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Rota Final PRF - Pericles Mendonça

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LEGISLAÇÃO ESPECIAL: Lei nº 10.826/2003
Estatuto do Desarmamento
Professor Péricles Mendonça
1. Lei nº 10.826/2003 e suas alterações (Estatuto do Desarmamento);
2. Lei nº 5.553/1968 (apresentação e uso de documentos de identificação pessoal);
3. Lei nº 4.898/1965 (direito de representação e processo de responsabilidade
administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade);
4. Lei nº 9.455/1997 (definição dos crimes de tortura);
5. Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente): Título
II, Capítulos I e II, Título III, Capítulo II, Seção III, Título V e Título VII;
6. Lei nº 11.343/2006 (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas);
7. Lei nº 9.605/1998 e suas alterações (Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente):
Capítulos III e V;
8. Decretos nº 5.948/2006, nº 6.347/2008 e nº 7901/2013 (tráfico de pessoas).
Legislação Especial
Importância da leitura da “lei seca”;
Leis mais cobradas: Abuso de autoridade, Estatuto do Desarmamento, Lei de 
Drogas, Tortura e Tráfico de Pessoas;
O estatuto do desarmamento foi cobrado nas duas últimas provas da PRF;
Estudo da Legislação Especial
Arma de Fogo
O que é uma arma de fogo?
Arma de Fogo: arma que arremessa projéteis empregando a força
expansiva dos gases gerados pela combustão de um propelente
confinado em uma câmara que, normalmente, está solidária a um cano
que tem a função de propiciar continuidade à combustão do
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil.
(art. 3°, XIII, Decreto 3.665/2000 – R 105).
A lei só trata de arma de fogo?
E os acessórios e munições?
Arma de Fogo
E as réplicas de armas de fogo? (armas de pressão, airsoft, etc.)
Como proceder? Possui relevância jurídica?
E quanto ao roubo? E a causa de aumento?
Arma de fogo
E as armas artesanais?
Arma de fogo
As armas de pressão são permitidas?
Maiores ou menores que 6mm.
Arma de fogo
Definições:
ARMAS INAPTAS: são aquelas que não funcionam porque estão
quebradas ou porque falta algum componente essencial ao seu
funcionamento. Não existirá crime no Estatuto do Desarmamento
diante de uma arma inapta.
Arma de fogo
Definições:
ARMAS DE FUNCIONAMENTO IMPERFEITO: são aquelas que
funcionam vez ou outra, nesse caso elas não são inaptas e se encaixam
no conceito de arma de fogo.
Arma de fogo
Definições:
ARMAS DE FOGO DE USO PERMITIDO: conforme o Decreto
5.123/2004, são aquelas cuja utilização é autorizada a pessoas físicas,
bem como a pessoas jurídicas, de acordo com as normas do Comando
do Exército e nas condições previstas no Estatuto.
O artigo 17 do Decreto 3.665/2000 traz todas as armas de uso
permitido, por exemplo as armas de calibre .22, .32, .38, as pistolas
semiautomáticas calibre .380.
Arma de fogo
Definições:
ARMAS DE USO RESTRITO: são aquelas de uso exclusivo das Forças
Armadas, de instituições de segurança pública e de pessoas físicas e
jurídicas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de
acordo com legislação específica.
O Decreto 3.665/2000 traz em seu artigo 16 as armas de uso restrito,
por exemplo as pistolas semiautomáticas de calibre .40, .45, .44
Magnum, 9mm.
Arma de fogo
Definições:
MUNIÇÃO: artefato completo, pronto para carregamento e disparo de
uma arma, cujo efeito desejado pode ser: destruição, iluminação ou
ocultamento do alvo; efeito moral sobre pessoal; exercício; manejo;
outros efeitos especiais (art. 3°, LXIV, Decreto 3.665/2000).
Arma de fogo
Definições:
ACESSÓRIO DE ARMA: artefato que, acoplado a uma arma, possibilita a
melhoria do desempenho do atirador, a modificação de um efeito
secundário do tiro ou a modificação do aspecto visual da arma (art. 3°,
II, Decreto 3.665/2000).
Carregador da arma é um acessório?
Vamos praticar?
Segundo entendimento do STJ, o crime de porte ilegal de arma de fogo é
delito de perigo abstrato, considerando-se típica a conduta de porte de arma
de fogo completamente inapta a realizar disparos e desmuniciada, ainda que
comprovada a inaptidão por laudo pericial.
(CESPE/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA/2016/ADAPTADA)
Veja que somente com essa introdução em nossa aula já somos capazes de
responder essa questão. Se a arma for inapta a realizar disparos o agente
responderá pelo crime de porte ou posse? Como vimos em nossa aula, não,
portanto a questão está errada.
Gabarito, questão errada.
Bem jurídico tutelado
Incolumidade pública
Incolumidade pública compreende um complexo de bens relativos à
vida, à integridade corporal, à saúde de todos e de cada um dos
indivíduos que compõem a sociedade.
