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GERIATRIA

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1 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
CONCEITOS 
SENESCÊNCIA: envelhecimento saudável/ 
fisiológico 
SENILIDADE: envelhecimento com fragilidades/ 
patológico 
POLIFARMÁCIA: +5 medicamentos 
HIPERPOLIFARMÁCIA: +10 medicamentos 
GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS 
São avaliadas de acordo com as ATIVIDADES DE 
VIDA DIÁRIAS 
▪ BÁSICAS: comer, banhar, vestir... 
▪ INSTRUMENTAIS: gerenciar a própria casa 
▪ AVANÇADAS: resolver atividade fora de casa 
 
1. INCAPACIDADE COGNITIVA 
▪ Demência 
▪ Delirium 
▪ Doença mental 
 
2. IATROGENIA 
▪ Aditiva 
▪ Subtrativa 
 
3. INSTABILIDADE POSTURAL 
 
4. IMOBILIDADE 
1. Deambulação 
2. Transferência 
3. Sentar 
4. Mudança de decúbito 
5. Movimento dos membros 
 
6. INCAPACIDADE COMUNICATIVA 
 
7. INCAPACIDADE FAMILIAR 
 
8. INCONTINÊNCIA ESFICTERIANA/URINÁRIA 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS DA AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO 
IDOSO 
ÍNDICE DE KATZ 
▪ Avalia as AVD´s básicas, através de 5 atividades 
(tomar banho, vestir-se, uso do vaso sanitário, 
transferir-se e alimentar-se) e 1 função 
(continência esfincteriana). 
PONTUAÇÃO 
5 a 6 Independência 
3 a 4 Dependência parcial 
0 a 2 Dependência importante 
 
ESCALA DE LAWTON-BRODY 
▪ Avalia as AVD´s intrumentais 
PONTUAÇÃO 
19 a 27 Independência 
10 a 18 Dependência Parcial 
< 9 Dependência Importante 
GERIATRIA 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA – 7° PERÍODO – 2023/1 
 
Grandes Síndromes Geriátricas 
 
2 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
QUESTIONÁRIO DE PFEFFER – QPAF 
▪ Trata-se de uma escala de 11 questões aplicada 
ao acompanhante ou cuidador sobre a 
capacidade da pessoa idosa para desempenhar 
determinadas funções. 
▪ As respostas seguem um padrão: sim é capaz (0); 
nunca o fez, mas poderia fazer agora (0); com 
alguma diculdade, mas faz (1); nunca fez e teria 
diculdade agora (1); necessita de ajuda (2); não 
é capaz (3). 
▪ A pontuação máxima é de 33 pontos. Pontuação 
de seis ou mais sugere maior dependência. 
Quanto mais elevado o escore, maior é a 
dependência de assistência 
MINI-MENTAL 
▪ Instrumento extremamente útil na triagem 
cognitiva. 
▪ Avalia a memória e função executiva (atenção e 
concentração) e outras funções corticais 
(linguagem, gnosia, praxia, função executiva e 
função visuoespacial). 
 
▪ Não pode ser utilizado isoladamente para o 
diagnóstico das síndromes demenciais. 
 
PONTUAÇÃO 
Analfabeto/ baixa escolaridade 18 
8 anos ou mais de escolaridade 26 
 
LISTA DE 10 PALAVRAS 
▪ É o teste mais difícil da triagem cognitiva e o mais 
fidedigno para a avaliação da memória 
episódica. 
PONTUAÇÃO 
Tentativa 1 4 
Tentativa 2 6 
Tentativa3 7/8 
Evocação de 5 minutos 3/4 
Reconhecimento das palavras 8 
 
TESTE DO RELÓGIO 
▪ Avalia diversas funções cognitivas: memória 
semântica, função executiva (planejamento), 
praxia e função visuo-espacial. 
 
▪ O teste é considerado completo quando o 
paciente desenha todos os números do relógio, 
espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros 
marcando 11:10. 
PONTUAÇÃO 
0 Inabilidade absoluta para representar relógio 
1 O desenho tem algo a ver com o relógio, mas com 
desorganização visuoespacial grave 
2 Desorganização visuoespacial moderada que leva a 
uma marcação de hora incorreta, perseveração, 
confusão esquerda-direita, números faltando, 
número repetidos, sem ponteiros, com ponteiros 
em excesso 
3 Distribuição visuoespacial correta com marcação 
errada da hora (ou vice-versa) 
4 Pequenos erros, espaciais com dígitos e hora 
corretos 
5 Relógio perfeito 
 
TESTE DE RECONHECIMENTO DE 10 F IGURAS 
▪ Avalia memória imediata, visual, auditiva e 
“evocação tardia”. 
PONTUAÇÃO 
Percepção Visual Correta 9 
Nomeação Correta 9 
Memória Incidental 
Esconda as figuras e pergunte: “que figuras eu 
acabei de lhe mostrar?” 
 
5 
Memória Imediata 1 
Mostre as figuras novamente durante 30 segundos 
dizendo: “Olhe bem e procure memorizar estas 
figuras” 
 
6 
Memória Imediata 2 
Mostre as figuras novamente durante 30 segundos 
dizendo: “Olhe bem e procure memorizar estas 
figuras” 
 
6 
Evocação de 5 Minutos 5 
Reconhecimento de figuras 8 
 
FLUÊNCIA VERBAL 
▪ Avalia a memória semântica (conhecimento geral 
sobre o mundo, dos fatos, das palavras, sem 
relação com o momento do seu aprendizado), a 
função executiva e a linguagem. 
 
▪ Solicita-se ao paciente que enumere o máximo de 
animais (“bichos”) ou frutas, em 1 minuto 
cronometrado. 
PONTUAÇÃO 
Analfabeto ou baixa escolaridade 9 ou mais 
8 anos ou mais de escolaridade 13 ou mais 
 
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA 
▪ É um dos instrumentos mais frequentemente 
utilizados para o rastreamento de depressão em 
idosos. 
 
3 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
PONTUAÇÃO 
0 a 4 Paciente não deprimido 
5 A 10 Suspeita de depressão leve 
11 A 15 Suspeita de depressão moderada ou grave 
 
CRITÉRIO DSM-5 PARA DEPRESSÃ MAIOR 
▪ Para diagnóstico de “depressão maior” um 
mínimo de 5 dos sintomas abaixo devem estrar 
presentes durante um período de 2 semanas a 2 
anos e representam uma alteração a partir do 
funcionamento anterior. 
 
▪ Além disso, pelo menos 1 dos sintomas deve ser: 
1. Humor deprimido OU 
2. Perda do interesse ou prazer 
Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos 
Humor deprimido (sente-se triste ou vazio) 
Perda ou ganho significativo de peso, ou diminuição ou 
aumento do apetite 
Insônia ou hipersonia 
Agitação ou retardo psicomotor 
Fadiga ou perda de energia 
Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva inadequada 
Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se 
Pensamento recorrente de morte, ideação suicida 
recorrente 
 
ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO-FUNCIONAL-20 (IVCF-
20) 
▪ Avalia as principais dimensões consideradas 
preditoras de declínio funcional e/óbito em idosos: 
a idade, a autopercepção da saúde, as 
atividades de vida diária, a cognição, o humor, a 
mobilidade, a comunicação e a presença de 
comorbidades múltiplas. 
PONTUAÇÃO 
Idoso de baixa vulnerabilidade 0-6 
Idoso de moderada vulnerabilidade 7-14 
Idosos de alta vulnerabilidade 15 ou mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
FUNÇÕES COGNITIVAS: memória, cognição 
social, linguagem, percepto-motoras, função 
executiva, pensamento, atenção complexa. 
 
COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE: alteração 
da memória e/ou outras funções cognitivas, mas 
não interfere nas atividades de vida diária. 
INCAPACIDADE COGNITIVA: alteração da 
memória e/ou outras funções cognitivas, com 
prejuízo nas atividades de vida diárias. 
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO X MEMÓRI A DE TRABALHO 
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO 
DECLARATIVA OU EXPLÍCITA 
▪ Eventos autobiográficos (episódica) 
Ex: nomes, relações, fatos... 
▪ Memória de significados (semântica) 
Ex: significado de datas como 7 de setembro 
IMPLÍCITA OU NÃO DECLARATIVA 
▪ Está relacionada às experiências prévias 
(aprendizados) 
Ex: medo de avião (tremer só de lembrar) 
MEMÓRIA DE TRABALHO 
Está relacionada à região fronto-temporal (não 
melhora com acetilcolina) 
▪ Memória de curto prazo 
▪ Atenção 
 
 
▪ Concentração 
**Suporte visu-espacial 
**Suporte fonológico 
 
DEMÊNCIA 
▪ Alteração da cognição 
▪ Alteração do comportamento 
▪ Alteração das atividades de vida diária 
DIAGNÓSTICO 
Requer triagem cognitiva completa 
▪ Anamnese + exame físico 
▪ Mini-mental 
▪ Atividades de vida diária 
▪ Avaliação neuropsicológica formal 
▪ Exames laboratoriais + exames de imagem: 
hemograma, VHS, glicemia, creatinina, proteínas 
total e frações, Bilirrubinas, TGP/TGP, GGT, Na+, K+, 
Cálcio, fosforo, TSH e T4 livre, VDRL/FTAbs, Vitamina 
B12, Eletrocardiograma, Radiografia de tórax e TC 
ou RM de crânio. 
 
