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MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS

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Taliane Aranha
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MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS
Etapa que normalmente não é feita pelo cirurgião dentista e sim pelo técnico em prótese. O CD faz os ajustes dos dentes. Depois das moldagens e seleção de dentes, enviamos os dentes escolhidos para o protético, que monta em cera e manda para gente. Fazemos provas clínicas desses dentes montados em cera na boca do paciente. Em alguns casos é preciso movimentar os dentes ou alterar o alinhamento deles.
Com a perda dos dentes, é notável o colapso facial decorrente da perda da DVO, pelo acentuamento de rugas, o perfil côncavo do paciente. Tudo isso pode ser restaurado com a reabilitação do paciente.
A reposição dos dentes evita o colapso facial. Porém isso só é restaurado de maneira satisfatória, devolvendo estética, mastigação e fonética, se a montagem e disposição dos dentes for correta (disposição, alinhamento, posição e oclusão). Disposição Situação de cada dente na arcada.
Devemos considerar cada dente individualmente, considerando seu aspecto de inclinação no sentido MD, VL e a sequência de montagem desses dentes. O central fica em contato com a linha média. Seu longo eixo é paralelo à linha média (inclinação MD). No sentido VL ele tem um colo um pouco mais intruido que a sua borda incisal, cerca de 17° de intrusão.
Alinhamento
Forma do arco após a montagem dos dentes. Um dos passos clínicos da PT é a orientação do rolete de cera (ajuste). A partir do rolete definimos o suporte labial, a altura que os dentes terão, em que altura serão montados e onde ficará a linha média. A montagem de dentes tem que seguir todos os ajustes que fizemos no rolete. Ao definirmos o plano vestibular do rolete definimos o suporte labial e o corredor bucal. Os dentes precisam ser montados seguindo esse alinhamento, para que a PT seja estética, fique em harmonia e contorne o lábio do paciente
Posição
Conjunto de dentes fixados em relação ao rosto do paciente.
Oclusão
Encaixe entre os dentes antagonistas. Em PT podemos estabelecer dois padrões de montagem de dentes com relação à oclusão: oclusão mutuamente protegida e oclusão bilateral balanceada. Na oclusão mutuamente protegida, na posição de RC há contatos posteriores bilaterais e simultâneos, sem contatos nos anteriores. Na protrusão temos contato nos anteriores e desoclusão nos posteriores. Na lateralidade há contato do lado de trabalho e ausência de contato no lado de balanceio, com desoclusão pelo canino ou função em grupo.
Na oclusão bilateral balanceada todos os dentes têm contatos em qualquer posição. Em RC existem contatos entre dentes posteriores e anteriores, em protrusão ocorre o mesmo e em lateralidade há toque no lado de trabalho e de balanceio. É muito mais difícil de ser montado na prática
Estabilidade da PT:
• OBB: contatos simultâneos em RC e nos movimentos excêntricos;
• OMP - GC: somente em RC.
OBB realmente vale a pena? O alimento interposto não é dilacerado de forma uniforme, alguns pacientes até mesmo mastigam apenas de um lado da boca. Além disso, com o uso, os dentes sofrem desgaste, que não ocorre num padrão uniforme para todos os dentes.
Eles ocorrem mais aceleradamente do lado em que o paciente utiliza mais. Outro fator é a reabsorção óssea: com ela, o suporte fibromucoso sofre alteração, a alteração da base da PT fica comprometida e os contatos oclusais são alterados pela própria movimentação da base da PT, perdendo a estabilidade da OBB.
Técnica:
• OBB: mais tempo de trabalho e mais difícil;
• GC: menor tempo de trabalho e menos difícil.
E a inclinação das cúspides? Seria mais difícil na OBB. Não há benefícios práticos com relação uma técnica sobre a outra, então utiliza-se mais a GC
Oclusão ideal em PT
Manutenção da estabilidade das próteses, otimização da eficiência mastigatória e preservação das estruturas que a sustentam.