Perigo concreto ou abstrato?
Todos os crimes do estatuto são de perigo abstrato e não de perigo
concreto.
Perigo abstrato: temos uma presunção do risco, por isso você poderá
encontrar em sua prova também a expressão “perigo presumido”, não
é necessário expor ninguém a uma situação real de risco;
Perigo concreto: deve-se comprovar a real situação do risco.
Antecipação da tutela penal
Temos caracterizado a antecipação da tutela penal, onde o legislador se 
antecipou a prática de outros crimes.
Vamos praticar?
Conforme jurisprudência pacificada no STJ, o crime de porte ilegal de 
arma de fogo de uso permitido é de perigo concreto.
(FUNIVERSA/SEAP-DF/AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS/2015)
Acabamos de ver que os crimes previstos no Estatuto são de perigo
abstrato e não de perigo concreto, conforme o examinador afirmou na
questão.
Gabarito, questão errada.
Vamos praticar?
Conforme a jurisprudência pacificada do STF, o crime de porte ilegal de arma 
de fogo é de perigo abstrato, de modo que não se exige demonstração de 
ofensividade real para sua consumação.
(CESPE/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2013)
A questão confirma exatamente o que acabamos de estudar. Os delitos
previstos no estatuto são de perigo abstrato, portanto o item está correto.
Gabarito, questão certa.
Porte
Conforme o artigo 6° o porte de armas é proibido, salvo:
- casos previstos em legislação própria;
- os integrantes das Forças Armadas;
- os integrantes de órgãos referidos
nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública
(FNSP);
- os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos
Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas
condições estabelecidas no regulamento desta Lei; *
- os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000
(cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando
em serviço; *
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144i
Porte
- os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
- os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
- os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as
guardas portuárias;
- as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
- para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas
demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a
legislação ambiental.
- integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos
de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
- os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da
União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam
no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de
Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#51iv
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art52xiii
Dos crimesOBSERVAÇÃO
Os crimes que estudaremos no estatuto são punidos a título de DOLO, 
com exceção ao artigo 13 que trata da omissão de cautela.
Dos crimes
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou,
ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o
responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Dos crimes
É importante saber quem pode e quem não pode possuir uma arma de fogo
I - declarar efetiva necessidade;
II - ter, no mínimo, vinte e cinco anos;
III - apresentar original e cópia, ou cópia autenticada, de documento de identificação 
pessoal; 
IV - comprovar, em seu pedido de aquisição do Certificado de Registro de Arma de Fogo e 
periodicamente, a idoneidade e a inexistência de inquérito policial ou processo criminal, 
por meio de certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual, Militar e 
Eleitoral, que poderão ser fornecidas por meio eletrônico;
V - apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência certa;
VI - comprovar, em seu pedido de aquisição do Certificado de Registro de Arma de Fogo e 
periodicamente, a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo; e
VII - comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestada em laudo 
conclusivo fornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado.
(art. 12 do Decreto 5.123/04)
Dos crimes
O Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) somente autoriza a 
posse e não o porte.
O caput fala que o crime ocorrerá quando a arma for encontrada no 
interior de sua residência ou seu local de trabalho.
E na residência de terceiros?
E no taxi?
Dos crimes
Registro vencido
conforme o informativo 572 do STJ, não configura o crime de posse
irregular de arma de fogo a conduta do agente que mantém sob
guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido
com registro vencido, trata-se de mera irregularidade administrativa.
Vamos praticar?
Conforme a lei e a interpretação dos tribunais superiores, possuir arma 
de fogo com o registro vencido configura crime previsto no artigo 12 do 
Estatuto do Desarmamento.
(FCC/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2017/ADAPTADA)
Conforme acabamos de ver, a jurisprudência afirma que essa situação é 
mera irregularidade administrativa, não configurando um ilícito penal.
Gabarito, questão errada.
Vamos praticar?
Comete crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido cidadão que é
pego mantendo sob sua guarda, no interior do quarto de sua residência, embaixo
da cama, uma pistola .40, de uso restrito e com numeração suprimida.
(MPE-SC/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2014)
Você pode até se perguntar se é importante conhecer as armas de fogo de uso
permitido e de uso restrito. Eu acho importante dar uma estudada no decreto
3.665/00 que traz essas definições, mas basicamente, você deve conhecer as mais
“famosas”, como a .40, a 9mm, o 38, a 380. Mas para resolver essa questão não era
necessário esse conhecimento porque o examinador já te deu essa informação.
Gabarito, questão errada.
Dos crimes
E se forem encontradas na residência diversas armas de fogo?
O STJ entende que se as armas forem do mesmo “tipo”, ou seja, se
forem várias armas de uso permitido, ou várias de uso restrito, o
agente responderá somente por um crime, sendo que a quantidade
influenciará na aplicação da pena.