SÍNDROME DEMENCIAL 
 
REVERSÍVEL (> 10%) 
▪ Tóxica (álcool, drogas...)▪ Infecciosa (sífilis, HIV...) 
▪ Metabólicas (hipotireoidismo, hipovitaminose B12, 
uremia...) 
▪ Estruturais (hematoma subdural, TCE, neoplasia...) 
 
IRREVERSÍVEL (> 90%) 
▪ Demência vascular 
▪ Demência por corpos de Lewy 
▪ Demência de Alzheimer 
▪ Demência fronto-temporal 
▪ Demência por Doença de Parkinson 
 
DEMÊNCIA DE ALZHEIMER 
HISTOPATOLOGIA 
▪ Placas senis ou neuríticas (placas amiloides- alfa 
secretase) 
 
▪ Emaranhado neurofibrilares (desfosforilização da 
proteína tau) 
ESQUECIMENTO
Ausência de déficit 
coginitvo
Presença de déficit 
cogntivo
Transtorno 
cognitivo leve
Incapacidade 
cogntiva
Incapacidade Cognitiva 
 
5 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
▪ Inflamação 
 
PERDAS 
▪ Lobo pré-frontal → memória de trabalho 
▪ Hipocampo → consolidação 
▪ Córtex Parietal → estocagem 
 
CDR 
FASE INICIAL: CDR 1 
▪ Sintomas vagos e difusos 
▪ esquecimento dos fatos recentes 
▪ dificuldade em aprender fatos novos 
▪ 2 a 3 anos de duração. 
FASE INTERMEDIÁRIA: CDR 2 
▪ Comprometimento da memória remota 
▪ Instrumentais → básicas 
▪ BPSD/ sintomas extrapiramidais 
▪ 2 a 10 anos de evolução 
FASE AVANÇADA: CDR 3 
▪ Grave comprometimento da função cognitiva 
▪ Dependência AVD’s 
▪ Síndrome de Imobilidade 
▪ 2 a 3 anos de duração 
▪ Fase de terminalidade 
▪ Óbito 
DEMÊNCIA VASCULAR 
 
CARACTERISTICAS 
 
▪ 2ª causa de demência mais prevalente. 
 
▪ Deterioração em degraus, flutuação cognitiva 
(dias ruins e dias bons), labilidade emocional. 
 
▪ Piora ou surgimento após evento cerebral. 
 
▪ Distúrbios da marcha, disfagia, alterações 
urinárias. 
 
▪ Quadro clínico varia de acordo com o local das 
lesões. 
 
▪ Perda principalmente das funções executivas 
 
▪ Três elementos são fundamentais na 
caracterização da demência vascular: 
 
1. Síndrome demencial: perda cognitiva + 
incapacidade de realizar as atividades de vida 
diária. 
 
2. Doença cérebro vascular: histórico de AVE e/ou 
múltiplos isquemias em TC. 
 
3. Relação temporal razoável entre ambas. 
 
DEMÊNCIA DE CORPOS DE LEWY – DCL 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
▪ 2ª demência degenerativa mais comum 
 
▪ Demência de pelo menos 6 meses de duração 
com declínio cognitivo flutuante 
 
▪ Período de alucinações visuais 
 
▪ Sinais extrapiramidais espontâneos: rigidez, 
bradicinesia, parkinsonismo precoce, distúrbios 
do sono 
 
▪ Hipersensibilidade aos antipsicóticos 
 
DEMÊNCIA POR DOENÇA DE PARKINSON – DDP 
CARACTERISTÍCAS 
▪ Rigidez, instabilidade da marcha e tremor 
 
▪ Quadros demenciais em fases avançadas 
-Se início antes de 1 ano → Demência por corpos 
de Lewy 
 
▪ Média de 58 anos 
 
▪ Componente genético / familiar importante 
 
▪ Pode ter relação com lesões traumáticas 
 
▪ Ocorre mais precocemente após diagnóstico da 
doença de Parkinson (diferencia de Alzheimer) 
 
DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL 
CARACTERÍSTICAS 
▪ Afeta pacientes mais jovens, em comparação 
com o Alzheimer 
 
▪ Média de 58 anos 
 
▪ Componente genético/ familiar 
 
▪ Pode ter relação com lesões traumáticas 
 
▪ Caracteriza-se principalmente por 
comprometimento da linguagem e 
comportamental. 
 
▪ Não responde aos anticolinesterásicos 
 
6 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
▪ São descritas 3 condições principais no grupo 
 
1. DTF variante comportamental (tipo mais comum) 
→ ocorre desinibição, apatia ou perda de 
empatia, hiperoralidade e mudanças alimentares, 
comportamentos compulsivos 
 
2. Afasia progressiva Primária (APP) - variante 
semântica: perda do significado das palavras. 
 
3. APP não fluente (ou agramática): perda do 
vocabulário. 
DEMÊNCIA MISTA 
CARACTERÍSTICAS 
 
▪ Termo comumente utilizado para associação de 
Doença de Alzheimer e demência vascular. 
 
▪ Pode haver sobreposição de outras demências 
 
TRATAMENTO DAS DEMÊNCIAS 
 
▪ Permite uma progressão mais lenta da doença → 
maior sobrevida e qualidade de vida 
 
▪ Não existe cura para Doença de Alzheimer 
 
▪ Manter-se independente nas atividades de vida 
diária por mais tempo. 
 
ANTICOLINESTERÁSICOS 
 
▪ Aumenta a disponibilidade de acetilcolina na 
fenda sináptica. 
 
▪ É a 1ª opção de tratamento 
 
▪ Não utilizar em demência fronto-temporal. 
 
▪ Ex: Tacrina, Donepezila, Rivastigmina, 
Galantamina. 
 
INIBIDORES DA NMDA 
 
▪ Regula a atividade do glutamato, que é liberado 
em grande quantidade por células danificadas 
por DA e por alguns outros distúrbios neurológicos 
→ Quando o glutamato alcança os receptores de 
NMDA nas células de superfície, o cálcio flui 
livremente para dentro das células, o que pode 
levar a degeneração celular. 
 
▪ Alternativa para pacientes com contraindicação 
aos anticolinesteráricos. 
 
▪ Fase moderada/avançada 
 
▪ Não utilizar em demência fronto-temporal 
 
▪ Ex: Memantina (tem capacidade de evitar a 
sequência destrutiva) 
 
ANTIPSICÓTICOS 
 
▪ Controle dopaminérgico 
▪ Alternativa para controle da demência fronto-
temporal 
 
▪ Ex: Haldol/ Clorpromazina, Risperidona (aumenta 
peso, glicemia e colesterol), Olanzapina (não 
utilizar em DM e dislipidêmicos), Quetiapina, 
Clozapina (não utilizar em DM e dislipidêmicos), 
 
7 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
Aripiprazol, Lurasidona, Brexipiprazol, Ziprazidona 
(aumenta o intervalo QT) 
 
SINTOMAS NEUROPSICOLÓGICOS NA DEMÊNCIA: 
antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores de 
humor, anticonvulsivantes... 
 
ANTICORPOS MONOCLONAIS 
 
▪ Ex: Aducanumabe, Leconemab, Donamab 
 
HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL 
 
▪ Ataxia de marcha 
 
▪ Alteração cognitiva 
 
▪ Incontinência Urinária 
 
▪ Secundárias à alteração do LCR 
 
▪ Tap-test: retira uma pequena quantidade de 
liquor 
 
▪ Possivelmente revesível 
 
▪ Tratamentos: diuréticos 
 
DELIRIUM 
 
▪ Início abrupto 
 
▪ Estado confusional agudo (horas até 4 semanas) 
 
▪ Curso flutuante 
 
▪ Distúrbios de consciência atenção, orientação, 
memória, pensamento, percepção e 
comportamento de natureza multifatorial. 
 