Para isso, é preciso ter:
• Estabilidade em RC;
• Dentes com cúspides baixas;
• Movimentos excêntricos facilitados;
• Dentes posicionados seguindo o formato do rebordo (garantindo o alinhamento dos
dentes).
Estabilidade em RC
Quando o paciente oclui, precisamos ter aquele contato padrão de VIPS para garantir a distribuição correta de forças dos dentes para a base da PT e consequentemente para os tecidos de suporte. 
Se os dentes estiverem em posição ruim (vestibularizados ou lingualizados), teremos traumatismo dos tecidos moles. Se forem dentes posteriores vestibularizados pode ocorrer invasão do corredor bucal, paciente vai morder a bochecha, dependendo das palavras que ele falar a própria musculatura vai deslocar a PT. Se a prótese estiver lingualizada o mesmo vai ocorrer, porém com a musculatura da língua.
	Dentes com cúspides baixas: Temos 3 padrões de alturas de cúspides. As cúspides altas, nos movimentos excêntricos ao toque, promovem maior deslocamento das bases, o
que fica ainda mais evidente se o paciente tiver rebordos reabsorvidos. Então preferencialmente dever-se-ia utilizar dentes com cúspides mais baixas, mas isso compromete demais a estética e a eficiência mastigatória
Oclusão ideal em PT – movimentos excêntricos facilitados
Lateralidade e protrusão: Dentes com cúspides baixas nesses deslizes: a chance da base da PT deslocar é menor, especialmente nos inferiores.
Oclusão ideal em PT – dentes posicionados de acordo com o formato do rebordo
						
Na arcada triangular a mesial dos incisivos fica praticamente exposta. Na região posterior os dentes precisam ser montados seguindo a linha principal de força mastigatória, de forma que o sulco principal coincida com essa linha.
Se os dentes ficarem desviados para lingual o paciente morde a língua. Se ficarem desviados para vestibular, ele morde a bochecha. Todos com interferência na fala.
Linha média
A montagem pode ser feita através de várias técnicas. A mais prática é pela linha média. Essa montagem tem início pela linha média. No rolete de cera são demarcadas as linhas de
referência. Os dentes artificiais devem ser montados respeitando o perfil vestibular desses planos, o perfil oclusal e as linhas de referência. A linha média é traçada com o rolete dentro da boca do paciente
Para a maioria das pessoas coincide com a linha palatina mediana, da rafe palatina. O suporte labial do paciente é restaurado durante a sessão clínica com acréscimo ou remoção de cera nos roletes adaptados às bases de prova
Se eu montar os dentes além desse volume o paciente não vai apresentar selamento labial, ficando com o perfil convexo. Recortamos a parte de cera e posicionamos os dentes nos locais que antes eram ocupados pela cera. O suporte labial respeitado vai garantir a montagem correta dos dentes.
PASSO A PASSO:
1. Abrir uma janela na cera: cortamos no nível da linha média, removendo metade da largura do rolete e metade da altura. A montagem se inicia pela bateria anterior do rolete maxilar.
Recortamos a cera primeiro de um lado e depois do outro, para não perder a referência do rolete. A cera precisa ser aquecida com uma espátula para permitir que o dente fique colado nela e manualmente faremos o posicionamento dos dentes. Os centrais superiores são os primeiros, de modo que o longo eixo do incisivo fique paralelo à linha média no sentido mesiodistal, a borda incisal toca o rolete inferior e a face mesial (não completamente, mas o ponto central) o remanescente do rolete. No sentido vestibulolingual o colo fica mais intruído que a borda lingual, cerca de 17°
2. Depois que o incisivo central está posicionado, vamos posicionar o incisivo lateral. No sentido mesiodistal o colo é ligeiramente desviado para distal, sua borda incisal não toca o rolete de cera e seu colo fica próximo do mesmo nível do central. No sentido vestibulolingual o colo é mais intruído que a borda incisal, de modo que a borda incisal acompanha a do central, mas o colo fica mais intruído que ele.
