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CLINICA B - Hipotireoidismo - 7

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em baixo da pele (SC); geralmente em áreas de 
pouco pelo. Abdomen, pré-auricular, virilha, 
perianal. Branca, amarelada ou escurecida – 
depende de animal para animal. 
 Comedos (pontos como cravos pretos)/estrias 
(pela barriga aumentar rapidamente e pele fina). 
 Pele fina/mapeamento vascular (telangiectasia) 
 
*Piodermite associada é bastante comum pela 
imunossupressão. 
*Cães brancos podem ter telangiectasia pela coloração e 
vasos aparecem mais. 
 
CORTISOL inibe entrada de cálcio no osso. 
Tendência a osteoporose + ligamentos flácidos pela falta de 
colágeno – apoio em carpo. 
Cálcio fica circulando e fica aderido na pele ou áreas 
internas (válvula no coração, rim, artérias). 
 
Crostas melicéricas, piodermide. 
 
GATOS: não é comum hiperadreno, mas pode acontecer. 
 Mesmos sinais do cão: abdômen abaulado, 
problema de pele, PU/PD/PFG, tendência a 
obesidade, FRAGILIDADE CUTÂNEA – tão frágil que 
rasga sozinha. 
 ATB e curativos; pelo geralmente não cresce mais. 
 
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: 
Hemograma: 
 Leucograma de estresse – não inflamatório com 
leucocitose por neutrofilia, linfopenia, eosinopenia 
e monocitose. 
 Policitemia leve. 
 Trombocitose leve. 
 
Urinálise: 
Densidade baixa <1018. Não perdem totalmente a 
capacidade de concentrar urina – concentra um pouco 
mais. 
Infecção urinária 
Glicosúria 
o Glicemia geralmente não passa de 130-140 – não 
ultrapassa limiar renal – não vaza para urina. 
o Se tem Glicosuria junto – também é diabético. 
 
Aumento de ALT, FA, glicose, colesterol e triglicerídeos. 
FA – fígado produz isoenzima endógena idêntica a FA. 
 
US: Adrenal aumentada/diminuída 
 
Diagnóstico: 
 Anamnese (iatrogênico). 
 Exame físico. 
 Exames de rotina – hemograma, urinálise, FA/ALT, 
US. 
 
EXAMES ESPECÍFICOS: 
Teste de supressão com dexametasona em alta ou baixa 
dosagem. 
o Alta dosagem – saber se é adrenal ou hipofisário. 
Colher uma amostra de sangue, administrar 0,01 mg/kg de 
dexametasona IV. Colher novas amostras de sangue 4-8h 
após. Dosar as 3 para cortisol. 
o Predisolona – influem no resultado do teste, por 
isso não é utilizada. 
o Dexametasona – age no hipotálamo – diminui 
ACTH e produção de glicocorticóides. 
o Animal normal: o cortisol diminui para menos de 
1,3ug/dL nas duas amostras. 
o Animal com hiperadreno hipófise dependente: 
hipófise ainda tem a sensibilidade a dexametasona 
– cortisol diminui na segunda amostra e volta a 
subir na terceira (acima de 1,4ug/dL). Confiab. 
75%. 
o Animal com hiperadreno adrenal dependente: 
cortisol não é suprimido e fica acima de 1,4ug/dL 
sempre. 
o Gatos: 0,1mg/kg (dose maior). 
 
Dosagem de ACTH 
Acth – alto em tumor hipofisário, baixo no tumor adrenal. 
Soro deve ser imediatamente congelado – frasco de vidro 
específico e chegar congelado no laboratório – MG ou RJ. 
 
 
TRATAMENTO: 
Iatrogênico 
Prednisona 1mg/kg/48h. Dose reduzida a cada 15 dias. 
Hidrocortisona 0,02 mg/kg/dia. Mais fraco. 
Diminuir a dose do corticóide até conseguir parar. 
Quanto mais tempo de uso, mais tempo para desmame. 
Quanto maior a dose também. 
Diminuir a dose em 1-3 meses. 
 
Dexa  pred  hidrocortisona 
 
COMPLICAÇÃO: HIPOADRENOCORTICISMO – atrofia 
permanente. Cortico-dependente. 
 