▪ Redução do metabolismo oxidativo → reduz a 
atividade colinérgica 
 
▪ Causa mais comum em hospitais = cirurgias 
PRINCIPAIS FATORES PREDISPONENTES 
▪ Déficit cognitivo prévio. 
▪ Depressão. 
▪ Alcoolismo. 
▪ Idade maior 65 anos. 
▪ Sexo masculino. 
▪ Doenças crônicas e/ou múltiplas comorbidades. 
▪ Doença terminal. 
▪ Episódio prévio de delirium. 
▪ Polifarmácia (principalmente psicoativos). 
▪ Desnutrição. 
▪ Déficits sensoriais. 
▪ Status funcional ruim. 
 
PRINCIPAIS FATORES PRECIPITANTES 
▪ Medicações 
-Analgésicos (opioides, AINE´s). 
-Antibióticos (quinolonas, macrolídeos, aminoglicosídeos). 
-Anticolinérgicos (anti-histamínicos, relaxante muscular, 
tricíclicos). 
-Anticonvulsivantes. 
-Antidepressivos. 
-Anti-hipertensivos (betabloqueadores, metildopa, 
clonidina, diuréticos, digitálicos). 
-Antiparkinsonianos (levodopa, pramipexol, amantadina). 
-Antivertiginosos. 
-Corticosteróides. 
-Fitoterápicos (erva de São João, extrato de valeriana). 
-Gastrointestinais (bloqueadores H2, metoclopramida, 
loperamida, antiespasmódicos). 
-Hipnóticos, sedativos (benzodiazepínicos, barbitúricos). 
▪ Infecções (pneumonia, infecção urinária, meningite). 
▪ Afecções cardíacas, cerebrovasculares e pulmonares 
(infarto agudo do miocárdio, acidente vascular). 
▪ Distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos (hipo e 
hiperglicemia, hipóxia, hipercalemia). 
▪ Procedimentos médicos/cirurgias. 
▪ Trauma. 
▪ Fratura. 
▪ Dor não controlada. 
▪ Desidratação. 
▪ Desnutrição. 
▪ Retenção de urina e fezes. 
▪ Iatrogenia. 
▪ Privação de sono prolongada. 
▪ Mudanças de ambiente (internação hospitalar, UTI). 
▪ Contenção física. 
▪ Perda do suporte social. 
▪ Uso de equipamentos invasivos (sonda vesical, sonda 
nasoenteral). 
▪ Abuso ou abstinência de substâncias (álcool, drogas 
ilícitas). 
 
▪ DIAGNÓSTICO: clinico + exames complementares(ECG, RX e exames laboratoriais) 
 
▪ TRATAMENTO: depende da causa 
 
CASOS CLÍNICOS 
CASO 1 
Idoso de 84 anos, branco, casado, professor 
aposentado. Esposa relata que os familiares 
começaram a perceber quadro de 
esquecimentos há aproximadamente um ano, 
 
8 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
com piora gradual e progressiva. No início, 
perceberam as dificuldades ao lembrar nomes, 
recados, que o paciente estava contando os 
mesmos casos e fazendo as mesmas perguntas 
várias vezes. Com o decorrer dos meses ele passou 
a apresentar dificuldade em tomar a medicação 
e administrar as finanças, também já se perdeu 
duas vezes quando ia ao banco. O idoso não 
percebe o esquecimento e afirma estar bem, mas 
que às vezes devido ao estresse esquece fatos 
irrelevantes do cotidiano. O paciente era 
independente para atividades básicas da vida 
diária, mas dependente parcial para 
instrumentais. 
 
HP: DM2, HAS, hipercolesterolemia. 
 
História medicamentosa: Losartana 50mg de 
12/12h; Glifage XR 500 mg após almoço e jantar; 
Sinvastatina 20mg à noite; Omeprazol 20mg pela 
manhã em jejum. 
 
Nega etilismo ou tabagismo. 
 
Mini-exame do estado mental (MEEM): revelou 
alterações em orientação, memória de 
evocação, atenção e cálculo, comando e cópia 
de pentágonos (16/30 pontos). Relógio 2/5. 
 
ANALISE o caso: PROPONHA o provável 
diagnóstico e exames. 
 
IDENTIFICAR: CDR e o estrato clínico-funcional do 
paciente. 
 
R: O diagnóstico mais provável é doença de 
Alzheimer devido o déficit de memória com 
evolução insidiosa e gradual associado à 
alteração dos testes MEEM e teste do relógio. 
Nesse caso, deve-se solicitar hemograma, VHS, 
glicemia, creatinina, proteínas total e frações, 
Bilirrubinas, TGP/TGP, GGT, Na+, K+, Cálcio, fosforo, 
TSH e T4 livre, VDRL/FTAbs, Vitamina B12, 
Eletrocardiograma, Radiografia de tórax e TC ou 
RM de crânio para descartar outras causas de 
demência. Ele é um idoso em risco de fragilização 
e encontra-se no estrato clínico-funcional 6 
(apresentam declínio funcional parcial nas 
atividades de vida diária instrumentais e são 
independentes para as atividades de vida diária 
básicas). Apresenta um CDR 1 (demência leve). 
CASO 2 
Idosa de 72 anos, morena, viúva, 04 anos de 
escolaridade. Os familiares procuraram 
atendimento médico, porque a paciente vem 
apresentando quadro de alteração de 
comportamento, agressividade para com seus 
familiares, idéias delirantes do tipo paranoide 
evolução de 30 dias. Além disso, tem história de 
prejuízo cognitivo há oito meses após AVE. 
 
HP: HAS, FA, episódio de AVE isquêmico há cerca 
de 08 meses. 
 
Nega etilismo. Relata tabagismo. 
 
História medicamentosa: Losartana 50mg, 01cp 
pela manhã; Anlodipino 5mg, 01cp pela manhã; 
Sinvastatina 40mg após jantar; AAS 100mg 01cp 
após almoço, Omeprazol 20 mg dia. 
 
Escore Mini exame do estado mental (MEEM): 
9/30>> perdeu memória de evocação, cálculo, 
orientação temporal, orientação espacial, não 
conseguiu fazer o pentágono, escrever frase, 
leitura da frase. Fluência verbal: 05 frutas 
Independente para AVDs básicas. 
 
ANALISE o caso: PROPONHA o provável 
diagnóstico e exames. 
 
IDENTIFICAR: CDR e o estrato clínico-funcional do 
paciente 
 
R: O diagnóstico mais provável é Demência 
Vascular devido o início após o episódio de AVE 
com afecção cognitiva e presença de fatores de 
risco cardiovascular. Os exames a serem 
solicitados são hemograma, VHS, glicemia, 
creatinina, proteínas total e frações, Bilirrubinas, 
TGP/TGP, GGT, Na+, K+, Cálcio, fósforo, TSH e T4 
livre, VDRL/FTAbs, Vitamina B12, 
Eletrocardiograma e exame de imagem como TC 
ou RM de crânio, sendo que a RM é melhor nesse 
caso pois apresenta uma melhor visualização para 
infartos múltiplos. Ela é uma idosa em risco de 
fragilização e encontra-se no estrato clínico-
funcional 7 (apresentam declínio funcional em 
todas as atividades de vida diária instrumentais, 
mas ainda são independentes para as atividades 
de vida diária básica). Apresenta um CDR- 2 
(demência moderada). 
CASO 3 
Idoso de 81 anos independente para AVDs 
apresenta subitamente confusão mental e 
agitação com períodos sonolência extrema. Faz 
uso de Anlodipina 5 mg pela manhã, AAS 100 mg 
 
9 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
e Rusovastatina 10 mg ao dia (HAS e Dislipidemia), 
Levotiroxina 150 mcg manhã (Hipotireoidismo), 
Ibuprofeno 600 mg 8/8 horas, tramadol 37,5 
associado a paracetamol 325 mg 12/12 horas há 
3 semanas devido dor no joelho direito devido 
artrose, ainda Tansulosina associada a Dutasterina 
0,4/0,5 mg (HPB) e Gingobiloba de longa data 
para melhorar a memória. Ele é levado ao PA pelo 
SAMU e apresentou melena no percurso do 
hospital. Após avaliação clínica ele internado no 
CTI. 
Analisar o caso e propor diagnóstico: 
Identifique fatores predisponentes e precipitantes 
do quadro: 
R: O início agudo dos sintomas, associado ao curso 
flutuante sugerem um quadro de Delirium. Os 
fatores predisponentes incluem déficit cognitivo 
prévio, idade maior que 65 anos, sexo masculino, 
doenças crônicas e múltiplas comorbidades e 
polifarmácia. Os fatores precipitantes incluem o 
uso de medicações como analgésicos (AAS, 
tramadol, ibuprofeno, paracetamol), dor e a 
hemorragia digestiva alta, manifestada por 
melena, podendo por consequência provocar 
desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA – CLINICAL DEMENTIA RATING (CDR) 
 