3. Depois é montado o canino superior. Pela técnica padrão o longo eixo do canino é
ligeiramente inclinado para distal, pouco menos que o incisivo lateral. Sua ponta de cúspide toca o rolete antagonista e no sentidovestibulolingual seu colo também é mais intruído que a borda incisal, mas não tanto quanto o incisivo lateral. Na bateria anterior o incisivo lateral é o que apresenta o colo mais intruído e é o único dente cuja borda incisal não toca o rolete de cera.
4. Depois de montar esses 3 dentes anteriores eles são fixados com cera n°7 e derramamos no colo do dente por vestibular e por lingual.
5. Iniciar a montagem da bateria inferior. Para montar uma oclusão mutuamente protegida existe um padrão oclusal. Os modelos estão no articulador em RC, a montagem de dentes não pode alterar isso. Na RC buscamos contatos posteriores bilaterais e simultâneos e ausência de contatos anteriores, precisando haver trespasse. O primeiro caso é com toque, o segundo é com trespasse e a terceira é topo a topo. Vamos optar sempre pelo segundo tipo. Há 1mm de traspasse vertical e horizontal.
6. Igualmente foi feito na arcada superior, vamos remover uma janela de cera e os dentes são posicionados, iniciando pelo central inferior, que é todo reto. Ele deve ser posicionado com seu longo eixo paralelo à linha média, seguindo da arcada superior. A inclinação que ele vai ter será no sentido vestibulolingual. O colo é mais intruído que a borda incisal. Porém, uma diferença para os superiores é que os superiores têm um alinhamento do terço incisal seguindo o remanescente do rolete, já os inferiores vão ficar intruídos com relação ao remanescente do rolete, para garantir o trespasse. O colo é ainda mais intruído que a borda incisal, cerca de 15°, e eles precisam ser montados um pouquinho acima do remanescente do rolete.
7. Depois vamos para o incisivo lateral. O longo eixo dele também é reto, porém pela anatomia da sua coroa, dá a impressão de que seu longo eixo é voltado para distal. A coroa é mais larga do que o início da raiz, então durante a montagem (para dar um acabamento mais natural) é recomendado que o colo seja voltado ligeiramente para distal no sentido mesiodistal. No sentido vestibulolingual ele acompanha o alinhamento do incisivo central. Seu colo fica mais intruído do que a porção incisal, seguindo o central inferior
8. Depois vamos montar o canino inferior. Ele tem bastante angulação e para conseguirmos as guias é importante que seu longo eixo esteja inclinado para distal. Seu colo fica mais inclinado para distal do que o incisivo lateral. Sua borda incisal acompanha a dos outros dentes e em uma vista vestibulolingual seu colo também é mais intruído que a porção incisal. Depois disso vamos verificar a guia anterior e guia canina: fazemos os movimentos de protrusão e lateralidade no articulador. Na protrusão deve haver toque entre os anteriores e desoclusão do rolete na porção posterior e durante a lateralidade devemos tocar apenas nos caninos e desocluir os outros dentes.
9. Depois vamos para a montagem dos dentes posteriores. O primeiro passo é traçar a linha principal do esforço mastigatório. Essa linha tem origem no centro da papila piriforme (papila retromolar) e termina em um ponto virtual que corresponderia à linha média do rebordo inferior. Vamos traçar uma linha na cera saindo do centro da papila e terminando na face distal do canino, para orientar o direcionamento das forças durante a mastigação. O que tem que estar sobre essa linha é a oclusão das VIPS
10. Remover cera da região posterior superior, ela é amolecida e iniciamos a montagem pelos pré-molares superiores. Os dois pré-molares são montados da mesma maneira. Na visão mesiodistal o longo eixo é paralelo à linha média, e as duas cúspides tocam o rolete de cera. A cúspide vestibular toca a borda quase saindo do rolete e a palatina incide sobre a linha principal de esforço mastigatório.
