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Parasitose não contagiosa relacionada à transmissão vetorial. Zoonose: parasitose de ocorrência natural em regiões de matas fechadas onde o ciclo silvestre ocorre entre o mosquito flebótomo e os animais, mas que acidentalmente acomete o ser humano. Vetor etiológico: leishmania (mais de 20 espécies causadoras de duas formas clínicas). Vetor biológico: mosquito flebótomo (mosquito palha) -> muito pequeno, claro e silencioso. Heteroxenos: hospedeiros invertebrados (vetores) e de sangue quente e frio (transmissão passiva). Eurixeno: baixa especificidade de hospedeiro (ser humano, cães, equinos, roedores, bicho preguiça e gambá). Reservatórios da doença na natureza: controlado mas não erradicados. Ciclo de vida: Mosquito palha, que se alimenta de sangue, pica o hospedeiro, liberando promastigotas. Probóscide: aparelho retirador de sangue. Ao picar, lança uma porção de saliva com substâncias anestésicas e anticoagulantes. O parasita fica na saliva do inseto. Promastigotas são fagocitadas pelos macrófagos. Dentro dos macrófagos, se transformam em amastigotas, que se multiplicam nas células de vários tecidos. Mosquito, que se alimenta de sangue, ingere o sangue de um indivíduo contaminado, ingerindo portanto os macrófagos com amastigotas. Amastigotas se transformam em promastigotas no intestino, onde se dividem e deslocam-se para a probóscide. Transmissão Vetorial: Inoculação dos promastigotas metacíclicos pela saliva, durante a picada (repasto sanguíneo) de fêmeas de Flebotomíneos contaminadas. Formas clínicas: Leishmaniose Tegumentar (LT): Leishmaniose cutânea. Doença infecciosa não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. Brasil: 7 espécies de leishmanias responsáveis, sendo as mais importantes a braziliensis, amazonenses e guyanensis. Leishmaniose Visceral (LV): Leishmaniose Calazar Conhecida também como esplenomegalia tropical ou febre dundun. Tropismo pelo SFM do baço, fígado, medula óssea e tecidos linfoides Causada pelas espécies chagasi, donovani e infantum. É uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico, que se não tratada pode levar a óbito até 90% dos casos. Sinais e sintomas: LT: Lesão cutânea de inoculação surge após período de incubação médio de 30 dias (variando de 15 dias a 6 meses). Sintomas clínicos dependem de fatores ligados ao hospedeiro e ao parasita. Oligossintomáticas. Lesões cutâneas (úlcera cutânea) únicas ou múltiplas com fundo granuloso e bordas altas em moldura. Lesões mucosas destrutivas do nariz, faringe, laringe e cavidade oral. LV: Inicialmente silvestre ou rural, atualmente está ocorrendo em área domiciliar ou peridomiciliar. Infecção inaparente ou oligossintomática. Caracterizada por febre de longa duração (mais de 10 dias). Quando não tratada, evolui para óbito em 1 ou 2 anos. Hepatoesplenomegalia, comprometimento da medula óssea (anemia, leucopenia, hemorragias). Diagnóstico LV: Direto: encontro de formas amastigotas do parasita (punção aspirativa de medula óssea, linfonodos, fígado e baço). Indireto: detecção de anticorpos específicos (sorologia -> imunofluorescência indireta ou ELISA). Dados epidemiológicos: Endêmicas em 97 países. No brasil, há as duas formas da doença. Tratamento: Diagnóstico precoce da lesão é essencial para resposta terapêutica mais efetiva. LV canina pode ser tratada, e há vacina para os animais domésticos. lEISHMANIOSE