Agora, o mesmo Tribunal entende que se forem armas de diferentes
“categorias”, ou seja, algumas de uso permitido e outras de uso
restrito, responderá o agente, em concurso formal pelos crimes
referentes a sua conduta.
Dos crimes
Abolitio criminis temporária
O Estado permitiu a regularização das armas das pessoas sem o CRAF.
Presunção da boa-fé.
Tivemos dois momentos de abolitio criminis
Armas de fogo de uso 
restrito e uso permitido
Armas de fogo de uso 
permitido
2003 23/10/2005 31/12/2009
Dos crimes
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável
de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar
ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras
formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua
guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Dos crimes
Crime de menor potencial ofensivo;
Cabe Transação e Suspensão Condicional do Processo.
Crime culposo.
Crime material.
Somente arma de fogo? 
Esse tipo penal diz expressamente “...se apodere de arma de fogo”, ou seja,
não serão típicas as condutas quando se tratarem de munições e
acessórios, somente de arma de fogo.
Dos crimes
O crime do parágrafo único é tipificado quando se trata de arma, 
acessório ou munição.
Crime à prazo (primeiras 24h);
A lei deixa claro que essa comunicação deve ser feita através do
registro da ocorrência policial e da comunicação à Polícia Federal.
Crime próprio
Dos crimes
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,
empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou
munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo
quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.
Dos crimes
Porte é uma situação extra muros.
Em alguns casos a própria identidade funcional já funciona como porte.
E a arma inapta? Crime impossível
E a arma desmuniciada?
As cortes superiores entendem que sim, baseando-se na afirmação de
que o delito de porte de arma é um crime de perigo abstrato, ou seja,
presumido, bastando o simples porte da arma para a sua consumação
Dos crimes
Homicídio x Porte de arma
Roubo x Porte de arma
Legítima defesa x Porte de arma
O Supremo no julgamento do HC 111488/MG, afirmou que nesse caso
a conduta seria típica, porém não seria ilícita, então o agente não
responderia pelo porte ilegal de arma de fogo.
Dos crimes
O parágrafo único afirma que esse crime é inafiançável.
ADI 3112
Vamos praticar?
Tales foi preso em flagrante delito quando transportava, sem autorização
legal ou regulamentar, dois revólveres de calibre 38 desmuniciados e com
numerações raspadas.
O fato de as armas apreendidas estarem desmuniciadas não tipifica o crime
de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito em razão da total
ausência de potencial lesivo da conduta.
(CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO/2015)
De acordo com a jurisprudência o bem jurídico tutelado, além da
incolumidade pública, é da segurança pública e da paz social, sendo
irrelevante a arma de fogo estar desmuniciada, portanto, item incorreto.
Gabarito, questão errada
Vamos praticar?
Segundo atual entendimento do STF e do STJ, configura crime o porte
de arma de fogo desmuniciada, que se caracteriza como delito de
perigo abstrato cujo objeto jurídico tutelado não é a incolumidade
física, mas a segurança pública e a paz social.
(CESPE/TJ-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014)
Mais uma vez tratando sobre esse assunto.
Gabarito, questão certa
Dos crimes
Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC)
Os colecionadores, atiradores e caçadores, geralmente possuem
somente o Certificado de Registro (CRAF) e não possuem a autorização
para porte, portanto quando precisam levar essas armas de um lugar
para outro, precisam de uma guia de tráfego
Dos crimes
Colecionadores,Atiradores e Caçadores (CAC)
Quanto ao transporte da arma, o Decreto 5.123/04, em seu artigo 32,
parágrafo único, deixa bem claro que os colecionadores e caçadores
transportarão suas armas desmuniciadas. O problema é quanto aos
atiradores
Dos crimes
Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC)
A portaria n.° 28 do COLOG/EB, autorizou o atirador desportivo a
transportar uma arma municiada do local de guarda de seu acervo até
os locais de treinamentos e competição.
Temos uma autorização de porte?
Dos crimes
Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC)
ATENÇÃO
O STJ tem o entendimento de que se as guias de tráfego forem
descumpridas pelos colecionadores, atiradores e caçadores, eles
responderão pelo porte ilegal de arma de fogo.
Dos crimes
Disparo de arma de fogo
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado
ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que
essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
Dos crimes
Disparo de arma de fogo
Lugar habitado ou suas adjacências;
Via pública ou em direção de via pública.
Qual o elemento subjetivo?
Dos crimes
Disparo de arma de fogo
Disparo de advertência?
A lei 13.060/2014 disciplina o uso dos instrumentos de menor
potencial ofensivo pelos agentes de segurança e deixa bem claro em
seu art. 2°, parágrafo único
Dos crimes
Disparo de arma de fogo
Não é legítimo o uso de arma de fogo:
I - contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente
risco imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública
ou a terceiros; e
II - contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública,
exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de
segurança pública ou a terceiros.