 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
 
▪ Busca ativa de sintomatologia (Escala de 
Depressão Geriátrica) 
 
▪ Menor humor depressivo e mais anedonia 
 
▪ Mais sintomas somáticos do que psicológicos 
 
▪ Maior associação a doenças físicas (dor crônica, 
doença crônica e incurável) 
 
▪ Maior déficit cognitivo 
 
▪ Maior disfunção executiva (dificuldade de 
panejamento) 
 
▪ Maior prevalência na demência 
 
▪ Piora no desempenho e testes neurológicos 
 
▪ Acometimento auditivo neurossensorial 
 
▪ Afeta a funcionalidade do idoso 
 
▪ DOMINIOS COGNTIVOS MAIS AFETADOS: função 
executiva, velocidade de processamento e 
memória episódica. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
▪ DEPRESSÃO VASCULAR: redução do interesse, 
retardo psicomotor e prejuízo na percepção 
 
▪ SÍNDROME DEPRESSIVA: disfunção executiva, 
acometimento das atividades de vida diária e 
insight limitado. 
 
▪ DEPRESSÃO COM SINTOMA PSICÓTICOS: 
alucinações e delírios presentes 
 
▪ DEPRESSÃO COM SINTOMAS MELANCÓLICOS 
FISIOPATOLOGIA 
PRINCIPAIS PROJEÇÕES SEROTONINÉRGICAS 
▪ As projeções ascendentes originam-se no tronco 
encefálico e ascendem para muitas das mesmas 
 
▪ regiões das projeções noradrenérgicas + estriado 
e núcleus accumbens. 
 
▪ Regulam o humor, a ansiedade, o sono e outras 
funções. 
 
 
 
 
 
▪ As projeções serotoninérgicas descendentes 
estendem-se pelo tronco encefálico e pela 
medula espinal e podem regular a dor. 
PRINCIPAIS PROJEÇÕES NORADRENÉRGICAS 
▪ As projeções noradrenérgicas ascendem 
originando-se principalmente no locus coeruleus 
do tronco encefálico. Estendem-se para várias 
regiões do cérebro. 
 
▪ Regulam o humor, o estado de vigília, a cognição 
e outras funções. 
PRINCIPAISPROJEÇÕES DOPAMINÉRGICAS 
▪ A dopamina tem projeções ascendentes, que se 
originam no tronco encefálico (área tegmental, 
ventral e na substância negra), e que se estendem 
pelo hipotálamo até córtex pré-frontal, parte 
basal do prosencéfalo, estriado, nucleus 
accumbens e outras regiões. 
 
▪ A neurotransmissão dopaminérgica está 
associada ao movimento, ao prazer e à 
recompensa, à cognição, à psicose e outras 
funções. 
SINTOMAS RELACIONADOS AOS NEUROTRANSMISSORES 
 
SEROTONINA NORADRENALINA DOPAMINA 
▪ Humor 
▪ Ansiedade 
▪ Pânico 
▪ Fobia 
▪ Obsessões 
▪ Compulsões 
▪ Bulimia 
▪ Humor 
▪ Ansiedade 
▪ Fadiga 
▪ Apatia 
▪ Retardo 
Psicomotor 
▪ Déficit de atenção 
▪ Redução da 
concentração 
▪ Lentidão cognitiva 
▪ Humor 
▪ Atenção 
▪ Motivação 
▪ Prazer 
▪ Recompensa 
▪ Sexualidade 
 
CRITÉRIO DSM-5 PARA DEPRESSÃ MAIOR 
▪ Para diagnóstico de “depressão maior” um 
mínimo de 5 dos sintomas abaixo devem estrar 
presentes durante um período de 2 semanas a 2 
anos e representam uma alteração a partir do 
funcionamento anterior. 
 
▪ Além disso, pelo menos 1 dos sintomas deve ser: 
 
Depressão 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
1. Humor deprimido OU 
2. Perda do interesse ou prazer 
Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos 
Humor deprimido (sente-se triste ou vazio) 
Perda ou ganho significativo de peso, ou diminuição ou 
aumento do apetite 
Insônia ou hipersonia 
Agitação ou retardo psicomotor 
Fadiga ou perda de energia 
Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva inadequada 
Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se 
Pensamento recorrente de morte, ideação suicida 
recorrente 
 
TRATAMENTO 
ANTIDEPRESSIVOS: resposta inicial de 8-12 semanas 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 
SEROTONINA: 
 
▪ Sertralina (25-200mg): droga mais segura, porém 
reduz a agregação plaquetária 
▪ Citalopram (10-20mg): geralmente utilizado para 
controle de comportamento 
▪ Vortioxetina 
▪ Escitalopram (5-15mg) 
▪ Paroxetina? 
ATÍPICOS: 
▪ Trazodona (Donaren): geralmente é utilizado para 
controle de comportamento na demência, porém 
necessita de doses muito altas (> 300mg) para 
funcionar como antidepressivo e por isso não é 
indicado para idosos. 
▪ Mirtazapina: boa escolha para pacientes graves. 
▪ Vilazodona, 
▪ Bupropiona 
DUAL: 
▪ Venlafaxina, 
▪ Duloxetina, 
▪ Desvenlafaxina: causa redução do apetite 
TRICÍCLICOS: 
▪ Nortriptilina (amina secundária) 
 
OBSERVAÇÕES 
▪ Não é indicado ISRs para pacientes com tremores 
▪ Não é indicado dual para pacientes com HAS 
▪ Não é indicado tricíclicos para pacientes com Glaucoma 
▪ Não utilizar Fluoxetina → muita interação 
medicamentosa 
 
CASO CLÍNICO 
 
Idosa de 78 anos, antropóloga aposentada 
residente em Francisco Sá, venho à consulta no 
especialista em Montes claros com a filha. Relatou 
esquecimento frequente da mãe, nos últimos 
meses, e ainda redução de apetite, insônia e falta 
de interesse nas atividades das quais sempre 
gostou de participar. Afirma que percebeu início 
desses sinais pouco depois do falecimento do seu 
pai, há 7 meses. Nega dificuldades nas atividades 
diárias e de cuidado pessoal. Notou-se pouco 
interesse da idosa na consulta. Afirma utilizar 
Levotiroxina Sódica de 75mg, 1x ao dia, para 
tratamento de Hipotireoidismo. Nega diagnóstico 
prévio de outras doenças crônicas ou quadros 
agudos recentes, bem como o uso de outros 
medicamentos. Informa que a paciente mora 
sozinha e que os filhos intercalam as visitas desde 
que o marido faleceu. 
 
Analisar o caso e propor diagnóstico com 
terapêutica: 
 
R: Considerando os sintomas de anedonia, insônia, 
falta de energia, alteração do apetite e alteração 
cognitiva, associado à um evento estressor 
(viuvez), a hipótese diagnostica mais provável é a 
Depressão. Para a confirmação deve-se aplicar a 
escala de depressão geriátrica e avaliar se há 
presença dos critérios do DSM-5, além de exames 
complementares para descartar outras causas, 
como TSH e T4 livre, já que a paciente possui 
hipotireoidismo. A conduta terapêutica nesse 
caso inclui a terapia não medicamentosa, como 
educação e orientação do paciente e dos 
familiares sobre a depressão, estimular atividade 
física e interações sociais e encaminhar à 
psicoterapia (terapia cognitivo-comportamental). 
Quanto a terapia medicamentosa, o tratamento 
deve ser feito com um antidepressivo, sendo que, 
nesse caso, a Mirtazapina seria uma boa opção, 
pois além de ajudar nos sintomas depressivos, 
contribui para o aumento do apetite. 
 
 
 
 
 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
INDICAÇÕES PARA TESTE DE HIPOTIREOIDISMO 
▪ Sintomas e sinais clínicos 
▪ Anormalidade de exames laboratoriais 
▪ Anormalidades radiológicas 
▪ Fatores de risco para hipotireoidismo: tireoidite 
autoimune e injúrias na tireoide 
▪ Distúrbios de tireoide e do hipotálamo 
▪ Medicamentos que prejudicam a função da 
tireoide (lítio, amiodarona, beta-bloqueadores...) 
DIAGNÓSTICO 
 
TSH até 6,9 
▪ >65 anos → acompanhar 
 
▪ < 65 anos → avaliar queixas 
 
-Presentes = tratar 
-Ausentes = acompanhar 
TSH 7,0 – 9,9 
▪ > 65 anos: investigar queixas 
 
▪ < 65 anos: tratar 
TSH > 10: tratar todos 
OBS: realizar 2 TSH (dosados em períodos 
diferentes) + T4 livre para confirmar diagnóstico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipotireoidismo 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
▪ É necessário que dois exames estejam alterados. 
Se somente um exame estiver alterado, este 
deverá ser repetido para confirmação. 
 
