERPIGMENTAÇÃO 
 LIQUENIFICAÇÃO (crônico). 
 
Mesmas complicações da dermatite atópica. 
 
COMPLICAÇÕES: 
 SINAIS DIGESTIVOS (20%; vomito esporádico, 
diarréia intermitente, gás, problema de saco anal 
recorrente) 
 PIODERMITES (CÃES) 
 OTITES 
 DERMATITE SEBORREICA 
 DERMATITE POR MALASSEZIA (cães). 
 
Sem dinheiro para ração. 
Batata doce com lentilha – 2 meses para exclusão. 
 
DIAGNÓSTICO: 
DIETA DE ELIMINAÇÃO 8 SEMANAS 
FONTE DE PROTEÍNA DESCONHECIDA + ARROZ + AGUA. 
 
Alimentos que ainda não foi exposto. 
COCEIRA leva de 3-4 semanas para passar – H tipo 4. 
 
RAÇÃO HIPOALERGÊNICA: 
ROYAL CANIN – hypoaalergenic (soja). 
HILLS – Prescreption diet Z/D 
Farmina ULRA HYPO (peixe). 
Nenhum petisco, nada fora da dieta. 
 
TRATAMENTO 
REMOVER O ALIMENTO CAUSAL. 
 
Oferecer o alimento anterior – descobrir qual alimento é 
alérgico. 
Semana após semana: 
DIETA HIPOALERGENICA + frango. 
DIETA HIPOALERGENICA + carne de gado. 
DIETA HIPOALERGENICA + petisco. 
 
Deu alergia, Parar o frango, voltar a hipoalergenica e 
esperar o tempo para trocar para carne. 
 
 
03.04 ---------------------------------------------------------------- 
 
- DOENÇAS BACTERIANAS DA PELE: 
PIODERMITE (piodermatite; pioderma) 
 
STAPHYLOCOCCUS PSEUDOINTERMEDIUS 
 Bactéria mais envolvida. 
 Sensível a vários ATB – por isso em primeiro 
momento não se faz cultura e antibiograma. 
 Acontece secundariamente. 
 DAC, Alergia alimentar, demodécica, 
 Quanto mais profunda a infecção, maior o tempo 
de tratamento. 
 
Fatores predisponentes: 
 Extrato córneo delgado. 
 Material lipídico esparso. 
 Ph alto. Algumas regiões chega a 7-7,5 – 
favorecedor para crescimento bacteriano. Áreas 
que coçam num paciente atópico: patas, virilhas, 
axilas, face.. 
 Folículo piloso do cão é mais aberto – melhor 
penetração bacteriana. 
 
*Cão faz piodermite por qualquer coisa. 
*Gatos muito raro. 
 
Fatores desencadeadores: 
 Anormalidades anatômicas: dobras de pele 
 Intertrigo; sharpei 
 Doenças pré-existentes: ectoparasitismo 
(demodécica – piodermite profunda), alergias. 
 Endocrinopatias: hipotireoidismo, 
hiperadrenocorticismo. 
 
Piodermite primária rara. 
Piodermite profunda – parasitológico de pele – ácaros. 
 
CLASSIFICAÇÃO OU PROFUNDIDADE: 
 PIODERMITE SUPERFICIAL 
 PIODERMITE PROFUNDA (mais grave, mais tempo 
de tratamento, mais sanguinolenta). 
 
*Superficial: atinge apenas o extrato córneo, muitas vezes 
nem caindo o pelo. Não precisa de tratamento sistêmico, 
apenas tópico já é o suficiente. 
 
- PIODERMITE SUPERFICIAL NÃO FOLICULAR – várias 
pústulas com pelo no meio. Atinge abaixo do extrato 
corneo mas não penetra no folículo piloso. 
Ex: pústulas da cinomose. 
 
- PIODERMITE SUPERFICIAL – FOLICULAR: 
FOLICULITE – mais prevalente na rotina clínica. 
Atinge o folículo piloso e o pelo cai. 
Primeiro momento – elevação do pelo (embolotados), 
pústula e cai o pelo. Pelo volta a crescer normalmente. 
Crosta da pústula = melicérica, crosta amarelada. 
 
- PIODERMITE PROFUNDA: 
Paciente com demodécica 
Lesão não limpa – formação de crostas hemáticas (contém 
sangue) pois atinge vasos maiores. Geralmente não cresce 
mais pelo. 
 
 
PRINCIPAIS PIODERMITES SUPERFICIAIS: 
DERMATITE PIOTRAUMÁTICA – HOT SPOT ou 
DERMATITE ÚMIDA AGUDA 
 Doença aguda (“começou ontem”), umida. 
 Superficial com contaminação bacteriana 
secundária. 
 Qualquer causa de prurido intenso pode 
ocasionar. 
 Características: aguda, autoinfligida, aumenta 
rapidamente, bem circunscrita, úmida. 
 Pulga, escabiose, DAC, alergia alimentar, DAPE, 
carrapato 
 Não é esparsa pelo corpo. 
 Não precisa de atb sistêmico. 
 Crostas formadas por pus amarelado, que é 
observado no centro da lesão. 
 
Bactérias da pele rapidamente fazem contaminação. 
Mais graves – pode ter necrose. 
*Alguns livros falam que a displasia coxofemoral pode doer 
tanto que começa a lesão (mordedura). 
 
Diagnóstico: aspecto clínico, parasitológico de pele. 
Tratamento: tricotomia, limpeza tópica, colar elizabetano, 
corrigir a causa do prurido (corticóide?). 
 
*Corticóide 5-7 dias 0,5 a 1mg/kg. 
Limpeza – lavar com água e sabão, clorexidine, ácido 
salicílico, peróxido de benzoila. 
Deixar aberta. 
- Sabonete de glicerina e sabonetes de coco NÃO SÃO 
RECOMENDADOS NA DERMATO (PH). 
 
 
PIODERMITE SUPERFICIAL – INTERTRIGO: 
DERMATITE DAS DOBRAS CUTANEAS 
 Comum em várias raças. Sharpei, buldog. 
 Face, cauda, vulva, 
 Tratamento diário na maioria das vezes. 
 Umidade continua existindo, controlar 
contaminação. 
 Características: cronicidade, mau cheiro. 
 Diagnóstico: clínico. 
 Secreção da contaminação é mais viscosa. 
 Shih tzu dobras na face 
 Face muito achatada – lacrimejamento – 
predisposição a contaminação bacteriana. 
 
Intertrigo labial – dobra labial mais pronunciada, 
contaminação. “mau hálito” – reclamam os tutores. 
Cocker. 
Vulvar – cadela castrada cedo que engorda – área de dobra 
cutânea. Vulvas muito pequenas. 
Caudas dos buldogues muito firme – tende a encostar na 
pele – lesão com contaminação bacteriana. Difícil de tratar 
– região. 
 
Tratamento: 
Limpeza tópica diária. Solução de clorexidine 0,2%. 
Clorexidine A 2% serve para limpeza, limpa e tira. 
 clorexidine que vai ficar na lesão é a 0,2%. 
Vinagre 1:1 com água. Vinagre de maça é menos fedido. 
Cuidar para não pegar no olho. Todos os dias. 
Correção da prega ou da causa. 
 
 
FOLICULITE SUPERFICIAL: 
Doença de pele bacteriana mais comum 
Raças de pelo cuto + afetadas (folículo piloso mais aberto). 
 
*Bolinha – pústula – colarete epidérmico – área alopécica 
redonda