Dos crimes
Disparo de arma de fogo
Subsidiariedade expressa.
Inafiançável?
Vamos praticar?
Considere que, em uma briga de trânsito, Joaquim tenha sacado uma arma
de fogo e efetuado vários disparos contra Gilmar, com a intenção de matá-lo,
e que nenhum dos tiros tenha atingido o alvo. Nessa situação, Joaquim
responderá tão somente pela prática do crime de disparo de arma de fogo
(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014)
O examinador deixou bem claro que Joaquim efetuou disparos contra Gilmar, 
com a intenção de mata-lo, portanto Joaquim não responderá pelo disparo 
mas sim pela tentativa de homicídio.
Gabarito, questão errada.
Dos crimes
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e
em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Dos crimes
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso 
proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou 
juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro 
sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a 
criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou 
explosivo.
Dos crimes
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
O legislador resolveu tratar o porte e a posse no mesmo artigo
Trouxe diversas condutas equiparadas
Dos crimes
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Supressão de sinal de identificação (numeração, brasão, etc.)
Modificar as características da arma de fogo (alterar um 38 para um 
357)
Artefatos explosivos ou incendiários (Coquetel Molotov)
Dos crimes
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
A primeira conduta era daquele que suprimia, essa agora é do que 
porta a arma com numeração suprimida.
O inciso V, derrogou a previsão trazida pelo artigo 242 do ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente), por ser uma lei posterior. Porém o ECA
como não afirma “arma de fogo”, continua sendo aplicável quando se
tratar de armas de outra natureza, que não seja de fogo.
Vamos praticar?
Aquele que fornece a adolescente, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito ou proibido fica sujeito à sanção penal
prevista no ECA, em decorrência do princípio da especialidade
(CESPE/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2017/ADAPTADA)
O examinador fala em princípio da especialidade e ele está corretíssimo
nesse ponto, porém aplicando este princípio traremos a aplicação para o
Estatuto do Desarmamento e não para o ECA.
Gabarito, questão errada
Dos crimes
Comércio ilegal e tráfico de arma de fogo
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em
depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito
deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou
comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
Dos crimes
Comércio ilegal e tráfico de arma de fogo
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território 
nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, 
sem autorização da autoridade competente:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Dos crimes
Comércio ilegal e tráfico de arma de fogo
Para que o agente responda pelo tipo penal trazido por esse artigo é
necessário demonstrar a habitualidade da comercialização. O delito
exige atividade comercial ou industrial e até mesmo por isso é
classificado como crime próprio
Dos crimes
Comércio ilegal e tráfico de arma de fogo
E se o particular vender?
Responderá pelo artigo 16, na conduta de “ceder”.
Esse é o crime cometido pelo armeiro.
Dos crimes
Comércio ilegal e tráfico de arma de fogo
O Tráfico Internacional de arma de fogo é o único crime de
competência da Justiça Federal. Para a configuração deste tipo penal
aplicamos o princípio da especialidade em relação ao contrabando
(importar e exportar) e à facilitação de contrabando ou descaminho
(favorecer).
Dos crimes
Comércio ilegal e tráfico de arma de fogo
O artigo 19 apresenta causa de aumento de pena para os artigos 17 e
18 caso a arma seja de uso restrito.
Dos crimes
Causas de aumento de pena
Se os crimes forem praticados por integrantes das FFAA, Segurança
Pública e os demais órgãos listados nos artigos 6°, 7° e 8° do Estatuto, a
pena é aumentada da metade.
Dos crimes
Liberdade provisória?
O artigo 21 veda a sua concessão.
Dos crimes
A lei 13.497/17 incluiu no rol dos crimes hediondos o delito do artigo 
16 (posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito)
Jurisprudência
O STF no julgamento do RHC 143.449/MS aplicou o princípio da
insignificância para a posse munição. O relator, Ministro Ricardo
Lewandowski, afirmou que a posse de uma única munição
desacompanhada da arma de fogo é incapaz de provocar qualquer
lesão ao bem jurídico tutelado(incolumidade pública).
Jurisprudência
O STJ aplicou o princípio da insignificância com o mesmo entendimento
do Supremo.
“no caso em tela, ainda que formalmente típica, a apreensão de oito
munições na gaveta do quarto da recorrente não é capaz de lesionar
ou mesmo ameaçar o bem jurídico tutelado, mormente porque
ausente qualquer tipo de armamento capaz de deflagrar os projéteis
encontrados em seu poder”.
Exercícios
(CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/2018)
Situação hipotética: Um policial militar reformado foi preso em flagrante
delito por portar arma de fogo de uso permitido, sem autorização legal e
sem o devido registro do armamento. Assertiva: Nessa situação, a
autoridade policial não poderá conceder fiança, porquanto o Estatuto do
Desarmamento prevê que o fato de a arma não estar registrada no nome do
agente torna inafiançável o delito.