11. Depois vamos para o primeiro molar superior. A partir daqui precisamos começar o desenho da curva ascendente do sorriso. Para isso, o longo eixo dele é paralelo à linha média, porém as cúspides vestibulares não tocam o rolete, apenas a mesiopalatina, sobre a linha principal de esforço mastigatório. As cúspides que não tocam o rolete têm um espaço muito pequeno entre elas e o rolete.
12. Depois vamos para o segundo molar superior. Ele acompanha o desenho da curva do sorriso. Seu longo eixo é paralelo à linha média. No sentido vestibulolingual ele não tem inclinação nenhuma, então nenhuma das cúspides tocam o rolete
13. Depois disso vamos acrescentar cera por vestibular e por lingual, para garantir o posicionamento dos dentes durante a montagem dos inferiores.
14. Vamos agora para os posteriores inferiores. Os dentes posteriores também vão participar da formação da linha do sorriso, mas vão ser montados de modo a ocluir com os superiores. Eles são apenas encaixados. Não podemos montar uma mordida cruzada (posteriores inferiores ficam mais lingualizados que os superiores) e nem inverter a inclinação do dente (ou ele fica reto ou com o colo um pouco mais intruído que sua porção oclusal).
15. Os dentes posteriores inferiores sempre ficam entre dois dentes superiores, pois os incisivos inferiores têm uma largura inferior aos superiores, então quando a gente termina de montar a bateria inferior anterior não há uma oclusão do canino com o outro canino. O canino inferior fica entre o incisivo lateral e o canino. O primeiro pré-molar fica entre canino e primeiro pré superior. Seu colo é mais intruído que a porção oclusal, mais lingualizado que os superiores, encaixado entre os dois dentes de modo a termos contato oclusal.
16. O segundo pré-molar é posicionado da mesma maneira. Temos a impressão de que ele vai angulando para distal. Posicionado para trás dos dentes posteriores, ocluindo entre o primeiro e o segundo pré.
17. Depois vamos para o primeiro molar inferior. Sua coroa é mais larga que do superior, então quase chega no final do primeiro molar superior, mas também oclui entre segundo pré e primeiro molar inferior
18. Depois o segundo molar inferior, que ocupa a porção final.
Observações importantes
Frequentemente precisamos de alguns recursos, como:
• Desgastes dos dentes;
• Individualização do arranjo dos dentes;
• Relações entre rebordos.
Desgaste dos dentes
Tem paciente que tem o espaço entre os arcos muito reduzidos, de modo que o menor dente comercializado ainda é grande para ele. O desgaste pequeno é feito na porção de colo, para manutenção da estética.
Já se o desgaste for grande, terá perda de estética. Ele fica translúcido e transparece o rosa da base de acrílico.
Individualização do arranjo dos dentes
Se considerarmos alguns aspectos do paciente, podemos utilizá-los durante a montagem de dentes também.
• Pessoa vigorosa: canino mais aparente, colocar ele mais reto.
• Pessoa suave: arredondar ângulos do canino, montar ele um pouco mais inclinado.
• Sorriso mais feminino: dentes mais arredondados. O masculino tem ângulos mais vivos.
• Idade: podemos solicitar desgaste da borda incisal.
Relações entre rebordos
O paciente classe I permite a montagem de dentes garantindo o trespasse.
Em casos de pacientes classes II, se montarmos os dentes seguindo tudo que foi apresentado anteriormente, o trespasse horizontal será muito grande. É possível corrigir com uma movimentação ortodôntica. Nesses casos vestibularizamos os inferiores e lingualizamos sutilmente os superiores.
Quando o paciente é classe III, é mais difícil devolver o perfil classe I. Quando não é possível, podemos montar de topo a topo e mordida cruzada na região posterior.

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