▪ Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl e HbA1c ≥ 6,5% em 
uma mesma amostra de sangue, confirma 
diagnóstico de DM. 
▪ Na presença de sintomas inequívocos de 
hiperglicemia + glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl, é 
confirmado o diagnóstico. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO CLÍNICO DO IDOSO 
 
METAS GLICEMICAS NO IDOSO 
SAUDÁVEL 
▪ HbA1c < 7,5% 
▪ Glicemia de jejum: 80-130 mg/dL 
▪ Glicemia 2h: < 180 mg/dL 
FRÁGIL OU COMPROMETIDO 
▪ HbA1c < 8,0 % 
▪ Glicemia de jejum: 90-150 mg/dL 
▪ Glicemia 2h: < 180 mg/Dl 
MUITO COMPROMETIDO 
▪ Evitar hipo ou hiperglicemia 
▪ Glicemia de jejum: 100-180 mg/dL 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
Diabetes Mellitus 
 
15 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
▪ É uma doença neurodegenerativa progressiva: 
desordens de movimento, associados à 
características não motoras 
 
▪ TRIADE CLÁSSICA: rigidez, tremor e bradicinesia. 
 
▪ Afeta 1% da população com mais de 60 anos. 
▪ H > M (1,5x) 
 
▪ Incapacidade grave após 10-15 anos → impacto 
social e financeiro. 
FATORES DE RISCO 
▪ Fatores genéticos 
▪ Fatores epigênicos 
▪ Fatores ambientais 
▪ Traumas cranianos repetidos 
FISIOPATOLOGIA 
Redução da substância negra = redução da 
dopamina 
A presença de processo degenerativo além do 
sistema nigroestriatal pode explicar os sintomas 
não motores que geralmente precedem os 
sintomas motores como constipação, alteração 
do olfato, alteração do sono REM... 
DIAGNÓSTICO 
▪ Clínica (bradicinesia, tremor de repouso e/ou 
rigidez muscular) 
 
▪ Teste da marcha (4m em 5 seg) 
 
▪ Prova terapêutica com Levodopa 
 
▪ Exames de imagem: SPECT/PET (deficiência de 
dopamina na substância negra- núcleos da base) 
e RM (cauda da andorinha → marcador cerebral 
da doença de Parkinson) 
 
SÍNDROME MOTORA DA DOENÇA DE PARKINSON 
Definição: bradicinesia + tremor de repouso e/ou rigidez 
muscular 
Fatores que reforçam o diagnóstico 
Boa reposta dos sintomas motores à Levodopa 
Presença de flutuação motora, inclusive fenômeno de on-
off 
Discinesias induzidas pela Levodopa 
 
 
Tremor de repouso em membro, ao diagnóstico ou atual 
Critérios de exclusão 
Ausência de reposta a altas doses de Levodopa 
Ausênciade evolução dos sintomas motores (restrito aos 
MMII por mais de 3 anos) 
Red Flag (Sinal de alerta) 
Piora rápida do comprometimento da marcha 
Não evolução dos sintomas motores em 5 anos 
Quedas recorrentes por desequilíbrio nos primeiros 3 anos 
Parkinsonismo bilateral simétrico 
 
ESTAGIAMENTO NEUROPATOLÓGICO (SEGUNDO BRAAK) 
ESTÁGIO 1: Alterações bulbares e no núcleo 
olfativo anterior levam a constipação intestinal, a 
distúrbios do sono e a hiposmia. 
ESTÁGIO 2: o comprometimento pontinho pode 
induzir a depressão, a ansiedade, a distúrbios do 
sono e a dor de origem central. 
ESTÁGIO 3: a degeneração no mesencéfalo 
determina o aparecimento dos sintomas motores 
clássicos, dos distúrbios cognitivos leves e do ciclo 
sono-vigília. 
ESTÁGIO 4: lesões saem do tronco cerebral e 
atingem principalmente o mesocórtex temporal e 
a amigdala, gerando as disfunções mnemônicas, 
executivas e a apatia. 
ESTÁGIO 5: alterações acometem o neocórtex 
com destaque para as áreas pré-frontais e de 
associação sensitivas, acentuando as disfunções 
cognitivas. 
ESTÁGIO 6: (etapa mais avançada) ocorre o 
comprometimento difuso das áreas corticais 
primárias, e por consequência, o agravamento 
das dificuldades motoras e do quadro demencial. 
TRATAMENTO 
NÃO FARMACOLÓGICO: 
▪ Educação sobre a doença 
▪ Psicoterapia 
▪ Fisioterapia 
TRATAMENTO NEUROPROTETOR 
▪ Safinamida (inibidores da MAO) 
TRATAMENTO SINTOMÁTICO 
Doença de Parkinson 
 
16 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
▪ Levodopa ou Prolopa (causam agitação) 
 
**Entacapona: mantém a levodopa por mais 
tempo na fenda sináptica, aumentando sua 
eficácia sem precisar aumentar a dose da 
medicação. 
 
▪ Biperideno (piora cognição) 
 
▪ Amantadina (efeito colinérgico) 
TRATAMENTO CI RÚRGICO 
▪ Estimulação cerebral profunda → reduz a 
hiperatividade cerebral 
 
▪ CONTRAINDICAÇÕES: idade avançada, má 
resposta à terapia dopaminérgica, 
comprometimento cognitivo e transtorno 
psiquiátrico grave 
PARTICULARIDADES EM IDOSOS 
▪ Sintomas não motores são mais comuns em idosos 
(constipação, sono, alucinações...) 
 
▪ Comorbidades podem atrasar/mascarar o 
diagnóstico de DP (lentificação por osteoporose, 
AVC, etc.) 
 
▪ Preferência por iniciar com L-dopa, pior tolerância 
aos demais medicamentos 
 
▪ Pramipexol: maior risco de IC em idosos, aumenta 
intervalo QT 
 
▪ Entacapona: maior risco de piorar discinesias. 
 
MARCHA SENIL 
▪ Postura típica: base alargada, retificação da 
coluna cervical, cifose torácica, flexão do quadril 
e dos joelhos. 
 
▪ Hesitação o andar, menor balanço dos braços e 
passos menores. 
GIGANTES DA GERIATRIA DA DOENÇA DE PARKINSON 
1. Instabilidade Postural 
 
2. Imobilidade 
OBS: Massa muscular reduz quase 50% entre 20 e 
90 anos → perda de 15% por década a partir dos 
50 anos e 30% por década aos 70 anos e 50% aos 
80 anos. 
SARCOPENIA 
Lentificação da Marcha: Velocidade < 0,8m/s 
Circunferência Panturrilha < 31 cm 
Emagrecimento Recente ou IMC <22kg/m2 
 
CLASSIFICAÇÃO DA IMOBILIDADE 
▪ GRAU 1: paciente necessita de suporte para 
locomoção (andador ou cadeira de rodas), mas 
consegue fazer transferência e permanecer 
sentado sem ajuda. 
 
▪ GRAU 2: Paciente é capaz de permanecer sentado, 
sem suporte e de movimentar os membros, mas não 
é capaz de levantar da cadeira e de permanecer 
em pé, sem auxilio. 
 
▪ GRAU 3: Paciente é capaz de rolar na cama, mudar 
o decúbito e movimentar membros, mas é incapaz 
de sentar. Nessa fase, o idoso é considerado 
acamado. 
 
▪ GRAU 4: Paciente não é capaz de fazer 
transferência, nem sustentar o tronco na posição 
sentada. Consegue movimentar membros com 
dificuldade, mas não é capaz de fazer mudança 
de decúbito. 
 