Como vimos em nossa aula, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade 
das previsões de inafiançabilidade previstas no Estatuto do Desarmamento.
A título de curiosidade, para aqueles que não sabem o que é um policial militar reformado, 
se trata de um policial militar “aposentado”. Digo isso porque o examinador poderia fazer 
uma pergunta baseado no fato do policial ser aposentado.
Gabarito, questão errada.
Exercícios
(CESPE/PC-SE/DELEGADO DE POLÍCIA/2018)
O porte de arma de fogo de uso permitido sem autorização, mas
desmuniciada, não configura o delito de porte ilegal previsto no
Estatuto do Desarmamento, tendo em vista ser um crime de perigo
concreto cujo objeto jurídico tutelado é a incolumidade física.
O entendimento das cortes superiores é pacificado sobre esse assunto. A
jurisprudência é no sentido de que a conduta de portar uma arma de fogo
desmuniciada é típica, baseando-se na afirmação de que o delito de porte de arma
é um crime de perigo abstrato, ou seja, presumido, bastando o simples porte da
arma para a sua consumação.
Gabarito, questão errada.
Exercícios
(CESPE/DPF/DELEGADO DE POLÍCIA/2018)
O registro de arma de fogo na PF, mesmo após prévia autorização do
SINARM, não assegura ao seu proprietário o direito de portá-la.
Como vimos em nossa aula, o Certificado de Registro de Arma de Fogo 
somente autoriza a posse e não o porte.
Gabarito, questão certa.
Exercícios
(CESPE/DPF/PERITO CRIMINAL/2018)
Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa
situação, ainda que o disparo tenha sido de forma acidental,
culposamente, Samuel responderá pelo crime de disparo de arma de
fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento
Bem no início da nossa aula vimos que os crimes do Estatuto são dolosos,
com exceção da omissão de cautela.
Dessa forma, se o disparo foi acidental não podemos falar em responsabilizar
o agente criminalmente, ou seja, o fato é atípico.
Gabarito, questão errada.
Exercícios
(CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018)
O mero disparo de arma de fogo nas adjacências de lugar habitado é
crime punido com reclusão, estando seu autor sujeito a um aumento
de pena se for integrante dos órgãos elencados na lei.
O artigo 20 traz o aumento de pena se os referidos crimes forem
praticados pelos integrantes dos órgãos dos artigos 6°, 7° e 8° da lei.
Gabarito, questão certa.
Exercícios
(CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018)
É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente, sendo o
comando do Exército o responsável pelo registro de armas de uso
restrito.
Literalidade da lei
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do 
Exército, na forma do regulamento desta Lei
Gabarito, questão certa.
Exercícios
(CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018)
Comete crime o agente que deixa de observar as cautelas necessárias
para impedir que menor de dezoito anos de idade se apodere de arma
de fogo que esteja sob a sua posse, ainda que não haja consequências
graves
Temos caracterizada a omissão de cautela (art. 13 do Estatuto)
Gabarito, questão certa.
Exercícios
(CESPE/MPU/TÉCNICO DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL/2015)
Se uma pessoa for flagrada portando um punhal que tenha mais de 12
cm e dois gumes, ela poderá responder pelo crime de porte ilegal de
arma, previsto no Estatuto do Desarmamento
E se for uma espada samurai?
Não responde pelo Estatuto do Desarmamento
Gabarito, questão errada.
Exercícios
(CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015)
O ato de montar ou desmontar uma arma de fogo, munição ou um
acessório de uso restrito, sem autorização, no exercício de atividade
comercial constitui crime de comércio ilegal de arma de fogo, com a
pena aumentada pela metade.
Esse é o crime do armeiro, que será aumentada a pena da metade por se tratar de
arma de fogo, munição ou acessório de uso restrito.
Gabarito, questão certo.
Exercícios
(CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014)
Se um indivíduo que não possua porte de arma de fogo transportar, a
pedido de um amigo que possua o referido porte, munição de uma
arma de fogo e, estando sozinho nessas circunstâncias, for encontrado
pela polícia, tal fato configurará crime previsto em lei.
Responderá pelo porte de arma de fogo
Gabarito, questão certo.
Exercícios
(CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/POLÍCIA LEGISLATIVA/2014)
O agente que atirar com um revólver em via pública no intuito de
matar alguém não responderá pelo crime de disparo de arma de fogo,
mas tão somente pelo crime que ele pretendia praticar, ou seja, crime
doloso contra a vida.
Lembre-se da subsidiariedade do crime de disparo de arma de fogo.
Gabarito, questão certo.
Exercícios
(CESPE/STF/SEGURANÇA JUDICIÁRIA/2013)
Incorrerá em contravenção penal por portar munição em desacordo
com a legislação vigente uma pessoa que, durante abordagem em
barreira policial, for surpreendida com munições calibre .38 sem que
esteja autorizada a portá-la.
