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1 Juliana Oliveira – Medicina UNIFTC Emergências clínicas 8º semestre 2023.1 MANEJO DAS TAQUIARRITMIAS E BRADIARRITMIAS TAQUIARRITMIAS ➔ Como identificar? ➔ Como manejar? 1) Fibrilação atrial: Instável: Cardioversão elétrica (120 a 200 J) !! Lembre-se da analgesia e sedação: Fentanil (1,5mcg/kg) + propofol (0,5 mg/kg) se o pcte não estiver hipotenso ou etomidato (0,15mg/kg) se PA baixa. Estável: Depende. Tem mais ou menos de 48h? 2) Taquicardia supraventricular: Instável: Cardioversão elétrica (50-100J) Estável: Manobra vasovagal: - Massagem de seio carotídeo (evitar em pacientes > 75 anos, pois, podemos deslocar placa) - Valsalva modificada (pedir que o paciente sopre até deslocar o êmbolo ou que ele sopre por até 15seg e depois mobiliza as pernas para cima). <48h: Não há tempo do sangue ter estasiado e feito um coágulo. o Controle da FC: Betabloqueador - Metoprolol 5mg, IV, 5 em 5 min (dose máx 15mg), em bolus lento. - Esmolol 0,5mg/kg, IV, em bolus lento. A meta da FC é de 120bpm. o Cardioversão química: - Amiodarona: 150-300mg diluída em 100mL de SF IV em BI. Correr em 10 a 30 min. - Propafenona: 600mg, VO CI: Pcte com disfunção de VE e lembre-se que a FA é a arritmia da ICC. >48h: Há risco de trombo no átrio esquerdo. o Controle da FC: Betabloqueador VO - Selozok (succinato de metoprolol): Ap de 100, 50 ou 25mg. A meta da FC é de 120bpm. o Anticoagulação por 4 semanas: - Rivaroxabana, apixaban, enoxaban, dabigatrana. (NOACS) - Varfarina o Cardioversão química: Após as 4 semanas - Amiodarona: 150-300mg diluída em 100mL de SF IV em BI. Correr em 10 a 30 min. - Propafenona: 600mg, VO CI: Pcte com disfunção de VE ✓ FC? ✓ QRS: - Alargado → ventricular - Estreito → supra ventricular ✓ Onda P ✓ RR: - Regular ou irregular 4D’S DA INSTABILIDADE: DOR TORÁCICA, DISPNEIA, HIPOTENSÃO (PAS < 90) E SNC. 2 Juliana Oliveira – Medicina UNIFTC Emergências clínicas 8º semestre 2023.1 - Adenosina: 6mg/12mg/12mg + 20mL de flush (SF 0,9%) Sensação eminente de morte, lembre de avisar ao paciente. Fazer em locais próximos ao coração, pois, é metabolizado na membrana da hemácia, portanto, preferir acesso central ou fossa cubital E (jelco 18 – torneirinha com adenosina em uma entrada e o flush na outra). - Betabloqueador - Bloqueador dos canais de cálcio (verapamil ou diltiazem) - Amiodarona (antiarrítmico) 150 a 300mg 3) Taquicardia ventricular: o TV monomórfica: Instável: Cardioversão elétrica (100 a 200J) Estável: Amiodarona (150 a 300mg) + 100mL de SF 0,9%, IV, em BI, correr em 10 a 30 min. o TV polimórfica: Instável: Desfibrilação (100 a 200J) Estável: 1 a 2g de sulfato de magnésio (MgSO4) 1mg/kg de lidocaína, IV → se o sulfato de magnésio não resolver. 4) Flutter: Instável: Cardioversão elétrica (50-100J) Estável: Segue a mesma conduta da FA. Atenção! A adenosina é diagnóstica e terapêutica, eu posso usar para lentificar o ritmo e identificar as ondas F, onda P, etc. Então na dúvida entre um flutter ou FA, posso fazer uso dessa medicação para ter precisão. 3 Juliana Oliveira – Medicina UNIFTC Emergências clínicas 8º semestre 2023.1 5) Taquicardia sinusal: Não se trata a taquicardia sinusal, mas sim a sua causa base, seja uma febre, crise de ansiedade, desidratação. Nesse caso, o tratamento consiste em resolver a causa base. Atente-se a presença da onda P certinha: Onda P – Segmento PR – QRS – Onda T – Onda P – Segmento PR – QRS BRADIARRITMIAS ➔ Como identificar? 1) BAV 1º grau: Intervalo PR fixo e longo. Intervalo PR > 200ms. Há um atraso na condução do NAV, mas sem repercussão patológica. 2) BAV 2º grau: o Mobitz I: Intervalo PR variável e RR variável. Há um aumento progressivo do intervalo PR até que uma onda P vem sem QRS. É um bloqueio alto e sua ocorrência não gera repercussões hemodinâmicas. o Mobitz II: Intervalo PR fixo e curto. Súbita interrupção da condução AV, é um bloqueio baixo e pode evoluir para um BAVT 4 Juliana Oliveira – Medicina UNIFTC Emergências clínicas 8º semestre 2023.1 o 2:1: Consiste em um padrão eletrocardiográfico em que se tem duas ondas P para 1 QRS. Não é possível ver progressão de intervalo PR e, portanto, não dá para diferenciar entre Mobitz I ou II. 3) BAV de 3º grau ou BAVT: Intervalo PR variável e RR regular. Completa assincronia entre o átrio e o ventrículo. Patognomônico: QRS – Onda P – Onda T (A onda P vir entre o QRS e a onda T). **A onda P pode se juntar com a onda T. 4) Bradicardia sinusal: Menos de 60 batimentos/min. 0,12 a 0,20seg constante de batimento a batimento. Intervalo R-R e P-P regulares. ➔ Como manejar? 1) Bradicardia sintomática: INSTÁVEL: FC lenta, sintomatologia e sintomatologia ser decorrente da FC lenta. 1ª linha: - Atropina: 1mg (4 ampolas), IV em bolus, de 5 em 5 minutos. (Dose máxima 3mg → 1amp tem 0,25mg) → 1ª linha independente do grau de bradiarritmia 2ª linha: - Dopamina: 5 a 20 mcg/kg/min, IV. - Adrenalina 2 a 10 mcg/kg, IV. - Marcapasso transcutâneo **lembre-se de sedar o paciente!! - Marcapasso transvernoso 2) BAV assintomática avançada maligna: Mobitz II ou BAVT Monitorização + internamento do pcte em UTI, pois, pode causar morte súbita. Sinais e sintomas: o Hipotensão o Rebaixamento do nível de consciência o Sinais de choque o Dor torácica isquêmica o ICC aguda !! Lembre-se da analgesia e sedação: Fentanil (1,5mcg/kg) + propofol (0,5 mg/kg) se o pcte não estiver hipotenso ou etomidato (0,15mg/kg) se PA baixa. 5 Juliana Oliveira – Medicina UNIFTC Emergências clínicas 8º semestre 2023.1
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