▪ GRAU 5 (IMOBILIDADE TOTAL): o paciente não 
consegue realizar qualquer movimento, incluindo a 
movimentação dos membros. 
CONSEQUÊNCIAS DA SÍNDROME DE IMOBILIDADE 
▪ Deterioração intelectual e comportamental 
▪ Estados depressivos 
▪ Distúrbios respiratórios, cardiovasculares, 
digestivos e metabólicos 
▪ Constipação intestinal 
▪ Hipotonia muscular 
▪ Osteoporose 
▪ Leões de decúbito 
▪ Desnutrição 
▪ Contratura e negativação do balanço 
nitrogenado 
▪ Institucionalização e óbito 
 
CONCEITOS 
Repouso 7-10 dias 
Imobilização 10-15 dias 
Decúbito de longa duração > 15 dias 
 
17 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
▪ É uma doença osteometabólica caracterizada 
pela alteração da qualidade óssea e por sua 
baixa massa, podendo levar ao desenvolvimento 
de fraturas atraumáticas em homens e mulheres. 
 
▪ OSTEOPENIA: baixa massa óssea→ T-score entre -
1,0 a -2,5 
 
▪ Causa mais de 8,9 milhões de fraturas por ano em 
todo o mundo → 25% morrem após fratura de 
fêmur → 1 fratura osteoporótica a cada 3 
segundos 
 
▪ MS: 10 milhões de brasileiros afetados pela 
doença 
 
▪ Mais prevalente em mulheres 
 
▪ Pode ser uma doença assintomática 
 
▪ Fraturas → importantes taxas de morbimortalidade 
CLASSIFICAÇÃO 
OSTEOPOROSE PRIMÁRIA 
TIPO I 
▪ predomina em mulheres, associado a 
menopausa 
▪ Perda acelerada de osso trabecular 
▪ Fraturas vertebrais comuns 
TIPO II 
▪ Ocorre tanto em mulheres quanto em homens 
idosos 
▪ Compromete os ossos cortical e trabecular 
▪ Ocorrência de fraturas vertebrais e de fêmur 
OSTEOPOROSE SECUNDÁRIA 
▪ Menopausa precoce 
▪ Hipopituitarismo 
▪ Artrite reumatoide 
▪ LES 
▪ Doença de Crohn e retocolite ulcerativa 
▪ Anemia perniciosa 
▪ Doença celíaca 
▪ Mieloma Múltiplo 
 
 
 
▪ Doenças mieloproliferativas 
▪ Hiperparatiroidismo primário 
▪ DM 
▪ Doença de Paget 
▪ Neoplasias (primária e secundária) 
▪ DRC 
▪ Doença hepática crônica 
▪ Transplante renal 
▪ Síndrome de Cushing (uso de corticoides 
cronicamente) 
FATORES DE RISCO 
▪ Fraturas prévias 
▪ Histórico familiar de osteoporose 
▪ Baixa ingesta de cálcio 
▪ Sedentarismo 
▪ Baixa do colo do fêmur 
▪ Uso de glicocorticoides 
▪ Consumo excessivo de álcool 
▪ Causas secundárias 
QUADRO CLÍNICO 
▪ Geralmente assintomático 
 
▪ Os locais de maior ocorrência de fraturas de baixo 
impacto são vertebras, punho, região proximal do 
fêmur. 
 
▪ Dor a digitopressão da área comprometida → 
movimentos podem piora-la → as vezes irradia 
para frente, em barra, raramente em direção aos 
quadris e MMII 
 
▪ Hipercifose: redução da altura e lordose natural 
lombar → diminuição da expansibilidade 
pulmonar e compressão gástrica 
 
▪ Paciente com múltiplas fraturas vertebrais pode 
queixar-se de instabilidade na marcha → 
aumenta risco de quedas e dificuldade para 
realizar as atividades de vida diária. 
DIAGNÓSTICO 
▪ Anamnese e exame físico buscando etiologia (OP 
primária, secundária?) e fatores de risco. 
EXAMES LABORATORIAIS 
 
Osteoporose 
 
18 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
▪ Na OP primária os exames costumam ser normais, 
são solicitados para excluir causas secundárias 
 
▪ Hemograma, VHS, cálcio sérico, fósfose sérico, 
proteína total, albumina, enzimas hepáticas, 
creatinina, glicemia de jejum, dosagem de cálcio 
na urina de 24 horas. 
 
▪ Outros exames se houver suspeita de outras 
causas secundárias: TSH, PTH, cortisol urinário livre, 
marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo, 
estudo do equilíbrio acidobásico, eletroforese de 
proteínas séricas, anticorpos antiendomísio, 
antigliadina e antitransglutaminase, aspiração de 
medula óssea. 
 
▪ Biomarcadores ósseos não são específicos para 
OP e não confirmam diagnóstico. 
 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DAS OP PÓS- 
MENOPAUSA 
 
TESTES LABOLATORIAIS INCIAIS 
Perfil químico completo (incluído fosfatase alcalina) 
Hemograma completo 
Cálcio, fósforo 
25 – hidroxivitamina D 
 
RADIOGRAFIA 
▪ Só mostra alterações decorrentes da OP quando 
a massa óssea atingir aproximadamente 30%. 
 
▪ Possui pouca sensibilidade, deve-se solicitarcomo 
exame complementar para avaliar fraturas 
vertebrais, sinais de hiperparatideoidismo, 
calcificações de tecidos moles, osteomalácia na 
osteodistrofia renal e as lesões líticas dos tumores. 
 
▪ Indicada também em indivíduos que perderam 
altura de maneira significativa injustificada para 
confirmar presença de fraturas em outros locais. 
DENSITOMETRIA ÓSSEA 
 
▪ É o padrão-ouro para diagnóstico da OP. 
 
▪ Estabelece o diagnóstico da OP, determina o risco 
de fraturas, auxilia na identificação de candidatos 
para intervenção terapêutica, avalia mudanças 
na massa óssea, com o tempo, em pacientes 
tratados ou na evolução natural das doenças 
 
▪ Habitualmente é feito a medição do fêmur 
proximal (colo do fêmur e fêmur total) e a coluna 
vertebral (L1 -L4). 
 
▪ Antebraço: forma de avaliação alternativa, sendo 
útil em pacientes quando a coluna ou o fêmur não 
puderem ser medidos, obesidade extrema e 
hiperparatireoidismo. 
 
 
 
INDICAÇÕES PARA DENSITOMETRIA ÓSSEA 
 
▪ Todas a mulheres de 65 anos ou mais. 
 
▪ Mulheres na peri e pós-menopausa com fatores 
de risco. 
 
▪ Mulheres em amenorreia secundária prolongada 
(por mais de 1 ano). 
 
▪ Todos os indivíduos que tenham sofrido fratura por 
trauma mínimo ou atraumática. 
 
▪ Indivíduos com evidências radiológicas de 
osteopenia ou fraturas vertebrais. 
 
▪ Homens > 70 anos. 
 
▪ Homens < 70 anos com fatores de risco. 
 
▪ Indivíduos que apresentam perda de estatura 
(2,5cm) ao longo da vida ou hipercifose torácica. 
 
▪ Indivíduos em uso de glicocorticoides por 3 meses 
ou mais, independente da dose. 
 
▪ Indivíduos com IMC baixo (<19kh/m3 para jovens 
e < 22 para idosos). 
 
 
19 
GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
▪ Portadores de doenças crônicas em uso de outras 
medicações associadas à OP. 
 
▪ Para monitoramento de mudanças de massa 
óssea decorrentes da evolução da doença e dos 
diferentes tratamentos disponíveis. 
 
INTERPRETAÇÃO DA DENSITOMETRIA 
 
CATEGORIA MASSA ÓSSEA 
Normal Escore T maior ou igual a -1,0 
Baixa massa 
(osteopenia) 
Escore T menor que -1 e maior que 
-2,5 
Osteoporose Escore T menor ou igual a -2,5 
Osteoporose grave 
(estabelecida) 
Escore T menor ou igual a -2,5 na 
presença de uma ou mais fraturas 
por fragilidade 
 
TRATAMENTO 
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO 
A prevenção da OP e das fraturas consequentes 
apoia-se em um tripé 
1. Adequada nutrição 
2. Bons hábitos de vida, incluindo exercícios físicos, 
evitando alcoolismo e tabagismo 
3. Controle do ambiente para prevenção de 
quedas. 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
REPOSIÇÃO DE CÁLCIO 
 
▪ Carbonato x Citrato 
 
▪ Recomendado e seguro o consumo de até 1200 
mg/dia. Ideal é obter a quantidade desejada 
através da dieta. 
 
REPOSIÇÃO DE VITAMINA D 
 
▪ Fontes alimentares são escassas, obtida 
principalmente da exposição cutânea por raios 
UVB solares. 
 
▪ Importante funções na fisiologia osteomineral, 
principalmente na absorção intestinal e na 
homeostase do cálcio. 
 
▪ Ação na musculatura periférica e no equilíbrio, 
podendo interferir no risco de quedas 
 
▪ DOSE: Se VIT D < 20ng/ml 
 
-Dose de ataque: de 7000 UI/dia ou 50.000 
UI/semana por 6 a 8 semanas. 
 