Incorrerá no crime do estatuto de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido 
(art. 14)
Gabarito, questão errado.
Exercícios
(CESPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013)
Supondo que determinado cidadão seja responsável pela segurança de
estrangeiros em visita ao Brasil e necessite de porte de arma, a
concessão da respectiva autorização será de competência do ministro
da Justiça
Questão polêmica, já que o artigo 9° fala em Ministério e não Ministro.
Gabarito, questão errado.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL: Lei nº 5.553/1968
Apresentação e uso de documentos de identificação
pessoal
Professor Péricles Mendonça
1. Lei nº 10.826/2003 e suas alterações (Estatuto do Desarmamento);
2. Lei nº 5.553/1968 (apresentação e uso de documentos de identificação pessoal);
3. Lei nº 4.898/1965 (direito de representação e processo de responsabilidade
administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade);
4. Lei nº 9.455/1997 (definição dos crimes de tortura);
5. Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente): Título
II, Capítulos I e II, Título III, Capítulo II, Seção III, Título V e Título VII;
6. Lei nº 11.343/2006 (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas);
7. Lei nº 9.605/1998 e suas alterações (Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente):
Capítulos III e V;
8. Decretos nº 5.948/2006, nº 6.347/2008 e nº 7901/2013 (tráfico de pessoas).
Legislação Especial
Conceitos iniciais
Lei pouco cobrada em provas
Esse tipo penal seria uma especialização em relação ao delito de
apropriação indébita, prevista no art. 168 do Código Penal. Nesse caso,
a especialização seria o objeto material do delito, ou seja, os
documentos previstos no art. 1° da lei.
Lei 5.553/68
O artigo 1° traz como conduta criminosa a retenção do documento de 
identificação pessoal.
Art. 1° A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica,
de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer
documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por
fotocópia autenticada ou público-forma, inclusive comprovante de
quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional,certidão de registro de nascimento, certidão de casamento,
comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.
Lei 5.553/68
O dispositivo inicia dizendo “qualquer documento de identificação
pessoal” e logo em seguida traz um rol exemplificativo de documentos
que seriam tidos como de identificação pessoal.
E a CNH e o Passaporte?
Divergência doutrinária
Lei 5.553/68
Alguns doutrinadores entendem que incluir documentos que não estão
listados no dispositivo seria uma analogia in malam partem, portanto não
permitida em nossa legislação. Não quer dizer que a retenção de um
documento que não esteja previsto na lei não seja crime, só não será
tipificado por essa lei
Outros entendem que num primeiro momento, ao dizer “qualquer
documento de identificação”, estaria abrangendo outros documentos que
são considerados como documentos de identificação, como é o caso da CNH,
que por força do artigo 159 da lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro)
dispõe que ela equivale como documento de identidade em todo território
nacional.
Lei 5.553/68
O artigo 1° é a regra (proibida a retenção!)
O artigo seguinte nos traz a exceção.
O artigo 2° prevê a retenção por um prazo de até 5 dias.
Lei 5.553/68
Art. 2° Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a
apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência
fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem
devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.
§1° Além do prazo previsto neste artigo, somente por ordem judicial poderá
ser retirado qualquer documento de identificação pessoal
§2° Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de
pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no
ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado.
Lei 5.553/68
Devemos observar o princípio da proporcionalidade e razoabilidade.
O prazo do artigo 2° é inflexível.
Lei 5.553/68 – Infração Penal
O artigo 3° afirma que constitui contravenção penal a retenção de 
qualquer documento referido na lei.
Vamos relembrar algumas diferenças entre crime e contravenção?
Lei 5.553/68
Crime Contravenção
Tipo de Pena privativa de liberdade Reclusão/detenção e/ou multa Prisão simples e/ou multa
Tentativa Pune a tentativa Não pune a tentativa
Extraterritorialidade Admite a extraterritorialidade da lei
penal
Não admite a extraterritorialidade da
lei.
Competência para julgamento Justiça Federal e Estadual Justiça Estadual (salvo nas hipótese de
foro por prerrogativa de função federal
ou nacional)
Limite de cumprimento de pena 30 anos 5 anos
Lei 5.553/68
Competência dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95)
A pena de multa deverá ser nos moldes do artigo 49 do CP.
Exercícios
(CESPE/PC-GO/AGENTE DE POLÍCIA/2016)
Pedro, maior e capaz, compareceu a uma delegacia de polícia para ser
ouvido como testemunha em IP. Todavia, quando Pedro apresentou sua
carteira de identidade, a autoridade policial a reteve e, sem justo motivo
nem ordem judicial, permaneceu com tal documento durante quinze dias.
Nessa situação hipotética, a atitude da autoridade policial constituiu.
a) Crime punível com multa
b) Fato atípico, pois sua conduta não pode ser considerada crime ou 
contravenção penal.
c) Contravenção penal punível com prisão simples.
d) Crime punível com detenção.
e) Crime punível com reclusão.