TRILOSTANO: 
Inibidor da síntese de glicocorticóides pela adrenal – 3-
6g/kg BID (0,5 a 1,8mg/kg BID). 
Nome comercial – vetoryl. 
Aumento de 1-1mg. 
 
Dosagem deve ser avaliada periodicamente. 
15 dias – 1 mês – 3 meses. 
 
Sobrevida aprox. 2 anos. 
 
08.05 -------------------------------------------------------------- 
 
- HIPOTIREOIDISMO: 
 Falta de um hormônio – reposição estabiliza. 
 Metabolismo lento. 
 
 
Eixo hipotalâmico hipofisário – tireoideano 
 TRH – TSH – T4 e T3 
90% = T4; 10% = T3 
T4 é transformado em T3 pelos tecidos periféricos – que 
tem mais ação no organismo. 
 Deficiência de T4 e T3. 
 
Principais funções de T3 e T4: 
 Aumentar o consumo de O2 e produção de calor. 
 Elevar freqüência respiratória -> diminuída. 
 Aumentar débito cardíaco-> bradicardia. 
 Estimular a produção de eritropoietina (anemia 
leve; Ht 34-36%). 
 Aumentar a lipólise -> podem ter elevações 
significativas de triglicerídeos e colesterol. 
 Ciclo do crescimento e maturação da epiderme, 
folículos pilosos e unhas -> não ter crescimento do 
pelo que caiu. 
 Desenvolvimento do SNC -> em animal adulto não 
tem importância. Nascidos com hipotireoidismo – 
deficiência mental; mal formação. Morte com 1-2 
meses, resposta ruim. 
 Acentuar estado de vigília e alerta – animal mais 
letárgico. 
 
Normal: Vir ao consultório – medo – acima de 120 bpm. 
Doença de cão mais velho. 
Acima de 8 anos. 
Ganha peso sem comer mais. 
 
Gatos muito raro hipotireoidismo. 
Mais comum em raças grandes/ animais velhos. 
 
Tipos de hipotireoidismo: 
- H. primário: 95% dos casos 
- Tireoidite linfocítica – infiltração de linfócitos (tireoidite de 
Hashimoto em humanos). Pode evoluir com a cronicidade a 
atrofia. 
- Atrofia idiopática 
- Destruição neoplásica – raro. 
 
H. secundário: 5% dos casos 
Tumores pituitários: 
Malformação pituitária – animal que nasce com 
hipotireoidismo. 
– comportamento anormal, muito letárgicos, alimentação 
forçada 
 Não interessa a causa – o tratamento é o mesmo. 
 
Raças predispostas: 
Chow chow, Cocker, golden, labrador, bulldog inglês, 
shnauzer, beagle, doberman, setter, old english sheepdog, 
pit Bull 
 
Sinais clínicos gerais: 
4 sinais mais comuns 
 Tendência a obesidade, letargia física e mental, 
infertilidade, perda de pelo no tronco. 
 Mixedema pode levar a ptose palpebral. 
(deposição de mucina em regiões ectópicos, 
principalmente na testa; cara de triste). 
 Tende a desaparecer com a terapia. 
 Cauda de rato. 
 
Sinais dermatológicos: 
 Alopecia não pruriginosa 
 Bilateral simétrica no tronco 
 Cauda de rato 
 Hiperpigmentação 
 Perda de pelo – os que caem não crescem mais 
pois influencia no crescimento. 
 Seborréia, otite, piodermite, malasseziose – sinais 
de complicação. 
 
Calo comum em animais obesos. 
Mucinose causando calor exacerbados. 
Também pode ter nos interdigitos – contamina 
pododermatite. 
Alopecia no plano nasal com hiperpigmentação. 
 
Sistema muscular e nervoso: 
 Arrastamento dos membros torácicos (pouco 
comum). 
 Inclinação lateral da cabeça (raro). 
 
Sistema reprodutivo: 
 Anestro ou ciclos irregulares (não entrou mais no 
cio; ou 1 cio por ano/ a cada 2 anos). 
 Infertilidade ou abortamento. 
 Ausência de libido. 
 Atrofia testicular. 
 Hipospermia. 
 
Gastrointestinais: 
 Tempo de transito intestinal prolongado 
 Fezes ressecadas (comum).