-Dose de manutenção: de 1000 a 2000 UI/dia 
 
▪ OBJETIVO: > 30ng/ml 
 
MEDICAÇÕES PARA OSTEOPOROSE 
 
AGENTES ANABÓLICOS 
▪ Teriparatina (fraturas mais graves→ neoformação 
óssea) 
▪ Romososumabe 
 
AGENTES ANTIRREABSORTIVOS 
▪ Bifosfonatos (1ª escolha) 
▪ Denosumab 
▪ Raloxifeno 
 
OBS 1: Bifosfonatos só podem ser utilizados por no 
máximo 3 anos, devendo ser substituído após esse 
período. 
 
OBS 2: Calcitonina trata dor da fratura, mas não 
trata a osteoporose. 
 
CARACTERÍSTICAS DAS MEDICAÇÕES 
 
BIFOSFONATOS 
 
▪ MECANISMO DE AÇÃO: inclui o bloqueio da 
adesão dos osteoclastos à superfície de 
reabsorção óssea e o aumento da apoptose dos 
osteoclastos 
 
▪ Devem ser tomados em jejum, com um copo 
cheio de água, aguardando 30-60min, sendo que 
o paciente deve-se manter sentado ou em pé. 
 
▪ CONTRAINDICAÇÕES: hipersensibilidade ao 
produto, osso adinâmico (radioterapia), 
incapacidade de permanecer sentado ou em pé 
após ingestão da medicação, alterações 
esofágicas (acalasia, estenose, varizes esofágicas, 
esôfago de Barret), úlceras gástricas em atividade 
e insuficiência renal (TFG < 30-35 ml/min) 
 
DENOSUMAB 
 
▪ Anticorpo monoclonal humano 
 
 
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▪ Reduz risco de fraturas vertebrais, não vertebrais e 
de quadril 
 
▪ Podem ser utilizados quando ocorre falha, 
intolerância ou contraindicação aos bifosfonatos 
orais e em situações especiais como primeira linha 
nos casos de pacientes com disfunção renal. 
 
▪ DOSE: 60mg, SC, a cada 6 meses 
 
MONITORAMENTO 
▪ Há várias abordagens para monitoramento da 
osteoporose, não há consenso sobre abordagem 
ideal. 
 
▪ Repetir densitometria óssea de 1 a 2 anos após 
início da terapia e após após a cada 2 anos, e 
caso necessário DMO frequentes em certas 
situações clinicas. 
CASO CLÍNICO 
Idosa de 74 anos, branca, viúva, agricultora, 
natural da Jaíba, chegou ao NASPP para consulta 
devido à queixa de “dor nas costas há cerca de 
12 meses”. Paciente relatou que, há seis meses, 
começou a sentir dor em região lombar, de 
maneira contínua e de intensidade leve (Escala 
Visual Analógica-3), que não interferia no 
cotidiano. Com o tempo, porém, a sensação 
dolorosa foi aumentando, começando a 
atrapalhar o seu trabalho e atingiu o pico há, 
aproximadamente, 15 dias (Escala Visual 
Analógica-9), ela está em uso continuo de 
analgésicos e AINEs, além disso, tem histórico de 
tomar corticoide injetável cronicamente. A idosa 
afirmou hipertireoidismo controlado em 
tratamento, negou ter sofrido fraturas. e 
apresentou a caderneta de vacinações 
atualizada inclusive da Herpes Zoster. Relatou 
também que sua mãe, já falecida por infarto 
agudo do miocárdio aos 80 anos, apresentava 
dores semelhantes as suas e chegou, inclusive, a 
apresentar fratura do fêmur. Negou a realização 
de qualquer atividade física, negou etilismo e 
afirmou tabagismo (30 maços/ano), ser cafeísta 
inveterada com dieta pobre em proteínas. Em 
relação a sua história ginecológica, afirmou 
menarca aos 14 anos e menopausa aos 39 anos. 
Peso 41,6 kg; Altura 153 cm; IMC: 17,77. 
Exames: cálcio 8.8; 25 (OH) 17 ng/ml; creat 1.45; 
CKD: 37.9 ml/min/1.73 m2. 
ANALISAR o caso: 
1) PROPOR o provável diagnóstico; 
R: De acordo com os sintomas apresentados, 
associados aos achados laboratoriais e de 
imagem, o diagnóstico mais provável é 
osteoporose com fratura de vertebras, associada 
à hipovitaminose D, e doença renal crônica (CKD 
reduzida). 
2) IDENTIFICAR fatores de risco associados a 
condição acima. 
R: Os fatores de risco apresentados pela paciente 
que pode ter contribuído para o desenvolvimento 
da osteoporose são: sexo feminino, idade maior 
que 65 anos, branca, menopausa precoce (39 
anos), fratura por fragilidade em parentes de 
primeiro grau (mãe apresentou fratura de fêmur), 
sedentarismo, uso crônico de corticoide, baixa 
ingesta de proteínas, cafeísta inveterada, baixo 
IMC, doença renal crônica (redução da CKD), 
tabagismo e hipovitaminose D. 
3) DEFINIR um planejamento terapêutico. 
R: O planejamento terapêutico inclui o 
encaminhamento à nutrição para adequar a 
alimentação, estimular atividade física pelo 
menos 3x/semana, no mínimo 30min e o 
cessamento do tabagismo e orientar a 
adaptação do ambiente domiciliar para prevenir 
quedas, além de encaminhar à nefrologia para 
acompanhar a doença renal. Deve-se repor a 
vitamina D com a dose de ataque de 50.000 
UI/semana por 6 meses, seguidas de dose de 
manutenção de 1000 UI/ dia com o objetivo de 
manter a vitamina D > 30ng/m e repor o cálcio 
com citrato de cálcio. Por fim, o tratamento da 
osteoporosepode ser feito com Bifosfonatos por 
até 3 anos e após esse período deve ser substituído 
por outro como Denosumab ou Teripatida. Por fim, 
deve-se encaminhar à cirurgia para tratar as 
fraturas de vertebras. 
 
 
 
 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
ANA LUÍZA ALVES PAIVA 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
DEFINIÇÃO: perda involuntária de urina ou fezes 
em quantidade ou frequência suficientes para se 
constituir um problema social e/ou de saúde. 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
FISIOPATOLOGIA 
INERVAÇÃO SIMPÁTICA (T11 a L2): sinapses nos 
plexos hipogástricos e mesentérica inferior. 
INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA (S2-S4): fibras pré 
ganglionares pelo nervo pélvico até gânglios do 
plexo pélvico, este da origem às fibras pós 
ganglionares que se dirigem à bexiga: ACH 
contração detrusor (receptores M2 e M3). 
INERVAÇÃO SOMÁTICA DO ESFÍNCTER URETRAL 
EXTERNO (S2-S4): nervo pudendo até o esfíncter 
estriado. 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA TRANSITÓRIA 
Caracteriza-se pela perda de urina precipitada 
por insulto psicológico, medicamentos ou 
orgânico, que cessa ou melhora após o controle 
do fator desencadeante. 
PRINCIPAIS CAUSAS - DIURAMID 
▪ Delirium 
▪ ITU 
▪ Uretrite e vaginites atróficas 
▪ Restrição de mobilidade 
▪ Aumento do débito urinário 
▪ Medicamentos 
▪ Impactação fecal 
▪ Distúrbios psiquiátricos (depressão, demência, 
psicose) 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA ESTABELECIDA 
URGÊNCIA 
 
▪ Desejo de urinar abrupto e imperioso, sucedido 
por perda involuntária de volume moderado a 
grande (>100ml). 
 
▪ CAUSAS: bexiga hiperativa → lesões do SNC 
(esclerose múltipla, AVE, Parkinson, demência) e 
 
 
 
problemas do trato urinário inferior (cirurgias e 
hiperplasia de próstata). 
 
ESTRESSE OU ESFORÇO 
 
▪ Perda de pequena quantidade de urina durante 
esforços (risos, espirro, tosse, carregar peso). Mais 
comum em mulheres. 
 
▪ CAUSAS: uretra mal posicionada e má função 
esfincteriana. 
 
FUNCIONAL (ACAMADOS/IMOBILIDADE) 
 
▪ Incapacidade que impede o uso independente 
do banheiro no momento adequado 
(dependência, sedação, banheiro inacessível, 
medicamentos). 
 
TRANSBORDAMENTO 
 
▪ Acúmulo de urina até ocorrer extravasamento, 
com alto volume residual, podendo causar 
bexigoma. 
 