Exercícios
(CESPE/PC-GO/AGENTE DE POLÍCIA/2016)
A lei, objeto do nosso estudo, só disciplina contravenções penais não é? 
E a questão só tem um item com essa opção? Então esse é o item 
correto. 
Gabarito letra c.
Exercícios
(CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/AUXILIAR DE PERITO/2016)
Jorge, maior e capaz, pequeno empresário, contratou Lucas como empregado em 
sua empresa e, sem justo motivo, retém em seu poder, há já mais de cinco dias, o 
comprovante de quitação de Lucas com o serviço militar. 
Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.° 5.553/1968, a retenção, sem 
justo motivo, do comprovante de quitação de serviço militar será enquadrada como
a) Contravenção penal punível com prisão simples ou multa
b) Crime punível com reclusão
c) Crime punível com detenção e multa
d) Crime punível com multa
e) Crime punível com detenção
Exercícios
(CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/AUXILIAR DE PERITO/2016)
O artigo 3° da lei diz que constitui contravenção penal, punível com 
pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa (...). 
Por isso, gabarito, letra a.
Exercícios
(CESPE/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2011)
A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de
direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento
de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia
autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com
o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de
registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de
naturalização e carteira de identidade de estrangeiro, exceto para a
prática de determinado ato em que for exigida a apresentação de
documento de identificação, ocasião em que a pessoa que fizer a
exigência fará extrair, no prazo de até dez dias, os dados que
interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.
Exercícios
(CESPE/PC-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2011)
O examinador trouxe uma questão muito bem elaborada, e “na hora de
ganhar o 10”, trouxe um prazo incorreto.
Gabarito, questão errada.
Exercícios
(CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011)
Constitui contravenção penal a retenção injustificada de qualquer
documento de identificação pessoal.
Temos a letra da lei (art. 3°)
Gabarito, questão certa.
Exercícios
(CESPE/PC-ES/PERITO PAPILOSCÓPICO/2011) Quando o documento de
identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos
públicos, seus dados deverão ser anotados no ato e o documento
deverá ser-lhe devolvido no prazo máximo de cinco dias.
Quando o documento for indispensável para a entrada de pessoas em órgãos
públicos ou privados, seus dados deverão ser anotados e o documento
deverá ser devolvido imediatamente.
A possibilidade de retenção por cinco dias, se dá quando for necessário para
a realização de determinado ato, conforme prevê o artigo 2°.
Gabarito, questão errada.
Exercícios
(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE DE POLÍCIA/2004) Tendo em vista o
número crescente de furtos nas dependências de certo hospital, a empresa
que o administra determinou que, para nele ingressar, os visitantes deveriam
deixar na portaria do prédio um documento de identidade, que lhes seria
devolvido apenas quando eles saíssem. Nessa situação, a referida empresa
praticou ato ilícito.
Temos sim a prática de um ato ilícito, já que nesse caso o documento 
de identificação deverá ser devolvido imediatamente, não sendo 
permitida a sua retenção.
Gabarito, questão certa.
Exercícios
(AOCP/TRT – 1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018) Em relação à Lei nº 5.553/1968, que dispõe sobre a
apresentação e uso de documentos de identificação pessoal, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é
lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou
pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional,
certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de
identidade de estrangeiro.
b) Quando a infração for praticada por preposto ou agente de pessoa jurídica, considerar-se-á responsável
quem houver ordenado o ato que ensejou a retenção, a menos que haja, pelo executante, desobediência ou
inobservância de ordens ou instruções expressas, quando, então, será este o infrator.
c) Constitui contravenção penal, punível com pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa de
NCR$ 0,50 (cinquenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros novos), a retenção de qualquer documento aque
se refere esta Lei.
d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos ou
particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado.
e) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação, a
pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 25 (vinte e cinco) dias, os dados que interessarem
devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.
Exercícios
(AOCP/TRT – 1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018)
a) Esse é o tipo de questão que demonstra a criatividade do examinador. A 
letra a é copiada e colada do artigo 1° da lei;
b) Agora estamos diante do artigo 3°, parágrafo único;
c) Refere-se ao caput do artigo 3°;
d) Agora o examinador copiou o artigo 2°, §2°;
e) Esse é o nosso item incorreto, já que a lei afirma que o prazo é de cinco 
dias e não de 25 como afirmou o examinador.
Gabarito, letra e.
Exercícios
(VUNESP/PC-BA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2018) Considerando o previsto na Lei 
n° 5.553/68 acerca da carteira de identidade, assinale a alternativa correta.
a) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa 
em órgãos públicos ou particulares, serão os dados anotados, podendo o agente 
público reter o documento até a saída da pessoa do estabelecimento.
b) Constitui crime, punível com pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses 
ou multa, a retenção de qualquer documento a que se refere a Lei n° 5.553/68
c) Somente por ordem judicial ou do Ministério Público, poderá ficar retido 
qualquer documento de identificação pessoal.
d) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa 
em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido 
o documento imediatamente ao interessado.
e) Constitui crime, punível com pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e 
multa, a retenção de qualquer documento a que se refere a Lei n° 5.553/68.
Exercícios
(VUNESP/PC-BA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2018)
a) Conforme previsto no artigo 2°, §2°, o documento não será retido, e sim
devolvido imediatamente ao interessado;
b) Olha o “peguinha” da banca. O artigo 3° não fala que constitui crime e
sim contravenção penal. Fique ligado!
c) A lei afirma que a retenção, além do prazo previsto em lei, será somente
por ordem judicial;
d) Agora sim, esse é o que está previsto no artigo 2°, §2°.
e) Como já vimos a lei não prevê crime mas sim a contravenção, e a pena
também está incorreta.
Gabarito, letra d.
Exercícios
(IBADE/PC-AC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2017) De acordo com a Lei n°
5.553/1968, que dispõe acerca da apresentação e uso de documento de 
identificação criminal, assinale a alternativa correta.
a) Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de 
documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de 
até 10 (dez) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento 
ao seu exibidor.
b) O comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro não são 
considerados documentos de identificação pessoal englobados pela lei.
c) Somente por ordem da autoridade policial ou judiciária poderá ser retido 
qualquer documento de identificação pessoal.
d) Constitui crime a retenção de qualquer documento de identificação pessoal. 
e) Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa 
em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido 
o documento imediatamente ao interessado.
Exercícios
(IBADE/PC-AC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2017)
a) Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação 
de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo 
de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o 
documento ao seu exibidor.
b) Art. 1º A nenhuma pessoa física (...), inclusive (...), comprovante de 
naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.
c) O art. 2° traz o prazo de 5 dias em que o documento pode ser retido. O seu §1°
diz que “além do prazo previsto neste artigo”, somente por ordem judicial, e não 
policial.
d) Essa lei não disciplina crimes, mas sim contravenções penais.
e) Trouxe exatamente o previsto no art. 2°, §2° da lei.
Gabarito é a letra e.
Exercícios
(FCC/AL-MS/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVO/2016) A Lei no 5.553/1968, que 
dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de identificação pessoal, 
estabelece que quando, para realização de determinado ato, for exigida a 
apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará 
extrair os dados que interessarem, antes de devolver o documento ao exibidor, em 
regra, no prazo de até
a) Quarenta e oito horas
b) Cinco dias
c) Dez dias
d) Trinta dias
e) Quinze dias
Gabarito, letra b.
Exercícios
(UEPA/PC-PA/ESCRITURÁRIO/2013) A Lei nº. 5.553, de 1968, resguarda os direitos dos cidadãos
quanto à posse de seus documentos pessoais de identificação, os quais são garantias do exercício
de direitos. Por força dessa lei:
a) é vedada a apreensão de documentos originais, porém é permitida a retenção daqueles
apresentados em fotocópias autenticadas, na medida em que estes não possuem valor legal.
b) a retenção de documentos de identificação pessoal constituirá contravenção penal, mas apenas
quando praticada por autoridade pública, sendo um irrelevante penal a conduta quando praticada
por particular.
c) as limitações constantes da lei somente se referem a documentos que contenham a fotografia do
titular, pois apenas estes são válidos como documentos de identificação.
d) nos termos da lei, a autoridade policial deve reter documento que, por mau estado de
conservação, torne incerta a veracidade dos dados dele constantes, fazendo instaurar investigação
sobre possível crime de uso de documento falso.
e) é lícito condicionar a entrada de pessoas em prédios públicos à apresentação de documento de
identificação, mas o documento deve ser imediatamente restituído após conferência ou anotação
dos dados.
Exercícios
(UEPA/PC-PA/ESCRITURÁRIO/2013) 
a) O art. 1° da lei em estudo diz que “a nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma 
pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento 
de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada...”, portanto, 
nem mesmo a fotocópia pode ser retida.
b) Para responder esse item utilizamos o conhecimento do art. 1° que proíbe a retenção 
por qualquer pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, portanto não só para 
agentes públicos; e o art. 3° que inicia o seu texto afirmando que “constitui contravenção 
penal...”
c) A lei não se limita a documento com fotos, já que ainda no art. 1°, diz que são 
considerados para a lei, documentos como certidão de nascimento, casamento, título de 
eleitor, enfim, diversos documentos sem foto.
d) A lei não faz essa previsão de retenção por autoridade policial.
e) O art. 2°, §2° prevê exatamente o que está descrito no item.
Gabarito, letra e.
Agradecimentos
Muito obrigado!
Bons estudos, Força e Honra!
Professor Péricles Mendonça
profpericlesrezende@gmail.com
@vemserpolicial
mailto:profpericlesrezende@gmail.com

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