▪ CAUSAS: bexiga neurogênica, hiperplasia 
prostática benigna, tumor de próstata, prolapso 
vesical ou uterino, uso de medicamentos 
(miorrelaxantes, opioides) 
OBS: perda inconsciência: é a perda que ocorre 
desacompanhada de fenômenos de urgência e 
esforços. 
CONDIÇÕES ASSOCIADAS 
▪ Dermatite de fraldas 
▪ Candidíase perineal 
▪ ITU 
▪ Úlceras de pressão 
▪ Quedas 
▪ Fraturas 
▪ Depressão 
▪ Isolamento social 
▪ Hospitalização e institucionalização 
▪ Iatrogenia 
TRATAMENTO 
MEDICAMENTOS: Oxibutinina, tolterodina, 
darifenacina, Agonista receptor beta 3 
Incontinência Esfincteriana 
 
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adrenérgico (mirabegrona, Mybetric), 
Antagonista alfa- adrenérgico, toxina botulínica, 
imipramina, uso de estrogênio tópico. 
OUTROS: cirúrgico, fisioterápico 
TIPO DE 
INCONTINÊNCIA 
TRATAMENTOS PRIMÁRIOS 
Estresse ▪ Exercícios para a musculatura 
pélvica (Kegel) 
▪ Outras intervenções 
comportamentais 
▪ Agonistas alfa-adrenérgicos 
▪ Estrogênio de uso tópico (não 
isoladamente) 
▪ Injeções periuretrais 
▪ Suspenção cirúrgica do colo 
vesical ou alça 
Urgência ▪ Relaxantes Vesicais 
▪ Estrogênio de uso tópico (se 
houver vaginite atrófica) 
▪ Treinamento vesical (incluindo 
exercícios para os músculos 
pélvicos) 
Transbordamento ▪ Remoção cirúrgica da obstrução 
▪ Retreinamento vesical 
▪ Cateterização intermitente 
▪ Cateterização de demora 
Funcional ▪ Intervenções comportamentais 
(dependentes do cuidador) 
▪ Manipulações ambientais 
▪ Roupas intimas e absorventes para 
incontinência 
 
INCONTINÊNCIA FECAL 
CONTINÊNCIA ANAL DEPENDE: funcionamento 
normal do intestino (especialmente do ânus), 
músculos do assoalho pélvico (esfíncteres anais 
interno e externo) e o músculo elevador do ânus. 
CONTINÊNCIA ANAL: capacidade de retardar a 
eliminação de gases ou fezes até o momento 
oportuno – interrelação complexa entre volume e 
consistência do conteúdo retal, capacidade de 
distensão (complacência retal), sensibilidade retal 
e integridade da musculatura e inervação do 
esfíncter anal. 
INCONTINÊNCIA ANAL: incapacidade em graus 
variados, de reter a matéria fecal e de evacua-la 
de forma voluntária. Trata-se de condição 
incapacitante, constrangedora e com 
repercussão socioeconômica significativa. 
CAUSAS 
▪ Impactação fecal 
▪ Uso excessivo ou abuso de laxantes 
▪ Distúrbios neurológicos (demência, AVE, 
doença/lesão medular) 
▪ Distúrbios colorretais (doenças diarreicas, 
intolerância à lactose, neuropatia diabética 
autônoma, lesão do esfíncter anal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
É a abordagem que visa a promoção, a 
qualidade de vida de pacientes e seus familiares, 
através da avaliação precoce e controle de 
sintomas físicos, sociais, emocionais, espirituais 
desagradáveis, no contexto de doenças que 
ameaçam a continuidade da vida. 
A assistência é realizada por uma equipe 
multiprofissional durante o período de diagnóstico, 
adoecimento, finitude e luto. 
CONCEITOS BIOÉTICOS 
EUTANÁSIA: É a pratica pela qual se abrevia a vida 
de um enfermo incurável de maneira controlada 
e assistida por um especialista. 
DISTANÁSIA: É a prática pela qual se continua, 
através de meios artificiais, a vida de um enfermo 
incurável. 
ORTOTANÁSIA: “morte certa”, é a morte que 
ocorre sem “interferência da ciência”, permitindo 
ao paciente morrer de forma digna, sem 
sofrimento, segundo a evolução e percurso da 
doença. 
MISTANÁSIA: 
PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS 
▪ Respeitar a dignidade e autonomia dos pacientes. 
 
▪ Honrar o direito do paciente de escolher entre os 
tratamentos, incluindo aqueles que podem ou 
não prolongar a vida. 
 
▪ Comunicar-se de maneira clara e cuidadosa com 
os pacientes, suas famílias e seus cuidadores. 
 
▪ Identificar os principais objetivos dos cuidados de 
saúde a partir do ponto de vista do paciente. 
 
▪ Prover o controle impecável da dor e de outros 
sintomas de sofrimento físico. 
 
▪ Reconhecer, avaliar, discutir e oferecer acesso a 
serviços para o atendimento psicológico, social e 
questões espirituais. 
 
 
▪ Organizar e promover a continuidade dos 
cuidados oferecidos ao paciente e sua família, 
sejam estes cuidados realizados no hospital, no 
consultório, em casa ou em outra instituição de 
saúde. 
 
▪ Manter uma atitude de suporte educacional a 
todos os envolvidos nos cuidados diretos com o 
paciente. 
 
ESTRATIFICAÇÃO 
CUIDADO PALIATIVO PRECOCE 
O paciente é portador de doença que ameaça 
sua vida e apresenta bom status funcional (KPS ou 
PPS > 60%). A prioridade é o tratamento curativo 
ou restaurativo, utilizando os princípios da 
beneficência e autonomia. Meses e anos. 
CUIDADO PALIATIVO COMPLEMENTAR 
O paciente é portador de doença que ameaça 
sua vida e apresenta status funcional intermediário 
(KPS ou PPS entre 40-60%). Em caso de 
instabilidade clínica aguda, a transferência para 
UTI deve ser ponderada, levando-se em 
consideração as condições potencialmente 
reversíveis, podendo ser definido limite de esforço 
terapêutico. Semanas a meses. 
CUIDADO PALIATIVO PREDOMINANTE 
O paciente é portador de doença que ameaça 
sua vida e apresenta baixo status funcional (KPS ou 
PPS entre < 40%). Classificados critérios de 
irreversibilidade da doença de base. Não 
adicionar ou manter terapia e nem deve ser 
encaminhado para UTI, respeitando o desejo do 
paciente e de seus representantes. Dias a algumas 
semanas. 
CUIDADO PALIATIVO EXCLUSIVO (CUIDAODS DE FIM DE VIDA) 
O paciente é portadorde doença que ameaça 
sua vida e apresenta baixo status funcional (KPS ou 
PPS entre < 40%). Piora rápida e irreversível do 
estado geral. Essa piora acentuada pode ser 
evidenciada através da redução do nível de 
consciência e instabilidade cardiopulmonar. 
Suspender todas as terapias, visando 
Cuidados Paliativos 
 
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GERIATRIA – 7° PERÍODO – 2023/1 
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exclusivamente o controle de sintomas. Não deve 
ser encaminhado para UTI, respeitando o desejo 
do paciente e de seus representantes legais. 
Prognóstico estimados em horas poucos minutos. 
COMUNICAÇÃO 
 
S Setting up Preparando-se para o encontro 
P Perception Percebendo o paciente 
I Invitation Convidando para o diálogo 
K Knowledge Transmitindo as informações 
E Emotions Expressando as emoções 
S Strategy and 
Summary 
Resumindo e organizando 
estratégias. 
 
TERMINALIDADE 
INDICADORES GERAIS DE P IOR PROGNÓSTICO 
▪ Infecções recorrentes e de difícil tratamento 
▪ Piora significativa da ingesta alimentar 
▪ Perda de funcionalidade 
▪ Associação de múltiplas comorbidade 
FERRAMENTAS PARA CUIDADO PALIATIVO 
▪ Conhecimento técnico 
▪ Conhecer a própria história 
▪ Reconhecimento da cultura e significado da 
morte para si 
▪ Falar sobre o leito 
SISTEMA DE APOIO AO PACIENTE E CUIDADORES 
▪ Aspectos sociais 
▪ Aspectos psicológicos 
▪ Aspectos espirituais 
▪ Controle de sintomas (dor, depressão, fadiga, 
delirium, sintomas gastrointestinais, respiratórios e 
outros) 
MORTE E LUTO – APOIO AOS FAMILIARES 
▪ Morte tabu 
▪ Visão e abordagem da morte nos cuidados 
paliativos 
▪ Luto

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